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COMPILADO DE QUESTÕES PENAL III BY – JEFF O "furto de uso" e o " furto famélico", excluem, respectivamente, a: (OAB/RJ. Março/2004) tipicidade e culpabilidade; ilicitude e tipicidade. culpabilidade e ilicitude; tipicidade e ilicitude Furto de Uso: não há a finalidade para si ou para outrem, portanto, excluindo a tipicidade visto que tal fato não se encaixa perfeitamente no tipo. furto famélico: furto para comer, ou se vestir em caso de necessidade, furto cometido para sobreviver. (ESTADO DE NECESSIDADE). Brito, batedor de carteira profissional, prometeu à sua namorada Belízia que lhe daria uma jaqueta de couro de presente de aniversário. Não tendo dinheiro para comprar a referida jaqueta, decide ¿arranjar uma semi-nova¿. Aproveitou-se de um dia de domingo frio e chuvoso e saiu à procura de um casaco ¿esquecido dentro de qualquer carro¿ e escolheu, para tanto, um local turístico:o estacionamento da feira de artesanato de Caruaru (PE). Algumas horas após, Brito encontrou um veículo Fox com uma jaqueta no banco de trás do carro. Decidido a subtrair a jaqueta, Brito quebra o vidro do carro com uma pedra e sai correndo levando a res furtiva. Ante o exposto, Brito deverá responder pelo crime de furto: Qualificado pela destreza. Privilegiado. Simples. Qualificado pelo rompimento de obstáculo. Destreza: agente se vale de, excepcional ou incomum, habilidade para subtrair a coisa. Privilegiado: criminoso primário e coisa de pequeno valor, caso de redução de pena. Rompimento de obstáculo: rompimento ou avaria de obstáculo que dificulta a subtração de objeto. Fraude: há a retirada do bem contra a vontade da vítima devido sua vigilância desviada em face do meio ardil empregado pelo agente. Reduzida a vigilância da vítima mediante a fraude do agente. Acerca dos crimes contra o patrimônio assinale a alternativa correta: Caso alguém que trabalhe durante a noite seja vítima de um furto enquanto dorme durante o dia, é possível aplicar por analogia a majorante do repouso noturno. A utilização de cópia de chave caracteriza a qualificadora da chave falsa no crime de furto. Caracteriza furto a subtração dolosa de energia elétrica, desde que não tenha ocorrido alteração do medidor para o interior do imóvel, caso em que se caracterizará o estelionato. O furto praticado por empregado doméstico será sempre qualificado pelo abuso de confiança. Não se admite que o furto seja qualificado-privilegiado em hipótese alguma. João Paulo Cruz, morador do apartamento 13 do Edifício Cartago, subtraiu, para uso de sua filha, brinquedo de diversão infantil pertencente à área de lazer do Edifício. Pode-se afirmar sobre a conduta de João Paulo, que: (OAB/SP. Dezembro/2003) não praticou crime algum, visto que os bens comuns são de livre disposição dos moradores do edifício; praticou o delito de furto de coisa comum; praticou o delito de apropriação indébita praticou o delito de estelionato; Francisco teve seu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. Fernando desferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime de: roubo impróprio. furto e lesões corporais graves, em concurso material. roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves. furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação delitiva. Rodan ingressou numa joalheria dizendo à vendedora que pretendia adquirir um lindo anel para sua esposa Camile. A vendedora colocou sobre a mesa diversos anéis, mas, após examiná-los, Rodan disse que gostaria de ver uma peça mais especial, diferenciada. A vendedora afirmou que, na vitrine, tinha uma peça que lhe agradaria. A vendedora voltou-lhe as costas, abriu a vitrine e retirou o anel. Valendo- se desse momento de descuido da vendedora, Rodan apanhou um dos anéis que estava sobre a mesa e colocou-o no bolso. Em seguida, examinou o anel que estava na vitrine, disse que era exatamente o que ele queria, mas muito caro, agradeceu e foi embora, levando no bolso a jóia que havia apanhado. