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Apostila 3 História da Dança.pdf

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Disciplina: Ritmo e Dança 
Professora: Dayna Karina G. Noda 
Turma: 5° e 6° períodos – Educação Física 
 
 
História da Dança e Principais Nomes da Dança 
 
A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na Pré-História, 
quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade 
aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as 
mãos, através das palmas. A dança era quase um instinto e esses acontecimentos eram 
registrados nas paredes de cavernas em forma de desenhos e ficaram conhecidos 
como arte rupestre. O homem primitivo pintava nas paredes das grutas, cavernas e 
galerias subterrâneas cenas de caça e rituais que representavam a caçada. 
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, em 
que as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os 
primeiros registros dessas danças mostram que elas surgiram no Egito, há dois mil 
anos antes de Cristo, onde a dança tinha características sagradas. Dançava-se para os 
Deuses, em casamentos e funerais. 
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, 
em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. Os gregos acreditavam no poder 
mágico da dança, assim, os vários deuses gregos eram cultuados de diferentes 
maneiras. As danças representavam também os guerreiros e sempre eram feitas em 
grupos, era muito difundida na Grécia Antiga e importante nas pecas de teatro. 
Na Idade Média a dança, como todos os outros movimentos artísticos, sofreu 
um retrocesso. Pelo fato de se utilizar do corpo como expressão, foi considerada 
profana, pecaminosa, porém, escondido dos atos inquisitivos da época, esta continuou 
sendo praticada pelos camponeses, longe dos olhos da Santa Inquisição, que 
provavelmente os mandaria para a fogueira por tal prática contra os preceitos divinos. 
Na era Renascentista a dança ressurge, é apreciada pela nobreza adquirindo 
um aspecto social e tornando-se mais complexa, passa a ter estudos específicos feitos 
por pessoas e grupos organizados sendo conhecida como balé. Até essa época a dança 
era algo improvisado, só a partir do Renascimento passa de atividade lúdica, de 
divertimento, porém com uma forma mais disciplinada, surgindo repertórios de 
movimentos estilizados. O uso do termo balé, na época balleto, significava um 
conjunto de ritmos e passos. O balé passa a contar uma história com começo, meio e 
fim. 
O Romantismo também é absorvido pelo balé que, até aquela época, falava de 
histórias de fadas, bruxas e feiticeiras. Procurou recuperar a harmonia entre o homem 
e o mundo. É nessa época, século XVIII, que os bailarinos começam a usar sapatilhas, 
completando a revolução do balé. 
Na segunda metade do século XIX uma mulher novamente iria revolucionar 
toda a dança, era Isadora Duncan, provocando uma imensa renovação com uma dança 
mais livre, mais solta, mais ligada à vida real. Foram estes os primeiros passos da 
Dança Moderna. 
A Dança Moderna é uma negação à formalidade do balé. Os bailarinos 
trabalham mais livres, porém não rompem completamente com a estrutura do balé 
clássico. Os movimentos corporais são muito mais explorados, existe um grande 
estudo das possibilidades motoras do corpo humano. Solos de improvisação são 
bastante frequentes. Martha Graham e Nijinski foram outros grandes revolucionários 
da dança dessa época. Serge Pavlovitch Diaglhilev, ou Nijinski, russo, mesmo não 
sendo um dançarino, criou condições míticas para a dança. Martha Graham nos 
Estados Unidos na década de cinquenta criou uma nova maneira de dançar 
independente da música, baseando-se principalmente nos sentimentos que qualquer 
som pudesse provocar no dançarino, abrindo espaço para todas as possibilidades da 
dança. Já sua conterrânea Margater H´Double entendia que os movimento de dança 
mais genuínos deveriam surgir de dentro para fora, em função dos sentimentos vividos 
pelos bailarinos. 
Outro nome leva enorme destaque na Dança Moderna, Rudolf Von Laban, foi 
dançarino e coreógrafo, considerado um dos maiores teóricos da dança do século XX. 
Dedicou sua vida ao estudo da sistematização da linguagem do movimento em 
diversos aspectos: criação, notação, apreciação e educação. Em 1928 publicou 
"Kinetographie Laban", uma de suas grandes contribuições para a dança e a 
compreensão do movimento, articulando os princípios da "Labanotation" um dos 
principais sistemas de notação de movimento utilizados atualmente no ensino da 
dança. Laban também se dedicou a propostas de dança para as massas. 
Desenvolvendo a arte da dança coral, um grande número de pessoas se movem juntas 
segundo uma coreografia simples, o que permitia que bailarinos e pessoas leigas 
dançassem juntos de forma colaborativa. 
Mais à frente deu-se o surgimento e a difusão da Dança Contemporânea. A 
arte contemporânea é complicada de se compreender. Por quê? É algo que não é 
previsível, é o novo, é a ruptura com aquilo que conhecemos como arte. Na dança, a 
contemporaneidade fica mais evidente, pois ela deixa de ter uma estrutura clara, 
preocupando-se mais com a transmissão de conceitos, ideias e sentimentos do que 
com a estética. 
A Dança Contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de 
protesto ou rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas 
inovações e experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da 
arte, finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir, 
desenvolvendo uma linguagem própria. Os movimentos rompem com os movimentos 
clássicos e os movimentos da dança moderna, modifica-se o espaço, usando não só o 
palco como local de referência. 
A dança contemporânea é uma explosão de movimentos e criações, o bailarino 
escreve no tempo e no espaço conforme surgem e ressurgem ideias e emoções. Os 
temas refletem a sociedade e a cultura nas quais está inserida, uma sociedade em 
mudança, é diversificada, aberta e pressupõem o diálogo entre o dançarino e o público 
numa interação entre sujeitos comunicativos. O corpo é dotado de maior autonomia. 
A dança contemporânea é uma circulação de energia: ora explosiva, ora recolhida.

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