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Regulação da Temperatura Corporal: Regulação Hipotalâmica da Temperatura

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Regulação da Temperatura Corporal:
Regulação Hipotalâmica da Temperatura
Ana Jéssica Matos Nunes
Denize de Oliveira Nascimento
Héryca Natacha Cruz Santos
Raphaella Ingrid Santana Oliveira
Valquíria
 
Componentes do 
grupo
Centro pré-optico temperatura sensível
Regulação Hipotalâmica da Temperatura
A área pré-óptica é localizada na região mais anterior do hipotálamo. Formada por grupo de neurônios que responde diretamente a temperatura. Quando a temperatura do sangue aumenta consequentemente aumenta igualmente a descarga dessas células e da mesma forma quando diminui a temperatura, também diminuem as frequências de descarga.
É a partir dela que sinais são irradiados para outras regiões do hipotálamo, para controlar a perda e a produção de calor. 
O hipotálamo é dividido em duas áreas:
Centro da perda de calor: anterior, provoca redução de calor quando estimulado. Formado em sua maior parte por centros nervosos hipotalâmicos de função parassimpática.
Centro de produção de calor: posterior, aumenta o calor corporal quando estimulado. Atua principalmente por meio do sistema nervoso simpático.
Função do Centro Hipotalâmico de Produção de Calor no Aumento da Temperatura Corporal.
Quando o sangue mais frio que o normal passa pela região pré-optica do hipotálamo, as células pré-opticas termossensíveis são inibidas o que faz com que o centro de produção de calor fique ativado. Essa ativação desencadeia diversos mecanismos para aumentar o calor corporal:
Vaso constrição da Pele para Aumentar a Temperatura Corporal
A estimulação do centro produtor do calor excita o nervos simpáticos, fazendo com que os vasos da pele se contraiam reduzindo o fluxo de sangue aquecido das estruturas profundas da pele.
Diminui a transferência de calor dos órgãos internos produtores da maior parte de calor para a sua superfície corporal. 
Muito pouco calor é transportado até a superfície do corpo por outro meio que não seja o fluxo de sangue devido a presença de gordura por baixo da pele que serve como isolante térmico. Logo, quando ocorre vasoconstrição, a temperatura abaixa até valores próximos da temperatura ambiente. Perda de calor muito reduzida, permitindo que os territórios internos conservem seu calor e a temperatura aumente.
Função do Centro Hipotalâmico de Produção de Calor no Aumento da Temperatura Corporal.
Estimulação Simpática do Metabolismo para aumentar a Temperatura Corporal
A estimulação dos nervos simpático libera a norepinefrina em todos os tecidos do corpo e faz com que a epinefrina e norepinefrina sejam secretadas para o sangue pelas medulas supra-renais. Esses hormônios aumentam a intensidade do metabolismo celular elevando a temperatura corporal.
Tremor Muscular para Aumentar a Temperatura
O tremor muscular é uma reação involuntária quando ocorre vaso constrição no seu grau máximo.
A estimulação do centro produtor de calor aumenta o grau de vigília e causa transmissão de sinais fortes para a formação reticular bulbar. Sinais que passam por essa região aumenta o tônus muscular de todos os músculos o que, por sua vez, aumenta a quantidade de calor produzida por eles.
A facilitação dos circuitos neuronais da medula espinhal para o reflexo de estiramento faz com um pequeno movimento distenda um músculo. Essa contração distende o músculo antagonista o que estimula o primeiro músculo e o ciclo fica repetitivo, de modo a aparecer um tremor contínuo.
Função do Centro Hipotalâmico de Produção de Calor no Aumento da Temperatura Corporal.
Piloerecção para Aumentar a Temperatura Corporal
Piloerecção é nome dado à situação quando pêlos corporais ficam eriçados, “ficam de pé”
Ocorre quando os centros simpáticos são estimulados, pois os nervos simpáticos excitem os pequenos músculos eretores dos pêlos (situado na base dos pêlos). No entanto este mecanismo não protege contra a perda de calor, devido ao pequeno número de pelos. Já nos animais inferiores a piloereção retém grandes quantidades de ar na zona adjacente ao corpo, o que produz um isolamento contra o frio.
Função do Centro Hipotalâmico de Produção de Calor no Aumento da Temperatura Corporal.
Secreção Aumentada do hormônio da Tireóide para Aumentar a Temperatura Corporal
Se o corpo fica exposto ao frio por várias semanas a glândula da tireóide aumenta e começa a produzir maiores quantidades de hormônio da tireoide. Resultado da formação de um hormônio neurossecretório na região pré-óptica do hipotálamo que passa pelo sangue para a glândula hipófise anterior a fim de aumentar sua secreção de hormônio tireotrópico. Por sua vez esse hormônio aumenta a produção do hormônio tireoidiano o que pode aumentar a intensidade da produção de calor fazendo com que a pessoa suporte o frio prolongado.
