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PAREDE ABDOMINAL FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CURSO DE MEDICINA Cleice Milene Strada Ellyca Dantas Luiz Henrique P. Tourinho ABDOME Situado entre o tórax e a pelve; Dinâmico e flexível; A contenção anterolateral é feita pelas paredes musculoaponeuróticas; A contenção superior é feita pelo diafragma; A contenção inferior é feita pelos músculos da pelve. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. REGIÕES E PLANOS O abdome pode ser dividido em: 9 regiões delimitadas por 4 planos: • 2 sagitais (verticais): planos medioclaviculares • 2 transversos: plano subcostal e plano intertubecular 4 quadrantes delimitados por 2 planos: • Plano transumbilical • Plano mediano MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME A Parede é músculo-aponeurótica O limite entre a parede anterior e as paredes laterais é indefinido. Estende-se da caixa torácica até a pelve. Formada por pele e tecido subcutâneo ( gordura, músculos, aponeuroses e fáscia muscular, gordura extraperitoneal e peritônio). MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Limites da parede abdominal ântero- lateral Superiormente Inferiormente •Cartilagens das 7ª-10ª costelas •O processo xifóide do esterno •Ligamento Inguinal •Margens superiores das faces ântero-laterais do cingulo do m. inferior. FÁSCIA DA PAREDE ANTEROLATERAL O tecido subcutâneo situado sobre a maior parte da parede constitui um importante local de armazenamento de gordura. Tecido celular subcutâneo : - A fáscia de Camper : Mais superficial e é um verdadeiro panículo adiposo. - A fáscia de Scarpa : Mais profunda e é composta por tecido fibroso, contem pouca ou nenhuma gordura. Suas fibras são elásticas e de tonalidade amarelada. Fáscias de revestimento ( muscular) : cobrem as faces externas das três camadas musculares da P. Ântero-lateral e suas aponeuroses. - Superficial - Intermediária - Profunda Fáscia transversal: mais firme. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. MÚSCULOS DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME Há cinco músculos na parede anterolateral do Abdome: três músculos planos e dois músculos verticais Os três músculos planos são todos laminares e com suas fibras orientadas em sentido diferentes : Oblíquo externo, Oblíquo interno e transverso do abdome. Os dois músculos verticais , contidos na bainha do músculo resto são : O reto do abdome e o piramidal. http://1.bp.blogspot.com/- gT4vOTytexc/TiR6e_cot3I/AAAAAAAAAFY/Ows75EmHY0s/s1600/M%25C3%25BAsculo s+do+Abdome.JPG A aponeurose toracolombar que serve de origem aos músculos oblíquo interno e transverso é uma membrana aponeurótica, que se prende, medialmente, às vértebras torácicas e lombares. MÚSCULOS DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO É o maior e mais superficial dos 3 músculos planos da parede ântero- lateral Ao contrário das duas camadas profundas, o O. E. não se origina posteriormente da aponeurose toracolombar. As fibras musculares tornam-se aponeuróticas da LMC medialmente e na linha espinoumbilical inferiormente, formando uma lâmina de fibras tendíneas que se cruzam na linha alba. O Músculo O. E. e o músculo O. I. contralaterais formam juntos um “músculo digástrico”. Inserção, origem e inervação. ( TABELA) MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO Músculo intermediários dos três músculos planos do abdome. É uma lâmina muscular fina que se abre em leque ântero-medialmente. Suas fibras inferiores se originam da metade lateral do ligamento inguinal, e suas fibras carnosas seguem perpendiculares àquelas do músculo oblíquo externo. Suas fibras também se tornam aponeuróticas aproximadamente na LMC do oblíquo externo e participam da formação da bainha do músculo reto. Inserção, origem e inervação. ( TABELA) MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME As fibras do M. transverso do abdome, o mais interno, seguem mais ou menos transversalmente, exceto as inferiores, que seguem paralelas àquelas do músculo oblíquo interno. As fibras também terminam em uma aponeurose que contribui para a formação do músculo reto. Entre o músculo O. I. e o m. transverso já uma placa neurovascular. http://epifiseproximal.files.wordpress.com/2013/05/mc3basculo-reto-do-abdome.jpg MÚSCULO RETO DO ABDOME Longo, Largo, semelhante a uma tira. É o principal músculos vertical da parede anterior do abdome. O par de músculos retos, separados pela linha alba, se aproxima inferiormente. 