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NEUROFISIOLOGIA O córtex cerebral tem sido objeto de meticulosas investigações histológicas, nas quais foram estudados diversos aspectos de sua estrutura, tais como a composição e característica das diversas camadas, espessura total e espessura das camadas, disposição e espessura das raias e estrias etc. Com base nestes estudos, o córtex cerebral pode ser dividido em numerosas áreas citoarquiteturais, havendo vários mapas de divisão. Assim, von Economo distinguiu no córtex cerebral do homem 109 áreas, enquanto o casal Vogt conseguiu identificar mais de 200 áreas. Contudo, a divisão mais aceita é a de Brodmann, que identificou 52 áreas designadas por números. As áreas de Brodmann são muito conhecidas e amplamente utilizadas na clínica e na pesquisa médica (MACHADO, 2000). LOBO FRONTAL Área 4 - Córtex motor primário-controle do movimento voluntário, movimento isolado. Responsável pela motricidade e força muscular do dimídio contralateral. Lesões causam: paresia, plegia. Área 6 - Córtex motor suplementar; campo ocular suplementar; córtex pré-motor; campos oculares frontais; - Planejamento dos movimentos dos membros e oculares. Lesões causam: apraxia (dificuldade de realizar o movimento), agrafia sem alexia, ataxia, espasticidade, posturas disotônicas. Área 8 - Campos oculares frontais - Movimentos sacádicos oculares. Responsável pelo desvio voluntário do olhar para o lado oposto. Lesão causa: desvio dos olhos para o lado da lesão (lado oposto da hemiplegia). Se o desvio for contrário á hemiplegia, a lesão é do lobo frontal (área 8) por AVE de cerebral média. Se for para o lado da hemiplegia, lesão da ponte por AVE pontino. Áreas 9, 10, 11 - Córtex associativo pré-frontal; campos oculares frontais - Pensamento, cognição, planejamento do movimento, áreas relacionadas com as emoções. Escolha de opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-las quando tais situações se modificam. Manutenção da atenção: capacidade de seguir sequências ordenadas de pensamentos. Controle do comportamento emocional, função exercida juntamente com o Hipotálamo e o Sistema Límbico. Área 10 – atos motores sequenciais. Área 44 - Área de Broca; córtex pré-motor lateral – Gosto, pronunciamento espontâneo de nomes, programação motora da fala, atividade motora relacionada à fala. Lesão causa afasia (distúrbio de linguagem), disfasia + hemiparesia/plegia esquerda, mantendo a compreensão do que se fala. Área 45 - Córtex associativo pré-frontal - Palavra, planificação do movimento, fala através de sentenças. Área 46 - Córtex associativo pré-frontal (córtex pré- frontal) dorsolateral - Pensamento, cognição, planificação do comportamento, aspectos de controle do movimento ocular, raciocínio ativo, manutenção da atenção. LOBO TEMPORAL Lobo temporal, abaixo da fissura lateral, é relacionado primariamente com o sentido de audição, possibilitando o reconhecimento de tons específicos e intensidade do som. Este lobo é reconhecido como o centro de armazenamento da informação – memória. Também está implicado no processamento da linguagem compreensiva e na regulação emocional proporcionando uma tonalidade afetiva a todas as informações, uma vez que estabelece estreitas relações com o sistema límbico. Área 20 - sua área funcional é a temporal inferior visual localizado no Giro temporal inferior tem como funções criar Forma visual e memória. Área 21 – Também tem como área funcional a Área temporal inferior visual Localizado no Giro temporal médio tem como funções criar a Forma visual e memória. Área 22 – tem como área funcional o Córtex auditivo de ordem superior localizado no Giro temporal superior tem funções no que remete a Audição, palavra, memória auditiva e interpretativa; Área de Wernicke ou da Compreensão da Fala: sua lesão causa a afasia de Wernicke ou sensorial (perde a capacidade total ou parcial de entender a linguagem falada (surdez verbal) ou a linguagem escrita (cegueira verbal). Área 37 - Tem como áreas funcionais o córtex associativo parieto-têmporooccipital e área visual temporal média localizado nos giros temporal médio e inferior na junção dos lobos temporal e occipital tem como função a Percepção, visão, leitura e palavra; Área 38 – Tem como áreas funcionais o córtex olfatório primário e córtex associativo límbico localizado no Pólo temporal tem suas funções ligadas ao Olfato e as emoções; Os giros supramarginal (área 40) e angular (área 39) são importantes áreas de associação que integram informações visuais, auditivas e somestésicas. Área 41 – Tem como áreas funcionais o córtex auditivo primário e o Giro de Heschl localizada no giro temporal superior tem suas funções relacionadas a Percepção, visão, leitura e palavra falada. A área auditiva está situada no giro temporal transverso anterior (giro de Heschl) e corresponde às áreas 41 e 42 de Brodmann. Nela chegam fibras da radiação auditiva, que se originam no corpo geniculado medial. Estimulações elétricas da área auditiva de um indivíduo acordado causam alucinações auditivas que, entretanto, nunca são muito precisas, manifestando- se principalmente como zumbidos. Área 42 – Tem como áreas funcionais o córtex auditivo secundário e o Giro de Heschl localizada no giro temporal superior