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Ciência Política- Sociedade e Estado , Estado e Direito.

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FACULDADE DE DIREITO
1
Profª Bernadete Bacellar do Carmo Mercier 
Ciência Política
áUNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
UNISANTA
FACULDADE DE DIREITO
 FACULDADE DE DIREITO
Profª Bernadete Bacellar do Carmo Mercier 
Ciência Política
3
UNISANTA
 áUNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA 
FACULDADE DE DIREITO
Apresentação (minha) 
Sistema de avaliação – 4 trabalhos em classe, 1seminários e 2 provas bimestrais 
Livro - Sahid Maluf ou Darcy Azambuja ou Dalmo de Abreu Dallari (elementos).
Atrasos e celulares 
Velocidade dos tempos – Mudanças – Tempo de Aula (40 min) – 6 min. tempo atual – falta de paciência – ≠ velho e ancião : velho acha que está pronto e novo aceita mudar (não é otário – lobo do mar) – renovar é aprender - Pacto – ensinar e aprender
Caixa de ferramentais
6° ano – diferencial 
Matéria a ser dada no ano nos 2 bimestres 
Apresentação (dos alunos)
1ª. Aula 
Leitura Obrigatória – Noções e Objetivos da Ciência Política TGD, Sociedade e Estado 
TEORIA GERAL DO ESTADO
Ciência Política (muitos Doutrinadores Estrangeiros chamam a TGE de Ciência Política) - Segundo Dalmo de Abreu Dallari estuda a organização política e os comportamentos políticos – sem levar em conta os elementos jurídicos – é uma parte da Teoria Geral do Estado – analisa a prática dos fins do Estado e como pode alcançar esses fins.[1: Elementos de Teoria Geral do Estado, Editora Saraiva, 27º, ed. Pág. 6]
 	Essa Disciplina objetiva conhecer o Estado ( sua estrutura).
 
Disciplina de síntese: sistematiza conhecimentos: Jurídicos
 										Filosóficos
 Sociológicos 
			 Políticos
										Históricos
 										Antropológicos
										Econômicos
										e Psicológicos
	Uma Ciência voltada a buscar o aperfeiçoamento do Estado – que é um fato social e uma ordem jurídica – que tem suas finalidades – que aos quer alcançar com eficácia e justiça. 													
	Observando a História / Os tipos de Estado que eExistiram/As razões de suas mudanças/ Seu Os fins... – Os pensadores puoderam chegar a generalizações e tirar conclusões científicas. Nascendo aí essa ciência no final do século XIX.,
No Brasil, por volta de 1940 – Desdobramento em Teoria Geral do Estado e Direito Constitucional.
 
Não se pode desenvolver qualquer estudo ou pesquisa de Ciência Política sem considerar o Estado – já que é ele próprio é lugar de exercício de poder e produtor de decisões. O Estado é pessoa jurídica que expressa sua vontade através de determinadas pessoas ou órgãos. É sujeito ativo de direito e obrigações jurídicas (previstas em normas jurídicas), e, portanto, seu Poder (do Estado) é Jurídico sem perder seu caráter político. [2: Política – 1. Arte ou ciência de governar. 2 Arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. Dicionário Michaelis]
≠da Ciência Política (muitos Doutrinadores Estrangeiros chamam a TGE de Ciência Política) - Segundo Dalmo de Abreu Dallari essa estuda a organização política e os comportamentos políticos – sem levar em conta os elementos jurídicos – é apenas uma parte da Teoria Geral – analisa a prática dos fins do Estado e como pode alcançar esses fins.[3: Elementos de Teoria Geral do Estado, Editora Saraiva, 27º, ed. Pág. 6]
≠do Direito Constitucional – O Direito Constitucional estuda um determinado Estado, oou de um grupo de Estados e . sSuas Instituições, e a TGE – estuda os princípios fundamentais do Estado e seus fenômenos peculiares (de modo geral). 
A TGD - Tem por finalidade estudar o Estado em todos os seus aspectos: origem, organização, o funcionamento e as finalidades, e visa, ainda, a compreensão dos diretos e obrigações, e das implicações jurídicas que se contidasêm no fato político ou que decorrem dele. 
Pedro Calmon - diz que a TGE estuda a estrutura do Estado, sob os aspectos Jurídico, sociológico (social e político) e histórico. 
	Com a compreensão do Estado, de sua estrutura, suas opções políticas, sociais e jurídicas, podemos compreender o sistema normativo, seus valores e princípios, que estarão presentes em todos os ramos do Direito. 
 SOCIEDADE		
 	A vida em Sociedade traz benefícios ao homem, mas também uma série de limitações, afetando sua liberdade individual. Mas apesar disso o homem continua vivendo m em Sociedade. Por que?
	