3 vezes mais largo superiormente do que inferiormente. A maior parte do músculo é revestida pela bainha do reto. E é fixado trasnversalmente à Lâmina anterior da bainha do m. reto em 3 ou mais interseçoes tendíneas. MÚSCULO PIRAMIDAL Pequeno músculo triangular. Ausente pelo menos em 20 % das pessoas. Situa-se anteriormente à parte inferior do músculo reto do abdome e se fixa à face anterior do púbis e ao ligamento púbico anterior. Termina na Linha Alba. Quando presente é usado como ponto de referência em incisões abdominais medianas precisas. http://guiadamusculacao.com.br/wp- content/uploads/2012/07/abdomen21.jpg http://www.auladeanatomia.com/sistemamuscular/abdomensuperficial.jpg BAINHA DO MÚSCULO RETO, LINHA ALBA E UMBIGO BAINHA DO MÚSCULO RETO DO ABDOME Tendínea, aponeurótica e resistente. A bainha do músculo reto é o compartimento fibroso incompleto e forte dos músculos reto do abdome e piramidal. Também são encontrados na bainha do reto as artérias e veias epigástricas superiores e inferi-ores, os vasos linfáticos e as partes distais dos nervos tora-coabdominais A bainha é formada pelas aponeuroses de inserção dos três músculos planos ântero-laterais. A aponeurose do músculo oblíquo externo contribui para a parede anterior da bainha em toda a sua extensão. Os dois terços superiores da aponeurose do músculo oblíquo interno dividem-se em duas lâminas, uma lâmina passa anteriormente ao múscul que se une a aponeurose do m.externo, e a outra passa posteriormente e se une a aponeurose do m. transverso. BAINHA DO MÚSCULO RETO DO ABDOME LINHA ALBA E UMBIGO É constituída pela união das fibras aponeuróticas dos músculos laterais do abdome na linha mediana sendo uma faixa tendínea que se estende do processo xifóide à sínfise púbica. Dá a passagem a pequenos vasos e nervos para a pele. Contém o anel umbilical, do qual entravam e saiam os vasos umbilicais fetais do cordão umbilical e da placenta. Todas as camadas da parede anterolateral do abdome se fundem no umbigo. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. FUNÇÕES E AÇÕES DOS MÚSCULOS ANTERO- LATERAIS DA PAREDE ABDOMINAL Os Músculos anterolaterais formam uma firme, porém flexível parede que :Mantém as vísceras abdominais dentro da cavidade abdominal. Protege-as de lesões Ajuda na manutenção na postura ereta contra a ação da gravidade. A contração ajuda tanto na expiração normal quanto na forçada. Envolvidos em qualquer ação que aumente a pressão intra- abdominal (parto, a micção e defecção ) INERVAÇÃO http://pt.slideshare.net/daniellyfaguiar/anatomia-parede-abdominal NERVOS DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME A Parede e os músculos da parede anterolateral do abdome são supridas pelo seguintes nervos: Nervos toracoadbdominais Ramos cutâneos laterais (torácicos) Nervo subcostal Nervos ílio-hipogástrio e iloinguinal. Ramos cutâneos anteriores abdominal dos nervos toracoabdominais : T7-T9 T11/ T12/L11 T10 Inerva a pele ao redor do umbigo. Suprem a pele superior do umbigo. Suprem a pele inferior do umbigo. VASCULARIZAÇÃO http://pt.slideshare.net/daniellyfaguiar/anatomia-parede-abdominal VASOS DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME A pele e o tecido subcutâneo da parede abdominal drenam : Superiormente para a veia torácica interna (medialmente). Lateralmente para a veia torácica lateral. Inferiormente para as veias epigástricas superficiais e inferiores. Os Vasos sanguíneos primários (artérias e veias) são: Vasos epigástricos e ramos dos vasos musculofrênicos dos vasos torácicos internos. Vasos epigástricos inferiores e circunflexos ilíacos profundos dos vasos ilíacos externos. Vasos circunflexos ilíacos superficiais e epigástricos superficiais da artérias femoral e veia safena magna, respectivamente. Vasos intercostais posteriores do 11 º espaço intercostal e os ramos anteriores dos vasos subcostais. SUPRIMENTO ARTERIAL DA PAREDE ÂNTERO-LATERAL DO ABDOME : • Além daquelas apresentadas na tabela, livros mais recentes incluem: Artéria Origem Trajeto Distribuição Musculofrênica Artéria torácica interna Desce ao longo da margem costal Parede abdominal superficial e profunda do hipocôndrio; diagrama ântero lateral 10ª e 11º artérias intercostais posteriores Aorta Artérias continuam além das costelas para descerem entre os