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3 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 
2. A INTOLERÂNCIA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO ................................................ 4 
3. DIREITOS CONQUISTADOS EM RISCO DE RETROCESSO ...................................... 6 
4. CONSERVADORISMO PROFISSIONAL ........................................................................ 9 
5. MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO ...................................................................... 11 
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 12 
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................................. 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo apresentar o contexto histórico do Serviço Social no Brasil, 
abrangendo a partir da década 1960, onde aconteceu o Movimento de Reconceituação do 
Serviço Social Brasileiro. Abordando a importância da reflexão sobre este Movimento que surge 
com a necessidade de adequar as práticas profissionais a realidade do País e a ruptura com o 
Conservadorismo, construindo novos métodos e técnicas a partir das necessidades populares, 
para um agir profissional com identidade própria, condizente com a realidade social. 
Estudar esses processos de transformações na profissão, se faz necessário para entender a 
sociedade atual, onde diariamente vemos situações de intolerância e preconceito de diversas 
maneiras na sociedade brasileira. 
Abrangeremos também, os retrocessos e perdas de direitos da classe trabalhadora tem 
vivenciado com a Reforma Trabalhista proposta pelo governo atual, assim como outras Reformas 
que estão em discussão no país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. A Intolerância no Brasil Contemporâneo 
 
 
5 
 
 
O Brasil é um país de cultura escravocrata e com grande miscigenação de raças, fatores estes 
que contribuíram para a existência de diversas culturas, valores e crenças. Devido a isso 
encontramos as desigualdades oriundas dos vários anos de exploração econômica do 
proletariado, aos 350 anos de escravidão negra e da subseqüente abolição sem a acolhida no 
mercado de trabalho dos negros e sem que fossem propiciadas as condições mínimas para eles 
sobreviverem; além das desigualdades relativas às mulheres, aos idosos e às crianças, que 
também foram oprimidos. 
Atualmente, a temática “intolerância e preconceito” tem assumido notoriedade, frequentemente, 
somos abordados por notícias envolvendo alguma prática de intolerância, manifestada sob várias 
formas, inclusive violentas. Agressões contra minorias sexuais, étnicas, sociais ou religiosas, 
por exemplo, não são raras e nos levam a questionar que rumos a humanidade tem tomado, 
quando se fala tanto sobre a necessidade de um maior respeito às diferenças individuais e sociais. 
O preconceito não raro se manifesta de forma violenta indo de xingamentos e ameaças a 
agressões e assassinatos. 
Devido ao aumento de uso da internet, principalmente das redes sociais houve um aumento 
significativo de intolerância. O que antes era dito dentro de um círculo pessoal, ou entre 
familiares, agora é colocado nas redes sociais sem qualquer constrangimento. Ou seja, nos 
últimos anos a internet tem constituído um espaço privilegiado para a prática de crimes de ódio, 
discriminação e preconceito. Alguns visíveis, em que o agressor vai direto ao ponto; e outros 
invisíveis, mais sutis, que se esconde em comentários que podem passar despercebidos, pois 
abordam discursos que já foram incorporados pela sociedade, mas não pelas vítimas. Por 
permitir o anonimato e por parecer um terreno em que prevalece a impunidade, as redes sociais 
apresentam grandiosa presença de discursos racistas, homofóbicos, xenófobos, intolerantes 
com certas religiões, hábitos, costumes e até mesmo com deficientes físicos e mentais. 
Um estudo conduzido entre abril e junho de 2016 pela plataforma “Comunica que muda” 
monitorou a internet e encontrou dez principais tipos de intolerâncias nas redes sociais do país. 
No total, foram analisadas 393.284 menções feitas por internautas de todo o país no Facebook, 
Twitter e Instagram e também em páginas de blogs e comentários de sites da internet.Expressões 
como cabelo ruim, gordo, vagabundo, retardado mental, boiola, mal comida, golpista, velho e 
nega predominam nas nuvens de palavras encontradas em posts que revelam todo tipo de 
intransigência ao outro, em relação a aparência, classes sociais, deficiências, homofobia, 
misoginia, política, idade, raça, religião e xenofobia. 
 
 
6 
 
 
Fonte de pesquisa: www.canaltech.com.br 
O caminho para diminuir esse cenário é a educação. Uma educação que combata 
fortemente toda manifestação de racismo e preconceito. Que consiga explorar a beleza contida 
na miscigenação racial. Que consiga, desde muito cedo, inserir nossas crianças num mundo de 
respeito as diversidades, em que o convívio com a diferença seja parte essencial da formação do 
cidadão de amanhã e que, principalmente, consiga lidar com as diferenças sem hierarquizá-las. 
 
