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trabalho 3 construção civil

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UNIVERSIDADE DE UBERABA
THAIS MARTINS MARQUES - 5113521
CONSTRUÇÃO CIVIL I
TRABALHO 3 – PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
UBERABA - MG
ix
2017
THAIS MARTINS MARQUES
CONSTRUÇÃO CIVIL I
TRABALHO 3 – PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho apresentado à Universidade Uberaba como parte das exigências à conclusão do componente Construção Civil I, referente ao 7º período do Curso de graduação em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Douglas Tsukamoto.
UBERABA - MG
2017
Introdução
Formação do Problema
A Constituição Federal de 1988, inaugurou a defesa do direito dos consumidores, necessitando lei posterior para que determina-se como tal defesa seria feita. O Código de Defesa do Consumidor Lei nº 8.078/90, trouxe em seu bojo o conjunto de regras e princípios, os quais garante aos consumidores e fornecedores seus direitos e deveres regendo, portanto, a relação de consumo. Nesse diapasão, tem-se o aumento significativo no número de demandas judiciais no qual figuram em seus polos ativo e passivo, os consumidores e fornecedores. O CDC também buscou instituir órgãos de controle de relação de consumo, como o PRCON, o qual funciona como estação pré-processual. Destarte, o consumidor se empoderou, pois ciente de seus direitos e deveres. Outrossim, as empresas de engenharia e construção civil viram-se compelidas a padronizar seus empreendimentos e aprimorar seus conceitos de qualidade. 
Tal fato culminou no aumento considerável dos empreendimentos, inclusive agora existindo gastos pós-ocupação, diante de falhas construtivas, o que aumenta os custos previstos em sede de orçamento inaugural do empreendimento.
Outra sorte não socorreu os empreiteiros, com o advento de legislação consumerista tão protetiva, senão se adequar e esgarçar ao máximo sua margem de lucro. Todavia, imperioso dizer que ainda tem o risco de arcar com os problemas no período posterior a 05 anos da entrega da obra, caso aja algum problema, mesmo que ínfimo na sua elaboração. 
Objetivos
O imóvel é o sonho almejado e perseguido por todos os brasileiros, devendo ter em mente a melhor forma para dar manutenção neste, tanto de maneira preventiva como corretiva. Desta forma o empreiteiro construtor vê-se entre a satisfação do consumidor e a redução de seus custos com o eventual aumento de sua lucratividade. O presente estudo versa sobre as principais causas de anomalias em construções, bem como na frequência que os clientes denunciam tais causas. Vale dizer, que anomalias são frequentes em obras, como por exemplo solicitações de baixo custo, como entupimento de tubulação. Todavia, deve o empreiteiro ficar atento as solicitações esporádicas, aquelas dispendiosas, que normalmente envolvem grandes problemas estruturais, como os decorrentes de umidade, sendo que na seara jurídica o ônus da prova incumbe ao empreiteiro construtor. Portanto, tendo em vista a necessidade garantia da obra por 05 anos, em que pese à legislação consumerista totalmente protetiva, deverá este observar não somente a fase de construção e entrega, mas acima de tudo a fase de projetos, tentando evitar ao máximo que ocorra prejuízos e gastos não previstos no orçamento final. 
O que é patologia das construções?
Patologia da construção civil é basicamente quando um edifício apresenta defeitos. O edifício deve exercer diversas funções para atender às necessidades humanas. Diz-se que um edifício apresenta uma patologia quando não atende adequadamente uma ou mais funções para as quais foi construído. Assim, o reparo (conserto) de uma patologia tem como objetivo recuperar essa função. 
O termo patologia vem da medicina. Estado patológico, na medicina, significa estado doentio, de anormalidade, de falta de saúde. Na construção o sentido é o mesmo. Na prática a patologia das construções é o estudo de situações de ocorrências de problemas, de falhas ou de defeitos que comprometem uma ou mais das funções do edifício, ou todo seu conjunto, como se o edifício estivesse mesmo doente e sua doença precisasse ser diagnosticada e tratada. O reparo da patologia, assim como o tratamento na medicina, visa recuperar as funções (ou a saúde) do edifício. 
Principais Causas 
A patologia da construção civil tem como preocupação fundamental o conhecimento das causas dos problemas e como evitá-los. Muitos estudos já foram realizados com esse objetivo, e já é possível ter uma ideia geral sobre causas de patologias. 
