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Projeto Gir Leiteiro

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ÚNICA EDUCACIONAL 
FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS – FUNORTE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
BOVINOCULTURA DE LEITE: PROJETO GIR LEITEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
ADRIANA MENDES MARTINS 
CHRISTIAN YGOR DO VALE SILVA 
DIEGO VINI BRAGA MARTINS 
GERALDA GABRIELE DA SILVA 
LÍVIA ANDRADE AGUIAR GOMES CAIRES 
ROBERTO CURY JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTES CLAROS – MG 
2017 
ADRIANA MENDES MARTINS 
CHRISTIAN YGOR DO VALE SILVA 
DIEGO VINI BRAGA MARTINS 
GERALDA GABRIELE DA SILVA 
LÍVIA ANDRADE AGUIAR GOMES CAIRES 
ROBERTO CURY JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
BOVINOCULTURA DE LEITE: PROJETO GIR LEITEIRO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Medicina 
Veterinária, como requisito parcial para 
aprovação na disciplina Bovinocultura de 
Leite. 
 
Professor(a): Daniel Ananias de Assis Pires. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTES CLAROS – MG 
2017 
Projeto Gado de Leite 
Vacas Gir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vacas de 480 kg. Produção 4500 kg de leite por lactação. Taxa de reforma de 20. 
 
Determine a composição do rebanho. 
Faça e descreva o planejamento nutricional deixando indicado o calculo da dieta para o lote 
de maior produção. 
Faça o planejamento e descreva o manejo sanitário do rebanho. 
Faça o planejamento e descreva o manejo reprodutivo do rebanho. 
Fazer planta baixa da fazenda, do curral e da sala de ordenha. 
Apresentação do projeto, parte escrita e a apresentação oral. 
 
1 - Alimentos concentrados: farelo de girassol, farelo de milho, farelo algodão, farelo de 
sorgo, uréia, polpa cítrica, caroço de algodão. 
2- Alimentos volumosos: Silagem de sorgo, cana, Brachiaria brizantha, Cynodon, capim 
elefante. 
 
 
 
 
 
 
Natalidade 80% 
Mortalidade 5% 
Idade ao 1º parto 36 meses 
Período de lactação 9 meses 
Vacas totais 115 
Lactação 
Secas 
Problema 
Bezerros M e F 0 a 1 ano 
Novilhas de 1 a 2 anos 
Novilhas de 2 a 3 anos 
Touros 
Total 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8 
1. 1 Caracterização da propriedade............................................................................................. 8 
1. 2 Histórico de Bovino da Raça Gir ......................................................................................... 8 
1. 3 Adaptação ............................................................................................................................ 9 
1. 4 Características da Raça ........................................................................................................ 9 
1. 5 Produção Leiteira ............................................................................................................... 11 
1. 6 Comércio ........................................................................................................................... 12 
1. 7 Índices Zootécnicos ........................................................................................................... 12 
2 PLANEJAMENTO E MANEJO NUTRICIONAL .......................................................... 13 
2. 1 Nutrição de Bezerros ......................................................................................................... 13 
2. 2 Nutrição de Novilhas ......................................................................................................... 15 
2. 3 Nutrição de Vacas .............................................................................................................. 16 
2. 3. 1 Nutrição de Vacas Secas (60 dias pré – parto) .............................................................. 16 
2. 3. 2 Nutrição de Vacas no Pós – Parto (parto até 100 dias) ................................................. 17 
2. 3. 3 Nutrição de Vacas no Meio da Lactação (101 aos 200 dias) ........................................ 18 
2. 3. 4 Nutrição de Vacas no Final da Lactação (201 aos 305 dias) ......................................... 18 
2. 3. 5 Touros ............................................................................................................................ 18 
3 ALIMENTOS ....................................................................................................................... 19 
3. 1 Concentrados Utilizados na Propriedade ........................................................................... 19 
3. 1. 1 Farelo de Girassol .......................................................................................................... 19 
3. 1. 2 Farelo de Milho ............................................................................................................. 20 
3. 1. 3 Farelo de Algodão e Caroço de Algodão....................................................................... 21 
3. 1. 4 Ureia .............................................................................................................................. 22 
3. 1. 5 Polpa Cítrica .................................................................................................................. 23 
3. 2 Volumosos Utilizados na Propriedade .............................................................................. 24 
3. 2. 1 Silagem de Sorgo ........................................................................................................... 24 
3. 2. 2 Cana-de-açúcar .............................................................................................................. 25 
3. 2. 3 Brachiaria brizantha ..................................................................................................... 26 
3. 2. 4 Cynodon ........................................................................................................................ 27 
3. 2. 5 Capim Elefante .............................................................................................................. 27 
4 COMPOSIÇÃO DO REBANHO ....................................................................................... 29 
4. 1 Vacas Gir: Características do Rebanho ............................................................................. 29 
4. 2 Cálculos para determinar composição do Rebanho ........................................................... 29 
5 CÁLCULO DA DIETA PARA O LOTE DE MAIOR PRODUÇÃO ............................ 30 
5. 1 Alimento volumoso Brachiaria brizantha a pasto associado com Farelo de Milho 
(energia) e Farelo de algodão (proteína)................................................................................... 31 
5. 2 Alimento volumoso Silagem de sorgo Associado com Farelo de Milho (energia) e Farelo 
de Algodão (proteína). .............................................................................................................. 33 
5. 3 Alimento volumoso Silagem de Cana-de-açúcar + Capim Elefante associado com Farelo 
de Milho (energia) e Farelo de Girassol (proteína). ................................................................. 36 
5. 5 Necessidade de quantidade de Brachiaria brizantha para o plantel de animais. .............. 39 
5. 6 Quantidade de silagem de sorgo para o plantel de animais. .............................................. 39 
5. 6. 1 Quantidade de silos de sorgo ......................................................................................... 40 
5. 8 Quantidade de silagem de cana-de-açúcar associado a capim elefante para o plantel 
de animais. ................................................................................................................................ 41 
5. 6. 1 Quantidadede silos de cana-de-açúcar associado a capim elefante .............................. 42 
6 MANEJO REPRODUTIVO DE VACAS GIR LEITEIRAS .......................................... 42 
6. 1 Práticas de Manejo Reprodutivo de Vacas Gir Leiteiras ................................................... 42 
6. 2 Plantel da Fazenda ............................................................................................................. 43 
6. 2. 1 Desmame e Escolha das Bezerras ................................................................................. 44 
6. 2. 2 Escolha das Novilhas ..................................................................................................... 45 
6. 2. 3 Escolha dos Touros ........................................................................................................ 47 
6. 3 Estação Reprodutiva de Novilhas ...................................................................................... 47 
6. 4 Estação Reprodutiva de Vacas .......................................................................................... 49 
6. 4. 1 Descarte de Vacas e Reposição de Matrizes ................................................................. 50 
6. 4. 1. 1 Idade .......................................................................................................................... 50 
6. 4. 1. 2 Problemas de Infertilidade ......................................................................................... 50 
6. 4. 1. 3 Habilidade Materna ................................................................................................... 51 
6. 5 Intervalo Entre Partos ........................................................................................................ 52 
6. 6 Identificação de Cio ........................................................................................................... 53 
6. 7 Programa de Inseminação .................................................................................................. 54 
6. 8 Taxa de Concepção ............................................................................................................ 55 
6. 9 Diagnósticos Gestacional .................................................................................................. 55 
6. 10 Período de Secagem das Vacas ....................................................................................... 56 
6. 11 Parto ................................................................................................................................. 56 
6. 11. 1 Problemas Durante o Parto .......................................................................................... 56 
6. 11. 2 Involução Uterina ........................................................................................................ 57 
6. 12 Restabelecimento do Cio Pós – Parto e Nova Inseminação ............................................ 57 
6. 13 Eficiência Reprodutiva .................................................................................................... 58 
7 MANEJO PROFILÁTICO DO REBANHO LEITEIRO ............................................... 59 
7. 1 Cuidados com o Bezerro.................................................................................................... 59 
7. 1. 1 Colostragem ................................................................................................................... 60 
7. 1. 1. 1 Colostragem Artificial ............................................................................................... 60 
7. 1. 2 Cura de Umbigo ............................................................................................................ 60 
7. 1. 3 Triagem para Tristeza Parasitária Bovina (TPB) .......................................................... 61 
7. 1. 4 Manejo de Aleitamento ................................................................................................. 63 
7. 1. 5 Diarreias ........................................................................................................................ 63 
7. 1. 6 Pneumonias .................................................................................................................... 64 
7. 2 Cuidados com as Novilhas e Vacas ................................................................................... 64 
7. 3 Controle de Mastite ........................................................................................................... 65 
7. 4 Prevenção de Problemas Podais ........................................................................................ 66 
7. 5 Prevenção de Problemas Reprodutivos ............................................................................. 66 
7. 6 Controle Geral de Verminoses .......................................................................................... 66 
7. 7 Controle Geral de Ectoparasitas: Carrapatos ..................................................................... 66 
7. 8 Controle de Moscas ........................................................................................................... 67 
7. 9 Vacinação .......................................................................................................................... 67 
7. 7 Controle de Raiva .............................................................................................................. 68 
7. 8 Controle de Febre Aftosa ................................................................................................... 69 
8 INSTALAÇÕES PARA GADO LEITEIRO GIR ............................................................ 69 
8. 1 Terreno............................................................................................................................... 69 
8. 2 Orientações das Instalações ............................................................................................... 69 
8. 3. 3 Currais ........................................................................................................................... 71 
8. 3. 4 Sala de Ordenha ............................................................................................................. 71 
8. 3. 5 Pastos ............................................................................................................................. 72 
8. 3. 6 Piquetes para Vacas no Pré-Parto .................................................................................. 74 
8. 4 Separação de Vacas em Lotes ........................................................................................... 74 
8. 4. 1 Por Dias em Lactação – DEL ........................................................................................ 74 
8. 4. 2 Por Mérito Leiteiro ........................................................................................................ 74 
8. 5 Áreas de Pasto ................................................................................................................... 75 
8. 6 Áreas com Plantação de Cana-De-Açúcar......................................................................... 75 
8. 7 Áreas com Plantação de Sorgo .......................................................................................... 75 
8. 8 Áreas com Plantação de Capim Elefante ........................................................................... 75 
8. 9 Área Pulmão ...................................................................................................................... 75 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 76 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 771 INTRODUÇÃO 
1. 1 Caracterização da propriedade 
 
