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MS volta a atribuir crise do Hospital São 
Paulo a ‘falta de gestão’ 
Por Roberta Massa B. Pereira | 12.07.2017 | 0 comentários 
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‘Lamentavelmente o hospital não quer fazer o corte das despesas 
desnecessárias’, declarou Ricardo Barros; reitora da Unifesp 
afirma ter reduzido custos em diversas áreas. 
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, voltou a criticar a gestão do 
Hospital São Paulo (HSP), ligado à Universidade Federal de São 
Paulo (Unifesp). 
Segundo ele, a instituição está em crise por ter um problema de “falta 
de gestão”, pois recebe recursos suficientes para se manter. 
O que inclui o pagamento de metade da folha de pagamento pela 
União, o recebimento de recursos do Certificação de Entidades 
Beneficentes de Assistência Social (Cebas) e o pagamento de 
procedimentos e medicamentos de acordo com a tabela SUS. 
 
“Não há outra justificativa. Com 50% da folha paga, não conseguir 
tocar o hospital é falta de gestão. 
Já disse isso a eles, já mostrei o caminho, mas, lamentavelmente, não 
se quer fazer o corte das despesas desnecessárias”, declarou durante 
a coletiva de imprensa do Plano Nacional de Assistência à Criança 
com Cardiopatia Congênita. 
Realizada nesta terça-feira, 11, no Instituto do Coração (Incor), do 
Hospital de Clínicas de São Paulo. 
“Não vamos mais pagar para o ineficiente, vamos cobrar gestão de 
todos para termos recursos para atender novos procedimentos como 
esse que fazemos aqui hoje.” 
Em maio, o HSP teve suspenso o recebimento do Programa Nacional 
de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). 
O que, segundo Barros, ocorreu porque a instituição seria filantrópica 
em vez de universitária. 
“Ela não receberá o Rehuf a não ser que mude a figura política do seu 
hospital, se transforme em um hospital universitário, de administração 
direta da universidade, e aí deixará de receber o Cebas. 
Ela não pode ter as duas coisas ao mesmo tempo”, afirmou. 
O ministro ainda declarou que a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, 
não se convenceu da mudança por ser um “agente político”. 
“Nós não podemos tratar dessa forma, nós temos que tratar 
tecnicamente”, comentou. 
Resposta 
Em nota, a Unifesp reafirmou o caráter do HSP como hospital 
universitário, o que seria embasado no decreto federal 7082/2010 e na 
portaria interministerial 883, também de 2010. 
E disse que os recursos do Rehuf são “fundamentais” para a compra 
de medicamentos, insumos hospitalares, pagamento de serviços e 
apoio à formação de 1.164 estudantes de graduação e 1.700 
residentes médicos e multiprofissionais. 
“A equipe da Unifesp, com a procuradoria federal, encaminhou um 
parecer aos ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS) em 15 
de maio de 2017. 
Demonstrando que não há impedimentos na regulamentação do 
Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área 
de Educação (Cebas) para o recebimento dos recursos do Rehuf. 
Desde, então, ainda não recebeu nenhum parecer oficial destes 
ministérios”, informou. 
Além disso, a Unifesp diz ter reduzido em 15% os custos com 
contratos de serviço, devolvido 11 imóveis assistenciais. 
Além de ter renegociado valores de locação, reduzido em 440 o 
número de funcionários em dois anos. 
Negociado dívidas bancárias e aderido ao Prosus (Programa de 
fortalecimento das entidades privadas filantrópicas e das entidades 
sem fins lucrativos que atuam na área de saúde). 
“A instituição está fazendo a gestão com escassos recursos”, 
escreveu na nota. 
“A instituição entende que é dever do MS (Ministério da 
Saúde) ajudar os hospitais do SUS com aporte de recursos, que hoje 
são insuficientes para todo o sistema, ao invés de tecer contínuas 
críticas”, informou. 
“A Unifesp refuta veementemente a afirmação de que a reitora é uma 
agente política, já que não possui filiação partidária. 
A Unifesp é uma instituição isenta de ligações com partidos políticos 
ou governos, tendo como funções exclusivas o ensino, a pesquisa e a 
extensão.” 
Fonte: Estadão-12.07.2017.