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1 •Reações redox •Células eletroquímicas •Reações galvânicas •Pilhas e equilíbrio: espontaneidade de reações eletroquímicas •Equação de Nernst •Eletrodos e potenciais padrão • Potenciais padrão e constante de equilíbrio • Efeito da concentração na fem da pilha Eletroquímica 2 4Fe (s) + 3O2 → 2Fe2O3 (s) Reações redox - Oxidação em metais 3 PPO = enzima polifenol oxidase Reações redox - Oxidação em alimentos R O H + O 2 I n c o l o r R O H + O 2 O H P P O P P O R O + O 2 O I n c o l o r C o l o r i d o 4 Reações redox - Oxidação de Fármacos Vitamina C 5 Reações redox - Envelhecimento Teoria do Envelhecimento Devido ao Estresse Oxidativo (1954) Envelhecimento é o resultado de danos oxidativos causados por radicais livres gerados pelo metabolismo 6 Reações redox Reações de oxidação-redução ou reações redox: envolvem transferência de elétron de um doador de elétron para um aceptor de elétron Oxidação: reação em que uma substância ou espécie perde elétrons. Ex.: Na0 Na+ + e 2Cl- Cl2 + 2e Redução: reação em que uma substância ou espécie ganha elétrons. Ex.: Ca2+ + 2e Ca0 H2O2 + 2e 2OH - 7 Como reconhecer a substância que ganhou e a substância que perdeu elétrons? Procurar por variações no número de oxidação dos elementos, no curso da reação Número de Oxidação de um átomo em íon ou molécula é definido como a carga que um átomo tem, ou aparenta ter. Reações redox 8 Quando uma substância é oxidada, o Nox de pelo menos um de seus átomos aumenta (ele torna-se mais positivo). Ex.: Sn2+ Sn4+ + 2e 2H2O O2 + 4H + 4e Quando uma substância é reduzida,o Nox de pelo menos um de seus átomos diminui (ele fica mais negativo) Ex.: Ca 2+ + 2e Ca H2O2 + 2e 2OH- Reações redox 9 Agente oxidante: aquele que oxida uma substância, isto é, retira elétrons da outra substância. O agente oxidante é reduzido em uma reação de óxi-redução. Agente redutor: aquele que reduz outra substância, isto é, doa elétrons. O agente redutor é oxidado em uma reação de óxi-redução. Ex.: Fe0 + 2H+ Fe 2+ + H2 Quem é o agente oxidante? E o agente redutor? Reações redox 10 Balanceamento de reações redox: obedecer a conservação de massa e de carga Lei da conservação de massa: a quantidade de cada elemento presente no início da reação deve estar presente no final. Conservação da carga: os elétrons não são perdidos nem criados em uma reação química. Semi-reações As semi-reações são um meio conveniente de separar reações de oxidação e de redução. semi-reação de oxidação semi-reação de redução Reações redox 11 Reações redox Solução ácida de Na2C2O4 Solução de KMnO4 MnO4 -(aq) + C2O42-(aq) Mn2+(aq) + CO2(g) 12 Qual é a equação química balanceada quando MnO4- é reduzido a Mn2+ enquanto o C2O4 2- é oxidado a CO2 em meio ácido? 1. Escreva as duas semi-reações, colocando o número de elétrons doados ou recebidos na semi-reação de oxidação e de redução, respectivamente. 