3. Direitos conquistados em Risco de Retrocesso 
 
A população brasileira está vivendo mais uma etapa difícil da história, agora como nunca antes 
durante a democracia se o governo tenta aprovar Reformas que são praticamente a regressão de 
Direitos previstos na Constituição Federal 1988. 
É sabido que a história se constrói com lutas e conquistas de direitos e sua efetivação, através 
dos movimentos organizados conscientes, com poder de pressão, os cidadãos foram as ruas lutas 
por direitos sociais, contra a desigualdades, as mazelas produzidas pelo capitalismo, tais 
confrontes resultaram em conquistas, porem muitas vezes foi pago um preço muito alto, muitos 
foram alvo de repressão e perseguição. Pensando assim podemos perceber então que a história 
por Direitos Sociais e sua efetivação continua, não a classe trabalhadora ou Subalterna precisa 
continuar nessa luta, é preciso conhecer cada uma dessas reformas e não aceitar o que oferecer 
trazendo um retrocesso a luta contra a desigualdade social. 
Atualmente são várias propostas de reformas e um Plano de Governo ”Uma ponte para o Futuro” 
que mais parece querer aniquilar a Constituição Federal de 88 e deixar todas as decisões, todo 
poder nas mãos do Congresso, entre tantas reformas as mais discutidas hoje são Reforma da 
 
 
7 
 
Previdência, Reforma Trabalhista porque mais uma vez a classe trabalhadora sendo explorada 
e pagando as contas. 
É preciso pesquisar sobre as Reformas aqui destacadas, saber os pontos positivos e negativos de 
cada uma delas, mas uma breve reflexão sobre a Reforma Tributária o que é necessário mudar 
visto que é uma tributação injusta e desigual onde os pobres pagam muito imposto porque a 
porcentagens de imposto cobrada em Bens e Serviços não diferenciando quem é pobre e quem 
é rico, enquanto que a tributação sobre Renda e Propriedade que são menores,deveriam ser 
progressivo paga mais quem ganha mais e quem tem mais patrimônios. 
Outra Reforma que se faz necessária do ponto de vista da desigualdade social é a Reforma 
Agrária, a divisão de terras, pois há grande concentração de poder de propriedade nas mãos de 
poucas pessoas. Pouco se ouve sobre essas duas reformas talvez porque não são de interesse da 
Elite, mas as Reformas da Previdência e a Trabalhista estão em discussão nos cenários políticos, 
podemos acompanhar nos noticiários o tempo todo, essas reformas trazem propostas que mexem 
nos direitos conquistados com muita luta. Infelizmente mais uma vez o governo atendea Elite, 
ao mercado e sobre tudo ao mercado financeiro que sempre mandaram nos pais, priorizando as 
reformas que ameaçam as conquistas da classe subalterna privilegiando a classe dominante que 
sempre se beneficiaram no sistema capitalista. Ora o governo impõe estratégias de conciliação 
de classe que quase não oferecem resistência, abrindo mão de alguns direitos originando a 
exploração da classe trabalhadora, de diferentes formas aplicam medidas de ajuste que atingem 
diretamente a vida do trabalhador, mascara algumas informações fazendo com que pareçam 
necessárias para o crescimento econômico, mas na verdade o trabalhador é o maior prejudicado. 
 
O projeto de Lei da reforma trabalhista PL 6787/16, prevê algumas mudanças significativas 
entre elas vamos destacar algumas. 
Negociação, a negociação entre empresas e trabalhador vai prevalecer sobre a Lei como a 
jornada de trabalho; parcelamento de férias; participação de lucros e resultados; jornada em 
deslocamento; intervalo entre jornadas, dessa forma estão tirando direitos do trabalhador e que 
podem ser coagidos a aceitarem a imposição das empresas com o risco de perderem seus 
empregos. 
Rescisão contratual sem a exigência de a homologação da rescisão contratual ser feita em 
sindicatos. Hoje há inúmeros processos trabalhistas contra empresas e sem o apoio dos 
sindicatos muitos trabalhadores não saberiam lidar com papeis de verbas rescisórias ou seriam 
manipulados pelos empregadores. 
 