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio, assinale a alternativa correta acerca da tipificação da conduta de Rodan: apropriação indébita furto simples roubo furto qualificado pela fraude estelionato Jonas, dono de uma loja revendedora de peças de informática, frequentemente, compra mercadorias sem nota fiscal de revendedores de atitudes duvidosas. Ante exposto, é correto afirmar que a conduta de Jonas configura: delito de apropriação indébita; co-autoria do delito de furto; delito receptação; co-autoria do delito de apropriação indébita João, com emprego de arma de fogo, invade uma locadora de vídeo e anuncia um assalto exigindo do funcionário da mesma que lhe entregue todo o dinheiro que está no caixa. Diante da recusa do funcionário da locadora, João desfere dois tiros no mesmo, que vem a falecer instantaneamente, e foge do local do crime sem levar dinheiro algum. Neste caso, qual a tipificação correta à conduta de João? (31° Exame de Ordem OAB/RJ) João praticou o delito de latrocínio. João praticou o delito de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo na forma tentada; João praticou o delito de homicídio qualificado para assegurar a execução de outro crime; Todas as respostas acima estão incorretas O agente está saindo de uma casa onde se apossou de uma televisão de plasma e se depara com o dono que está retornando, instante em que o agente pega um pedaço de pau e agride o dono da televisão como forma de garantir a detenção do bem. Imediatamente o agente é preso por populares que o viram agredindo aquela pessoa. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio, assinale a alternativa CORRETA: furto simples consumado e lesão corporal de natureza grave grave em concurso formal de crimes. furto simples na forma tentada roubo próprio consumado e lesão corporal de natureza grave grave em concurso formal de crimes. roubo próprio na modalidade tentada. roubro impróprio consumado. Roubo próprio: violência ou grave ameaça para a subtração da coisa. Roubo improprio: uso de violência ou grave ameaça para assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa. Assinale a alternativa correta. (133° Exame OAB/SP, 1ª Fase) No roubo impróprio, o crime: não admite a forma tentada porque se trata de crime formal. se consuma com a retirada da coisa móvel subtraída da esfera de vigilância da vítima; se consuma com a subtração da coisa móvel alheia; não admite a forma tentada porque sua tentativa configuraria furto consumado ou tentado; Sobre os crimes contra o patrimônio, marque a assertiva correta: (MPDFT/2011 - MODIFICADA) Diferenciam-se os crimes de roubo próprio e impróprio porque, nesse último, a violência pode ser empreendida contra a coisa subtraída. Só responde por crime de latrocínio o agente que porta e dispara arma de fogo, ainda que a prévia intenção de matar a vítima, como meio à subtração patrimonial, tenha sido compartilhada com os demais coautores. Predomina na doutrina penal moderna o entendimentode que se configura o estelionato, na forma de emissão fraudulenta de cheque, quando o agente emite cártula de sua propriedade, ciente da indisponibilidade de fundos, para pagar dívida advinda de jogo de pôquer. Responde por receptação dolosa o agente que, agindo com identidade de propósitos com o furtador, oculta em sua residência, para assegurar a consumação do crime, os produtos subtraídos para proveito de ambos. Comete o latrocínio o agente que, para obter a posse sobre o bem desejado, dispara contra a vitima, vindo, porém a atingir e matar o coautor do delito. ENADE 2006 Uma porta de dois batentes, então fechada, a separava da grande sala onde se instalara o tribunal. A escuridão era tamanha, que ele não receou dirigir-se ao primeiro advogado que encontrou. − Meu senhor , disse ,em que ponto estão? − Já acabaram , respondeu o advogado. − Acabaram! Esta palavra foi repetida com tal expressão, que o advogado se voltou. − Perdão; mas, por acaso, o senhor é algum parente do réu? − Não; não conheço ninguém por aqui. Mas houve alguma condenação? − Sem dúvida. Não podia ser de outro modo. − Trabalhos forçados? − Por toda a vida. Ele, então, replicou com voz tão fraca, que apenas se podia ouvir. − A identidade então foi provada? − Que identidade? perguntou o advogado. Não havia nenhuma identidade a constatar. O caso era muito simples. A mulher matou a própria filha, o infanticídio foi provado, o júri negou ter havido premeditação, e ela foi condenada por toda a vida. − Então, é uma mulher? disse ele. − Mas, é claro. Uma tal de Limosin. De que estava