2. Faça o balanceamento de cada semi-reação (a)Fazer o balanceamento de massa, primeiro com elementos diferentes de H e O. (b) Depois faça o balanceamento do O adicionando água (ou OH-). (c) Depois faça o balanceamento do H adicionando H+ (d) Termine fazendo o balanceamento de cargas adicionando elétrons. Reações redox 13 Dois tipos de Reações REDOX (i) Resultam na geração de corrente elétrica (ii) Causadas por imposição de corrente elétrica Eletroquímica Dois tipos de Dispositivos ou Células Eletroquímicas: Células Galvânicas ou Voltaicas: Reações químicas espontâneas produzem corrente elétrica; energia química é convertida em energia elétrica. Células Eletrolíticas Energia elétrica efetua mudança química Eletrólise 14 Eletroquímica Cu2+ Cu2+ Cu2+ Cu2+ Cu2+ Zn0 Cu2+ Cu2+ Cu2+ Cu2+ Zn2+ Zn0 Cu0 Os elétrons são transferidos dos átomos de Zn para os íons Cu2+. A energia livre dos sistema vai caindo, a medida em que a reação se aproxima do equilíbrio. A energia é liberada sob forma de calor. 15 Eletroquímica A energia liberada na reação pode ser aproveitada de outra forma, como por exemplo, produzindo trabalho elétrico. Como é feito isso? Separando as regiões em que ocorrem as reações de oxidação e redução e conectando-as, de tal forma que a corrente elétrica gerada possa ser utilizada para produzir trabalho elétrico, como por exemplo para acionar um motor. 16 Temos então uma célula eletroquímica: formada por dois eletrodos, que são condutores metálicos (podem ser metais ou não), em contato com um eletrólito, um condutor iônico, que pode ser uma solução, um líquido ou um sólido). Os eletrodos podem participar nas reações redox ou serem inertes (não participam das reações redox, apenas servem como condutor dos elétrons). Eletrodos: Cátodo: eletrodo onde ocorre a semi- reação de redução (convenção: tem sinal +) Ânodo: eletrodo onde ocorre a semi- reação de oxidação (convenção: tem sinal -) Eletroquímica 17 Os eletrodos podem estar contidos na mesma célula eletroquímica ou ficarem em compartimentos (células, também chamadas de semi-células) separadas. Os dois compartimentos são unidos por uma ponte salina, que é um tubo contendo uma solução concentrada de um eletrólito (quase sempre KCl), junto com um gel. A ponte salina elimina o potencial de junção líquida (transporte dos íons dos compartimentos através da junção entre os dois compartimentos). Eletroquímica 18 Zn0 Cu0 Zn2+ Cu2+ SO4 2- SO4 2- e- e- e- e- e- e- CuSO4 1 mol/L ZnSO4 1 mol/L Catodo + ─ Anodo Ponte Salina KCl K+ Cl- Cu2+ Cu2+ Cu2+ Zn2+ Semi-célula Cu2+/Cu0 Semi-célula Zn2+/Zn0 Eletroquímica Pilha de Daniell 19 Eletroquímica No cátodo e no ânodo ocorrem as semi-reações de redução e oxidação, respectivamente. Cátodo: Semi-reação de redução: Ox1 + e - Red1 Ânodo: Semi-reação de oxidação: Red2 Ox2 + e- Onde Red1 e Ox1 são as espécies reduzida e oxidada na semi-reação de redução e Red2 e Ox2 são as espécies reduzida e oxida na semi-reação de oxidação 20 Tipos de eletrodos Como visto anteriormente, podemos ter eletrodos inertes (que atuam apenas como condutor de elétrons) e eletrodos em que o mesmo participa da reação de oxi-redução. Eletroquímica Tipo de eletrodo Notação Par redox Semi-reação Metal/íon do metal M(s)/M + (aq) M +/M M+(aq) + e - M(s) Eletrodo a gás Pt(s) /X2(g)/X - (aq) X2/X - ½ X2(g) + e - X-(aq) Metal/sal insolúvel M(s)/MX(s)/X - (aq) MX/M,X - MX(s) + e - M(s) + X - (aq) Redox Pt(s)/M + (aq), M2+(aq) /M + M2+/M+ M2+(aq) + e -M+(aq) Tipos de eletrodos, notação, par redox e semi-reação envolvidas 21 Eletroquímica Tipos de pilhas Como visto anteriormente, os eletrodos podem estar contidos na mesma célula eletroquímica ou ficarem em compartimentos (células, também chamadas de semi-células) separadas. Quando os dois eletrodos estão no mesmo compartimento,masestão mergulhados em soluções de eletrólitos diferentes, há uma fonte adicional de diferença de potencial elétrico entre as interfaces dos dois eletrólitos potencial de junção líquida 22 Eletroquímica Como já visto também, o potencial de junção líquida pode ser reduzido, colocando-se os dois eletrodos (e o eletrólito correspondente) em compartimentos separados, unindo os compartimentos através de uma ponte salina. 