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Metabolismo Microbiano UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Departamento de Ouro Preto CBI 618 – Microbiologia Geral Bibliografia: Pelczar: Capítulos 11 e 12 Tortora: Capítulo 5 REAÇÕES CATABÓLICAS E ANABÓLICAS Conceitos gerais: Metabolismo:soma de todas as reações químicas de um organismo vivo. Catabolismo: reações de quebra de moléculas complexas em compostos mais simples, com geração de energia. Anabolismo: conjunto de reações de síntese de moléculas orgânicas complexas a partir de moléculas mais simples. Há consumo de energia. Reações catabólicas fornecem energia para as reações anabólicas ou biossintéticas! Acoplamento das reações anabólicas e catabólicas é obtido através do ATP: ATP ADP + P + energia Reações anabólicas ou biossintéticas: ADP + P + energia ATP Reações catabólicas: GERAÇÃO DE ATP 1) Fosforilação em nível de substrato: ATP é gerado quando um P de alta energia é transferido diretamente de um composto orgânico fosforilado (um substrato) ao ADP. 2) Fosforilação oxidativa: elétrons provindos de coenzimas reduzidas durante o catabolismo fluem por uma cadeia transportadora de elétrons, gerando a energia necessária à síntese de ATP. 3) Fotofosforilação: energia luminosa é convertida em energia química na forma de ATP e NADPH. O fluxo de elétrons durante a fotossíntese gera as condições necessárias para a síntese de ATP. + ADP ATP + C—C—C C—C —C P ENZIMAS: AGENTES DO METABOLISMO CELULAR MECANISMO DE AÇÃO ENZIMÁTICA Classe Tipo de reação química catalisada Exemplos Oxirredutase Oxirredução na qual elétrons e hidrogênio são ganhos ou perdidos Citocromo oxidase, lactato desidrogenase Transferase Transferência de grupos funcionais Acetato cinase, alanina desaminase Hidrolase Hidrólise (adição de água) Lipase, sacarase Liase Remoção de grupos de átomos sem hidrólise Oxalato descarboxilase Isomerase Rearranjo de átomos dentro de uma molécula Glicose-fosfato isomerase Ligase União de duas moléculas (usando geralmente energia derivada da quebra de ATP) Acetil-CoA sintetase, DNA ligase CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS COM BASE NO TIPO DE REAÇÃO CATALISADA Vitamina Funções Vitamina B1 (Tiamina) Metabolismo do ácido pirúvico Vitamina B2 (Riboflavina) Ativa na transferência de elétrons Niacina (Ácido nicotínico) Ativa na transferência de elétrons Ácido pantotênico Coenzima A, metabolismo de ácido pirúvico e lipídeos Biotina Fixação de CO2, síntese de ácidos graxos Ácido fólico Sintese de purinas e pirimidinas Vitamina E Síntese macromolecular Vitamina K Transporte de elétrons VITAMINAS SELECIONADAS E SUAS FUNÇÕES FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Temperatura FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Temperatura pH FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Temperatura pH Concentração do substrato FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Temperatura Inibidores pH Concentração do substrato FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Inibição por retroalimentação Síntese de isoleucina em E. coli: 5 passos catalisados enzimaticamente. Adição de isoleucina inibe a primeira enzima da via biossintética REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO A B A oxidada B reduzida POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO Par Redox E’0 (volts) O2/H2O 0,82 Fe3+/Fe2+ 0,77 NO3 -/NO2 - 0,42 Citocromo c oxidado/reduzido 0,25 Acetaldeído/etanol 0,20 SO4 2-/S2- -0,22 NAD+/NADH -0,32 CO2/CH4 -0,35 H+/H2 -0,42 > E’0 = tendência de receber elétrons (ser reduzido) < E’0 = tendência de perder elétrons (ser oxidado) >E’0 > energia liberada na reação de oxirredução REAÇÕES BIOLÓGICAS DE OXIRREDUÇÃO VIAS METABÓLICAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA METABOLISMO DE CARBOIDRATOS: Glicólise: oxidação da glicose a ácido pirúvico com produção de ATP e energia contida em NADH. Ciclo de Krebs: oxidação de um derivado do ácido pirúvico (acetil coenzima A) a dióxido de carbono, com produção de ATP, energia contida em NADH e FADH2. Cadeia de transporte de elétrons: NADH e FADH2 são oxidados. Cascata de reações de oxirredução envolvendo uma série de transportadores de elétrons. A energia dessas reações é utilizada para gerar grande quantidade de ATP. VISÃO GERAL DA RESPIRAÇÃO E DA FERMENTAÇÃO Glicólise: Glicólise: RESPIRAÇÃO AERÓBICA Ciclo de Krebs Oxalacetato Isocitrato Malato -cetoglutarato NAD+ NADH + H+ + CO2 Succinil CoA CoA NAD+ NADH + H+ + CO2 CoA Succinato GDP + Pi GTP + CoA Fumarato FAD+ FADH2 NAD+ NADH + H+ Piruvato Acetil CoA CoA NAD+ + CoA NADH + H+ + CO2 Citrato CoA CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS Energia QUIMIOSMOSE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E GERAÇÃO QUIMIOSMÓTICA DE ATP REAÇÃO TOTAL PARA A RESPIRAÇÃO EM MICRORGANISMOS PROCARIOTOS C6H12O6 + 6O2 + 38ADP + 38P 6CO2 + 6H2O + 38ATP Glicose Oxigênio Dióxido de carbono Água Resumo da respiração aeróbica em procariotos RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA Respiração anaeróbica: o aceptor final de elétrons é uma substância inorgânica diferente do oxigênio (O2) Aceptor de elétrons pode ser: NO3 -, SO4 -, CO3 2- Tem rendimento energético menor do que a respiração aeróbica. Desnitrificação: NO3 - NO2 - NO N2O N2 POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO Par Redox E’0 (volts) O2/H2O 0,82 Fe3+/Fe2+ 0,77 NO3 -/NO2 - 0,42 Citocromo c oxidado/reduzido 0,25 Acetaldeído/Etanol 0,20 SO4 2-/S2- -0,22 NAD+/NADH -0,32 CO2/CH4 -0,35 H+/H2 -0,42 > E’0 = tendência a receber elétrons (ser reduzido) < E’0 = tendência a perder elétrons (ser oxidado) >E’0 > energia liberada na reação de oxirredução FERMENTAÇÃO Libera energia de açúcares ou moléculas orgânicas, tais como aminoácidos, ácidos orgânicos, purinas e pirimidinas; Não requer oxigênio, mas algumas vezes pode ocorrer na presença deste; Não requer o uso do ciclo de Krebs ou de uma cadeia de transporte de elétrons; Utiliza uma molécula orgânica como aceptor final de elétrons; Produz somente pequenas quantidades de ATP (grande parte da energia original dos compostos catabolizados permanece ainda nas ligações químicas dos compostos orgânicos formados). RECUPERAÇÃO DE COENZIMAS OXIDADAS FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA E LÁTICA TESTE DE FERMENTAÇÃO Tubos de Durham (prod. de gás) Indicador de pH: vermelho de fenol Reação alcalina cor do meio inalterada (não há produção de ácido) Reação ácida o meio torna-se amarelo (há produção de ácido) Organismo Produtos finais da fermentação Streptococcus, Lactobaciillus, Bacillus Ácido lático Saccharomyces Etanol e CO2 Propionibacterium Ác. propiônico, ác. acético, CO2, H2 Clostridium Ác. butírico, butanol, acetona, álcool isopropílico e CO2 Escherichia, Salmonella Etanol, ác. lático, ác. succínico, ác. acético, CO2, H2 Enterobacter Etanol, ác. lático, ác. fórmico, butanodiol, acetoína, CO2, H2 PRODUTOS FINAIS DE VÁRIAS FERMENTAÇÕES MICROBIANAS A PARTIR DO PIRUVATO Processo de produção de energia Condições de crescimento Aceptor final de elétrons Tipo de fosforilação usada para gerar ATP ATP produzido Respiração aeróbica Aeróbica O2Em nível de substrato e oxidativa 36 ou 38 ATP Respiração anaeróbica Anaeróbica NO3 -, SO4 -, CO3 2- Em nível de substrato e oxidativa Variável (<38 e >2 ATP) Fermentação Aeróbica ou anaeróbica Composto orgânico Em nível de substrato 2 COMPARAÇÃO ENTRE RESPIRAÇÃO AERÓBICA, RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA E FERMENTAÇÃO POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO Par Redox E’0 (volts) O2/H2O 0,82 Fe3+/Fe2+ 0,77 NO3 -/NO2 - 0,42 Citocromo c oxidado/reduzido 0,25 Acetaldeído/Etanol 0,20 SO4 2-/S2- -0,22 NAD+/NADH -0,32 CO2/CH4 -0,35 H+/H2 -0,42 > E’0 = tendência a receber elétrons (ser reduzido) < E’0 = tendência a perder elétrons (ser oxidado) >E’0 > energia liberada na reação de oxirredução
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