Pesquisas feitas na Europa, por exemplo, na década de 70, mostraram que a origem das falhas está, em primeiro lugar, no projeto deficiente; em segundo lugar, em falhas de execução; em terceiro, nos materiais empregados; em quarto, na má utilização dos edifícios pelos usuários. 
Veja o gráfico a seguir: 
O Brasil ainda está atrasado no estudo das patologias, havendo poucas pesquisas feitas nessa área em obras brasileiras. Entre os estudos existentes encontra-se o do engenheiro Yoshimoto (1986) que, pioneiramente no país, levantou problemas patológicos em 36 conjuntos habitacionais, visitando um total de quase 500 habitações, entre casas e apartamentos. Nesse trabalho foram pesquisadas patologias referentes a umidade, trincas e descolamento de revestimentos. 
Suas conclusões mostraram que: 
Das três patologias pesquisadas, a maior parte refere-se a problemas de umidade, seguida igualmente por trincas e descolamento de revestimentos; 
- Em geral a presença de patologias nas casas térreas é maior do que em apartamentos; 
- A maior parte dos problemas tem sua origem na deficiência de projetos ou na má execução das obras; 
- Pequenos detalhes construtivos, se feitos adequadamente, podem reduzir bastante o número de problemas. 
Em geral, estas (umidade, trincas e rachaduras e descolamento de revestimentos cerâmicos) são as maiores reclamações por parte dos proprietários de casas e apartamentos. 
No entanto existem outros tipos de patologias mais e menos graves que essas. 
Patologias na Construção Civil 
4.1 Infiltrações
As infiltrações são os danos mais comuns nas construções e podem ser encontradas nas mais variadas edificações. A infiltração é ocasionada na maior parte das vezes pela má instalação hidráulica do local. Se essas instalações não forem bem aplicadas ocorrerão vazamentos e, consequentemente, infiltrações na estrutura do local. Quando uma instalação hidráulica é bem aplica, a vedação correta impede que a água escorra e entre em contato com o concreto. Algumas infiltrações são causadas quando uma edificação absorve de modo exorbitante a umidade do solo, prejudicando os materiais que formam a estrutura. A infiltração de início pode parecer algo relevante, que não influenciará em nada na edificação, porém o problema é maior e fica ainda mais grave quando não tratado. O problema pode ser diagnosticado no momento de aplicação das instalações, onde se encontra alguma falha na instalação ou então no processo de impermeabilização. Processo esse de suma importância para evitar infiltrações no local. As infiltrações causam danos visíveis a pintura do local, porém o mal maior é o que não podemos ver. Dentro do corpo da obra, as infiltrações danificam a estrutura e podem ocasionar danos ainda maiores, como por exemplo corrosão na estrutura metálica. Além disso, as infiltrações podem acabar expondo as armaduras de metal, o que ocasiona um dano grandioso a estrutura da obra. Dependendo do grau tendo até que se realizar uma reforma apurada em determinado ponto. 
Um fato curioso é que as infiltrações podem ocorrer através de outras patologias também, como as trincas e rachaduras. Mas como isso ocorre? Simples. As águas de chuva com o auxílio do fator gravitacional escorrem pela fachada da edificação e adentram as rachaduras e trincas. E ao entrar nessas trincas e rachaduras as infiltrações podem dobrar o problema. Ou seja, ao detectar uma patologia é necessário que urgentemente seja feito um estudo para assim resolver os defeitos causados.A seguir imagens que ilustram alguns casos de infiltração: 
Figura 1: 
A figura 1 ilustra um dos casos mais graves de infiltração, quando a estrutura de metal, mais conhecida como "armadura", é exposta. Ao ser exposta, a armadura pode sofrer danos irreversíveis. Esses danos podem ser causados por efeitos naturais. 
Figura 2: 
A figura 2 mostra quando as infiltrações atingem as ferragens, que são a base da edificação. Quando isso ocorre a edificação fica condenada por oferecer riscos. A infiltração pode corroer o metal. 
Figura 3: 
Na figura 3 vimos algumas rachaduras. As rachaduras colaboram para as infiltrações, pois nesses casos com a gravidade as águas que escorrem de chuvas podem entrar e danificas o interior da estrutura. 
Figura 4 
Na figura 4 vemos dois casos: o 1º é o de infiltração em uma cobertura, proveniente de uma piscina. O local foi mais impermeabilizado e sofreu grandes danos com a infiltração; no 2º caso temos a infiltração em um estado mais avançado, onde a agua encontra-se percolada em um ponto crítico de infiltração. 