falando? − De nada; mas, já que tudo acabou, como é que a sala ainda está iluminada? − Ah! Esse é outro julgamento, que começou há, mais ou menos, duas horas. − Que julgamento? − É também um caso muito simples. Trata-se de uma espécie de vagabundo, um reincidente, um grilheta que praticou um roubo. Não sei mais como se chama. Afinal, tem mesmo cara de bandido. Só por aquela cara eu o mandaria para as galés. ........................................................................................................................................................................... ...................... Como havia muitas causas a julgar, o presidente havia marcado para o mesmo dia dois casos simples e breves. Começara pelo infanticídio [...] O homem havia roubado frutas, mas isso não estava bem provado: o que era certo era ter ele estado nas galés de Toulon. ........................................................................................................................................................................... ...................... Quem era aquele homem? Fez-se um inquérito, ouviram-se testemunhas; todas estavam unânimes, e durante os debates novos esclarecimentos vieram elucidar a questão. A acusação dizia [...] O defensor desempenhara-se admiravelmente, nesse linguajar de província... . (HUGO, Victor. Os miseráveis. Tradução de Frederico Pessoa de Barros. São Paulo: Editora das Américas, 1967. p. 141-142) QUESTÃO 19 Analisando o caso como se tivesse acontecido nos dias atuais no Brasil, verifique as seguintes afirmações: I Quem comete dois crimes e é condenado por eles é reincidente, ainda que o segundo seja praticado antes de ser condenado pelo primeiro. II - O infanticídio pode ser praticado pela mãe, ou pelo pai. III - O roubo, ainda que de coisa de menor valor, configura crime. Em relação às afirmações, SOMENTE II e III estão corretas. I está correta. I e II estão corretas. III está correta. II está correta. Assinale a alternativa correta. (133° Exame OAB/SP, 1ª Fase. Modificada) No roubo impróprio, o crime: não admite a forma tentada porque sua tentativa configuraria furto tentado; não admite a forma tentada porque se trata de crime formal. se consuma com a retirada da coisa móvel subtraída da esfera de vigilância da vítima; não admite a forma tentada porque sua tentativa configuraria furto tentado em concurso com o delito resultante da violência; se consuma com a subtração da coisa móvel alheia; O crime de extorsão mediante seqüestro, em sua modalidade simples, consuma-se quando:(119° Exame OAB/SP. 1ª Fase) a vítima é arrebatada. houver decorrido o prazo de vinte e quatro horas do seqüestro. ocorre a obtenção da vantagem patrimonial pretendida pelos agentes. a vítima é liberada ou morta após o pagamento do preço do resgate. Pedro é sequestrado e os agentes exigem dinheiro de familiares dele como preço do resgate. Enquanto Pedro está privado da sua liberdade, é promulgada lei aumentando a pena cominada ao crime de extorsão mediante sequestro, previsto no art. 159, do Código Penal. Os agentes são presos em flagrante, e Pedro, libertado pela polícia, mas somente após a entrada em vigor da alteração legislativa. A pena a ser imposta aos agentes do sequestro, neste caso, será: (VUNESP. TJRJ/2011. JUIZ SUBSTITUTO) a pena anteriormente prevista, pelo princípio da ultratividade da lei penal benéfica. a pena prevista pela nova legislação, pelo princípio da retroatividade da lei penal. a pena anteriormente prevista, pois a extorsão mediante sequestro é crime instantâneo de efeitos permanentes. a pena prevista pela nova legislação, pois a extorsão mediante sequestro é crime permanente Mário telefonou para a gerência de determinado supermercado, dizendo que havia colocado em várias prateleiras produtos alimentícios adulterados e exigindo quantia em dinheiro para indicar os locais onde eles se encontravam. Como o estabelecimento já havia sofrido essa prática, os responsáveis iniciaram as negociações. Quando do pagamento da quantia pedida, Mário foi preso e descobriu-se que ele não havia colocado na loja os referidos produtos. Que crime foi cometido por Mário? (Juiz de Direito/SC,2006). falsificação ou adulteração de substância alimentícia, tentada; extorsão, em conatus; falsidade