 
8 
 
Estabelecer um intervalo durante a jornada de trabalho com no mínimo de 30 minutos, a 
preocupação nesse caso é mais uma vez com as empresas as quais nos dias atuais podem ser 
responsabilizadas caso o trabalhador tenha menos de uma hora de descanso, o novo projeto não 
pensa no descanso do trabalhador que as vezes executa trabalhos estressantes sendo de grande 
importância o descanso. 
Demissão; o texto prevê a demissão em comum acordo. Por esse mecanismo, a multa de 40% 
do FGTS seria reduzida a 20%, e o aviso prévio ficaria restrito a 15 dias. Além disso, o 
trabalhador poderia sacar 80% do Fundo, mas perderia o direito a receber o seguro-desemprego. 
A Reforma da Previdência PEC 287/2016, também está descrita no Plano de governo de Temer 
”Uma ponte para o futuro” que na visão de especialistas da educação seria uma ponte para o 
passado, como esse documento visa mudanças significativas e que prejudicam diretamente a 
classe trabalhadora e mais uma vez privilegiar o mercado, para a reforma da previdência o 
principal argumento do governo nos últimos anos é o déficit ou rombo previdenciário. 
Uma dos pontos polêmicos da reforma é Idade mínima obrigatória e aumento de tempo de 
contribuição, antes não havia idade mínima e o tempo de contribuição era de 35 anos para 
homens e 30 para mulheres, na proposta do governo fica 25 anos de contribuição para ambos, 
porem com a exigência de idade mínima 65 anos para homens e 62 para mulheres sendo que 
nessa nova regra o cálculo do benefício passa a ser de 70%, o trabalhador só conseguirá o 
benefício integral após 40 anos de contribuição, muitas pessoas terão que trabalhar mais tempo 
para alcançar benefícios equivalentes aos assegurados hoje e muitos nem conseguirão o 
benefício da aposentadoria. 
Outra questão está na tentativa de retirada do BPC Benefício de Prestação Continuada, antes a 
proposta era permitir o acesso ao BPC para os idosos a partir de 70 anos, o governo voltou atrás 
e baixou para 68 vinculado ao salário mínimo, continuando o benefício para pessoa com 
deficiência de qualquer idade. 
Ao observar o plano de governo de Temer percebemos o retrocesso que está sendo imposto 
através de reformas que mais uma vez atende aos interesses do mercado, que são os banqueiros; 
grandes empresários, a elite desse país, cobrando a conta da classe trabalhadora, somente quem 
tem mais dinheiro vai conseguir fazer uma previdência privada e garantir sua aposentadoria o 
assalariado só tem o básico para o sustento e nunca poderá fazer uma oura forma de previdência, 
as regras para o BPC serão mais rígidas dificultando o acesso ao benefício e direitos conquistado 
com anos de lutas diante do plano de governo o que se planeja é deixar de existir ou ser 
inalcançáveis. 
 
 
9 
 
Ao olharmos para a historia do serviço social e das lutas de classe, isso desde que o Brasil era 
colônia podemos ver as diferenças, preconceitos raciais, sociais, religiosos, foi e continua sendo 
construído a nossa historia, nós brasileiros estamos escrevendo, construindo e reconstruindo a 
nossa historia, foram movimentos sindicalistas, sociais, estudantis, no governo Lula foi o 
governo que mais desenvolveu programas sociais, para a classe trabalhadora também houve 
muitas conquistas e também em bens e serviços, o que antes não era possível. O Serviço social 
ganhou visibilidade, ganhou uma nova organização nova dinâmica, se qualificou e recebeu 
impactos positivos das expansões das políticas sociais. 
Mas a classe dominante também se beneficiou muito durante o governo Lula e mais quando 
chegou ao poder a sua apadrinhada Presidente Dilma não conseguiu conduzir o país, não soube 
fazer política e infelizmente começou a entrar numa redução de investimentos, corte de bolsas 
quantos estudantes universitários tiveram que abandonar os estudos, o qual já começou a afetar 
a classe trabalhadora e a sociedade brasileira. 
Numa sociedade capitalista é necessário que haja movimentos sociais para a defesa dos 
interesses do trabalhador a fim de que se cumpra o que foi conquistado com a CF 88 e que 
continue avançando par uma sociedade mais justa, não aceitando retrocessos, o que podemos 
observar no plano de governo “Uma ponte para o futuro” é querem aprovar leis que são 
contrarias as que já nos garantidas com a carta magna acerca da Previdência, Educação, saúde 
e outros direitos. “A terceira regra nova do orçamento é a idéia de “orçamento com base zero”, 
que significa que a cada ano todos os programas estatais serão avaliados por um comitê 
independente, que poderá sugerir a continuação ou o fim do programa, de acordo com os seus 
custos e benefícios”. Portanto cabe a cada brasileiro ficar atento, buscar conhecimento para 
assim analisar o que há de bom e verdadeiro nos tais planos de governo se realmente é uma 
ponte para o futuro ou estaremos retrocedendo, continuemos na luta para garantir e efetivar 
nossos direitos. 
 