Ou seja, de modo mais resumido a infiltração é uma patologia que causa outras patologias. Ela consiste na penetração da água nas estruturas seja por fissura ou pelos poros do material utilizado. As principais estruturas atingidas são as de concreto e alvenarias com deficiência na impermeabilização. Essas infiltrações causam manchas indesejáveis nas paredes, bolhas e danos na pintura, inundações, e danificam a estrutura da edificação. 
4.1.1 Como Prevenir?
O meio mais coerente é seguir à risca as exigências de construção. Se executado de forma correta, dificilmente uma construção terá danos e problemas. Porém, se esses problemas surgirem, tais como fissuras e rachaduras, devem ser tratados com urgência por profissionais capacitados e por métodos eficientes. Uma patologia requer um estudo apurado para se obter um resultado satisfatório, do contrário uma sucessão de erros acarretará no aumento de problemas. 
4.2. Umidades
Já a palavra Umidade, segundo o dicionário Michaelis é “qualidade do que é ou está úmido, quantidade de líquido no organismo. Relento, orvalho, garoa”. Dentro da temática para a engenharia, relacionando com as patologias tem-se umidade como sendo “qualidade ou estado úmido ou ligeiramente molhado”, KLEIN (1999). Conforme PEREZ (1985), a umidade nas construções representa um dos problemas mais difíceis de serem corrigidos dentro da construção civil. Essa dificuldade está relacionada à complexidade dos fenômenos envolvidos e à falta de estudos e pesquisas. Essa carência ainda é percebida hoje, mais de 20 anos após elaboração do trabalho do autor citado. Os problemas de umidade quando surgem nas edificações, sempre trazem um grande desconforto e degradam a construção rapidamente, sendo as soluções caras. Conforme citado anteriormente, como fatores que geraram aumento do número e intensidade de patologias, o aparecimento frequente de problemas ocasionados por umidade é decorrente de características construtivas adotadas pela arquitetura moderna assim como os novos materiais e sistemas construtivos empregados nas últimas décadas. Com o uso do concreto armado, as paredes passam a ter como função principal a de vedação, deixam de serem portantes, resultando assim em paredes mais esbeltas. Há também a utilização de pré-fabricados e de novos materiais que trouxeram consigo as juntas. Esse conjunto 4 de materiais de diferentes tipos nas fachadas e coberturas apresenta o problema de desgaste diferencial, pois cada um tem uma durabilidade específica e deste modo o envelope externo fica vulnerável (PEREZ, 1985). Por outro lado, as técnicas de projetar trabalhos de manutenção continuaram as mesmas, dando importância por parte dos interessados na construção civil, apenas ao projeto estrutural e o das instalações elétricas e hidráulico-sanitárias. Essa postura já está sendo modificada atualmente, surgindo a cultura de realizar manutenções e investir em novas técnicas para a mesma.
4.2.1 Origem da Umidade nas Construções
 Na construção civil, os defeitos mais comuns são decorrentes da penetração de água ou devido à formação de manchas de umidade. Esses defeitos geram problemas bastante graves e de difíceis soluções, tais como: 
Prejuízos de caráter funcional da edificação;
Desconforto dos usuários e em casos extremos os mesmos podem afetar a saúde dos moradores; 
Danos em equipamentos e bens presentes nos interiores das edificações;
E diversos prejuízos financeiros. 
Os problemas de umidade podem se manifestar em diversos elementos das edificações – paredes, pisos, fachadas, elementos de concreto armado, etc. Geralmente eles não estão relacionados a uma única causa.
Têm-se as seguintes origens as umidades nas construções, conforme VERÇOZA (1991):
Trazidas durante a construção;
Trazidas por capilaridade; 
Trazidas por chuva; 
Resultantes de vazamentos em redes hidráulicas; 
Condensação. 
VERÇOZA (1991) e KLEIN (1999) afirmam que a umidade oriunda pela execução da construção é aquela necessária para a obra, mas que desaparece com o tempo (cerca de seis meses). Elas se encontram dentro dos poros dos materiais, como as águas utilizadas para concretos e argamassas, pinturas, etc. Em se tratando da umidade por capilaridade, os autores citados anteriormente, expõem que se trata da umidade que sobe do solo úmido (umidade ascensional). Ela ocorre nos baldrames das edificações, devido às próprias condições do solo úmido, assim como a falta de obstáculos que impeçam a sua progressão. Também ocorre devido aos materiais que apresentam canais capilares, por onde a água passará para atingir o interior das edificações. Têm-se como exemplos destes materiais os blocos cerâmicos, concreto, argamassas, madeiras, etc. A chuva é o agente mais comum para gerar umidade, tendo como fatores importantes a direção e a velocidade do vento, a intensidade da precipitação, a umidade do ar e fatores da própria construção (impermeabilização, porosidade de elementos de revestimentos, sistemas precários de escoamento de água, dentre outros). Este tipo de umidade pode ocorrer ou não com as chuvas. O simples fato de ocorrer precipitação, não implica em patologias de umidades com esta causa.
