resumo micro

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT
FACULDADE DE VETERINÁRIA – FAVET
MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA
PROFª DRª VALERIA DUTRA
RESUMO MICROBIOLOGIA PROVA 2
ANDRÉ AUGUSTO BESSAS DE CAMPOS
CUIABÁ-MT
2017
Staphylococcus
Cocos Gram-positivos em arranjos semelhantes a cachos de uva.
Cresces em meios não-enriquecidos.
Colônias de tamanho médio, brancas ou douradas.
As colônias de S. aureus e de S. intermedius produzem hemólise dupla.
Anaeróbios facultativos, imóveis, catalã-positivos.
Comensais de membranas mucosas e da pele.
Relativamente estáveis no meio ambiente.
Causam infecções piogênicas.
Resistentes a pH 4 a 9,5 e resiste a altas concentrações de sal (7,5%)
Algumas amostras possuem cápsulas
Não formam esporos
Não possuem flagelos (imóveis)
Genoma baixo conteúdo G+C (30 e39%)
Cultivo no AS a 37ºC / 24h
No mínimo 30 espécies de Staphylococcus ocorrem como comensais da pele e membranas mucosas; algumas podem atuar como patógenos oportunistas, causando infecções piogênicas.
	A maioria dos estafilococos é anaeróbica facultativa e catalã-positiva. São imóveis, oxidase-negativa e não formam esporos.A produção de coagulase está correlacionada à patogenicidade; Embora os estafilococos coagulase-negativos sejam poucos virulentos, alguns ocasionalmente causam doenças nos animas e no homem.
Hábitat usual
	As espécies do gênero Staphylococcus estão amplamente distribuídas no mundo como comensais na pele de animais e na de humanos. Também são encontrados em membranas mucosas do trato respiratório superior e urogenital inferior e como transitórios no trato digestivo. São relativamente estáveis no meio ambiente.
Diferenciação entre espécies de Sthaphylococcus
	Em espécies clínicos, espécies do gênero Staphylococcus devem ser diferenciadas de espécies do gênero Micrococcus. Os estafilococos são geralmente catalase-positivos, enquanto os estreptococos são catalase-negativos. O gênero Sthapylococcus é geralmente classificado por seu aspecto colonial, pelo tipo de hemólise, pelo perfil bioquímico e pelo padrão de genes de restrição do RNA ribossômico.
	Em laboratórios de diagnóstico veterinário, a identificação específica de estafilococos coagulase-negativos está reservada àqueles microrganismos que são isolados em cultura quase pura ou que são recuperados de locais normalmente estéreis, como articulações ou fluido cérebro-espinhal. 
Patogênese e patogenicidade
	Como os estafilococos são bactérias piogênicas, frequentemente causam lesões supurativas. Pequenos traumas ou imunossupressão podem predispor ao desenvolvimento de infecções. Os fatores de virulência do S. aureus e seus efeitos patogênicos estão indicados na Tabela 3. O significado patogênico de alguns desses fatores não está bem-esclarecido. Embora alguns fatores de virulência sejam mediados por plasmídeos ou fagos, a maioria está codificada no genoma dos estafilococos.
		