 Por que o homem vive em sociedade? ODo que é necessário para isso , para que essa convivência seja possível?
	Antes de Definir Sociedade – Vamos analisar o porquê de sua formação.
 
Segundo o Prof. Dalmo de Abreu Dallari decorrer dos séculos, tanto o pensamento que a sociedade natural é fruto da própria natureza humana, como a idéia que a sociedade é tão somente a consequênciaconseqüência de um ato de escolha, tem respeitáveis adeptos, e por isso é importante que se faça a análise de ambas as afirmações, para concluir sobre a exata posição do indivíduo na sociedade e no Estado. [4: Elementos da Teoria Geral do Estado . Editora Saraiva 27ª ed., pág. 9.]
Teoria Naturalista.
Aristóteles já dizia que “o homem é naturalmente um animal político”. Dizia ainda que somente um indivíduo de natureza vil ou superior ao homem viveria isolado sem que fosse obrigado a isso.
Cícero dizia “a que a primeira causa da agregação de uns homens a outros é menos a sua debilidade do que um certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não nasce para o isolamento e a vida errante, mas com uma disposição que, mesmo na abundância de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum.”
	Filme – “Na natureza selvagem” – Conclui: “A felicidade só é boa quando é compartilhada.”
	Santo Tomás de Aquino (seguidor de Aristóteles) afirmava que “O homem é por natureza um animal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade.”
Filme – “Na natureza selvagem” – Conclui: “A felicidade só é boa quando é compartilhada.”
Hoje ainda são muitos autores que são adeptos dessa corrente de opinião, e para esses, nas mais remotas épocas, por mais rude ou selvagem seja a origem do homem, ele sempre é encontrado em estado de convivência com os outros.
	