Fazenda Localizada a 75 km (próximo BR 365) do município de Montes Claros tendo 
como proprietário o Senhor João Pereira Costa. É especializada na criação de vacas da raça 
Gir para a produção de Leite e venda de bezerros machos após desmame. 
A propriedade possui um total de 130 hectares ou 1.400.00 m
2
 divididos em áreas de 
pastejo com Brachiaria brizantha e plantações de forrageiras como capim elefante, cana-de- 
açúcar e sorgo que utilizados para produção de silagem nos períodos secos e picados e 
servidos a coxo na época das águas. Possui uma casa sede e uma casa de caseiro. Possui 
currais de alvenaria com coxos e bebedouros, sendo um dos currais com brete coberto. Possui 
instalações como sala de ordenha, casa para armazenagem de leite com tanque de 
resfriamento, sala de almoxarifado, um pequeno galpão para armazenagem de ração e ao lado 
um pequeno escritório. Há um rio que passa dentro das delimitações da propriedade. 
 
1. 2 Histórico de Bovino da Raça Gir 
 
O Gir é uma raça bovina zebuína originária da Índia, das regiões de Gir na Península 
de Kathiawar, sendo considerada uma das raças de criação mais antiga (ACGZ, 2012). 
Os primeiros exemplares da raça Gir, provavelmente, devem ter sido introduzidos no 
Brasil por volta de 1906, em uma das importações efetuadas por Teófilo Godoy. No entanto, o 
Sr. Wirmondes Machado Borges, criador no Triângulo Mineiro, afirmou ter sido o introdutor 
da raça no Brasil em 1919. Mais quatro importações da Índia, ocorridas em 1930, 1955, 1960 
e 1962, foram extremamente importantes para a formação do Gir brasileiro (ACGZ, 2012). 
Na década de 30, alguns criadores identificaram em diferentes plantéis, exemplares 
Gir que se destacavam por sua capacidade leiteira. O Gir Leiteiro é resultado da seleção 
efetuada por entidades governamentais (Em Umbuzeiro na Paraíba e em Uberaba em Minas 
Gerais na Fazenda Getúlio Vargas) e por criadores particulares nos estados de São Paulo, 
Minas Gerais e Rio de Janeiro, que fundamentaram seu trabalho dando ênfase na seleção para 
leite. 
Formou-se um biotipo especializado, com produções aferidas que permitem distinguir 
os animais pelo desempenho e por conhecimento do nível de produção de sua linhagem, desde 
bisavós, avós, mãe, pai, irmãos e filhas (ACGZ, 2012). 
 
Figura 01: Gir Leiteiro. 
 
Fonte: http://gadosdeleita.blogspot.com.br/2013/12/gir-leiteiro-origem-india.html. 
 
1. 3 Adaptação 
 
O Gir Leiteiro é reconhecidamente o zebuíno de maior produtividade leiteira em clima 
tropical. A raça apresenta características adequadas, oportunas e peculiares para alcançar 
crescentes níveis de progresso na pecuária leiteira mundial (ABCGIL, 2015). 
Por ser uma raça originária da Índia, um país tropical, e com muitas semelhanças das 
condições climáticas brasileiras, o Gir Leiteiro encontrou no Brasil ambiente propício para 
expressar seu potencial na produção de leite. A raça caracteriza-se pela resistência a endo e 
ectoparasitas. Outra característica é o sistema termorregulador que permite que a vaca tolere 
altas temperaturas sem entrar em estresse térmico, comum em outras raças leiteiras, 
principalmente as europeias. Tem grande capacidade de converter pastagens em leite, 
tornando o custo de produção da atividade mais baixo do que os animais confinados. Por 
apresentar maior rusticidade e resistência a raça dispensa a grande utilização de 
medicamentos e carrapaticidas que deixam resíduo no leite (ABCGIL, 2015). 
 
1. 4 Características da Raça 
 
Na aparência geral da raça a cabeça apresenta-se com perfil ultra-convexo, média, fina 
e seca, com a fronte larga e marrafa jogada pra trás, não podendo apresentar nimbure. Possui 
chanfro reto, estreito e delicado, o focinho preto e largo, úmido, com narinas dilatadas, os 
lábios grossos e firmes, a boca grande e olhos de formato elíptico, brilhantes e de 
pigmentação escura, protegidos por rugas das pálpebras superiores e cílios pretos, orelhas de 
comprimento médio começando em forma de tubo enrolada sobre si mesma, abrindo em 
seguida para fora, curvando para dentro na ponta e voltada para a face (“gavião”). Os chifres 
são escuros, simétricos, grossos na base, saindo para baixo e para trás, de seção elíptica se 
dirigindo para cima e curvando para dentro. 
Em relação à pele e pigmentação, os pelos são finos, curtos e sedosos. A pele é preta 
ou escura, permitindo melhor tolerância à incidência solar (ABCGIL, 2015). 
A vaca Gir Leiteira deve apresentar ossatura forte e limpa. Quanto à angulosidade o 
animal deve ter formato triangular de lado, de frente e por cima, com grande capacidade 
respiratória, cardíaca e digestiva, com garupa ampla. O Pescoço deve ser médio, leve, 
oblíquo, alto e bem inserido à cabeça e harmoniosamente implantado ao tronco, com 
musculatura pouco evidente, descarnado, no entanto, no bordo superior, a musculatura 
apresenta-se mais desenvolvida. A barbela deve ser média, enrugada, solta e flexível, 
começando bífida debaixo da ganacha (ABCGIL, 2015). 
A região dorso-lombo longilínea deve ser retilínea, ampla e forte. A linha dorso-
lombar deve ser proporcional ao conjunto do animal, equilibrada quanto à horizontalidade e 
largura, comprida no dorso e larga no lombo seguindo com a bacia comprida e ancas largas e 
aparentes. A garupa deve ser larga com comprimento e nivelamento o que irá refletir numa 
melhor ou pior conformação de pernas, pés e do úbere, bem como à facilidade de parto. Os 
íleos e ísquios devem ser largos e espaçados, guardando as devidas proporções. Deve possuir 
um bom nivelamento de garupa, com inclinação entre íleos e ísquios (ângulo da garupa) de 
200° a 300°. O osso sacro não deve ser saliente (ABCGIL, 2015). 
Em relação à capacidade corporal o tórax deve ser amplo e profundo, devendo 
apresentar costelas largas e longas, oblíquas e chatas, bem arqueadas, afastadas entre si, sem 
acúmulo de gordura, indicando grande capacidade cardiorrespiratória. Para sua capacidade 
digestiva o abdômen deve ser longo, largo, limpo e alto. Deve ser volumoso permitindo 
visualizar a forma de “barril”. O corpo de uma vaca Gir boa produtora de leite deve ter altura 
e comprimento compatível com sua idade. O ideal são animais de tamanho mediano, pois são 
os mais eficientes em um sistema de produção a pasto. Os flancos (vazio) devem ter pele fina 
e evidente e apresentar ligeira concavidade (ABCGIL, 2015). 
No sistema mamário o úbere deve ser amplo, comprido, largo e profundo, 
apresentando grande capacidade de armazenagem de leite, volume compatível com a idade e 
estádio da lactação, fazendo pregas quando vazio. A consistência deve ser macia e elástica 
(glanduloso). Seu piso deve ser nivelado e não ultrapassar a linha do jarrete. Deve apresentar 
ainda proporcionalidade entre a parte anterior e posterior. Os quartos anteriores devem se 
apresentar avançados para frente e aderidos ao ventre e os quartos posteriores bem projetados 
para trás e para cima. O ligamento central possui grande importância devendo ser forte e bem 
evidente, garantindo a sustentação e integridade do úbere que deve estar bem aderido à região 
inguinal. Quando visto por trás, evidencia-se o sulco do ligamento suspensor central. As 
características do ligamento central estão diretamente ligadas à longevidade do úbere e 
permanência do animal no rebanho (ABCGIL, 2015). 
Os membros anteriores devem ser de tamanho médio com ossatura forte, espáduas 
compridas e oblíquas, inserindo harmoniosamente ao tórax, o braço e antebraço com 
musculatura pouco evidente, com joelhos e mãos bem posicionados. O ângulo dos pés deve 
ser de aproximadamente 45°. Nos membros posteriores as pernas devem ser limpas,mas com 
boa cobertura muscular, não devendo apresentar culote pronunciado, com tendões e 
ligamentos evidentes. Vistos por trás, os membros posteriores devem ser bem afastados um 
do outro para dar lugar a um úbere volumoso. Deve possuir aprumos íntegros, com 
articulações fortes, angulação correta e jarretes bem posicionados. O ângulo das quartelas nos 
cascos deve ser de aproximadamente 45° (ABCGIL, 2015). 
 
Figura 02: Modelo da “Vaca Ideal” da raça Gir Leiteiro segundo a Associação Brasileira dos 
Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL). 
 
Fonte: http://girleiteiro.org.br/?conteudo,150. 
 