Função do Centro Hipotalâmico de Perda de Calor na Redução da Temperatura Corporal.
Quando a temperatura da região pré-óptica termossensível fica muito elevada, os neurônios dessa área ficam extremamente excitados, o que também estimula o centro de perda de calor do hipotálamo anterior. Devido à inervação recíproca entre esse centro e o do hipotálamo posterior, de promoção de calor, este último centro é inibido. Desse modo, todos os mecanismos de produção de calor que tendem a aumentar a temperatura corporal ficam inoperantes.
A estimulação do centro de perda de calor provoca dois efeitos:
 Sudorese para Diminuir a Temperatura Corporal;
 Respiração Arfante.
Função do Centro Hipotalâmico de Perda de Calor na Redução da Temperatura Corporal.
Sudorese para Diminuir a Temperatura Corporal 
Se a reversão dos efeitos produtores de calor não for suficiente para fazer com que a temperatura corporal retorne ao normal, o hipotálamo anterior desencadeia o processo de sudorese enviando sinais produtores de suor para todas glândulas sudoríparas pelos nervos simpáticos. Em condições favoráveis uma proporção de suor será evaporado. Por este meio, é iniciado o mecanismo de refrigeração que pode reduzir a temperatura corporal, caso ela tenda a aumentar .
Função do Centro Hipotalâmico de Perda de Calor na Redução da Temperatura Corporal.
Respiração Arfante
Nos animais inferiores, embora não no ser humano, a estimulação excessiva do hipotálamo pelo calor desencadeia um mecanismo neurogênico (na protuberância do cérebro posterior) para produzir a respiração arfante . O animal respira muito rapidamente, mas com amplitude muito pequena. A evaporação de água na boca, na língua, no nariz e em outras regiões das vias respiratórias superiores fica muito aumentada, permitindo um maior grau de perda de calor.
Exemplo: Cão -> Não possuem mecanismos de sudorese bem desenvolvidos. Respiração arfante é o único mecanismo de regulação da temperatura corporal.
 O hipotálamo quando exposto a temperatura acima do normal, diminui a produção de calor e aumenta a perda de calor.
 Quando exposto a temperatura abaixo do normal, aumenta a produção de calor e diminui a perda de calor.
Efeito dos Termorreceptores Cutâneos sobre o Controle da Temperatura Corporal.
 Embora o hipotálamo seja o principal controlador da temperatura, sinais transmitidos para ele, oriundos de termorreceptores situados na pele podem modificar o “valor fixado pelo termostato” desse hipotálamo.
 Quando a temperatuara do ar está baixa, excita os receptores de frio da pele, aumentando o “valor fixado” do termostato hipotalâmico de forma automática. De modo inverso, a exposição ao ar quente, reduz esse valor até abaixo do normal.
Hipotermia no período peri-operatório
Camila B. Biazzotto; Márcio Brudniewski; André P. Schmidt; José Otávio Costa Auler Júnior, TSA.
Revisão da literatura 
Hipotermia 
 A Hipotermia é caracterizada pela queda da temperatura normal do organismo, que é 37ºC, para valores abaixo de 35ºC. Essa sensação faz com que o indivíduo entre em processo de tremor devido às contrações dos vasos sanguíneos, que tentam diminuir a perda de calor pelo corpo, mantendo assim o organismo
a uma temperatura normal.
Hipotermia no período peri-operatório
Hipotermia no período peri-operatório
 A hipotermia pode ocorrer durante o ato anestésico-cirúrgico devido à inibição direta da termorregulação pelos anestésicos, à diminuição do metabolismo e à perda de calor para o ambiente frio das salas cirúrgicas, mesmo com a utilização de aquecimento ativo.
 A temperatura corporal central é um dos parâmetros fisiológicos mais rigorosamente controlados do organismo. O sistema termorregulador humano permite variações de 0,2 a 0,4 ºC ao redor de 37 ºC para manutenção das suas funções metabólicas.
 
 A manutenção da temperatura corporal durante o ato anestésico-cirúrgico é importante porque a hipotermia está associada a numerosas complicações. No entanto, quando bem indicada, pode proteger órgãos vitais nos quais a ocorrência de isquemia é esperada, tais como células neuronais e miocárdicas. 
 Após o fim do ato anestésico, com a diminuição da concentração de anestésicos no SNC, o organismo é capaz de iniciar novamente as respostas termorreguladoras. A temperatura corporal tende a voltar ao normal. 
TERMORREGULAÇÃO HUMANA
O hipotálamo é o principal local da regulação da temperatura, integrando os impulsos térmicos provenientes da superfície cutânea e dos tecidos profundos. 
Referências
BIAZZOTTO, Camila B.; BRUDNIEWSKI, Márcio; SCHMIDT, André P.; JÚNIOR, José O. C. A., TSA. Hipotermia no período peri-operatório. Rev. Bras. Anestesiol. vol.56 no.1 Campinas Jan./Feb. 2006.
GUYTON, Arthur C. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c1988. 564 p.
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