 	Ranelletti (modernamente – italiano) – diz que só em associado a outros seres humanos o homem pode conseguir todos os meios necessários para satisfazer as suas necessidades. Só com a convivência e cooperação dos semelhantes o homem pode beneficiar-se das energias, dos conhecimentos, da produção e da experiência dos outros, acumuladas através de gerações. Assim a humanidade pode desenvolver-se e aperfeiçoar-se, no campo intelectual, moral ou técnico, e atingir os fins de sua existência. Afirma que o homem é naturalmente um ser social e político, portanto propenso a se agrupar por instinto, por uma necessidade natural, e não apenas por qualquer debilidade. Esse impulso natural de associar-se a outros homens não elimina a participação da vontade humana. Conhecedor dessa necessidade o homem sensato procura favorecê-la.
Esse impulso natural de associar-se a outros homens não elimina a participação da vontade humana. Conhecedor dessa necessidade o homem sensato procura favorecê-la.
Teoria Contratualista. 
Contudo, existem autores que se opõem totalmente a esse fundamento natural da sociedade afirmando que a Sociedade é tão somente produto de acordo de vontades, ou seja, é fruto de um contrato hipotético celebrado entre os homens. Por isso esses autores são chamados de contratualistas. 
Thomas Hobbes (1651- “Leviatã”) – Acreditava que o homem vive inicialmente em “estado de natureza” quando o homem não tem suas ações reprimidas, ou pela razão ou pela presença de instituições políticas eficientes.Diz que esse estado (de natureza) é uma permanente ameaça, que estará sempre presente quando a paixão silenciar a razão ou a autoridade fracassar. Os homens nesse estado são egoístas, luxuriosos, inclinados a agredir os outros e insaciáveis, condenando-os a vida solitária, pobre, repulsiva, animalesca e breve. 
Diz que é a razão que interfere e leva o homem a celebrar o que chama de contrato social. Para buscar a paz ( pelo esforço ou pela guerra), renunciando para isso o seu direito ilimitado (a todas as coisas), se os outros também o fizerem, para o bem comum (mutua transferência de direitos) . Acredita que a vida social só é possível em razão desse contrato social, mantido pelo poder do Estado (chama de poder invisível) . E diz que mesmo um mau governo é melhor do que o “estado de natureza”. A vontade do Estado é lei (mesmo que seja moralmente errada) e sua desobediência é injusta. Hobbes sugere o absolutismo e suas idéias ofereciam solução para alguns conflitos do séc. XVII (na Inglaterra). 
Especialmente na França no século seguinte (XVIII) é rebatida tal teoria – de que se necessitava combater o “estado de natureza”, negando que a sociedade tinha como papel o combate desse estado. Também contratualistas: 
.
Montesquieu apesar de combater a teoria de Hobbes, pois sustenta que a natureza humana é boa, que o homem procura a paz e o desenvolvimento, vive em sociedade em razão de suas necessidades, e sente-se mais seguro vivendo assim. Mas não afasta a existência de um contrato social.
Vem Rousseau e afirma que a ordem social é um direito sagrado e que serve de base para todos os demais direitos. Diz ainda que esse direito é proveniente de convenções (contratos). E assim, mesmo acreditando na bondade humana diz que a sociedade tem como fundamento a vontade e não a natureza humana. Ou seja, o homem consciente de que não sobreviveria só, em razão de suas dificuldades, encontra uma forma de associação que o defenda e protejojeta, a si aos outros e aos bens de cada um. Esse ato associativo produz um corpo moral e associativo, que é o Estado. Essa Associação de Indivíduos passa a atuar soberanamente no interesse do todo, executor de decisões (engloba a vontade de cada um e forma a vontade geral – sintese). Rouseau também afirma que o Estado protege não só a liberdade natural mas também a igualdade natural, mesmo diferentes fisicamente, iguais de direito. 
Varias idéias de Rousseau são ainda hoje fundamentos da democracia. 
 
Hoje se pode afirmar que A Sociedade é um produto da conjugação de um simples impulso associativo natural ou da necessidade natural do homem, e e da participação da consciência e a cooperação da vontade humana. Viver em sociedade é um imperativo natural, não se concebendo o homem como um ser isolado. 
Há vários tipos de grupos sociais que pode o indivíduo integrar (ou sociedades). Formados por indivíduos ligados pelo parentesco, por interesses materiais, ou por objetivos espirituais. De várias naturezas: Sociedade Natural por excelência (a família), Religiosa, Educacional, Econômica, Profissional, etc.
A união desses grupos sociais forma a sociedade propriamente dita. Sua extensão e compreensão podem variar: pode ser a sociedade de uma cidade, ou de um país ou de um continente, de todos os países (humanidade).
Segundo oa Prof. Darcy Azambuja: Sociedade é uma coletividade de indivíduos reunidos e organizados para alcançar uma finalidade comum. É ainda, a união moral de seres racionais e livres, organizados de maneira estável e eficaz para realizar um fim comum e conhecido de todos. [5: Teoria Geral do Estado. Editora Globo. 2ª ed. 2008.]
 Ainda para essea Mestrea “a sociedade tanto mais perfeita quando sua organização for mais adequada ao fim visado, e quanto mais nítida for, na consciência dos indivíduos, a representação desse objetivo, maior a energia e a sinceridade com que a ele se dedicarem.” Ex. Objetiva-se viver em paz quando se vive em sociedade – deve estar aparelhada, organizada e seus indivíduos conscientes e empenhados para tal finalidade. 
	