Figura 5: 
A figura 5 mostra quando a umidade atinge a parede. 
Figura 6:
A figura6 mostra quando a umidade atinge o muro. 
COMO EVITAR?
Umidade por intemperismo: ocorre quando a água da chuva penetra pela fachada ou pela cobertura. “Na fachada, raramente ocorre por causa da permeabilidade dos materiais usados, mas sim pela ocorrência de fissuras”, aponta Franco. Nos telhados, pode ser calha entupida ou instalação malfeita.
Para evitar o problema, a execução da fachada deve utilizar blocos de baixo potencial de movimentação interna, evitando o surgimento de fissuras. Além disso, projetar beirais, ressaltos, molduras e outros detalhes arquitetônicos impede a formação da lâmina de água contínua na fachada.
Na cobertura, telhados e calhas devem proteger a fachada contra a chuva. No caso de edifícios, é recomendado providenciar uma impermeabilização eficiente.
Umidade por condensação: fenômeno ligado à geração de vapor nos ambientes internos, principalmente em cozinhas e banheiros. Acontece quando a condição de umidade e temperatura atmosférica permite que a água se condense sobre a superfície de paredes. “Está associado a uma ventilação inadequada desses ambientes, seja por deficiência na dimensão e aberturas de esquadrias ou pelo uso inadequado desses componentes”, completa o engenheiro.
O dimensionamento das esquadrias adequado ao ambiente basta para resolver essa questão. “Em regiões muito úmidas, por exemplo, é interessante que algumas esquadrias permitam ventilação permanente para retirar o excesso de vapor gerado nesses lugares”, constata Franco.
Umidade por capilaridade: problema gerado quando a parede está inadequadamente ligada com as vigas de fundação (baldrame), estabelecendo contato com o solo. Se essasparedes tiverem uma parte enterrada, em contato com o solo úmido, está criado o caminho para a entrada da umidade pela força capilar exercida pelos poros que naturalmente existem nos componentes que constituem a alvenaria”, explica Franco.
O problema pode ser evitado isolando e afastando a parede do solo úmido durante a sua execução. Isso pode ser feito com a colocação de drenos, como brita ou geotêxtil. “Se não for possível ter acesso à manutenção do sistema de impermeabilização, sua vida útil deve corresponder à da edificação”, adverte o engenheiro.
Umidade por infiltração: acontece quando a umidade atinge diretamente a parede, sendo muito comum em ambientes enterrados — subsolos em geral — projetados sem prevenção ao lençol freático do lado de fora.
A única maneira de fugir da infiltração é por meio de corretas especificação e execução do sistema de impermeabilização, que varia de acordo com a situação. 
COMO RESOLVER?
Para sanar problemas de umidade em paredes já executadas, recomenda-se o auxílio de um profissional com experiência no assunto. “Deve ser feita uma análise minuciosa do problema para identificar a causa”, justifica Franco.
O engenheiro também diz que o custo de correção, normalmente, é superior ao que seria gasto na prevenção. “No caso de umidade por intemperismo, por exemplo, a saída vai ser a de utilizar sistemas de pintura que formem uma película impermeável de grande flexibilidade e durabilidade sobre a superfície externa das paredes”, orienta.
As tintas impermeabilizantes são comercializadas, em geral, na mesma faixa de preço das tintas premium do mercado. “Por possuírem maior teor de acrílicos, elas conferem propriedades bloqueantes à percolação de água”, explica César Serafim, engenheiro do departamento técnico da Viapol.
Já para umidade por capilaridade ou por infiltração, é necessário eliminar o contato entre a parede e o solo úmido para garantir que o problema não reapareça com o tempo. Segundo Demétrius da Rocha Ramos, engenheiro civil e assessor técnico da Weber Saint-Gobain, existem argamassas impermeabilizantes no mercado que podem resolver, mais especificamente, a umidade por capilaridade.
“É necessário remover todo o revestimento da parede e aplicar o produto direto sobre a alvenaria. A aplicação pode ser tanto pelo lado interno quanto externo do ambiente”, explica Ramos. O valor do produto é cerca de quatro vezes superior ao da argamassa convencional.