1. 5 Produção Leiteira 
 
O Leite produzido pelas vacas Gir leiteiro é de grande qualidade nutricional. O Gir 
Leiteiro produz um leite com grande porcentagem de gordura (4,2%) e proteína (3,1%), sendo 
assim um produto bastante apreciado pela indústria de laticínios. Outra vantagem é a 
produção do Leite A2, que diminui a incidência de alergias a determinada proteína do leite, 
comum em outras raças leiteiras (ABCGIL, 2015). 
A produção média do Gir Leiteiro (3.254 kg/305 dias) corresponde a mais de três 
vezes a média nacional (960 kg). A duração de lactação é de 305 dias com média diária de 12 
kg de leite. No Brasil possui mais de 2.000 vacas raça Gir, com lactações acima de 5.000 kg e 
com 500 animais com produções acima de 7.000 kg. Em Torneio Leiteiro já se alcançou 49 
kg de leite/dia (TROPICAL GENÉTICA, 2016). 
 
1. 6 Comércio 
 
Atualmente, Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro 
(ABCGIL), fundada em 1980, o Gir Leiteiro passa por um período de acelerado 
desenvolvimento. A pecuária leiteira de países tropicais necessita de opções que permitam 
uma exploração mais eficiente dentro de suas realidades econômica e ambiental sendo que o 
Gir Leiteiro se adequa a esta exigência leiteiras (ABCGIL, 2015). 
O interesse por animais ou sêmen da raça está em crescente expansão, não só no 
Brasil, como em todo o mundo tropical. O Gir Leiteiro vem sendo utilizado cada vez mais 
para o cruzamento de animais com algum grau de sangue europeu com a finalidade de 
promover a heterose ou choque de sangue. Este cruzamento tem o objetivo de aumentar a 
rusticidade, vigor e docilidade dos animais sem causar prejuízo para a produção leiteira 
(ABCGIL, 2015). 
Com o Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro – PNMGL, 
implementado em 1985, ocorreu à promoção do melhoramento genético da raça Gir Leiteiro 
por meio da identificação e seleção de touros geneticamente superiores para as características 
de produção (leite, gordura, proteína e sólidos totais), de conformação e de manejo, realizando 
teste de progênie para identificar os valores genéticos dos touros leiteiros (ABCGIL, 2015). 
 
1. 7 Índices Zootécnicos 
 
Conhecer os índices zootécnicos da Raça Gir Leiteiro permite melhor manejo 
reprodutivo e produtivo dos animais do sistema. Permite ajustar o rebanho a obter índices 
satisfatórios além ser uma ferramenta para a escolha e seleção de um rebanho leiteiro com 
melhor produção. 
 
 
 
Tabela 01: Índices Zootécnicos Raça Gir Leiteiro 
Intervalo entre partos 14 – 16 meses (420 – 480 dias). 
Duração da lactação 9,5 – 10 meses (293 – 305 dias). 
Produção média de leite por lactação 
(10 meses) 
3.254 kg – 4.527 kg (10 kg – 12 kg 
leite dia). 
Idade a 1° cria 
44 – 46 meses (3,5 – 4 anos) ou 300 kg 
de PV. 
Período de Gestação 9,5 meses (280 – 290 dias). 
Leite 
Gordura: 4,04% 
Proteína: 3,03% 
Lactose: 4,58% 
Sólidos Totais: 12,81% 
Fonte: LEDIC, 1993; QUEIROZ, 2012; VILAS BOAS, 2013; PRATA et al., 2014. 
 
2 PLANEJAMENTO E MANEJO NUTRICIONAL 
 
Um sistema de alimentação para vacas em lactação, para ser implementado, é 
necessário considerar o nível de produção, o estágio da lactação, a idade da vaca, o consumo 
esperado de matéria seca, a condição corporal, tipos e valor nutritivo dos alimentos a serem 
utilizados (EMBRAPA, 2003). 
 
2. 1 Nutrição de Bezerros 
 
Ao nascer, o bezerro é um monogástrico, com o estômago apresentando características 
diferentes do ruminante adulto, não sendo capaz de utilizar alimentos sólidos, tem reflexo 
para mamar e todas as condições fisiológicas e bioquímicas para utilizar o leite. Sob 
condições normais de alimentação e manejo, em sessenta a noventa dias este bezerro se 
transforma em ruminante com habilidade para sobreviver com alimentos volumosos e 
concentrados, com o rúmen-retículo apresentando atividade microbiana relevante, 
desenvolvimento de papilas em suas paredes e capacidade de absorção de nutrientes pelas 
paredes do rúmen-retículo (EMBRAPA, 2003). 
A fase de aleitamento é natural. No aleitamento natural, o bezerro obtém o leite 
mamando diretamente no úbere da vaca. O aleitamento artificial consiste em fornecer a dieta 
líquida em balde, mamadeira ou similar e também pode ser utilizado de forma a racionalizar o 
manejo dos animais, ordenhar com mais higiene e controlar a quantidade de leite ingerida 
pelo bezerro. Em ambos os tipos de aleitamento, o importante é fornecer colostro o mais 
rápido possível, garantindo a sobrevivência do bezerro nas primeiras semanas após o 
nascimento e fornecer os anticorpos (EMBRAPA, 2003). 
O concentrado inicial a ser fornecido aos bezerros, do nascimento até os 60 ou 70 dias 
de idade, independente do sistema de aleitamento utilizado. Os alimentos concentrados 
precisam ser de boa qualidade, como grãos de milho, farelo de girassol, farelo de algodão, 
farelo de soja e misturas minerais e vitamínicas para garantir ganho de peso dos animais. 
A utilização de ureia nos concentrados iniciais para bezerros recomenda-se o seu uso 
somente após os três meses de idade, quando o rúmen estará desenvolvido o suficiente para 
utilizar o nitrogênio não proteico da dieta. Após o desmame, o consumo de concentrado 
aumentará rapidamente, devendo-se limitar a quantidade fornecida para estimular o consumo 
de volumoso. Tem-se sugerido o fornecimento de 1 a 2 kg de concentrado com 12% de 
proteína bruta e 66% de nutrientes digestíveis totais - NDT, dependendo da qualidade do 
alimento volumoso utilizado (EMBRAPA, 2003). 
Um bom volumoso, feno ou verde picado, deve ser fornecido desde a segunda semana 
de idade, sendo que podemos usar cana-de-açúcar associado com capim elefante ainda novo. 
Também se pode deixar o bezerro ingerir o pasto junto com a mãe. Antes dos três meses de 
idade as silagens não devem ser utilizadas, pois não propiciaram desenvolvimento do rumem 
(EMBRAPA, 2003). 
Quando o bezerro estiver consumindo 600 a 800 g de concentrado por dia, de maneira 
consistente, ele estará pronto para ser desmamado, independentemente de sua idade, tamanho 
ou peso. Porém do sistema Gir leiteiro este só será desmanado quando a mãe for entrar em 
período de secagem, pois está só faz a descida do leite com o bezerro ao pé. O cálculo do 
ganho de peso médio diário é calculado subtraindo o peso ao desmame pelo peso ao 
nascimento, dividido pelo número de dias entre o desmame e o nascimento. O ganho de peso 
médio diário deve ser superior a 0,350 kg dia (EMBRAPA, 2003). 
A água deve estar à disposição desde a primeira semana de idade, precisando ser limpa 
e de uma fonte confiável (EMBRAPA, 2003). 
 
 
Figura 03: Bezerra Gir. 
 
Fonte: http://www.fazendacabeceiradoprata.com.br/blog/nasce-framboesa-bezerra-gir-
leiteiro-2/. 
 
2. 2 Nutrição de Novilhas 
 
Do início desta fase, dos 80 - 90 kg de peso vivo até a puberdade, o monitoramento do 
ganho de peso diário é fundamental, não devendo ultrapassar 900 g por dia. Este 
procedimento evita a má-formação da glândula mamária (acúmulo de gordura e menor 
quantidade de tecidosecretor de leite) resultando em menor produção de leite durante a 
primeira lactação. A idade à primeira cobrição determinará a alimentação das novilhas nesta 
fase. O peso vivo para cobrição das novilhas da raça Gir deve ser de 300 kg (EMBRAPA, 
2003). 
Pastos de excelente qualidade e bem manejados podem suprir os nutrientes para o 
crescimento das novilhas, desde que uma mistura mineral esteja sempre à disposição. A 
suplementação volumosa na época seca deve ser feita com forragens verdes picadas como 
cana-de-açúcar, capim elefante e silagens. Para o fornecimento de volumosos em cochos, é 
necessário minimizar a competição por alimento entre os animais manejados em grupos. Para 
isto, é importante propiciar aos animais área de cocho suficiente, permitindo que todos 
tenham chance de se alimentar, sendo a área de cocho calculada considerando 0,7 m
2
 para 
cada animal (EMBRAPA, 2003). 
O fornecimento de concentrado às novilhas é dependente da idade, da qualidade do 
alimento volumoso utilizado e do plano de alimentação adotado. Em geral, até os seis meses, 
é necessário o fornecimento de 1 a 2 kg de concentrado com 12% de proteína bruta e 61% de 
nutrientes digestíveis totais. As novilhas devem ter à sua disposição água fresca e limpa 
diariamente (EMBRAPA, 2003). 
2. 3 Nutrição de Vacas 
 
O estágio da lactação afeta a produção e composição do leite, o consumo de alimentos 
e mudanças no peso vivo do animal. 
Nas duas primeiras lactações da vida de uma vaca leiteira, deve-se fornecer alimentos 
em quantidades superiores àquelas que deveriam estar recebendo em função da produção de 
leite, pois estes animais ainda continuam em crescimento, com necessidades nutricionais 
bastante elevadas. Assim, recomenda-se que aos requerimentos de mantença sejam 
adicionados 20% a mais para novilhas de primeira cria e 10% para vacas de segunda cria 
(EMBRAPA, 2003). 
Recomenda-se alimentar as vacas primíparas separadas das vacas mais velhas. Este 
procedimento evita a dominância, aumentando o consumo de matéria seca. Vacas que ganham 
muito peso antes do parto apresentam apetite reduzido devido ao aumento de leptina que se 
acumula do tecido adiposo, menores produções de leite, distúrbios metabólicos como cetose, 
fígado gorduroso e deslocamento do abomaso, além de baixa resistência aos agentes de 
doenças (EMBRAPA, 2003). 
 