m. O.I. e o Transvero do abdome. Parede abdominal superficial e profunda da região lateral. As veias da parede do abdome, em sua maioria, são satélites às respectivas artérias. FACE INTERNA DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. FACE INTERNA DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME Recoberta por: Fáscia transversal, gordura extraperitoneal e pelo peritônio parietal. Tem 5 pregas peritoneais umbilicais: Prega umbilical mediana: estende-se do ápice da bexia até o umbigo, cobre o ligamento umbilical mediano. Duas pregas umbilicais mediais: cobrer os ligamentos umbilicais mediais. Duas prega umbilicais laterais: cobrem os vasos epigástricos inferiores. As depressões laterais às pregas umbilicais são as fossas peritoneais: Locais de possíveis Hérnias São elas: - Fossas supravesicais: entre as Pregas umbilicais medianas e mediais. - Fossas inguinais mediais : entre as pregas mediais laterais e mediais – trígonos inguinais. - Fossas inguinais laterais: laterais às pregas umbilicais laterais, incluem os anéis inguinais profundos. FACE INTERNA DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME A parte supra-umbilical da face interna da parede anterior do abdoe possui uma reflexão peritoneal com orientação sagital, o Ligamento Falciforme( se estende entre a pare ântero-superior do abdome e o figado). Ligamento redondo( se estendia do umbigo até o figado no período pré-natal) e veias umbilicais na margem livre inferior. FACE INTERNA DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME HÉRNIAS DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME Uma ilustração de Prática de Caspar Stromayr (1559). O manuscrito coberto retrata a reparação de hérnias e hidroceles. • Hérnia é a protrusão de uma estrutura, víscera ou órgão da cavidade à qual pertence. HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL HÉRNIAS ABDOMINAIS DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME Ocorrem nas regiões inguinais, umbilical e epigástrica. • Hérnias umbilicais: – Persistência do anel umbilical sem o fechamento de sua camada aponeurótica após o nascimento – Infância: defeito congênito verdadeiro – Adulto: secundária a um defeito adquirido – Tratamento cirúrgico - Resultam do aumento da pressão intra-abdominal HÉRNIAS ABDOMINAIS DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME Hérnias umbilicais adquiridas: as gorduras extraperitonealis protraem –se para o saco hérniano. Hérnias de Spigel: ocorrem ao longo das linhas semilunares. • Hérnias Epigástricas – Ocorre na linha mediana entre o processo xifóide e o umbigo. – Protrusão de gordura pré- peritoneal ou do próprio peritôneo através de defeito da linha alba – Tratamento: fechamento simples do defeito da linha alba HÉRNIAS ABDOMINAIS DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME • Hérnias Incisionais ou Ventrais – Protrusões do conteúdo abdominal através de orifícios da parede abdominal localizados em áreas de incisão cirúrgica prévia HÉRNIAS ABDOMINAIS DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME • Hérnias Incisionais ou Ventrais – Etiologia • Infecção da ferida cirúrgica • Obesidade • Idade avançada • Anemia • Ascite • Uso de corticosteróides e quimioterapia • Hipoalbuminemia • Diabetes – Tratamento cirúrgico HÉRNIAS ABDOMINAIS DA PAREDE ANTERO- LATERAL DO ABDOME REGIÃO INGUINAL Corresponde à região da virilha Estende-se entre a EIAS e o tubérculo púbico É importante tanto do ponto de vista anatômico quanto clínico O canal inguinal é ponto de passagem das gônodas masculinas, que de se formam no abdome e migram, posteriormente, para o períneo. Esse processo é denominado de criptorquidia LIGAMENTO INGUINAL E TRATO ILIOPÚBICO Formam uma estrutura flexora bilaminar, um retináculo ( faixas fibrosas espessas) que estende-se da EIAS até o tubérculo púbico. De tal forma, conferem, em parte, ao quadril, a sua movimentação original A baixo encontra-se o espeço subinguinal, região por onde passam músculos e estruturas neurovasculares Ligamento inguinal – constitui a parte inferior extrema da aponeurose do músculo oblíquo externo Trato iliopúbico - margem inferior da fáscia transversal, que segue paralela ao ligamento inguinal Orifício miopectíneo – local de hérnias femorais e inguinais diretas e indiretas CANAL INGUINAL Formada, em homens, quando ocorre a descida dos testículos Em adultos, possui cerca de 4 cm que