4.3 Trincas, Fissuras, Fendas e Rachaduras
Não é raro construções apresentarem trincas, fissuras, fendas ou rachaduras. Algumas passam despercebidas de quem utiliza o imóvel; outras, não. Mas a questão é: quando elas precisam ser tratadas como patologias estruturais, e necessitam do acompanhamento de um engenheiro civil, e quando estão mais relacionadas à manutenção da edificação, causando apenas desconforto estético? 
No entender do engenheiro civil Paulo Helene, professor-titular da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e diretor da PhD Engenharia, trincas e rachaduras se enquadram no termo técnico fissura. Destas, as ativas progressivas é que, na maioria das vezes, devem ser qualificadas como graves. A causa, em geral, ocorre por recalques – excesso de carga.
Já as fissuras passivas ou mortas e as ativas estacionárias, explica Paulo Helene, são graves quando superam aberturas de 0,3 mm a 0,4 mm (milímetros). “Do ponto de vista prático ou do usuário, grave é qualquer fissura que cause infiltrações ou desconforto estético ou psicológico. 
Do ponto de vista estrutural, 99% das fissuras não causam qualquer redução da capacidade resistente das estruturas, ou seja, poderiam ser desprezadas. No entanto, se não tratadas, no longo prazo podem dar origem à corrosão do aço das armaduras e essa corrosão pode vir a reduzir a capacidade resistente da estrutura“, diz o professor, qualificando fissura como sintoma, e não como manifestação patológica. Ele também alerta que nenhuma obra, por melhor construída que seja, está livre de, ao longo de sua vida útil, apresentar fissuras. 
O consultor sobre patologias em edificações e ex-laboratorista do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) Roberto Massaru Watanabe lembra que intervenções no entorno de uma edificação são grandes causadores de sintomas como trincas e rachaduras. “Construções de novos prédios na vizinhança, obras de infraestrutura de porte, como galerias de águas pluviais e de metrô, são geradores de vibrações, trepidações e modificações no lençol freático. Isso, normalmente, afeta os prédios existentes”, diz. 
Já o professor Paulo Helene completa que as casas são, geralmente, as mais prejudicadas. “Às vezes, até ações dinâmicas causadas por quem frequenta uma residência pode causar esses sintomas. Um exemplo: uma casa transformada em escola de dança ou academia de musculação tem muitas chances de apresentar fissuras“, afirma. 
Por isso, explica Watanabe, é sempre recomendável consultar um engenheiro civil ou de manutenção antes de submeter a obra a “esforços extras”. “Simples atividades rotineiras, como lavar um piso com produto inadequado, pode resultar em problemas, como o descolamento da argamassa de assentamento do piso. 
Com o tempo, a argamassa não segura mais a placa de revestimento que começa a soltar”, frisa, completando que se o comprador de um imóvel novo detectar esses sintomas no empreendimento, o construtor tem a obrigação, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, de consertar. “Durante os primeiros cinco anos, o construtor é responsável pela correção desses problemas, que, em 99% das vezes, não são estruturais”, complementa Paulo Helene. 
Existem fatores que auxiliam no aparecimento destes problemas e podemos classificar da seguinte forma: 
- Argamassa de assentamento de tijolos feita em traço incorreto; 
- Areia com contaminação ou imprópria para uso em construção; 
- Problemas estruturais; 
- Ausência de zonas de dilatação na estrutura; 
- Influência de épocas de verão muito intenso e ventos.
 4.4 Definições para Fissura, Trinca, Rachadura e Fenda 
4.4.1 Fissura 
Estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta aberturas finas e alongadas na sua superfície. Exemplo: a aplicação de uma argamassa rica em cimento apresentou, após a cura, muitas fissuras em direções aleatórias. As fissuras são, geralmente, superficiais e não implicam, necessariamente, em diminuição da segurança de componentes estruturais. 
Como Resolver?
O tratamento deste tipo de patologia, deve ser efetuada por um profissional qualificado e que tenha pelo menos algum treinamento na área, desta forma para a completa correção algumas medidas devem ser tomadas para tratá-las, tais como: 
- Aplicação de fita de poliéster, para uso neste tipo de reparo, a colocação da fita permitirá que a superfície possa dilatar sem que novas fissuras surjam; 
- Utilização de massa acrílica para regularizar a superfície e esconder a fita; 
- Pintura com tinta no mesmo tom da parede; 
4.4.2 Trinca 
Estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta partido, separado em partes. Exemplo: a parede está trincada, isto é, está separada em duas partes. Em muitas situações, a trinca é tão fina que é necessário o emprego de aparelho ou instrumento para visualizá-la. As trincas, por representar a ruptura dos elementos, podem diminuir a segurança de componentes estruturais de um edifício, de modo que mesmo que seja muito pequena e quase imperceptível deve ter a causa ou as causas minuciosamente pesquisadas. 