2. 3. 1 Nutrição de Vacas Secas (60 dias pré – parto) 
 
É o período compreendido entre a secagem e o próximo parto. Em rebanhos bem 
manejados, sua duração é de 60 dias. É fundamental para que haja transferência de nutrientes 
para desenvolvimento do feto, que é acentuado nos últimos 60 - 90 dias que precedem o parto, 
a glândula mamária regenere os tecidos secretores de leite e acumule grandes quantidades de 
anticorpos, proporcionando maior qualidade e produção de colostro, essencial para a 
sobrevivência da cria recém-nascida (EMBRAPA, 2003). 
O suprimento de proteína, energia, minerais e vitaminas é muito importante, mas 
deve-se evitar que a vaca ganhe muito peso nesta fase, para reduzir a incidência de problemas 
no parto e durante a fase inicial da lactação. Isso se deve, principalmente, à redução na 
ingestão de alimentos pós-parto, o que normalmente se observa com vacas que parem gordas. 
Assim pode se reduzir o fornecimento de alimentos proteicos e manter alimentação com 
volumoso de qualidade para que o animal entre no período seco sem grandes perdas 
(EMBRAPA, 2003). 
Nas duas semanas que antecedem ao parto deve-se iniciar o fornecimento de pequenas 
quantidades do concentrado formulado para as vacas em lactação, para que se adaptem à dieta 
que receberão após o parto. As quantidades a serem fornecidas variam de 0,5 a 1% do peso 
vivo do animal, dependendo da sua condição corporal. 
O teor de cálcio da dieta de vacas no final da gestação deve ser reduzido para evitar 
problemas com febre do leite após o parto. A mistura mineral (com nível baixo de cálcio) 
deve estar disponível, à vontade, em cocho coberto (EMBRAPA, 2003). 
 
2. 3. 2 Nutrição de Vacas no Pós – Parto (parto até 100 dias) 
 
As vacas, nas primeiras semanas após o parto, não conseguem consumir alimentos em 
quantidades suficientes para sustentar a produção crescente de leite neste período, até atingir o 
pico, o que ocorre em torno de cinco a sete semanas após o parto. O pico de consumo de 
alimentos só será atingido posteriormente, em torno de nove a dez semanas pós-parto. Por 
isso, é importante que recebam uma dieta que possa permitir a maior ingestão de nutrientes 
possível, evitando que percam muito peso e tenham sua vida reprodutiva comprometida. Esse 
período é conhecido como o período de balanço energético negativo. 
 
Gráfico 01: curva de lactação de vacas leiteiras. 
 
 
Fonte: http://boinarede.blogspot.com.br/2017/03/avaliacao-da-condicao-corporal-em.html. 
 
 No gráfico acima podemos observar que o pico de produção de leite ocorre 
anteriormente ao pico de ingestão de matéria seca. 
Deve-se fornecer volumoso de boa qualidade com suplementação, com concentrados e 
mistura mineral adequada. Vacas de alto potencial de produção devem apresentar um 
consumo de matéria seca equivalente à pelo menos 4% do seu peso vivo, no pico de consumo. 
Uma regra prática para determinar a quantidade de volumoso a ser fornecida é monitorar a 
sobra ou o excesso que fica no cocho. Caso não haja sobras ou se sobrar menos do que 10% 
da quantidade total fornecida no dia anterior, aumente a quantidade de volumoso a ser 
fornecida. Caso haja muita sobra, reduza a quantidade. 
O concentrado para vacas em lactação deve apresentar 18 a 22% de proteína bruta 
(PB) e acima de 70% de nutrientes digestíveis totais (NDT), na base de 1 kg para cada 2,5 kg 
de leite produzidos. Pode-se utilizar uma mistura simples à base de milho moído e farelo de 
soja ou de algodão, calcário e sal mineral ou, dependendo da disponibilidade, soja em grão 
moída ou caroço de algodão. 
Vacas em lactação requerem uma quantidade muito grande de água, assim ela deve 
estar à disposição dos animais, à vontade e próxima dos cochos. Normalmente as vacas 
consomem 8,5 litros de água para cada litro de leite produzido. Quando a temperatura 
ambiente se eleva, nos meses de verão, o consumo de água aumenta substancialmente. 
 
2. 3. 3 Nutrição de Vacas no Meio da Lactação (101 aos 200 dias) 
 
Neste período, as vacas já recuperaram parte das reservas corporais gastas no início da 
lactação e já entraram em balanço energético positivo, ou seja, já está ingerido o máximo de 
matéria seca. Uma boa suplementação garantirá que a redução de leite me relação ao pico de 
lactação não seja tão grande. 
O fornecimento de concentrado deve ser feito com 18 a 20% de proteína bruta, na 
proporção de 1 kg para cada 3 kg de leite produzidos acima de 5 kg, na época das chuvas, e a 
mesma relação acima de 3 kg iniciais de leite produzido, durante o período seco do ano. 
 
2. 3. 4 Nutrição de Vacas no Final da Lactação (201 aos 305 dias) 
 
Neste período as vacas devem recuperar suas reservas corporais e a produção de leite 
já é bem menor que nos períodos anteriores. Devem-se alimentar as vacas para evitar que 
ganhem peso em excesso, mas que tenham alimento suficiente, principalmente na época seca 
do ano, para repor as reservas corporais perdidas no início da lactação. É o período em que 
ocorre a secagem do leite, encerrando-se a lactação atual e o início da preparação para o 
próximo parto e lactação subsequente. 
 
2. 3. 5 Touros 
 
Os touros devem receber volumosos de boa qualidade, além de 2 kg de concentrado com 
65% de NDT e cerca de 20% de proteína. O concentrado fornecido às vacas secas ou novilhas 
podeser usado. Água de boa qualidade e podem ser fornecidos a vontade além de misturas 
minerais quando se julgar necessário. 
 
Figura 04: Touro Gir. 
 
Fonte: http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/Boi/noticia/2014/12/pecuaria-
morre-touro-gir-conhecido-por-filhas-leiteiras-de-alta-produtividade.html. 
 
3 ALIMENTOS 
 
A utilização de alimentos na propriedade é feito de acordo com as necessidades dos 
animais, épocas do ano em que alguns alimentos estão disponíveis e de acordo com condição 
financeira para a aquisição dos alimentos, principalmente de concentrados, e de acordo com o 
valor de mercado, sendo que há o ajuste de outras suplementações minerais quando há 
aquisição de concentrados de baixa qualidade nutricional. 
 
3. 1 Concentrados Utilizados na Propriedade 
 
3. 1. 1 Farelo de Girassol 
 
O girassol pode ser oferecido como alimento alternativo para ruminantes na forma de 
torta, farelo e silagem, sendo sua quantidade de uso variável em função da espécie e da forma 
como é oferecido (PEREIRA et al., 2016). A cultura do girassol apresenta fácil adaptação a 
diferentes condições edafoclimáticas, sendo cultivado desde o sul até o norte do país o ano 
todo. 
O farelo de girassol tem sua composição diretamente ligada à quantidade de casca que 
é removida do grão e o processo utilizado para a extração do óleo. Quando as cascas são 
preservadas, o farelo apresenta altos teores de fibras e menor potencial energético o que causa 
queda na qualidade do produto. Apresenta ainda composição química semelhante a farelos de 
outras oleaginosas tendo, porém, um maior conteúdo de resíduo mineral (cinzas) e fibras. 
Apresenta quantidade de aminoácidos relativamente balanceada apesar de ser deficiente em 
lisina, mas apresenta valores interessantes de aminoácidos sulfurados que são limitantes nas 
leguminosas (PEREIRA et al., 2016). 
Furlan et al., (2001) recomendam a substituição da proteína do farelo de soja pela 
proteína do farelo de girassol até o nível de 30%, o que corresponde a cerca de 15% de 
inclusão de farelo de girassol nas rações (SOARES, 2012). 
 
Tabela 02: Composição química do Farelo de Girassol. 
Nutriente % 
MS 90 
PB 26,80 
EE 4,07 
FDN 42,40 
FDA 27,80 
NDT 59,34 
Fonte: TAVERNARI, F. C, 2008. 
 
3. 1. 2 Farelo de Milho 
 
O milho é considerado um concentrado energético, ou seja, possui menos de 18 % de 
fibra bruta (FB) e menos de 20% de proteína bruta (PB) (GONÇALVES et al., 2009). O 
milho pode ser processado e fornecido moído, gelatinizado, floculado, laminado e misturado a 
forragem, sendo que a forma de fornecimento para o animal afeta na digestibilidade e na 
absorção. Pode ser utilizado em até 70% do concentrado na alimentação do animal. 
O grão de milho é composto por 60% de amido, 6,5% de casca, 10% de glúten, 5% de 
gérmen e 15% de água. 
 
 
Tabela 03: Composição química do Milho Grão. 
Nutriente % 
MS 87,64 
PB 9,11 
EE 4,07 
FDN 13,98 
FDA 4,08 
NDT 87,24 
Fonte: Daniel Ananias de Assis Pires 
Figura 05: Farelo de Milho. 
 