1) O que é uma Sociedade?	Porque o homem viver em sociedade?
2) Viver em sociedade é ato de vontade ou por força da natureza humana?
3) O Estado é uma Sociedade porque?
ESTADO
	
	O Estado é também uma sociedade, posto que “se constitui essencialmente de um grupo de indivíduos unidos e organizados permanentemente para realizar um objetivo comum”. [6: Ibidem]
 Considerado como uma sociedade política, porque é hierarquizada na forma de governantes e governados e tem uma finalidade que é o bem público, tendo sua organização determinada por normas de direito positivo. (também agrega várias sociedades em si mesma).
	
Para muitos, o Estado é considerado uma sociedade natural – em razão da necessidade do homem viver em sociedade e assim aspiram naturalmente o bem público. Mas é também uma obra de inteligência, ato de vontade dos membros do grupo ou grupos que exercem o governo e influência.
Para alguns autores predomina a natureza do homem para outros a sua vontade. Para outros, ambas as causas estão presentes, sendo a natureza humana e racional a causa primária, e a vontade é o que o (homem) impele a instituir as diversas sociedades políticas na decorrerno decorrer da história. 
De quase todas as sociedades (ou grupos sociais) o indivíduo ingressa e se retira voluntariamente. Com exceção da família que ingressa involuntariamente e do Estado que jamais se emancipa de sua tutela.
Todas as outras sociedades a que o homem pode pertencer são reguladas pelo Estado. Sendo que todas as obrigações assumidas nas outras sociedades somente serão cumpridas se reconhecidas pelo Estado, posto que somente ele tem legitimidade tornar efetiva a obediência. Ex. contrato com a CPFL ou jogo do bicho.
	
	O Estado pode (temm possibilidade e - não de e permissão) impor impostos esmagadores ou proibir a práatica de um religião ou culto, obrigar seus cidadãos a guerrear mesmo que injustamente, negar o acesso a cultura ou educação e impedir o desenvolvimento da personalidade de tantos. PorquePor quê?
	Autoridade – direito de mandar e dirigir, de ser ouvido e obedecido. Tem que ser legitima para exigir obediência.
Poder – é a força por meio da qual se impõe a obediência.
A autoridade requer o poder – Mas o poder que não deriva da autoridade é tirania.
 	
 A Autoridade é intrínseca ao Estado – seu modo de ser.
 E o Poder é um de seus elementos essenciais. O Poder do Estado e o maior em seu território.
	Direito – normas que organizam o Estado e estabelecem as condições sociais necessárias para realizar o bem comum. 
	Assim, oO Estado é uma sociedade organizadação política e o-jjuriídicamente de uma sociedade para realizar o bem público, com governo próprio em um determinado território.	 
	Só observando a história podemos concluir que o Estado não é imutável. 
O Estado Antigo, o Estado Medieval, o Estado Absolutista e o Estado influenciado pela Revolução Francesa (Modernos), eram totalmente diferentes do Contemporâneo. As correntes filosóficas e doutrinas políticas sempre estabelecem um paralelo entre o Estado real e ideal. O que impulsiona as transformações pacíficas ou não dos Estados (ou Sociedade Políticas).	 
	O termo Estado entra na terminologia política dos povos ocidentaies no século XVI, vindo da expressão que, abreviadamente, se referia às três classeas três classes que formavam o populaçãoa população dos países europeus, a nobreza, o clero e o povo.
O Estado tem uma face social (relativa à sua formação e ao seu desenvolvimento – por fatores sócio-econômicos), outra jurídica (relativa à sua ordem jurídica) e outra política (relativa às suas finalidade e modo de governo - conforme aspectos culturais de cada povo).
	Por isso, quando se estuda o Estado além do aspecto jurídico (ordem jurídicao) leva-se em conta o aspecto político-social (sua formação,desenvolvimentos, finalidades e modos de governo), já que o Estado não se reduz às normas, deve atingir objetivos, que, se forem mudando, vão também se alterando as normas.
ESTADO e DIREITO.
	O Estado é a sociedade organizada político-jurídicamente para realizar o bem público, com governo próprio, em um determinado território.
	