23 Eletroquímica Notação de pilhas Diagrama da célula Convenção: esquerda informações do ânodo direita informações do cátodo As interfaces entre as fases são simbolizadas por uma barra vertical. O componente metálico inerte é escrito como o componente mais externo do eletrodo 24 Eletroquímica Notação de pilhas Para uma pilha em que o eletrólito é comum aos dois eletrodos, isto é não há junção líquida: Pt(s)|H2(g)|HCl(aq)|AgCl(s)|Ag(s) No caso de haver uma junção líquida, como na pilha da figura ao lado, a junção líquida é representada por e a pilha por: Zn(s)|ZnSO4(aq) CuSO4(aq)|Cu(s) 25 Eletroquímica Quando o potencial de junção é eliminado através de uma ponte salina, essa interface é representada por ||. A mesma pilha anterior com uma ponte salina é representada por: Zn(s)|ZnSO4(aq)||CuSO4(aq)|Cu(s) Quando as espécies oxidada e reduzida estão na mesma fase, utiliza-se uma virgula para separá-las 26 Eletroquímica Potencial de célula e energia livre de reação Potencial de célula medida da capacidade que tem a reação de forçar os elétrons através de um circuito Quanto maior o poder de empurrar elétrons, maior o potencial. Potencial diferença de energia potencial por carga elétrica (diferença de potencial) entre 2 eletrodos 1 volt (1 V) = diferença de potencial necessária para fornecer 1 joule (J) de energia para uma carga de 1 coulomb (C) 1V = 1 J/1C 27 Força eletromotriz: é a “força” que provoca o movimento dos elétrons Força Eletromotriz da Célula (fem) ≈ Potencial da Célula (Ecel) fem é a diferença de potencial entre 2 eletrodos, quando não há fluxo de corrente. Eletroquímica 28 Qual a relação entre o potencial da célula e a energia livre da reação? Podemos fazer uma analogia com o potencial gravitacional. Trabalho máximo devido à força gravitacional = massa x diferença de potencial gravitacional Trabalho elétrico máximo que um elétron pode realizar = carga do elétron x diferença de potencial elétrico Eletroquímica 29 Eletroquímica Relembrando o que foi visto em Termodinâmica Energia livre = trabalho máximo diferente de expansão que pode ser obtido em um processo a P e T constantes. O trabalho realizado quando uma quantidade de n elétrons (em mols) atravessa uma diferença de potencial E = carga x diferença de potencial. Sendo –e a carga de um elétron, NA = número de Avogadro Como a constante de Faraday F =e.NA, então: Gr = we we = -n.e.NA.E we = -n.F.E 30 Eletroquímica Então, a energia livre de uma reação de óxi- redução fica: Gr = -n.F.E Essa relação é muito importante, porque relaciona a informação termodinâmica com uma informação eletroquímica. Se E >0 Gr < 0 a reação é espontânea Se E < 0 Gr > 0 a reação inversa é espontânea Para se fazer a medida, deve-se utilizar um voltímetro (que tem uma resistência suficientemente alta, de tal forma que a corrente que circula seja praticamente nula). Nesse caso, o E é chamado de força eletromotriz da célula (fem). onde n é o coeficiente estequimétrico dos elétrons nas meia- reações de oxi-redução. 