Fonte: http://www.mfrural.com.br/busca.aspx?palavras=farelo+milho. 
 
3. 1. 3 Farelo de Algodão e Caroço de Algodão 
 
O farelo de algodão é a segunda fonte proteica do mundo, além de fornecer fibra e 
energia. Possui baixo caroteno e vitamina A, baixo teor de cálcio, baixa lisina, sendo uma boa 
fonte de riboflavina, ácido pantotênico, colina, niacina e tiamina. Pode ser utilizado até 30% 
da dieta de vacas de leite. 
O algodão não deve ser utilizado quando em caroço, pois possui o gossipol que é um 
fator antinutricional, que ao se acumular no organismo do animal leva a lesões no fígado, 
possui efeito cardiotóxico, causa hemólise, enfisema pulmonar e problemas de fertilidade. 
 
 
 
 
 
Tabela 04: Composição química do Farelo de Algodão 
Nutriente % 
MS 90,18 
PB 35,05 
EE 1,38 
FDN 36,70 
FDA 31,24 
NDT 69,77 
Fonte: Daniel Ananias de Assis Pires. 
 
Figura 06: Farelo de algodão. 
 
Fonte: http://www.mfrural.com.br/busca.aspx?palavras=farelo+algodao 
 
 
3. 1. 4 Ureia 
 
A ureia tem sido usada na alimentação de bovinos por adequar a ração com proteína 
degradável no rumem e por possuir baixo custo, diminuindo assim o custo com 
suplementação proteica em sistemas de criação de gado leiteiro (GUIMARÃES JUNIOR, 
2007). 
 É um composto orgânico cristalino, de cor branca, solúvel em água e álcool. É 
considerada um composto nitrogenado não proteico (NNP). Teoricamente a fornecer 100 g de 
ureia na dieta do ruminante resultaria em produção de cerca de 290 g de proteína bruta de 
origem microbiana. No rumem é rapidamente desdobrada em amônia e CO2. A ureia não 
possui nenhum mineral em sua composição. Sendo também necessário usar misturas minerais 
como o enxofre (GUIMARÃES JUNIOR, 2007). 
O fornecimento de ureia costuma ser feito junto a volumosos de baixa qualidade, 
porém em sistemas que não se costuma usar a ureia os animais precisam passar por processo 
de adaptação para não ocorrer casos de intoxicação. 
 
Tabela 05: Composição Química da ureia. 
Compostos % 
Nitrogênio 46,4 
Biureto 0,55 
Água 0,25 
Amônio livre 0,008 
Cinzas 0,003 
Ferro e Chumbo 0,003 
Fonte: GUIMARÃES JUNIOR, 2007. 
 
3. 1. 5 Polpa Cítrica 
 
A polpa cítrica (PC) é um subproduto da indústria da laranja ou outras frutas, 
caracterizada por seu elevado valor energético, 13% inferior ao do milho, segundo NRC, 1996 
e por possuir peculiaridades de fermentação que a coloca como produto intermediário entre 
volumoso e concentrado. Além da vantagem econômica, a época de produção é favorável. 
Como a safra da laranja é iniciada em maio e concluída em janeiro, esse período coincide com 
a entressafra de grãos como o milho e com a época de escassez de forragem (MENDES, 
2006). 
Apesar de ser considerado um concentrado energético, a polpa cítrica apresenta teor 
maior de fibra do que os concentrados energéticos tradicionais, principalmente em relação aos 
valores de FDA e FDN. A pectina, principal constituinte da polpa cítrica, é considerada um 
carboidrato estrutural, perfazendo a fibra, mas nutricionalmente é considerada parte da fração 
carboidratos não estruturais pelas suas características peculiares de degradação ruminal. É 
conhecida a importância da fibra em rações para animais ruminantes, uma vez que esta atua 
na manutenção da motilidade ruminal e estímulo à ruminação (MENDES, 2006). 
Em vacas em lactação pode substituir parte dos grãos em até 20% da MS ou 
4kg/cab./dia. Em novilhas e vacas secas até 30% da MS da dieta, em bezerros até 60 dias 
fornecer apenas até 10% da MS da dieta e em bezerros acima de 60 dias fornecer até 30% da 
MS da dieta. 
Tabela 06: Composição química da polpa cítrica. 
Nutriente % 
MS 87,95 
PB 7,15 
EE 3,28 
FDN 24,31 
FDA 23,01 
NDT 65,17 
Fonte: Daniel Ananias de Assis Pires. 
 
3. 2 Volumosos Utilizados na Propriedade 
 
Os volumosos constituem o principal alimento de ruminantes. Em relação as vacas de 
leite é necessário o fornecimento de volumosos em boa quantidade e qualidade para que essas 
tenham e mantenham uma boa produção de leite. 
 
3. 2. 1 Silagem de Sorgo 
 
O uso de silagem de sorgo representa uma das principais formas de suplementação de 
volumosos para o rebanho bovino nacional. É uma espécie que apresenta grandes 
variabilidades genéticas para as características nutricionais, havendo, portanto, enorme 
potencial de exploração da mesma e programas de melhoramento capazes de desenvolver 
híbridos modernos de alto valor nutritivo, que proporcionariam alto desempenho animal, 
semelhante aos obtidoscom silagens de bons híbridos de milho. 
Vacas leiteiras alimentadas com silagem de sorgos de alta produção de grãos 
produziram mais leite que as alimentadas com silagem de sorgo do tipo forrageiro. 
 
 
 
 
 
Tabela 07: Composição química da silagem de sorgo. 
Nutriente % 
MS 30-33 
PB 4,02 
EE 2-3 
FDN 71,60 
FDA 25-30 
NDT 69,65 
Fonte: PELEGRINI, M. 2011. 
 
3. 2. 2 Cana-de-açúcar 
 
A cana-de-açúcar é um alimento forrageiro muito usado nos períodos de estiagem no 
Brasil, devido ao fato de poder ser produzida em quantidade nessa, ter custo relativo baixo de 
produção, além de fornecer grande quantidade de matéria fibrosa aos bovinos, contribuindo 
para que nessa época, estes não sofram tanto com a perda de peso (MARSÃO; 
GONÇALVES, 2012). 
É importante ressaltar que a cana-de-açúcar possuiu alto teor de fibra e açúcar, 
fornecendo energia aos animais, porém possui baixas quantidades de proteína que precisam 
ser respostas a esses animais de outras formas (grãos), assim seu uso nunca deve ocorrer de 
forma exclusiva, pois afeta diretamente o consumo, a digestibilidade velocidade de trânsito 
das fibras no sistema digestivo, não atendendo as necessidades de mantença dos animais 
(VALVASORI; PAULINO, 2007). 
A ureia misturada a cana-de-açúcar funciona como o substrato de nitrogênio para a 
microbiota ruminal, que o principal ponto a ser manter estável em períodos de dificuldades de 
fornecimento nutricional para os animais. É importante ressaltar que a ureia é fator toxico 
para os ruminantes (produção de amônia) quando usada de forma e em quantidades incorretas, 
assim tanto a quantidade como a velocidade de administração e adaptação dos animais deve 
ser ajustada (TORRES, 2014). 
Nos rebanhos leiteiros, devido à alta exigência feita sobre esses animais, não se 
permite somente o uso da cana-de-açúcar com ureia e sal mineral, pois não será suficiente 
para suprir as necessidades enérgicas e de produção desses animais, assim é necessário à 
suplementação com outras fontes de proteína e energia como farelo de soja, milho, farelo de 
algodão ou arroz, para garantir que esses não percam muito em peso e nem diminuam 
drasticamente a produção de leite (VALVASORI; PAULINO, 2007). 
 
Tabela 08: Composição química da cana-de-açúcar. 
Nutriente % 
Matéria seca 26,5 
PB 2,60 
FDN 50,41 
FDA 40,6 
Celulose 34,5 
Lignina 6,1 
Matéria Mineral 4,1 
Digestibilidade 57,9 
Grau brix 21,0 
Fonte: RIBEIRO, L. S.O. et al., 2009. 
 
3. 2. 3 Brachiaria brizantha 
 
Tem como principais características resistência às cigarrinhas-das-pastagens, alta 
produção de forragem, persistência, boa capacidade de rebrota, tolerância ao frio, à seca e ao 
fogo. Exige solos bem drenados, de média a alta fertilidade onde produz de 8 a 20 toneladas 
de matéria seca por hectare, por ano (EMBRAPA, 2014). 
 
Tabela 09: Composição química da Brachiaria Brizantha. 
Nutriente % 
MS 21 
PB 10 
EE 1,9 
FDN 66,8 
FDA 36,8 
NDT 52 
Fonte: LOPES, F. C. F. et al., 2010. 
 
Figura 07: Pasto de Brachiaria brizantha. 
 
Fonte: http://sementesalvorada.com/sementes/brachiaria-brizantha-cv-mg4/. 
 
3. 2. 4 Cynodon 
 
Há várias espécies de Cynodon, chamadas de gramas bermuda, onde destacam-se o 
Tifton 85 e o Coast-cross. No caso do pastejo rotativo, a Embrapa Gado de leite tem 
recomendado a utilização de 1 dia de ocupação e 32 dias de descanso no período seco e 25 
dias no período das águas (PREDEIRA, 2013). 
Com boa fertilidade de solo e manejo adequado, os Cynodons comumente 
proporcionam produção de matéria seca superior a 20 t de MS/ha/ano, com valor nutritivo que 
pode ser considerado bom, ao redor de 11 a 13% de PB e 58 a 65% de digestibilidade. 
Apresentam ainda distribuições estacionais de crescimento mais uniformes (proporção 
relativa da produção total no “inverno” e no “verão”) quando comparados a outros capins 
(PREDEIRA, 2013). 
 