 
4. Conservadorismo profissional 
 
O Conservadorismo profissional foi utilizado por décadas no serviço social, onde ação 
profissional consistia em forma de intervir na vida dos trabalhadores, ainda que sua base fosse 
à atividade assistencial; porém seus efeitos eram essencialmente políticos: através do 
 
 
10 
 
“enquadramento dos trabalhadores nas relações sociais vigentes, reforçando a mutua 
colaboração entre capital e trabalho” (IAMAMOTO, 2004, p. 20). 
Com o processo de desenvolvimento econômico no Brasil principalmente o desenvolvimento 
da indústria automotiva na década de 1950, as mazelas da “questão social”, demandaram aos 
assistentes sociais uma ação profissional, de abordagem individual, grupal e de comunidade. A 
partir da incorporação teórica e metodológica da abordagem comunitária no Serviço Social, 
conforme Netto (2005) os profissionais passaram a sentir maior sensibilidade no tocante as 
questões macrossociais, além disso, o autor destaca que esta forma de intervenção estava “mais 
consoante com as necessidades e as características de uma sociedade como a brasileira – onde 
a “questão social” tinha magnitude elementarmente massiva”. 
 Esta nova realidade profissional vai marcar o início da erosão das bases do Serviço Social 
“tradicional”, no qual “o assistente social quer deixar de ser um ‘apostolo’ para investir-se da 
condição de ‘agente de mudança’” (2005, p. 138). 
Reconhecemos que esse processo foi primordial parao reconhecimento da profissão, visto de 
uma forma mais abrangente sem intermédios da igreja. 
Neste contexto Netto, aponta 3 elementos relevantes para a erosão do Serviço Social 
“tradicional: 
1. “O reconhecimento de que a profissão ou se sintoniza com ‘as solicitações de uma sociedade 
em mudança e em crescimento’ ou se arrisca a ver seu exercício profissional ‘relegado a um 
segundo plano”; 
2. “levanta-se a necessidade ‘de [...] aperfeiçoar o aparelhamento conceitual do Serviço Social 
e de elevar o padrão técnico, cientifico e cultural dos profissionais desse campo de atividade”; 
3. “a reivindicação de funções não apenas executivas na programação e implementação de 
projetos de desenvolvimento”. 
Entretanto, segundo Netto, ainda não é possível identificar abertamente uma crise do Serviço 
Social tradicional, isto só foi possível nos anos subseqüentes com o rebatimento de quatro 
fatores específicos na categoria profissional: 
1. Amadurecimento profissional e a sua relação em equipes multiprofissionais; 
2. Desligamento de segmentos da Igreja Católica mais tradicional e a imersão de grupos 
católicos mais progressistas; 
3. Participação do movimento estudantil nas escolas de Serviço Social; 
4. O “referencial próprio de parte significativa das ciências sociais do período, imantada por 
dimensões críticas e nacional–populares” (NETTO, 2005, p. 140). 
 
 
11 
 
Mediante aos fatores aqui apresentados, destacam que se deu uma “crise ideológica, política e 
de eficácia” na categoria profissional, na qual o Serviço Social questionava a sua burocratização, 
“seu caráter importado e sua ligação com as classes dominantes”. Consequentemente foi 
apontado três projetos para a profissão: A manutenção da matriz conservadora e tradicional; 
uma modernização conservadora; E a ruptura com o conservadorismo, projeto este, herdado 
pelo Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina 
 
5. Movimento de Reconceituação 
 
Em meados dos anos de 1960 o serviço social brasileiro sofreu grande influência, devido a a 
ditadura militar, novas demandas foram impostas ao assistente social, porém, como havia 
grandes restrições ideopolítico, não havia um avanço significativo na profissão. Não se 
questionavam as condições políticas, sociais e econômicas da realidade brasileira iniciava um 
movimento interno e externo, que indagavam e questionavam os objetivos, os métodos e os 
procedimentos de intervenção do serviço social, o movimento de reconceituação. 
 O movimento de reconceituação do serviço social, ocorreu durante os anos de 1965 – 1975, 
dando inicio a uma nova corrente para a profissão, com várias linhas políticas, teóricas e 
profissionais. Esse movimento desvinculou o serviço social tradicional e conservador, 
questionando a sociedade e seu nível societário, da direção social da prática profissional, de 
seus fundamentos ideológicos e teóricos de suas raízes sociopolíticas, sintonizando o serviço 
social com a realidade a fim de atender às demandas. Expressou também um importante avanço 
nas reflexões teóricas do serviço social, fez a crítica ao assistencialismo e suas tradições, 
buscando um novo papel para a atuação, mais próximos à realidade. Ele foi mais intenso na 
América Latina, inclusive no Brasil por ser um país com um nível avançado de industrialização 
e um sistema de governo populista, já havia lutas de classes e organizações mais conscientes, 
onde se buscava uma transformação social. A primeira expressão desse movimento se deu a 
partir do 1º Seminário Latino-Americano de Serviço Social, realizado no ano de 1965 em Porto 
Alegre, e terminou em meado do ano de 1973. Logo após, com a ajuda do serviço social latino-
americano, foi fundada a Associação Latino Americana de Escolas de Serviço Social (logo 
depois, Trabalho Social), ALAETS, entidade de grande importância para o serviço social 
critico. Entretanto, na profissão, em consonância com o contexto da década de 1960, emergiu 
um movimento crítico, denominado Movimento de Reconceituação Latino-Americano do 
 