ideológica; extorsão consumada; estelionato tentado; Na extorsão mediante sequestro, se o crime é cometido mediante concurso, o concorrente que denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a doi terços. Este instituto de Direito Penal é conhecido por:(OAB/SP. DEZ 2001) delação premiada libertação delatada extorsão premiada redução por delação libertária Acerca dos crimes contra o patrimônio assinale a opção correta: venda posterior da coisa furtada configura o delito de disposição de coisa alheia como própria; o crime de extorsão assemelha-se ao crime de roubo e ao crime de constrangimento ilegal, pois, em ambos, o sujeito ativo deverá cometer violência ou grave ameaça contra a vítima se o agente já detinha a coisa e a partir de certo momento a torna sua, a hipótese é de furto simples, ausentes que se encontram as qualificadoras previstas no § 4º do artigo 155, do CP; o furto praticado com destruição ou rompimento de obstáculo é qualificado, ainda que a ação seja exercida contra a própria coisa; No crime de extorsão que envolve, como sujeitos ativos, um filho e um estranho da vítima, a legislação penal considera: ambos os agentes puníveis ambos os agentes isentos de pena o filho isento de pena e o estranho punível o filho isento de pena e o estranho só punível se houver representação da vítima Durante a madrugada, Marcos e Paulo, mediante arrombamento, subtraíram vários gêneros alimentícios e uma certa quantidade em dinheiro que se encontrava no caixa de um trailer de venda de cachorroquente, situado na praia. O valor total subtraído trouxe sério prejuízo financeiro à vitima, mas os dois autores do fato foram descobertos e denunciados pelo Ministério Público pelo crime de Furto qualificado pelo concurso de pessoas e pelo arrombamento, com a causa de aumento de pena pelo repouso noturno. A defesa pede pela aplicação do princípio da insignificância, porque os autores são primários e o total dos bens subtraídos foi avaliado em duzentos reais, valor inferior ao salário mínimo vigente. Além disso a defesa argumenta pela impossibilidade de aplicação da causa de aumento de pena pelo repouso noturno porque sua incidência exige que a subtração ocorra em casa habitada, com os moradores repousando na hora da subtração. Diante dos fatos, responda: a) Os argumentos da defesa devem prosperar em relação a aplicação do princípio da insignificância e em relação ao furto noturno? RESPOSTA: NÃO. O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E O PRINCÍPIO DA LESIVIDADE ESTÃO RELACIONADOS COM O QUE REPRESENTA O BEM FURTADO PARA A PESSOA LESADA, E NÃO AO SEU VALOR PECUNIÁRIO. A QUALIFICAÇÃO DO REPOUSO NOTURNO É APLICADA SE O IMÓVEL ESTÁ HABITADO OU DESABITADA (ART. 155, §1º CP). QUANTO À PRIMARIEDADE, ELA DEVE SER ACEITA, DESDE QUE DE ACORDO COM OS REQUISITOS DOS ART. 63 E 64 CP. b) É possível haver furto qualificado e privilegiado ao mesmo tempo? RESPOSTA: SIM. NO CASO, OS SUJEITOS SÃO PRIMÁRIOS (PRIVILEGIADO- ART. 155, §2º CP) E PRATICARAM O CRIME DURANTE O REPOUSO NOTURNO (QUALIFICADORA - ART. 155, §1º CP). Jairo, através de uma ligação clandestina, passou a captar sinal de uma Tv por assinatura, sem qualquer ônus, tal fato consitui um ilícito penal? RESPOSTA: SIM. ELE PRATICOU FURTO, POIS O SINAL TEM VALOR ECONÔMICO (ART. 155, §3º CP). OBS.: esse caso é controverso, pois alguns juristas entendem que o crime é de estelionato. Ruy passeava tranquilamente pela orla da zona sul do Rio de Janeiro, quando é surpreendido por Décio e Nilo que mediante grave ameaça imposta por uma faca de cozinha, anunciaram o assalto. Enquanto Nilo apontava a faca para o pescoço de Ruy, Décio enfiou a mão no bolso da vítima e pegou todo o dinheiro que ele tinha, uma nota de cinco reais, em seguida os dois saíram correndo, mas, neste momento passa uma viatura da polícia militar e prende em flagrante Décio e Nilo, devolvendo o dinheiro a vítima. Diante dos fatos, responda: a) Qual a tipificação da conduta dos agentes? RESPOSTA: ROUBO ART. 157, §2º, I E II CP b) A prisão em flagrante dos agentes, imediatamente após a subtração da coisa, descaracteriza a consumação do crime? RESPOSTA: EXISTEM 2 ENTENDIMENTOS: UM DE QUE O CRIME FOI CONSUMADO E OUTRO DE QUE HOUVE TENTATIVA. ESSA CONTROVÉRSIA É DEVIDO AO LAPSO TEMPORAL. c) Conforme