Tabela 10: Composição química do capim Cynodon. 
Nutriente % 
MS 63,8 
PB 7,9-12,4 
FDN 79,0 a 94,3 
FDA 43,6 – 57,8 
Fonte: CECATO, U. 2008. 
3. 2. 5 Capim Elefante 
 
O capim elefante (Pennisetum purpureum) é uma gramínea que apresenta 
características como alta produção de biomassa, boa adaptação aos diversos tipos de solos e 
boa aceitação pelos animais. É tradicionalmente usada para corte e silagem sendo que seu uso 
para pastejo vem crescendo nos últimos anos, principalmente para vacas em lactação. Além 
disso, deve-se considerar, ainda, o uso do capim-elefante na forma de forragem conservada, 
como alternativa para alimentação animal na época seca do ano (CÓSER, 2000). 
Em relação à adaptação e tolerância cresce bem a altitudes de até 1.500 metros e a 
temperatura de 18 a 30°C, podendo suportar o frio e até geadas dependendo do cultivar. 
Possui baixa tolerância à seca, podendo atravessar a estação seca com baixa produção se 
possuir raízes profundas, sendo mais bem aproveitada na época de seca quando ensilado. 
Adapta-se bem a maioria dos solos, exceto solos mal drenados. A produção em toneladas 
pode chegar a 300 toneladas, sendo que exige solos bem nutridos, sem baixo pH e alumínio. 
 
Tabela 11: Composição química do Capim Elefante com 112 dias de idade. 
Nutriente % 
MS 20,89 
PB 3,16 
EE 2,52 
FDN 34,64 
FDA 46,63 
NDT 67,5 
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhDyUAJ/barragens-subterrneas?part=2. 
 
Figura 08: Capim elefante. 
 
Fonte: http://sfagro.uol.com.br/viveiristas-sao-licenciados-para-a-venda-de-novo-capim-
elefant 
 
4 COMPOSIÇÃO DO REBANHO 
 
4. 1 Vacas Gir: Características do Rebanho 
Natalidade: 80 % 
Mortalidade: 5% 
Idade ao 1° parto: 36 meses 
Período de Lactação: 9 meses 
VACAS TOTAIS: 115 
 
4. 2 Cálculos para determinar composição do Rebanho 
 Vacas Paridas: 
115 – 100%  100x = 9.200  x = 92 vacas paridas. 
 x – 80% x = 9.200 
 100 
 Vacas em Lactação (10 meses) 
92 – 12 meses  12x = 920  x = 77 vacas em lactação. 
 x – 10 meses x = 920 
 12 
 
 Vacas Secas = vacas paridas – vacas em lactação. 
92 vacas paridas – 77 vacas em lactação = 15 vacas secas. 
 
 Vacas Problemas = vacas totais – (vacas em lactação + vacas secas). 
115 vacas totais – (77 vacas em lactação + 15 vacas secas) 
115 vacas totais – 92 vacas = 23 vacas problemas. 
 
 Bezerros Machos e Fêmeas de 0 a 1 ano. 
92 bezerros – 5% de mortalidade = 92 x 0,05 = 4,6, aproximadamente 5 bezerros vieram ao 
óbito. Assim 92 bezerros – 5 bezerros que morreram = 87 bezerros. 
Considerando 1/2 fêmeas e machos = 87/2 = 44 bezerras e 43 bezerros ou vice e versa. 
 
 Novilhas de 1 a 2 Anos (idade ao primeiro parto de 24 meses). 
 
Taxa de reforma: 20% 
115 – 100%  100x = 2.300  x = 23 novilhas de 1 a 2 anos. 
 x – 20% x = 2.300 
 100 
 
 Novilhas de 2 a 3 anos (idade ao primeiro parto ≥ 24 meses a 36 meses) 
115 – 100%  100x = 2.300  x = 23 novilhas de 2 a 3 anos. 
 x – 20% x = 2.300 
 100 
 
 Touros: 1 touro para cada 50 vacas, assim 115/50 = 2,3 ou seja 3 touros. 
 
Composição do Rebanho: 
-Vacas em Lactação: 77 vacas. 
-Vacas secas: 15 vacas.-Vacas Problemas: 23 vacas. 
-Bezerros Macho e Fêmeas de 0 a 1 ano: 87 bezerros (44 F e 43 M). 
-Novilhas de 1 a 2 anos: 23 novilhas. 
-Novilhas de 2 a 3 anos: 23 novilhas. 
-Touros: 3 touros 
 
TOTAL DO REBANHO: 251 animais. 
 
5 CÁLCULO DA DIETA PARA O LOTE DE MAIOR PRODUÇÃO 
 
Para vacas mantidas a pasto, durante o período de menor crescimento do pasto, há 
necessidade de suplementação com volumosos: capim-elefante verde picado, cana-de-açúcar 
adicionada de 1% de ureia, silagem, feno ou forrageiras de inverno. Para vacas de alta 
produção leiteira ou animais confinados, podemos fornecer milho ou sorgo à vontade. 
No caso da propriedade a dieta consiste em pastejo em piquetes de capim Brachiaria 
Brizantha no período das águas, em que se possuem pastos verdes. Também é fornecido em 
coxo, suplementação mineral e de concentrados para completar as exigências dos animais. No 
período de seca em que há escassez de forragens, trabalha-se com silagem de sorgo e silagem 
de cana-de-açúcar associada a capim elefante. A dieta é fornecida de forma completa, ou seja 
o volumoso misturado ao concentrado necessário. 
O cálculo para a dieta dos grupos de vacas leiteiras, que também é o grupo de maior 
produção e assim maiores exigências esta descrito abaixo considerando a alimentação a pasto 
e no coxo nos períodos secos. 
 
5. 1 Alimento volumoso Brachiaria brizantha a pasto associado com Farelo de Milho 
(energia) e Farelo de algodão (proteína). 
 
Vacas com 480 kg de peso vivo, com produção média de 4.500 kg de leite por lactação (10 
meses), assim o animal produz (4.500/10 = 450 kg leite por mês, 450/30 = 15 kg de leite dia) 
15 kg de leite por dia. 
Alimento Volumoso: Brachiaria Brizantha. 
PB: 10% 
NDT: 52% 
FDN: 50% 
MS: 20% 
Alimentos Concentrados: Farelo de Milho 
 PB: 9,11% NDT: 87,24% 
 Farelo de Algodão: 
 PB: 35,05% NDT: 69,77% 
Exigência de mantença do animal Kirchof (2004) em Tabelas para Cálculos da Alimentação 
de Bovinos Leiteiros. 
 Produção: PB → 364 g NDT → 4 kg 
 Mantença: PB → 100 g NDT → 350 kg 
Ingestão de matéria seca: 3,5% do Peso Vivo (PV). 
FDN: 1,6% do PV. 
 
 Exigência total: 
PB = 364 g + 100 (15) = 364 + 1.500g = 1.864 g ou 1, 87 kg. 
NDT = 4.000g + 350 g (15) = 4.000 + 5.250 = 9.250 ou 9,25 kg. 
 Ingestão de matéria seca: 
3,5% de 480 kg = 16,80 kg 
 Ingestão de FDN = 1,6% de 480 = 7,68. 
O animal pode ingerir 75% de FDN, ou seja pode ingerir 75% de 7,68 = 5,76 de FDN do 
alimento volumoso. 
Assim: 
1 – 05  0,5x = 5,76  x = 11,52 kg. 
x – 5,76 x = 5,76 
 0,5 
 
O animal pode ingerir 16,80 kg e já ingeriu 11,52 kg, assim este ainda pode ingerir (16,80 kg 
– 11,52) 5,28 kg de alimento concentrado. 
A Brachiaria brizantha fornece : 
PB: 10% de 11, 52 = 1,152 kg de proteína. 
NDT: 52% de 11, 52 = 6 kg de energia. 
Assim ainda falta para a vaca consumir: 
PB: 1,87 – 1, 15 = 0,72 kg de proteína; 
NDT: 9,25 – 6 = 3, 25 de energia. 
 
O animal ainda pode ingerir 5, 28 kg de concentrado para tentar suprir a falta de proteína e 
energia que não é oferecido pela Brachiaria brizantha. 
Considerando a proteína ainda faltam 0,72, assim: 
PB: 5,28 – 100%  5, 28x = 72  x = 13,63% 
 0,72 – x x = 72 
 5,28 
 
Farelo de Milho: 9,11 % de PB. 
Farelo de Algodão: 35,05 % de PB. 
 
FM: 9,11 - = 21,42 
 + 
 
FA: 35,05 - = 4,52 
 = 
 25,94% 
 
FM = 25, 94% – 100  25, 94x = 452  x = 17, 42% 
13,63% 
 4, 52 – x x = 452 
 25, 94 
 
FA : 25, 94% – 100  25, 94x = 2.142  x = 82, 57% 
 21, 42 – x x = 2.142 
 25, 94 
 
Do concentrado que ainda pode ser ingerido: 
FM: 17, 42% de 5, 28 kg = 0,92 kg; 
FA: 82, 57% de 5, 28 kg = 4, 35kg; 
Quantidade de proteína: 
FM: 9,11% de 0,92 kg = 0,084 kg  Supre 1,60 kg de proteína (0,084 + 1,52 kg) 
FA: 35,05% de 4,35 kg = 1, 52 kg 
Porém a necessidade proteica da vaca é de 1,87kg, assim ainda fica faltando 0,27 kg de 
proteína (1,87 kg – 1,60 kg). 
 
Quantidade de energia: 
FM: 87,24 % de 0,92 kg = 0,80 kg  Supre 3, 83 kg de energia (0,80 + 3, 03) 
FA: 69,77% de 4, 35 kg = 3,03 kg 
Porém a necessidade energética da vaca é de 9, 25 kg, assim ainda falta 5, 42 de energia (9, 25 
kg – 5,42 kg). 
 