Sinais clínicos
	Feridas, pústulas, furunculoses, abcessos,artrite, sinovite, vaginites, pneumonia, sepse,mastites.
Estreptococos
Cocos Gram-positivos em cadeias.
Fastidiosos, requerem meios enriquecidos.
Colônias pequenas, translúcidas, geralmente hemolíticas.
Catalase-negativos.
Anaeróbios facultativos, geralmente imóveis.
Sensíveis à dessecação
Causam infecções piogênicas
Habitat em pele e mucosas.
Não formam esporos
Cultura em AS e tioglicolato, 37°C e 24h
Meio líquido Todd-Hewitt
Inativado com sal à 6,5%
Sensíveis a desinfetantes comuns
Os estreptococos formam um grupo de bactérias que podem infectar muitas espécies animais, causando infecções como mastite, poliartrite e meningite. Nesse grupo, estão incluídos os gêneros Streptococcus, Enterococcus e Peptostrecocccus. Muitas espécies patogênicas pertencem ao gênero Streptococcus. 
As espécies do gênero Streptococcus são catalase-negativas, anaeróbias facultativas e imóveis. São bactérias fastidiosas e requerem adição de sangue ou soro no meio de cultura.
As espécies do gênero Enterococcus são estreptococos entéricos encontrados no trato intestinal de animais e de humanos. São patógenos oportunistas e diferem das espécies Streptococcus em dois aspectos importantes:
Toleram sais biliares e crescem em ágar MacConkey como colônias minúsculas e vermelhas;
Alguns isolados são móveis; 
Hábitat usual
	Os estreptococos têm distribuição mundial. Muitas espécies vivem como comensais na mucosa do trato respiratório superior e no trato urogenital inferior. Essas frágeis bactérias são sensíveis à dessecação e sobrevivem somente por curto período de tempo fora do hospedeiro. Os enterococos são patógenos oportunistas. 
Diferenciação de estreptococos
	Três procedimentos laboratoriais são usados para diferenciar estreptococos: tipo de hemólise, agrupamento de Lancefield e testes bioquímicos. 
Tipos de hemólise em ágar sangue ovino ou bovino:
Beta-hemólise é hemólise completa indicada por zona clara ao redor das colônias;
Alfa-hemólise é hemólise parcial ou incompleta indicada por zona esverdeada ou pouco clara ao redor das colônias;
Hama-hemólise não causa alterações observáveis ao redor das colônias no ágar-sangue.
Agrupamento Lancefield
Testes bioquímicos 
Patogênese e patogenicidade
Os estreptococos piogênicos estão associados à formação de abscessos, de outras condições supurativas e de septicemias. Os estreptococos bete-hemolíticos são geralmente mais patogênicos do que aqueles produtores de alfa-hemólise. 
Sinais clínicos
	O período de incubação é de 3 a 6 dias, e o curso da doença sem complicações é de 5 a 10 dias. Há febre alta, depressão e anorexia seguidas de descarga óculo-nasal, que se torna purulenta. Os linfonodos da cabeça e do pescoço ficam inchados e doloridos. Os linfonodos submandibulares estão meio característico afetados e, eventualmente, podem romper-se descarregando material purulento altamente infeccioso. Empiema das bolsas guturais é um achado comum. A morbidade chega a 100%, e a taxa de mortalidade é geralmente inferior a 5%. Reinfecção pode ocorrer em alguns equinos recuperados.
	Morte pode resultar de complicações como pneumonia, envolvimento neurológico, asfixia devido à pressão na faringe pelos linfonodos aumentados ou púrpura hemorrágica.
Tratamento e controle
Recomenda-se a administração de penicilina para equinos infectados e àqueles que estiverem em contato com animais infectados. A antibioticoterapia pode ter benefício limitado se o abcesso já estiver formado.
Os animais clinicamente suspeitos devem ser isolados.
Os equinos devem ser isolados por 10 dias quando estiverem sendo introduzidos em uma propriedade ou retornando a ela.
Fatores predisponentes, como superlotação e mistura de grupos com idades diferentes, devem ser evitados.
Após surtos da doença, construções e equipamentos devem ser limpos e desinfetados. 
Gênero Corynebacterium
Bactérias pleomórficas Gam-positivas.
Fastidiosas, requerem meio enriquecido.
A maioria é comensal em membranas mucosas.
Causam infecções piogênias.
Gênero Corybacterium: imóveis, anaeróbios facultativos, catalase-positivos, oxidade-negativos.
Espécies Corynebacterium são bactérias Gram-positivas pleomórficas, pequenas que aparecem em formascocóides, de clavas ou bacilos (morfologia corineforme).
A maioria das corinebactérias é catalase-positiva, oxidade-negativa, não formadora de esporos, anaeróbica facultativa e requer meios enriquecidos para crescimento.
Habitat usual
	
	A maioria dos componentes do gênero Corynebacterium é comensal em membranas mucosas.
Patogênese e patogenicidade
	A maioria das corinebactérias é patógena oportunista. Corinebactérias, com exceção de C. bovis, são microrganismos piogênicos que causam grande variedade de condições supurativas em animais domésticos.