31 Eletroquímica Pode-se, a partir da expressão acima , calcular a energia livre de uma reação, a partir da fem de uma célula. Exemplo: A partir da reação química da pilha de Daniell, calcular a energia livre da reação, sabendo-se que E = 1,1 V. quadro Gr = -n.F.E F = e.NA = 1,602177 x 10 -19.C. 6,0221 x 1023 .mol-1 = 9,6485 x 104 C.mol-1 Gr = -2,12 x 10 5 C.V.mol-1 32 Eletroquímica Pode-se também determinar a fem de uma célula, conhecendo-se o Gr da reação. Por exemplo, se Gr = -100 kJ.mol -1, então: E = -Gr/(nF) = -1x10 5 J.mol-1/(1x 9,6485x106C.mol-1) = 1 V. Onde usamos a relação 1 J = 1 V. 1 C (energia = potencial x carga) 33 Eletroquímica A equação de Nernst A fem de uma célula corresponde ao potencial da pilha quando o trabalho elétrico a ser obtido é máximo. Porém, a medida que a pilha está funcionando, o seu potencial vai diminuindo, pois a sua capacidade de realizar trabalho diminui. Ao atingir o equilíbrio, a pilha não realiza mais trabalho o seu potencial fica igual a zero. 34 Eletroquímica Como o Gr de uma reação depende da composição, isto é, depende das atividades dos componentes que participam da reação de óxi- redução, podemos relacionar o potencial da pilha com a composição. Lembrando que a energia livre da reação para uma certa composição da mistura reacional é: Onde Q é o coeficiente reacional, Gr é a energia livre padrão da reação. Gr=G r + RTlnQ 35 Eletroquímica Convenções Usadas no Estabelecimento de Estados-Padrão Estado da Matéria Estado Padrão Sólido Sólido puro Líquido Líquido puro Gás 1 bar de pressão Solução Concentração de 1 mol/L (mais corretamente atividade = 1 mol/L) 36 Se dividirmos ambos os lados equação anterior por nF, obtemos: Gr/nF=G r/nF + RTlnQ/nF Como Gr = -n.F.E, temos que: Gr/nF = -E e G r/nF = E Então: Eletroquímica Q nF RT EE ln Equação de Nernst E = fem padrão da pilha 37 É impossível conhecer o valor absoluto do Potencial de Eletrodo para uma determinada semi-célula. Mas pode-se construir uma escala relativa para os Potencias de Eletrodo dos diversos pares REDOX. Basta escolher um eletrodo-padrão, ao qual se atribui um Potencial de Eletrodo arbitrário. O Eletrodo-Padrão de Hidrogênio (EPH) é usado como referência: Eo(EPH )= 0 V (pode ser o ânodo ou o cátodo) Comparam-se os demais eletrodos ao EPH. Eletroquímica 38 H+ (aq) 1 mol/L Eletrodo de Platina Fio de Platina 1 atm H2(g) Condições-Padrão Circuito Externo Íons H3O+ Íons H+ H2 Átomo de Pt redução oxidação 2H3O +(aq, 1 mol/L) + 2e- → H2(g, 1atm) + 2H2O(l) E0red = 0 V Potencial-padrão de redução do EPH Eletroquímica Eletrodo padrão de hidrogênio 39 Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e- 2H3O +(aq) + 2e- → H2(g) + 2H2O(l) Reação líquida: Zn(s) + 2H3O+(aq) → H2(g) + Zn2+(aq) + 2H2O(l) Zn2+(aq) 1 mol/L H+(aq) 1 mol/L Zno Anodo (-) Catodo (+) 1 atm H2(g) Ponte Salina voltímetro ânions cátions e- e- Pto Eletroquímica Potencial-padrão do eletrodo de Zinco 40 Eletroquímica Potencial-padrão de uma célula (Eocel) galvânica é a diferença entre os potenciais- padrão de redução (Eored) do cátodo e do ânodo Eocel = Eored (catodo) – Eored (anodo) Zn2+(aq) 1 mol/L H+(aq) 1 mol/L Zno Anodo (-) Catodo (+) 1 atm H2(g) Ponte Salina voltímetro ânions cátions e-e- Pto Ex.: para pilha composta de eletrodo de Zn e eletrodo de hidrogênio, Eocel = + 0,76 V O Ered(cátodo)= 0 V Logo Ered (anodo) = -0,76 V 41 Eletroquímica Observar que nesse caso como Ecel > 0 a reação é espontânea. Como Eocel = Eored (catodo) – Eored (anodo), Então para