tem sua função relacionada à Audição; As áreas 42 e 22 de Brodmann, situadas próximo à área auditiva (41), estão associadas com a audição, a área 22 associada à memória auditiva e nela as impressões acústicas são interpretadas com relação a sua provável fonte e associadas com experiências passadas. Lesão netas áreas provoca surdez verbal, condição também pouco comum na qual o indivíduo perde a capacidade de entender a linguagem falada. LOBO PARIETAL Localizado a partir do sulco central para trás é responsável pela sensação de dor, tato, gustação, temperatura, pressão, ou seja, no lobo parietal que se proporciona a capacidade para identificar as sensações corporais. Também é responsável pela orientação espacial, tanto do próprio corpo como do reconhecimento à nossa volta, bem como da representação simbólica do nosso corpo – esquema corporal. O centro mais importante para a realização de operações numéricas – cálculo – é no parietal esquerdo. Áreas 1, 2 e 3 – Tem como área funcional o córtex sensitivo primário localizado no giro pós-central e tem como função principal é o Tato. A área somestésica, responsável pela sensibilidade geral do corpo, está localizada no giro pós-central, correspondendo ás áreas 3,2,1 de Brodmann. Também é chamada área somestésica primária ou área somestésica SI. Recebe impulsos nervosos provenientes do tálamo relacionados com dor, temperatura, tato, pressão e propriocepção consciente da metade oposta do corpo. Todas as partes do corpo estão representadas nesta área, sendo esta representação chamada somatopia. O cientista Penfileld criou um homúnculo sensitivo, projetado de cabeça para baixo no giro pós-central, para dar ideia desta representação. As áreas de associação do córtex são aquelas que não estão relacionadas diretamente com a sensibilidade nem com a motricidade. Elas são bem maiores do que estas. Áreas 5 e 7 - São de associação somestésica, permitindo a identificação de objetos pela sua comparação com o conceito do objeto existente na memória do indivíduo, é a área da orientação espacial corporal. Elas combinam a informação proveniente de vários pontos para decifrar seu significado Área 5 – Tem como área funcional o córtex sensitivo somático terciário e a área associativaparietal posterior. Localizado no Lóbulo parietal superior e tem função de esterognosia, ou seja, reconhecer ou identificar a forma e os contornos dos objetos através do tato. Área 7 – Tem como Área funcional a associativa parietal posterior localizado no Lóbulo parietal superior e tem função Vasomotora; Percepção. Área 39 - Tem sua área funcional Córtex associativo parieto-têmporooccipital localizado no Córtex associativo parieto-têmporooccipital tem sua função relacionada a Percepção, visão, leitura, palavra escrita. Área 43 – tem sua área funcional o Córtex gustativo, localizado no Córtex insular, e sua função principal é a Gustação. Estimulações nesta região causam alucinações gustativas. Lesões nesta área acompanham-se de diminuição da gustação na metade oposta da língua. LOBO OCCIPITAL Área 17 - córtex visual primário (V1); A área visual primária funciona como um receptor de imagens que posteriormente serão reconhecidos pela área visual secundária. Lesões na área visual primária do lobo occipital podem provocar desde cegueira cortical, que é a tradicional perda de visão, até à Síndrome de Anton-Babinski que é no fundo cegueira cortical com anosognosia, isto é, incapacidade de se estar consciente da sua doença – neste caso, o paciente não se apercebe da perda de visão de que está a sofrer. Área 18 - córtex visual secundário (V2); A área visual secundária compara a imagem recebida com as outras que já havia adquirido anteriormente. Já as lesões na área visual secundária podem provocar agnosia visual, que é a incapacidade de identificar os objetos conhecidos; alexia ou cegueira verbal, que é a incapacidade de reconhecer o significado das palavras escritas; Síndrome de Balint, associada a lesões parieto-occipitais extensas, que provoca desorientação visual, incapacidade de dirigir o olhar para a periferia e ataxia ocular ou nistagmo, que consiste na falta de coordenação do músculo do globo ocular; além disso, estas lesões podem ainda causar acromatopsia, ou seja, incapacidade de distinguir algumas ou todas as cores e alucinações visuais, sintoma associado a lesões no hemisfério dominante ou bilaterais, isto é, em ambos os hemisférios simultaneamente. Área 19 - córtex visual associativo (V3, V4, V5); Uma área terciária visual temporal média. Onde a informação é processada e passa para o lobo temporal onde ocorre o reconhecimento. E nessa área que promove a análise integrada das diferentes modalidades sensoriais, gerando funções mentais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CRISTINO, G. Estrutura e Funções Intelectuais do Córtex Cerebral. Aula disponível em: www.gerardocristino.com.br GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2000. SANTOS, R. Estrutura e Funções do Córtex Cerebral. Brasília – 2002. Encontrado em: http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/2421/2/9713912.pdf. SANTOS, R.O. Estrutura e Funções do Córtex Cerebral. Faculdade de Ciências da Saúde (Brasília), 2002.
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