	Direito – normas que organizam o Estado e estabelecem as condições sociais necessárias para realizar o bem comum. (norma jurídica organizadas sistematicamente).
	O Estado deve procurar o máximo possível a juridicidade, ou seja, estar de acordo com o Direito – ser legal e legítimo, para reduzir a margem de arbítrio e discricionariedade e assegurar a existência de limites jurídicos à ação do Estado.[7: Juridicidade – qualidade do que é jurídico e jurisdição- área de competência do magistrado (para exercício de suas atribuições)]
Na ordem jurídica estão sintetizados os elementos do Estado, mas sem reduzi-lo à ela. 
O Poder político é o poder social que é conferido ao Estado para a obtenção do controle dos homens e influencia no próprio comportamento do Estado. Por isso se estabelece limites jurídicos, a fazer com que o próprio povo exerça o poder político (mesmo que de forma indireta). Assim o Poder Político é a arte de unificar e organizar as ações humanas e dirigi-las para um fim comum. 
Segundo Sahid Maluf o “Estado é uma organização destinada a manter, pela aplicação do Direito, as condições universais de ordem social. E o Direito é o conjunto das condições existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar.” (direito objetivo /positivo – direito subjetivo)[8: Teoria Geral do Direito, Editora Saraiva, 28ª edição. pág.01.]
Três Doutrinas sobre o Direito e o Estado:
Teoria Monística: Chamada de Estatismo Jurídico – para a qual os dois fenômenos se confundem numa só realidade. Preconizada por Hegel (1770-1831 Alemão), Hobbes(1588-1679 Inglês) e Jean Bodin (1530 -1596 Francês). Adotada e desenvolvida por Ihering (1818- 1892 Alemão) e John Austin (1790-1859 Inglês), alcançando sua expressão máxima com Jellinek (1851-1911 Austríaco) e Kelsen (1881-1973 Autríaco). Para esses só existe o Direito Estatal (fonte única do direito) não existindo qualquer regra jurídica fora do Estado, só ele tem a força coativa para a aplicação do Direito – “Regra jurídica sem coação é uma contradição em si, um fogo que não queima, uma luz que não ilumina.” Rudolf Von Ihering.
Teoria Dualística – Também chamada Pluralística - para esses doutrinadores Estado e Direito são realidades distintas, independentes e inconfundíveis. O Estado não é a única fonte do Direito. Provém do Estado só uma categoria especial do Direito: o Direito Positivo. Para eles existem outras espécies de Direito como o direito natural, as normas de direito costumeiro e as regras que se firmam na consciência coletiva, o direito canônico. Para eles o Direito é uma criação social e não estatal. É um fato social de contínua transformação que o Estado deve positivar. Defendida por Gierke (1841- 1921 Alemão) e Gurvitch (1894 -1965 Russo), dentre outros.
Teoria do Paralelismo – ou eclética - segundo essa teoria o Estado e o Direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes. Adotou a concepção racional da graduação da positividade jurídica. Defendida por Giorgio Del Vechio (1878-1970 Italiano). Reconhece a existência do direito não-estatal, que se desenvolve fora do Estado e gradualmente vai se positivando. O ordenamento jurídico do Estado é chamado como o “verdadeiramente positivo”.
Teoria Tridimensional do Direito. 
Miguel Reale (São Bento do Sapucaí, 6 de novembro de 1910 — São Paulo, 14 de abril de 2006) foi um filósofo, jurista, educador e poeta brasileiro, formulador da Teoria Tridimensional do Direito. 
Onde a tríade fato, valor e norma jurídica compõe o conceito de Direito. Em linhas muito simples, um determinado fato é desvalorado ou valorado através de uma norma jurídica.