entendimento do STF, é possível a aplicação do princípio da insignificância no crime de roubo pela inexpressividade da lesão ao patrimônio da vítima? RESPOSTA: NÃO CABE ESSA APLICAÇÃO A CRIME PRATICADO MEDIANTE GRAVE AMEAÇA. Carla caminhava em direção ao seu trabalho quando foi abordada por dois homens que a obrigaram, mediante grave ameaça, a adentrar no veículo em que eles se encontravam e lá foi levada para um local deserto e obrigada a fornecer sua senha bancária. Um dos homens ficou com Carla em seu poder enquanto o outro foi rapidamente ao banco sacar o dinheiro de Carla. O homem que foi ao banco se atrapalhou na hora do saque e não conseguiu tirar o dinheiro e voltou ao encontro de Carla e seu comparsa, ocasião em que decidiram matar a vítima, sem nada dela levar e fugir para outra cidade. Diante dos fatos, responda: a) Qual a tipificação do crime praticado contra Carla? RESPOSTA: EXTORÇÃO MEDIANTE SEQUESTRO COM RESULTADO MORTE ART. 159, §3 b) Trata-se de crime hediondo? RESPOSTA: SIM. LEI 8.072/90. Marlene, se dirigiu ao banco e sacou a quantia de dois mil reais, quando saía do banco, teve sua atenção despertada para uma mulher loura que lhe abordou e lhe mostrou um documento alegando que seria de Marlene, no mesmo momento, surgiu outra mulher ruiva em desespero e disse que tal documento seria dela e agradecia demais as duas por terem encontrado aquele documento que para ela era tão importante e disse que daria uma recompensa as duas e lhes deu um papel para que fossem pegar um par de sandálias em uma loja e as duas aceitaram. A mulher loura foi pegar a sandália tendo Marlene ficado com a bolsa dela, em seguida a mulher voltou disse que já havia pego a sandália e então foi a vez de Marlene. A mulher ruiva disse que Marlene teria também que deixar sua bolsa para poder pegar as sandálias tal como a outra, o que foi feito por Marlene. Marlene caminhou cerca de dez metros, quando resolveu olhar para trás, já não viu mais as duas mulheres nem a sua bolsa. A hipótese é de estelionato ou furto mediante fraude? RESPOSTA: ESTELIONATO. POIS NO FURTO MEDIANTE FRAUDE O SUJEITO NÃO DÁ O BEM VOLUNTARIAMENTE, NÃO EXISTE UM ARDIL, PARA LEVÁ-LO AO ERRO. O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a empregada Rosa das Neves, portadora de deficiência física, apresentasse sua demissão, passou a afirmar que ela estava desviando dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua relação extraconjugal com um colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas reiteradamente para todos os colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um ambiente de trabalho insustentável. O Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício para apuração de delitos. (TRT 14R - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Juiz do Trabalho MODIFICADA). A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a honra: a) Avalie a possibilidade de concurso de crimes entre os delitos de calúnia, difamação e injúria quando praticados no mesmo contexto fático. De acordo com o STJ, é possível que se impute de forma concomitante a prática dos crimes de calúnia, de difamação e de injuria não caracterizando ofensa ao princípio que proíbe o bis in idem, já que os bens jurídicos tuteados são distintos. b) identifique as consequências jurídico-penais caso o gerente promova a retratação antes da prolação da sentença. Para o case de calunia ou difamação, se retratando antes da sentença, cabe perdão judicial. c) O fato de Rosa das Neves ser portadora de deficiência física possui relevância para a tipificação da conduta do gerente? É um caso de aumento de pena. A separação não acarreta o fim do vínculo matrimonial, sendo assim, pessoas separadas não podem se casar sob pena de responder por bigamia. AFRÂNIO E IDALINA são colegas de trabalho há mais de três anos; trabalham num mesmo setor de uma grande empresa de mineração em Belo Horizonte. IDALINA é uma jovem muito bem apresentada e vaidosa, tem como hobby tirar fotos, muitas delas, sensuais e em locais paradisíacos. AFRÂNIO sempre soube dessa atividade de IDALINA e já confessara ao seu amigo GILBERTO a vontade imensa de poder ter acesso às fotos de IDALINA, no entanto sabe que se trata de um desejo insustentável. Certa ocasião, IDALINA reclamou a AFRÂNIO que não