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Profª Cláudia Utagawa Disposições gerais Mesorderma esplânico, que forma o primórdio do coração;▪ Mesordermas paraxial e lateral, próximos aos placodes óticos;▪ Mesorderma faríngeo;▪ Células da crista neural da região entre as vesículas óticas e o limite caudal do terceiro par de somitos;▪ O desenvolvimento cardíaco inicia no meio da terceira semana, graças à necessidade do embrião de suprir as demandas de oxigên io e nutrientes, que passam a não ser devidamente supridas graças ao seu rápido crescimento. O sistema cardiovascular deriva, principalmente de: Desenvolvimento inicial do coração e dos vasos sanguíneos As células progenitoras cardíacas se encontram no epiblasto, imediatamente adjacentes à parte cranial da linha primitiva. De lá, elas migram através da linha primitiva para a camada esplâncnica do mesoderma da placa lateral, onde algumas formam um aglomerado celular em formato de ferradura ch amado de área cardiogênica primária (ACP) ou primeiro campo cardíaco (PCC), cranial às pregas neurais. À medida que as células progenitoras cardíacas migram através da linha primitiva no 16° dia da gestação aproximadamente, elas são especificadas em ambos os lados (no sentido lateral para medial) para se tornarem as diferentes partes do coração. As células do campo cardíaco primário formam os átrios, o ventrículo esquerdo e parte do ventrículo direito de acordo com sua diferenciação. O resto do ventrículo direito e da via de saída (cone arterial e tronco arterioso ou arterial) é derivado do segundo campo cardíaco (SCC), que também contribui com células para a formação dos átrios na extremidade caudal do coração. Esse campo secundário de células está localizado no mesoderma esplâncnico ventral à faringe. O primórdio do coração é observado no 18º dia de desenvolvimento no mesoderma cardiogênico, região anterior da membrana orofaríngea (derivada da placa precordal), com a formação de dois cordões angioblásticos laterais. Morfogênese do Coração terça-feira, 1 de agosto de 2017 08:00 Página 1 de Embriologia e Genética Durante a 4° semana, o dobramento lateral do disco embrionário une os pólos caudais da ferradura da linha média, criando um único tubo cardíaco. Inicialmente, a parte central da área cardiogênica é anterior à membrana orofaríngea e à placa neural. Com o fechamento do tubo neural e a formação das vesículas cefálicas, o sistema nervoso central cresce no sentido cranial tão rapidamente que se estende sobre a região cardiogênica central e a futura cavidade pericárdica. Como resultado do crescimento do cérebro e das pregas cefálicas do embrião, a membrana orofaríngea é puxada para a frente, enquanto o coração e a cavidade pericárdica se movem inicialmente para a região cervical e finalmente para o tórax. Esses cordões angioblásticos se canalizam formando os tubos endocárdicos cardíacos que se aproximam durante o dobramento lateral do embrião no plano horizontal, se fusionando da extremidade cranial (cefálica) em direção a extremidade caudal, resultando em um único tubo cardíaco, o coração primitivo (coração tubular). Durante o desenvolvimento do tubo cardíaco, o miocárdio se espessa e secreta uma camada de matriz extracelular e rica em ácido hialurônico chamada geleia cardíaca, que o separa do endotélio, formando a camada subendocárdica. Além disso, a formação do órgão proepicárdico ocorre nas células mesenquimais localizadas na borda caudal do mesocárdio dorsal. Tudo endotelial delgado: endocárdio○ Tecido conjuntivo gelatinoso, ou geléia cardíaca: camada subendocardial○ Mesoderma extraembrionário esplânico que circunda a cavidade pericárdica: miocárdio primitivo○ Células mesoteliais da superfície externa do seio venoso: epicárdio○ As células dessa estrutura proliferam e migram sobre a superfície do miocárdio para formar a camada epicárdica (epicárdio) docoração. Desse modo, o tubo cardíaco consiste em três camadas: (1) o endocárdio, que forma o revestimento endotelial interno do coração; (2) o miocárdio,que constitui a parede muscular; e (3) o epicárdio ou pericárdio visceral, que cobre o exterior do tubo. Essa camada externa é responsável pela formação das artérias coronarianas, incluindo seu revestimento endotelial e o músculo liso. Com o dobramento do embrião, o coração passa a se localizar na parte pré-cordal. Juntamente com a inserção do futuro órgão naquela determinada localização, há o crescimento das costelas e a fusão do esterno, assim como o fechamento do abdomen e da pelve. Normalmente, espera-se que a junção total do esterno seja feita após a completa inserção do coração. Porém, há casos em que isso não acontece, gerando anomalias como a Pentalogia de Cantrell. Página 2 de Embriologia e Genética Conforme o coração se alonga e dobra, ele gradualmente invagina-se para a cavidade pericárdica. Inicialmente, o coração está suspenso pelo mesocárdio dorsal, que logo se degenera, formando uma comunicação entre o lado direito e esquerdo da cavidade pericárdica, o seio pericárdico transverso, ficando o coração aderido apenas por suas extremidades cranial (cefálica) e caudal. Há a fusão dos tubos cardíacos e a invaginação para dentro da cavidade pericárdica com o desenvolvimento e dobramento do coração. Simultaneamente, o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas, ficando dividido em 5 partes: tronco arterioso (extremidade cranial), bulbo cardíaco, ventrículo, átrio primitivo e seio venoso (extremidade caudal). Página 3 de Embriologia e Genética O tronco arterioso (extremidade cranial) é contínuo com o saco aórtico do qual as artérias dos arcos faríngeos surgem. Já o seio venoso (extremidade caudal) é fixado pelo septo transverso. O coração tubular sofre um giro para a direita formando uma alça em forma de U que resulta em um coração com o ápice voltado para a esquerda. À medida que o coração se dobra, o átrio e o seio venoso se tornam dorsais ao tronco arterioso, bulbo cardíaco e ventrículo. O crescimento diferente entre átrio e ventrículo (ventrículo cresce mais) ocasiona a rotação do coração, colocando o átrio acima dos ventrículos. Isso acontece via sinalização genética. Resumo do processo descrito Página 4 de Embriologia e Genética
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