segue no sentido inferomedial através da parte inferior da parede abdominal anterolateral. É paralelo à porção medial do ligamento inguinal Conteúdo: • Homens – funículo espermático • Mulheres – ligamento redondo do útero Anel inguinal profundo: É a entrada do canal inguinal Está localizado superiormente à região intermediária do ligamento inguinal e lateralmente à artéria epigástrica Anel inguinal superficial: É a saída dos elementos que constituem o canal inguinal Os pilares são partes de aponeurose que formam o anel inguinal superficial:• Pilar lateral – tubérculo púbico • Pilar medial – crista púbica Fibras intercrurais ajudam a evitar o afastamento dos pilares DESENVOLVIMENTO DO CANAL INGUINAL Homens O gubernáculo masculino liga o testículo primitivo à parede abdominal anterolateral. O processo vaginal atravessa o canal inguinal em desenvolvimento, aderindo estruturas musculares à esse canal. Esse processo termina no escroto primitivo. O testículo começa a atravessar o canal inguinal a partir da 28 ª semana após o nascimento e termina após 3 dias, aproximadamente. O processo vaginal finaliza-se, aproximadamente, no 6º mês de desenvolvimento fetal. Mulheres O gubernáculo feminino une o útero primordial e o ovário ao lábio maior do pudendo em desenvolvimento Pós-natal – ligamento útero-ovárico e ligamento redondo do útero Os ovários não migram para a região inguinal devido ao fato de ocorrer a fixação dos ligamentos útero-ováricos ao útero CASOS CLÍNICOS Criptorquidia Caracterizada pelo fato de um testículo, ou os dois, não terem descido ou não terem sido retraídos para a bolsa escrotal Hérnia Inguinal Representa cerca de 75% dos casos de hérnias abdominais Tipos: Diretas – Fraqueza da parede abdominal anterior do trígono inguinal. Hérnia supravesical externa é um caso raro e é medial à hérnia inguinal direta Indiretas – Permeabilidade do processo vaginal Cistos e Hérnias do Canal de Nuck É um caso de hérnia inguinal indireta que ocorre em mulheres devido à persistência do processo vaginal , formando uma pequena bolsa peritoneal no canal inguinal. Em lactantes, esses remanescentes podem aumentar e formar cistos na parte anterior do lábio maior do pudendo PERITÔNIO E CAVIDADE PERITONEAL Peritônio é uma membrana serosa transparente que subdivide-se em duas lâminas contínuas de mesotélio: Peritônio parietal – reveste internamente a parede abdominopélvica. É sensível à pressão, dor, calor, frio e laceração Peritônio visceral – reveste vísceras, como o estômago e o intestino. É estimulado, basicamente, por distensão e irritação química. Órgãos intraperitoniais estômago e baço, por exemplo Órgãos extraperitoniais rim e bexiga urinária Cavidade peritoneal – Não contém órgãos, mas possui uma fina película de líquido peritoneal ( água, eletrólitos e outras substâncias ). Esse líquido, além de lubrificar as vísceras, contém leucócitos e anticorpos que resistem à infecção EMBRIOLOGIA DA CAVIDADE PERITONEAL Celoma intraembrionário (revestido por mesoderma ) Cavidade abdominal primordial ( revestida por peritônio parietal e a sua luz é a cavidade peritoneal ) Invaginação dor órgãos para o saco peritoneal ( formação do peritônio visceral ) FORMAÇÕES PERITONEAIS Mesentério: é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão. Ex: intestino delgado Omento: é uma extensão do peritônio que vai do estômago e da parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal. – Omento maior – Omento menor Ligamento peritoneal : é uma dupla camada peritoneal que une um órgão a outro ou à parede abdominal. Ex: fígado e estômago ( ligamento hepatogástrico) SUBDIVISÕES DA CAVIDADE PERITONEAL Saco maior ( cavidade peritoneal ) – maior parte Saco menor ( bolsa omental) – posterior ao estômago e ao omento menor. Ela permita a livre movimentação do estômago A comunicação entre as duas estruturas ocorre através do forame omental CASOS CLÍNICOS Peritonite Contaminação bacteriana durante uma laparotomia ou quando há perfuração traumática ou ruptura do intestino. Por conseguinte, sucede-se uma inflamação peritoneal PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR É formada por: 5 Vértebras lombares e discos intervertebrais associados (centralmente); Músculos da parede abdominal posterior; Plexo lombar, formado por ramos anteriores dos nervos espinais lombares; Fáscias; Diafragma; Gordura, nervos, vasos e linfonodos Parede Abdominal Posterior Vértebras lombares e sacro; Ossos pélvicos; Costelas XI e XII Músculos psoas maior: Fixação superior: • Discos intervertebrais e vértebras de T12 a L4 Fixação inferior: • Trocanter menor do fêmur. Ação: • Flexão da coxa e da coluna e o equilíbrio do tronco. Inervação: • Nervos L1, L2, L3 MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Músculos psoas menor: Fixação superior: • Discos intervertebrais e vértebras T12 e L1 Fixação inferior: • Linha arqueada do osso do quadril Ação: • Auxilia o psoas maior a fletir o tronco. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Músculo Ilíaco Fixação superior: • Parte superior da fossa ilíaca Fixação inferior: • Trocanter menor do fêmur e ao tendão do músculo psoas maior. Ação: forma, junto com o psoa maior, o músculo iliopsoas que é o principal flexor da coxa. Inervação: • Nervo femoral (L2-L4) MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Músculo quadrado do lombo Fixação superior: • 12ª costela e processos transversos lombares Fixação inferior: • Crista ilíaca. Ação: • Extensão e flexão lateral da coluna vertebral, fixação da 12ª costela durante a inspiração. Inervação: • Ramos anteriores dos nervos T12 e L1-L4 MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. INERVAÇÃO Nervos subcostais Músculo oblíquo externo Nervos lombares Músculos do dorso e inferior do tronco; membros inferiores Nervo obturatório (L2 a L4) Músculos adutores Nervo femoral (L2-L4) Músculo ilíaco, flexores do quadril e extensores do joelho Plexo lombar de nervos Nervo genitofemoral (L1 e L2); Nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico (L1) Nervo cutâneo da coxa (L2 e L3). Sensibilidade da parte superior da coxa Sensibilidade de parte da região anterior da coxa e dos genitais externos Sensibilidade da parte lateral da coxa. Tronco lombossacral (L4 e L5) Participa da formação do plexo sacral IRRIGAÇÃO ARTERIAL A maioria das artérias que irrigam a parede abdominal posterior originam-se da parte abdominal da aorta. Ela tem 13 cm e inicia-se no hiato aórtico no diafragma, no nível da vértebra T12 e termina no nível na L4, dividindo-se nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda. As artérias ilíacas comuns divergem e seguem o sentido inferolateral acompanhando a margem medial dos músculos psoas até a margem da pelve, na qual divide-se em artéria ilíaca externa e interna. Relações da parte abdominal da Aorta: Plexo e gânglios celíacos; Corpo do pâncreas; Veias esplênica e renal esquerda; Parte horizontal do duodeno; Alças do intestino delgado. da aorta Imag.: Sobotta, Atlas de anatomia humana RAMOS DAPARTE ABDOMINAL DA AORTA Ramos da parte abdominal da Aorta: Ramos viscerais ímpares: Tronco celíaco (T12), artérias mesentéricas superior (L1) e inferior(L2); Ramos viscerais pares: Artérias supra- renais (L1), artérias renais (L1) e artérias gonadais (L2); Ramos parietais pares: Artérias subcostais, artérias frênicas inferiores e artérias lombares; Ramo parietal ímpar: Artéria sacral mediana. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Parte abdominal da aorta Ilíaca comum esquerda Epigástrica inferior Ilíaca interna Epigástrica inferior Circunflexa ilíaca profunda Ilíaca externa Ilíaca interna Circunflexa ilíaca profunda Ilíaca externa Ilíaca comum direita RAMOS TERMINAIS DA PARTE ABDOMINAL DA AORTA DRENAGEM VENOSA São tributárias da Veia Cava Inferior (VCI); Exceção: veia testicular ou ovárica esquerda, que desemboca na veia renal esquerda em vez de drenar para a VCI; Tributárias da veia cava abdominal: veias ilíacas comuns, 3ª e 4ª veias lombares, veia testicular ou ovárica direita, veias renais, veias lombares ascendentes, veia supra- renal direita, veias frênicas inferiores e veias hepáticas. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. DRENAGEM LINFÁTICA Vasos linfáticos e linfonodos ao longo da aorta; Drenagem direta para os linfonodos lombares (aórticos); Situam-se em ambos lados da aorta e vaia cava inferior; Linfonodos lombares – troncos linfáticos lombares – cisterna do quilo – ducto torácico – sistema venoso MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOORE, K.L., DALLEY, A.F. Anatomia Orientada para Clínica. 6ª ed. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2011 NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 5ª ed. Ed. Elsevier, 2011
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