 
12 
 
Serviço Social. Esse movimento trouxe vários questionamentos sobre a sociedade e as 
condições de trabalho propostas ao assistente social, levando a um posicionamento crítico entre 
o serviço social tradicional conservador e à lógica capitalista. Possibilitou uma análise da 
sociedade e do capital, dificultando o papel do assistente social na sociedade capitalista e as 
demandas a ele dirigidas. Durante o movimento, definiram-se e confrontaram-se algumas 
tendências voltadas à fundamentação do exercício e dos posicionamentos teóricos do serviço 
social que levaram, por exemplo, no Brasil, o movimento, em seus primeiros momentos, a 
priorizar um projeto tecnocrático/modernizador, do qual os documentos Araxá e Teresópolis 
são as melhores expressões. No Brasil, as influências desse movimento só irão repercutir a 
partir do fim da Ditadura Militar, pois durante o período da ditadura não havia contestação 
política, que minou as bases que proporcionariam a crítica progressista no serviço social. O pós 
1964 Serviço Social foi repensado, rearranjando o que era tradicional já que mudanças efetivas 
não poderiam ser instauradas. Esse processo também poderia ser denominado como 
modernização conservadora. Dentro dessa perspectiva, o serviço social apenas revisou seus 
conceitos e conteúdos, resgatando e mantendo seus núcleos teóricos, revestindo-os de uma nova 
roupagem apenas. 
O Movimento de reconceituação representou para o Serviço Social o início de uma nova era, 
um novo modo de refletir pensar e agir de maneira a criar vínculos com ações transformadoras 
que vai muito além do capital, como a “defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do 
arbítrio e do autoritarismo”. 
 
 
 
 
 
 
 
6. Conclusão 
 
O Serviço Social ao longo de sua história, conforme já abordado, convive com o sistema 
capitalista, no qual nasceu enquanto profissão, buscou criar estratégias de minimização das 
manifestações da miséria e empobrecimento da classe trabalhadora, por meio de ações 
 
 
13 
 
distributivas de serviços assistencialistas, sem questionar as estruturas que geram as 
desigualdades sociais. 
No cenário atual, vivemos uma crise política, econômica e social, onde desvios de verbas 
públicas, pedidos de impeachment e luta da classe trabalhadora por seus direitos, se tornaram 
explicitas no Brasil. Entendemos que essa atual situação de crise revela o que a história sempre 
mostrou que não há conciliação de classes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Referencias Bibliográficas 
 
<http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/08/levantamento-aponta-intolerancia-e-
preconceito-dos-brasileiros-nas-redes-sociais-2582.html>acesso em 28 de Maio de 2017 
 
 
 
14 
 
<http://xucurus.blogspot.com.br/2014/10/as-varias-faces-da-intolerancia-no.html>acesso em 
28 de Maio de 2017 
 
Netto, José Paulo - Ditadura e Serviço Social: análise critica do serviço social no Brasil pós 
1964 – Editora Cortez, 15 edição São Paulo – 2010. 
 
Artigo A Reconceituação do Serviço Social na América Latina e no Brasil (João Antonio 
Rodrigues e Rosane Aparecida de Souza Martins) 
 
Reportagem: PIOVESSANI, Eduardo Edição: TRIBOLI, Pierri. “Câmara aprova projeto da 
reforma trabalhista”. Acesso em:27 de Maio de 2017 
 
<http://www.reformadaprevidencia.gov.br/>acesso em 28 de Maio de 2017 
 
<http://pmdb.org.br/wp-content/uploads/2015/10/RELEASE-TEMER_A4-28.10.15-
Online.pdf> acesso em 28 de Maio de 2017

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