“Direito não é só norma, como quer Kelsen, Direito, não é só fato como rezam os marxistas ou os economistas do Direito, porque Direito não é economia. Direito não é produção econômica, mas envolve a produção econômica e nela interfere; o Direito não é principalmente valor, como pensam os adeptos do Direito Natural tomista, por exemplo, porque o Direito ao mesmo tempo é norma, é fato e é valor.” (REALE,2003,p. 574)
	Encara o Direito como uma integração do “ser’ e “dever ser”. É fato e é norma, pois é o fato integrado na norma exigida pelo valor a realizar.
	Para essa corrente é uma realidade cultural (constituída historicamente pelo homem) que encontra sua integração no ordenamento jurídico.
Da mesma forma que o Direito, o Estado não é apenas um sistema de normas, e nem tampouco um fenômeno puramente sociológico. 
 	Não é somente uma organização fática do poder público (fato social), nem simplesmente a realização do fim da convivência social (valores sócio-culturais), como também não se explica só pela sua função de órgão produtor e mantenedor do ordenamento jurídico (normas jurídicas). É sua reunião harmônica que se compõem dialeticamente. 
FATO,VALOR E NORMA integram o Estado: como FATO é uma relação permanente do Poder, com uma discriminação entre governantes e governados (aspecto sociológico – organização social como um fato) ; é também um VALOR (ou um complexo de valores) para o qual o poder se exerce (finalidade)- (aspecto filosófico – fenômeno sócio-cultural); e é um sistema de NORMAS que expressa a forma de exercer o poder, e atualiza os valores através da convivência social (aspecto jurídico – vê o Estado como órgão central de positivação do Direito).
DIREITO 
Direito Natural – Emana da Natureza independente da vontade do Homem (Cícero) e independe da vontade do Estado (Aristóteles), é anterior e superior ao Estado, imutável, de origem divina.
Direito Positivo - Depende da vontade humana e da garantia dada pela força coercitiva do Estado. É o Direito Escrito: Leis, Decretos, Regulamentos, etc. Varia no espaço e no tempo. 
Mas o que é Direito? Conjunto ou Sistema? Em que época? Para que serve? 
Direito Positivo Fenômeno Histórico-Cultural – Consiste num sistema normativo.
É o conjunto sistemático de normas jurídicas válidas em um país, que regram o comportamento de seus habitantes, uns em relação aos outros, e entre eles e o Estado. 
Direito Positivo é formado pelas prescrições dispostas pela ordem jurídica em vigor, em seus diversos níveis hierárquicos.
Divisão Didática do Direito:
				 Constitucional
		PÚBLICO Administrativo - Urbanístico
	 Econômico e Financeiro
DIREITO Tributário
POSITIVO			 Processual 
Interesses Penal
Públicos Internacional Público
ou Privados 
 DIFUSO do Consumidor
 Ambiental 
SOCIAL do Trabalho
		 Previdenciário
		PRIVADO Civil
 Comercial 
 Internacional Privado
Questões para a classe:
1) O que é uma Sociedade? Por que o homem vive em sociedade?
2) Viver em sociedade é ato de vontade ou um imperativo da natureza humana? Quais as duas teorias filosóficas sobre essa questão?
3) O Estado é uma Sociedade. Por que? 
4) O que é autoridade e o que é poder?
5) Defina Estado. 
6) Como o Estado faz cumprir com sua finalidade e possibilita o convívio social?
7) Direito e Estado são uma realidade única? Ou são distintas e independentes? Ou distintas e interdependentes? Indique a Teórica que justifica sua resposta.
8) Como vêem o Estado e o Direito as teorias: Monística, Dualística ou do Paralelismo?
9) O que é o Direito para a Teoria Tridimensional do Direito?
10) Quais são os diferentes aspectos que podemos estudar o Estado?
11) O que éDireito Positivo? 
 
	
 
 		ANO LETIVO 200179

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