estava bem a ponto de sair apressada de sua mesa e dirigir-se ao banheiro. AFRÂNIO, observando que IDALINA deixara seu computador de trabalho ligado e “aberto”, aproveitou o momento e rapidamente conseguiu êxito em transferir algumas fotos dela para um pen drive, retornando em seguida para seu local de trabalho sem que fosse percebido. De posse das fotos de IDALINA, AFRÂNIO as compartilhou com GILBERTO por intermédio do Whats App. Em menos de uma semana um número indeterminado de pessoas já havia visto asindigitadas fotos, ocasião em que IDALINA compareceu à Delegacia Policial da circunscrição dos fatos noticiando o acontecido e tendo o Delegado promovendo o pertinente termo circunstanciado imputando a AFRÂNIO o crime do CP, art. 154-A – Invasão de Dispositivo Informático. Pergunta-se: Assiste razão ao Delegado? Justifique sua resposta. Trata-se de uma conduta atípica, já que não houve violação do dispositivo de segurança conforme descrito no tipo penal RODINEI, sócio majoritário de uma transportadora que presta serviços para Souza Cruz, na ausência de três motoristas, seus funcionários, que estão em auxílio doença, e por necessidade, está fazendo a distribuição diária de cigarros junto aos fornecedores, dirigindo veículo funcional pertencente a própria frota da transportadora. Na segunda entrega do dia, RODINEI foi surpreendido por TALLES, 17 anos e DANILO, 28 anos e ex-funcionário da transportadora que, por intermédio de grave ameaça exercida por arma de fogo, subtraíram-lhe o veículo com as mercadorias e restringindo sua liberdade, vindo a liberá-lo em local ermo, após 10 horas da referida atividade criminosa. Identifique, fundamentadamente, a adequação típica a ser imputada ao caso aventado. Responderá por roubo com a pena aumentada pelo uso de arma de fogo, vítima em transporte de valores e o agente conhece tal circunstância, concurso de duas ou mais pessoas, restrição da liberdade. MARIOSVALDO, 30 anos, mantém um relacionamento amoroso com SUELEN há dois anos. Apaixonado por sua amada, MARIOSVALDO pretende casar-se com ela, no entanto, teme que sua namorada saiba que, quando contava com 20 anos de idade, no interior do Estado do Pará foi casado com FLORENTINA. Dessa forma, passou o tempo do namoro inteiro omitindo seu estado civil, acreditando que na cidade do Rio de Janeiro, onde reside, seria impossível FLORENTINA ficar sabendo de seu relacionamento de dez anos atrás. Nessa senda, marcaram e contraíram o matrimônio, tendo MARIOSVALDO declarado falsamente em documentação pertinente que seu estado civil era o de “solteiro”. Em pesquisa cartorária, descobriu-se a verdadeira história de MARIOSVALDO, sendo o fato levado ao conhecimento do Delegado de Polícia que instaurou o pertinente Inquérito Policial, indiciando MARIOSVALDO nos crimes de falsidade ideológica (CP, art. 299) e Bigamia (CP, art. 234) em concurso material (CP, art. 69). Diante do caso aventado, analise a capitulação penal da autoridade policial. Se para cometer o crime de bigamia o agente pratica o crime de falsidade ideológica como meio, fazendo inserir declaração falsa, tal crime é absorvido pelo crime de bigamia. No final do ano letivo de 2015, alunos universitários de uma determinada Instituição de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro, organizaram uma passeata em favor da liberação do uso da maconha. “Realizada a referida manifestação, agentes do setor de inteligência da polícia civil registraram, por intermédio de fotografias e gravações, cartazes onde se lia “fumar maconha é a melhor coisa do mundo”, “eu aperto meu baseado e ninguém tem nada a ver com isso”, além de cânticos e exaltações a favor da liberação do “jogo do bicho”. De todo esse material foi feito um dossiê e à guisa de peça de informações foi enviado ao Ministério Público que, identificando alguns participantes daquela passeata, foi imputado a eles o crime de apologia de crime ou criminoso (CP, art. 287). Esclareça, penal e fundamentadamente, a decisão do Ministério Público. Analisando o caso se baseando no tipo penal descrito, é necessário que a conduta seja crime para se amoldar ao tipo. Tratam-se de contravenções penais, o que não satisfaz o elemento constitutivo do crime do art. 287 CP.
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