uma célula galvânica, as reações de oxi-redução espontânea (em condições- padrão): Ered (anodo) < Ered (cátodo) No caso do eletrodo de Zn, Ered (Zn 2+/Zn) = -0,76 V, que é < Ered (H +/H2) = 0 V. Por isso, a reação: Zn(s) + 2H(aq) Zn 2+ (aq) + H2(g) é espontânea Reação de redução no cátodo e de oxidação no ânodo 42 Eletroquímica Pode-se observar também que: As reações com Ered > 0 são reduções espontâneas em relação ao EPH As reações com Ered < 0 são oxidações espontâneas em relação ao EPH 43 Agentes oxidantes Agentes redutores Potenciais-Padrão de Redução a 25oC Eletroquímica 44 Eletroquímica Quanto mais positivo o Ered, mais forte é o agente oxidante à esquerda (maior a tendência a sofrer redução) Quanto mais negativo o Ered , mais forte é o agente redutor à direita (maior a tendência a sofrer oxidação) Uma espécie na parte esquerda superior da tabela de potenciais padrão de redução oxidará espontaneamente uma espécie que está na parte direita inferior da tabela 45 Eletroquímica 46 Determinar E para a reação abaixo e verificar se ela é espontânea: 2Ag+(aq) + Cu(s) → Cu 2+ (aq) + 2Ag(s) Cátodo ⇨ Eletrodo de Ag 2Ag+(aq) + 2e- → 2Ag(s) Ânodo ⇨ Eletrodo de Cu Cu(s) → Cu2+(aq) + 2e- quadro Ecel = Ered (catodo) – Ered (anodo) Ered(cátodo) = Ered(ânodo) = Eletroquímica 47 Eletroquímica Calcular Gr para a reação abaixo: 4Ag(s) + O2 (g) + 4H + (aq) → 4Ag + (aq) + 2H20(l) Determinar n Determinar Ecel Determinar Gr quadro Ecel = E (catodo) – E(anodo) F = e.NA = 96.484 J.V-1mol-1 Gr = -170 kJ mol -1 48 Eletroquímica Como medir os potenciais padrão? As condições precisam ser padrão, isto é, a (atividade) = 1. Como saber se a = 1? Lembrando que a = . b (ou a’ = ’.c). b = molalidade, c = concentração molar. Porém, o coeficiente de atividade () geralmente não é conhecido com exatidão. Para se contornar este problema, a determinação de potenciais padrão, pode ser feita, através de um método em que se faz a extrapolação das medidas para diluição infinita. 49 Eletroquímica Exemplo de medida de potencial padrão: eletrodo de Ag/AgCl Pt(s) H2(g) HCl(aq) AgCl(s) Ag (s) Quais as semi-reações envolvidas? Qual é a reação global? A equação de Nernst para esta reação fica: Fazendo aH2 = 1, temos: 2/1 2 ln),/( H ClH a aa F RT ClAgAgClEE ClH aaF RT EE ln 50 Eletroquímica As atividades podem ser expressas em termos da molalidade b, através de aH+ = aCl- = ± .b/b Assim, Substituindo b/b e reorganizando a expressão, fica: ln2ln2 F RT Eb F RT E 22 lnlnln F RT b F RT Eaa F RT EE ClH 51 Eletroquímica Pela lei limite de Debye-Huckel para um eletrólito 1:1, temos que ± -b 1/2 O logaritmo neperiano é proporcional ao logaritmo decimal (ln x = ln 10. log x); a constante RT/F pode ser incorporada junto com ln 10 em uma constante C. A eauação fica: ln2ln2 F RT Eb F RT E 2/1.ln 2 bCEb F RT E 52 Eletroquímica 2/1.ln 2 bCEb F RT E Na expressão: Pode-se plotar E + 2RT/F contra b1/2 , obtendo-se uma reta. O coeficiente linear (quando b1/2 = 0) fornece E . 