Podemos completar com até 0, 88 litros de óleo que fornecerá mais 1, 98 de energia, assim de 
5, 42 de energia, ainda irá faltar 3,44 kg (5,42 kg – 1,98 kg). 
 
Também podemos suplementar os animais com fornecimento de ureia (40 a 50 gramas / 100 
kg), sal mineral e enxofre. 
 
5. 2 Alimento volumoso Silagem de sorgo associado com Farelo de Milho (energia) e 
Farelo de Algodão (proteína). 
 
Vacas com 480 kg de peso vivo, com produção média de 4.500 kg de leite por lactação (10 
meses), assim o animal produz (4.500/10 = 450 kg leite por mês, 450/30 = 15 kg de leite dia) 
15 kg de leite por dia. 
Alimento Volumoso: Silagem de Sorgo 
PB: 4,02% 
NDT: 69,65% 
FDN: 71,60% 
Alimentos Concentrados: Farelo de Milho 
 PB: 9,11% NDT: 87,24% 
 Farelo de Algodão: 
 PB: 35,05% NDT: 69,77% 
Exigência de mantença do animal Kirchof (2004) em Tabelas para Cálculos da Alimentação 
de Bovinos Leiteiros. 
 Produção: PB → 364 g NDT → 4 kg 
 Mantença: PB → 100 g NDT → 350 kg 
Ingestão de matéria seca: 3,5% do Peso Vivo (PV). 
FDN: 1,6% do PV. 
 
 Exigência total: 
PB = 364 g + 100 (15) = 364 + 1.500g = 1.864 g ou 1, 87 kg. 
NDT = 4.000g + 350 g (15) = 4.000 + 5.250 = 9.250 ou 9,25 kg. 
 Ingestão de matéria seca: 
3,5% de 480 kg = 16,80 kg 
 Ingestão de FDN = 1,6% de 480 = 7,68. 
O animal pode ingerir 75% de FDN, ou seja pode ingerir 75% de 7,68 = 5,76 de FDN do 
alimento volumoso. 
Assim: 
1 – 0,716  0,716x = 5,76  x = 8,04 kg. 
x – 5,76 x = 5,76 
 0,716 
 
O animal pode ingerir 16,80 kg e já ingeriu 8,04 kg, assim este ainda pode ingerir (16,80 kg – 
8,04) 8,76 kg de alimento concentrado. 
A Silagem de sorgo fornece: 
PB: 4,02% de 8,76 = 0,35 kg de proteína. 
NDT: 69,65 % de 8,76 = 6,10 kg de energia. 
Assim ainda falta para a vaca consumir: 
PB: 1,87 – 0,35 = 1,52 kg de proteína; 
NDT: 9,25 – 6,10 = 3,15 kg deenergia. 
 
O animal ainda pode ingerir 8, 76 kg de concentrado para tentar suprir a falta de proteína e 
energia que não é oferecido pela Silagem de sorgo. 
Considerando a proteína ainda faltam 1,52, assim: 
PB: 8,76 – 100%  8,76x = 152  x = 17,35% 
 1,52 – x x = 152 
 8,76 
 
Farelo de Milho: 9,11 % de PB. 
Farelo de Algodão: 35, 05 % de PB. 
 
 
FM: 9,11 - = 17.7 
 + 
 
FA: 35,05 - = 8,24 
 = 
 25,94% 
 
FM = 25, 94% – 100  25, 94x = 824  x = 31,76% 
 8,24 – x x = 824 
 25, 94 
 
FA : 25,94% – 100  25, 94x = 1.770  x = 68,23% 
 17,7 – x x = 1.770 
 25, 94 
 
Do concentrado que ainda pode ser ingerido: 
FM: 31,76% de 8,76 kg = 2,78 kg; 
FA: 68,23% de 8,76 kg = 5,97 kg; 
 
Quantidade de proteína: 
17,35% 
FM: 9,11% de 2,78 kg = 0,25 kg  Supre 2,34 kg de proteína (0,25 + 2,06) 
FA: 35,05% de 5,97 kg = 2,09 kg 
Como a vaca precisa de 1,87 de proteína é a silagem misturada fornece 2,34 kg de proteína, 
irá suprir bem o animal. 
Quantidade de energia: 
FM: 87,24 % de 2.78 kg = 2.43 kg  Supre 6,6 kg de energia (2,43 + 4,17) 
FA: 69,77% de 5,97 kg = 4,17 kg 
Porém a necessidade energética da vaca é de 9, 25 kg, assim ainda falta 2,65 kg de energia 
(9,25 kg – 6,6 kg). 
 
Podemos completar com até 0, 88 litros de óleo que fornecerá mais 1, 98 de energia, assim de 
2,65 de energia, ainda irá faltar 0,67 kg (2,65 kg – 1,98 kg). 
Também podemos suplementar os animais com fornecimento de ureia (40 a 50 gramas / 100 
kg), sal mineral e enxofre. 
 
5. 3 Alimento volumoso Silagem de Cana-de-açúcar + Capim Elefante associado com 
Farelo de Milho (energia) e Farelo de Girassol (proteína). 
 
Vacas com 480 kg de peso vivo, com produção média de 4.500 kg de leite por lactação (10 
meses), assim o animal produz (4.500/10 = 450 kg leite por mês, 450/30 = 15 kg de leite dia) 
15 kg de leite por dia. 
 
Alimento Volumoso: Silagem de Cana-de-açúcar + Capim Elefante 
PB: 5,76% 
NDT: 127,5% 
FDN: 85,05% 
Alimentos Concentrados: Farelo de Milho 
 PB: 9,11% NDT: 87,24% 
 Farelo de Girassol: 
 PB: 26,80 NDT: 59,34% 
Exigência de mantença do animal Kirchof (2004) em Tabelas para Cálculos da Alimentação 
de Bovinos Leiteiros. 
 Produção: PB → 364 g NDT → 4 kg 
 Mantença: PB → 100 g NDT → 350 kg 
Ingestão de matéria seca: 3,5% do Peso Vivo (PV). 
FDN: 1,6% do PV. 
 
 Exigência total: 
PB = 364 g + 100 (15) = 364 + 1.500g = 1.864 g ou 1, 87 kg. 
NDT = 4.000g + 350 g (15) = 4.000 + 5.250 = 9.250 ou 9,25 kg. 
 Ingestão de matéria seca: 
3,5% de 480 kg = 16,80 kg 
 Ingestão de FDN = 1,6% de 480 = 7,68. 
O animal pode ingerir 75% de FDN, ou seja pode ingerir 75% de 7,68 = 5,76 de FDN do 
alimento volumoso. 
Assim: 
1 – 0,85  0,85x = 5,76  x = 6,78 kg. 
x – 5,76 x = 5,76 
 0,85 
 
O animal pode ingerir 16,80 kg e já ingeriu 6,78 kg, assim este ainda pode ingerir (16,80 kg – 
6,78) 10,02 kg de alimento concentrado. 
A silagem de cana-de-açúcar + capim elefante fornece: 
PB: 5,76% de 6,78 = 0,3905 kg de proteína. 
NDT: 127,5% de 6,78 = 8,65 kg de energia. 
Assim ainda falta para a vaca consumir: 
PB: 1,87 – 0,390 = 1,47 kg de proteína; 
NDT: 9,25 – 8,65 = 0,6 kg de energia. 
 
O animal ainda pode ingerir 10,00 kg de concentrado para tentar suprir a falta de proteína e 
energia que não é oferecido pela silagem de cana-de-açúcar + capim elefante. 
Considerando a proteína ainda faltam 1,47, assim: 
PB: 10 – 100%  10x = 147  x = 14,7% 
 1,47 – x x = 147 
 10 
 
Farelo de Milho: 9,11 % de PB. 
Farelo de Algodão: 26,80 % de PB. 
 
FG: 26,80 - = 12,1 
 + 
 
FM: 9,11 - = 5,59 
 = 
 17,69% 
 
FM = 17,69% – 100  25, 94x = 1.210  x = 68,40% 
 12,1 – x x = 1.210 
 17,69 
 
FA: 17,69 % – 100  17,69x = 559  x = 31,60% 
 5,59 – x x = 559 
 17,69 
 
Do concentrado que ainda pode ser ingerido: 
FG: 68,40% de 10 kg = 6,84 kg; 
FM: 31,60% de 10 kg = 3,16 kg; 
 
Quantidade de proteína: 
FM: 9,11% de 3,16 kg = 0,28 kg  Supre 2,11 kg de proteína (0,28 + 1,83 kg) 
FG: 26,80% de 6,84 kg = 1,83 kg 
Como a vaca precisa de 1,87 de proteína é a silagem misturada fornece 2,11 kg de proteína, 
irá suprir bem o animal. 
 
Quantidade de energia: 
FM: 87,24 % de 3,16 kg = 2,75 kg  Supre 6,80 kg de energia (2,75 + 4,05) 
FG: 59,34% de 6,84 kg = 4,05 kg 
Porém a necessidade energética da vaca é de 9, 25 kg, assim ainda falta 2,45 de energia (9, 25 
kg – 6,80 kg). 
 
Podemos completar com até 0, 88 litros de óleo que fornecerá mais 1, 98 de energia, assim de 
2,45 de energia, ainda irá faltar 0,47 kg (2,45 kg – 1,98 kg). 
14,7% 
Também podemos suplementar os animais com fornecimento de ureia (40 a 50 gramas / 100 
kg), sal mineral e enxofre. 
 
5. 5 Necessidade de quantidade de Brachiaria brizantha para o plantel de animais. 
 