Como Resolver? 
Uma das características que diferencia as trincas das fissuras em paredes, são dimensões superiores a 0,5mm, em alguns casos o tratamento realizado será semelhante ao da fissura, desde que haja uma verificação por um profissional qualificado como um engenheiro, indicado as causas das trincas e soluções. 
4.4.3 Rachadura 
Estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferências indesejáveis.Exemplo: pela rachadura da parede entra vento e água da chuva. As rachaduras, por proporcionarem a manifestação de diversos tipos de interferências, devem ser analisadas caso a caso e serem tratadas antes do seu fechamento. 
Como Resolver? 
Agora para correção de rachaduras o processo exige uma análise mais profunda dos problemas estruturais que não são visíveis, mas geralmente a técnica aplicada é a utilização de grampos de ferro para união da estrutura e reforço estrutural. 
4.4.4 Fenda 
Estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que pode ocasionar acidentes. Exemplo: um veículo caiu dentro da fenda aberta no asfalto. 
Como Resolver?
As fendas, por terem causas geralmente não visíveis (como solapamento do subsolo) podem ficar incubando por longo período e manifestar-se de forma instantânea, causando acidentes graves. 
Considerações 
A contratação de um profissional qualificado determinará qual o melhor tipo de tratamento, sendo as dicas acima, algumas soluções para o problema, o que não tira a necessidade da análise de um engenheiro civil para determinar o processo de reparo. 
CONCLUSÃO
A ação da umidade, e os problemas dela decorrente, estão inseridos em todas as fases da vida de uma edificação, sendo que iniciam no projeto e perduram em sua manutenção vitalícia. Portanto, tendo em vista todo o exposto, depreende-se que a prevenção desde a gênese do empreendimento é a melhor solução, devendo corrigir erros desde a fase de projeto. Observar a escolha do material humano e dos insumos utilizados, para que assim evite-se patologias diante de uma boa impermeabilização. O processo impermeabilizante será salutar para evitar problemas futuros. Não é possível olvidar sobre a ação das intempéries climáticas e a reação da edificação com esta, o que influenciará diretamente na ação da umidade, bem como a carga que o processo impermeabilizante suportará ou não. Pois caso tais fatos sejam ignorados possivelmente o custo final será alçado tendo em vista a necessidade de alteração de parte já edificada. Sendo assim, concluir-se-á que a preparação e estudo de forma global de todos os agentes envolvidos, em especial o processo de impermeabilização, obstando de certo modo a ação da água, na edificação é a melhor solução para que assim tenha-se uma obra menos dispendiosa e com melhor segurança e conforto para o capital humano que dela usufrui. 
 
 REFERENCIAS
“Levantamento De Causas De Patologias Na Construção Civil”. Disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10007893.pdf>. Acesso em 14 de Junho de 2017.
“Patologias Na Construção Civil”. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=17&Cod=1339>. Acesso em 14 de Junho de 2017.
“Diferença de Fissura e Trinca de Paredes e Como Tratar”. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=17&Cod=1930>. Acesso em 14 de Junho de 2017.
“Trincas, Fissuras, Fendas e Rachaduras Exigem Cuidados”. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=17&Cod=1579>. Acesso em 14 de Junho de 2017.
“O que é Patologia das Construções? ”. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=17&Cod=1620>. Acesso em 14 de Junho de 2017.
“Patologias Ocasionadas pela Umidade nas Edificações”. Disponível em: http://pos.demc.ufmg.br/novocecc/trabalhos/pg1/Patologias%20Ocasionadas%20Pela%20Umidade%20Nas.pdf.> Acesso em 14 de Junho de 2017.
“Como Proteger um Muro Contra Infiltrações”. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=1955> Acesso em 14 de Junho de 2017.
“Principais Problemas Causados Pela Umidade na Alvenaria”. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=36&Cod=1802 >. Acesso em 14 de Junho de 2017.
“Umidade na Parede: Saiba Como Evitar e Resolver”. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/umidade-na-parede-saiba-como-evitar-e-resolver_13303_10_0 > Acesso em 14 de Junho de 2017.

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