53 Eletroquímica llustração 7.12. Atkins. Determinação da fem padrão de uma pilha. A fem da pilha Pt(s) H2(g, p )HCl (aq, b)AgCl(s)Ag(s), a 250 C, tem os seguintes valores: b/(10-3 b) 3,215 5,619 9,138 25,63 E/V 0,52053 0,49257 0,46860 0,41824 Construir a seguinte tabela, fazendo 2RT/F = 0,05139 V : b/(10-3 b ) [b/(10-3 b )]1/2 E/V E/V + 0,05139 lnb A partir do gráfico de E/V + 0,05139 lnb x [b/(10-3 b )]1/2 obtém-se E = 0,2232 V. 54 Eletroquímica Q nF RT EE ln Potenciais-padrão e constante de equilíbrio: Temos a relação entre a energia livre de uma reação e o seu potencial: Gr = -n.F.E Pela equação de Nernst, achamos a relação entre E e o quociente reacional Q: No equilíbrio Gr = 0 E =0 Substituindo o valor de E =0 na eq. de Nernst: 0 = E - (RT/nF)ln Q E = (RT/nF)lnQ No equilíbrio Q = K, então: E = (RT/nF)lnK 55 Eletroquímica E = (RT/nF)lnK A partir da expressão: Podemos obter a constante de equilíbrio de uma reação a partir dos potenciais padrões das semi-reações envolvidas. Ex. Ilustração 7.11, Atkins, vol. 1. Como o potencial padrão da pilha de Daniell é + 1,10 V qual o valor da constante de equilíbrio para a reação da pilha? Reação: Cu2+(aq) + Zn(s) Cu 0 (s) + Zn 2+ (aq) ln K = E(nF/RT) K = eE(nF/RT) F = 96.484 J.V-1mol-1 , R = 8,314 J.K-1mol-1 R.: K = 1,5 x 1037 a 298 K. Este valor é impossível de ser obtido por algum método de análise direta!!! 56 Eletroquímica É interessante observar que podemos obter constantes de equilíbrio de reações que não são de óxi-redução, mas cujas semi-reações são de oxidação e redução, desde que as espécies envolvidas nas semi-reações sejam as mesmas. Ex.: calcular a constante do produto de solubilidade do AgBr (Kps AgBr) A reação química da solubilidade do AgBr é representada por: AgBr(s) Ag + (aq) + Br - (aq) Esta reação pode ser escrita como uma combinação de duas semi-reações: AgBr(s) + e - Ag(s) + Br - (aq) E = 0,07133 V Ag(s) Ag + (aq) + e - E = -0,7966 V Ecel = 0,07133 – 0,7966 = -0,728 V Kps (AgBr) = 4,63 x 10 -13 57 Eletroquímica Qln nF RT EE Pode-se produzir uma célula voltaica na qual a fem é baseada apenas na diferença de concentração de um dado íon célula de concentração Uma semi-célula consistirá de uma solução concentrada dessa espécie em solução e a sua forma reduzida (geralmente na forma metálica), enquanto a outra semi-célula tem uma solução diluída dessa espécie e a sua forma reduzida. Efeito da Concentração na fem da Pilha 58 Eletroquímica Exemplo: Ni 2+(aq) 1,00 mol/L e Ni 2+ (aq) 1,00 10 -3 mol/L A célula tende a igualar as concentrações do Ni 2(aq) em cada compartimento: Ni(s) → Ni 2+(aq) + 2e- (solução mais diluída) ⇨ Anodo (-) Ni 2+(aq)+ 2e- → Ni(s) (solução mais conc. ⇨ Catodo(+) _______________________________________________________ Ni2+(aq)(solução mais conc.) Ni 2+ (aq) (solução mais diluída) E = 0,0888 V E = 0 V Início Equilíbrio Reação global 59 Eletroquímica Célula de concentração base de operação para os medidores de pH Se tivermos dois eletrodos de hidrogênio, sendo um com concentração 1,0 mol/L (EPH) e outro com uma concentração qualquer, haverá uma diferença de potencial, que depende da concentração de H+ +0,211 V pH = -log[H+]= 3,57 1 mol/L ? 60 Eletroquímica Eletrodo de pH Dois eletrodos: • Eletrodo de vidro (sensível à concentração de H+) e eletrodo de calomelano (referência) 61 Eletroquímica Combinação possível: eletrodo de hidrogênio ligado por ponte salina a um eletrodo de calomelano Hg2Cl2 (s) + 2e - → 2Hg(l) + 2Cl-(aq) Eored =+0,027V H2 (g) → 2H +(aq) + 2e- Eored = 0 eletrodo de calomelano fio de cobre tubo de vidro KCl sat Hg2Cl2 Hg ágar-ágar Hg2Cl2 (s) + H2(g) → 2H +(aq) + 2Hg(l) + 2Cl-(aq) Qln nF RT EE 2H 22 P ]Cl[]H[ Q Se PH2 = 1 atm 22 ]Cl[]H[Q 0592,0 'EE pH E’ é estabelecido pela calibração da célula com solução de pH conhecido
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