Consumo diário dos animais: 
87 bezerros = 5 kg cada/dia  87 x 05 = 435 kg/dia 
46 novilhas = 20 kg cada/dia  46 x 20 = 920 kg/dia 
115 vacas = 40 kg cada/dia  115 x 40 = 4.600 kg/dia 
3 touro = 50 kg cada/dia  03 x 50 = 150 kg /dia 
TOTAL DE: 6.105 kg/ dia de volumoso. 
No Norte de Minas Gerais considera-se 3 meses como sendo “águas”. Acrescenta-se mais 1 
mês de suplementação, assim a Brachiaria brizantha precisa permanecer no pasto por 4 
meses. Então: 
120 dias x 6.105/dia = 732.600 kg ou 732,6 toneladas de Brachiaria brizantha precisam ser 
plantados para suprir a necessidade de volumoso dos animais por dia em 4 meses. 
Ainda se considera 20% de perda de pastagem, precisando assim acrescer mais 20% a área de 
plantio: 
20% de 732,6 T = 146,12 
732, 6 T + 146,52 = 879,12 T de Brachiaria brizantha que precisa ser produzida. 
 
A área plantada de Brachiaria brizantha (considerando densidadede 15 T/hectare) será de: 
879,12/15 T = aproximadamente 58 hectares ou 580.000 m
2
 de pastagem. 
 
5. 6 Quantidade de silagem de sorgo para o plantel de animais. 
 
Consumo diário dos animais: 
87 bezerros = 5 kg cada/dia  87 x 05 = 435 kg/dia 
46 novilhas = 20 kg cada/dia  46 x 20 = 920 kg/dia 
115 vacas = 40 kg cada/dia  115 x 40 = 4.600 kg/dia 
3 touro = 50 kg cada/dia  03 x 50 = 150 kg /dia 
TOTAL DE: 6.105 kg/ dia de volumoso. 
 
No Norte de Minas Gerais considera-se 8 meses como época de “seca” e em que os 
animais precisam de suplementação á coxo, pois não grande oferta de pastagens. Acrescenta-
se mais 1 mês de suplementação, assim o silo precisa durar em torno de 9 meses. Então: 
270 dias x 6.105/dia = 1.648350 kg ou 1.648,35 toneladas de silagem de sorgo para suprir a 
necessidade de volumoso dos animais por 9 meses. 
Ainda se considera 20% de perda de pastagem, precisando assim acrescer mais 20% a área de 
plantio: 
20% de 1.648,35 T = 329,7 
1.648,35 T + 329,7 = 1978 T de silagem precisam ser produzida. 
 
A área plantada de sorgo (considerando densidade de 40 T/hectare) será de: 
1978/40 T = aproximadamente 50 hectares ou 500.000 m
2
 de plantação de sorgo. 
Como na propriedade também irá se produzir metades dos silo de cana-de-açúcar associado a 
capim elefante, será plantado metade da área de sorgo: 50 hectare/2 = 25 hectares de sorgo. 
 
5. 6. 1 Quantidade de silos de sorgo 
Produção de silo trincheira: 
Silo trincheira: 1.000 m
2
; 
Comprimento: 30 m; 
Altura: 2 m; 
Base menor: 4 m; 
Base maior: 5 m; 
Área do silo é = 5 + 4 x 2/2 = 9 m
2
  Volume = área x comprimento = 9 x 30 = 270 m2. 
Assim, 
1000 kg – 1m3  x = 270.000 m2 ou 270 toneladas de sorgo. 
 x – 270 
 
A área plantada foi de 25 hectares de sorgo que supre 989 T de volumoso (1.978/2). 
E 989 T/270 = 3 silos de 270 m
2
 e 1 silo de 135 m
2
. A outra parte do volumoso será suprimo 
com o outro silo (cana-de-açúcar + capim elefante). 
 
Espessura de corte do silo por dia será: 
1 m
3
 – 1.000 kg  1000x = 6.105  x = 61,05 m3 
 x – 6.105 x = 6.105 61,05 m3 = 9 m2 x C 
 1.000 C = 61,05 m
3
/9 m
2 
= 6,8 metros. 
Serão retirados do silo 6,8 metros de sorgo por dia que serão devidamente distribuídos entre 
os animais. 
 
5. 8 Quantidade de silagem de cana-de-açúcar associado a capim elefante para o plantel 
de animais. 
 
Consumo diário dos animais: 
87 bezerros = 5 kg cada/dia  87 x 05 = 435 kg/dia 
46 novilhas = 20 kg cada/dia  46 x 20 = 920 kg/dia 
115 vacas = 40 kg cada/dia  115 x 40 = 4.600 kg/dia 
3 touro = 50 kg cada/dia  03 x 50 = 150 kg /dia 
TOTAL DE: 6.105 kg/ dia de volumoso. 
 
No Norte de Minas Gerais considera-se 8 meses como época de “seca” e em que os animais 
precisam de suplementação á coxo, pois não grande oferta de pastagens. Acrescenta-se mais 1 
mês de suplementação, assim o silo precisa durar em torno de 9 meses. Então: 
270 dias x 6.105/dia = 1.648350 kg ou 1.648,35 toneladas de silagem de para suprir a 
necessidade de volumoso dos animais por 9 meses. 
Ainda se considera 20% de perda de pastagem, precisando assim acrescer mais 20% a área de 
plantio: 
20% de 1.648,35 T = 329,7 
1.648,35 T + 329,7 = 1.978 T de silagem precisam ser produzida. 
 
A área plantada de cana-de-açúcar (considerando densidade de 100 T/hectare) será de: 
1.978/100 T = aproximadamente 20 hectares ou 200.000 m
2
 de plantação. 
Como na propriedade também irá se produzir metades dos silos de sorgo será plantada metade 
da área: 20 hectare/2 = 10 hectares de cana-de-açúcar. 
 
A área plantada de capim elefante (considerando densidade de 120 T/hectare) será de: 
1.978/120 T = aproximadamente 16 hectares ou 160.000 m
2
 de plantação. 
Como na propriedade também irá se produzir metades dos silos de sorgo será plantada metade 
da área: 16 hectare/2 = 8 hectares de capim elefante. 
 
5. 6. 1 Quantidade de silos de cana-de-açúcar associado a capim elefante 
 
Produção de silo trincheira: 
Silo trincheira: 1.000 m
2
; 
Comprimento: 30 m; 
Altura: 2 m; 
Base menor: 4 m; 
Base maior: 5 m; 
Área do silo é = 5 + 4 x 2/2 = 9 m
2
  Volume = área x comprimento = 9 x 30 = 270 m2. 
Assim, 
1000 kg – 1m3  x = 270.000 m2 ou 270 toneladas 
 x – 270 
A área plantada foi de 10 hectares de cana-de-açúcar + 8 hectares de capim elefante que supre 
989 T de volumoso (1.978/2). 
E 989 T/270 = 3 silos de 270 m
2
 e 1 silo de 135 m
2
. A outra parte do volumoso será suprimo 
com o silo de sorgo. 
 
Espessura de corte do silo por dia será : 
1 m
3
 – 1.000 kg  1000x = 6.105  x = 61,05 m3 
 x – 6.105 x = 6.105 61,05 m3 = 9 m2 x C 
 1.000 C = 61,05 m
3
/9 m
2 
= 6,8 metros. 
Serão retirados do silo 6,8 metros de silo por dia que serão devidamente distribuídos entre os 
animais. 
 
No momento da administração das silagens é importante que se misture a quantidade 
concentrado para suprir necessidades proteicas e energéticas dos animais, assim o animal 
estará recebendo uma dieta completa. 
 
6 MANEJO REPRODUTIVO DE VACAS GIR LEITEIRAS 
 
6. 1 Práticas de Manejo Reprodutivo de Vacas Gir Leiteiras 
 
Diversas são as práticas de manejo dentre elas podemos citar a escolha do plantel 
(macho e fêmeas), o estabelecimento da estação reprodutiva de novilhas e vacas, manejo 
diferenciado das primíparas, descartes de animais que não são produtivos, reposição de 
matrizes, intervalo de partos menor, identificação dos cios corretamente, escolha da monta 
natural e ou inseminação artificial, controle dos fatores que interferem na concepção, 
diagnóstico precoce de gestação, uso de técnicas corretas de manejo no período seco, parto e 
pós-parto estas práticas levaram o produtor a alcançar um eficiente sistema produtivo 
(FIGUEIRÓ et al., 2007). 
Uma das metas é evitar o ato de endogamia pelo acasalamento de linhagens 
geneticamente não relacionadas. 
O índice de reprodução dos animais em uma propriedade leiteira deve ser elevado, 
garantindo que atividade produtiva torne-se lucrativa. É indispensável que se alcance a meta 
de uma parição/ano/vaca, assegurando a lactação, produção de novilhas e tourinhos, 
garantindo rentabilidade ao produtor. 
Nas práticas de manejo reprodutivo vários fatores devem ser considerados como a 
compreensão e experiência do produtor e do técnico sobre a ambiência, a sanidade e se há 
disponível recursos naturais, técnicos e financeiros necessários para implantar as práticas de 
manejo, visando uma eficiência reprodutiva com índices bons (JUNIOR et al., 2014). 
Para que um manejo reprodutivo seja adequado este deve ser baseado em uma 
observação acurada do que ocorre com o rebanho, sendo convertida de alguma maneira em 
uma escrita zootécnica mínima, possibilitando uma análise que objetiva índices e medidas 
para se tomar uma decisão sobre as medidas que serão implantadas na propriedade (JUNIOR 
et al., 2014). 
Para alguns proprietários quando se utiliza a monta natural à taxa de prenhez é mais 
elevada quando comparada a monta natural com a inseminação artificial, isto é em 
decorrência da falha na detecção

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