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Farmacologia Geral (Farmacocinética e Farmacodinâmica) Prof. Dr. Stephen Hyslop (hyslop@fcm.unicamp.br; ramal 19536) Departamento de Farmacologia FCM – UNICAMP MD 362 – Enfermagem FARMACOLOGIA BÁSICA (Coordenadora: Profa. Dra. Fabíola Iglesias) O QUE É FARMACOLOGIA? DEFINIÇÃO 1: o estudo do mecanismo de ação de drogas no organismo (Farmacodinâmica) DEFINIÇÃO 2: o estudo daquilo que o organismo faz com as drogas (Farmacocinética e Farmacogenética) DEFINIÇÃO 3: o estudo do uso e aplicação de drogas em humanos (Farmacologia clínica) (Farmacologia terapêutica) (Farmacoepidemiologia) POR QUÊ FARMACOLOGIA? O QUE É FARMACOLOGIA GERAL? Farmacologia geral FARMACOLOGIA Farmacologia clínica Farmacologia terapêutica Farmacoepidemiologia Farmacologia de sistemas Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso central Sistema músculo-esquelético Sistema cardiovascular Coagulação, Coração, Fígado, Pulmão, Rim, Vasculatura Sistema trato gastrintestinal Farmacodinâmica (FD) Farmacocinética (FC) Administração Metabolização Fatores que Absorção Excreção influenciam Distribuição Cinética estas etapas Aplicada Básica Interação droga-receptor Farmacogenética Sistema inflamatório e imunológico; defesa em geral Influência da genética sobre FC e FD Farmacogenética O QUE É FARMACOLOGIA GERAL? Farmacologia geral FARMACOLOGIA Farmacologia clínica Farmacologia terapêutica Farmacoepidemiologia Farmacologia de sistemas Sistema nervoso autônomo Sistema nervoso central Sistema músculo-esquelético Sistema cardiovascular Coagulação, Coração, Fígado, Pulmão, Rim, Vasculatura Sistema trato gastrintestinal Farmacodinâmica (FD) Farmacocinética (FC) Administração Metabolização Fatores que Absorção Excreção influenciam Distribuição Cinética estas etapas Aplicada Básica Interação droga-receptor Farmacogenética Sistema inflamatório e imunológico; defesa em geral Influência da genética sobre FC e FD Farmacogenética CRONOGRAMA: FARMACOLOGIA GERAL DATA HORÁRIO ASSUNTO PROF. BLOCO I - FARMACOLOGIA GERAL 24/02 (2ª) 10:00-12:00 INTRODUÇÃO À DISCIPLINA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO SH 25/02 (3ª) 10:00-12:00 ABSORÇÃO e DISTRIBUIÇÃO SH 10/03 (2ª) 10:00-12:00 METABOLIZAÇÃO e EXCREÇÃO SH 11/03 (3ª) 10:00-12:00 FARMACOCINÉTICA SH 17/03 (2ª) 10:00-12:00 FARMACODINÂMICA SH 24/03 (2ª) 10:00-12:00 PROVA BLOCO I: FARMACOLOGIA GERAL EA FARMACOLOGIA GERAL Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. FARMACOLOGIA GERAL Circulação sistêmica Droga livre Droga ligada Metabólitos Absorção Excreção Metabolização (Biotransformação) Sítio de ação (receptores) Ligada Livre Reservatórios teciduais Livre Ligada ETAPAS FARMACOCINÉTICAS Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Visão geral VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Principais vias Enteral - Oral - Nasogástrico - Retal Parenteral - Inalação - Superfícies epiteliais (pele, córnea, mucosa nasal) - Injeção (i.d., s.c., i.m., i.v., i.t. = intratecal) OBS: as vezes, a aplicação tópica, a instilação de líquidos e a inalação de aerossóis através das superfícies epiteliais são consideradas como via percutânea ADMINISTRAÇÃO ENTERAL Principais vias Via oral (per os ou p.o.) 1. É a via mais comum de administração, mas também é a mais variável, envolvendo caminho longo até o tecido. 2. Pouca absorção no estômago; a maior parte ocorre no intestino delgado (duodeno) devido à maior superfície; através de difusão passiva 3. Absorção é influenciada pela: a) Motilidade gástrica – influenciada por comida, fluxo sanguíneo, emoção, exercício físico. A comida retarda o esvaziamento gástrico b) Formulação do medicamento - tamanho das partículas - formulações de liberação lenta ou mistura de lenta e rápida 4. Permite a correção relativamente fácil (por lavagem gástrica) de overdose ADMINISTRAÇÃO ENTERAL Principais vias Via oral (per os ou p.o.) 4. Pouco útil para proteínas e peptídeos - não resistem ao pH baixo e enzimas do estômago - não há mecanismos específicos de transporte 5. Efeito de primeira passagem. Ex.: nitroglicerina (90% metabolizada) PORTA L VEIN Via nasogástrica 1. Evita a boca e faringe 2. Ventagens e desvantagens semelhantes à via oral ADMINISTRAÇÃO ENTERAL Via retal 1. Para efeitos locais ou sistêmicos (50% do sangue desta região não entra na circulação porta) 2. Evita o baixo pH do estômago e enzimas intestinais 3. Mais usada em crianças, e pacientes com vômitos ou incapazes de ingerir drogas pela via oral 4. Local ou sítio de aplicação é importante ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Principais vias usando superfícies epiteliais Via sublingual 1. Para efeito rápido na circulação sistêmica. 2. Para evitar o pH baixo do estômago e o efeito de primeira passagem e enzimas do intestino. 3. Muito boa para drogas lipossolúveis 4. Exemplos: nitritos/nitratos, nitroglicerina ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Superfícies epiteliais 1. Pele (via cutânea, transdérmica, transcutânea) - absorção direta é limitada - uso de “patches” é importante - taxa constante de liberação - evita o efeito de primeira passagem - só funciona para lipossolúveis - Exemplo: nicotina 2. Sprays nasais - Peptídeos (hormônio antidiurético, hormônio liberador de gonadotropinas, calcitonina) 3. Gotas oftálmicas - Geralmente sem efeito sistêmico - Usos: glaucoma ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Superfícies epiteliais ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Via inalatória 1. Para anestésicos voláteis 2. Para aerossóis para o tratamento de asma (glicocorticóides e agonistas b-adrenérgicos) 3. Serve para proteínas e peptídeos 4. Muito usada no abuso de drogas ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Via inalatória ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Via inalatória ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Injeção 1. Intravenosa - via de escolha para fármacos que não são absorvidas p.o. - evita a absorção, o TGI e efeito de primeira passagem - produz uma concentração elevada rapidamente - velocidade da injeção é importante (usar infusão) - permite o controle preciso dos níveis circulantes - Exemplos: antibióticos e anestésicos - Principais desvantagens: a. risco de infecção bacteriana b. hemólise e reações adversas devida à velocidade de injeção c. difícil de corrigir uma overdose ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Injeção intravenosa ADMINISTRAÇÃO PARENTERALInjeção 2. Intradérmica (i.d.), subcutânea (s.c.) e intramuscular (i.m.) - depende do fluxo sangüíneo, local e profundidade da injeção - pode ser potencializada por enzimas (hialuronidase), massagem e atividade muscular - absorção pode ser retardada usando um vasoconstritor ou formulação de liberação lenta VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Recapitulação ETAPAS FARMACOCINÉTICAS Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. ABSORÇÃO Onde ocorre absorção? Quando ocorre absorção? Quando há administração: 1. oral ou sublingual 2. inalatória 3. i.d., s.c, i.m., i.t. 4. transdérmica 5. retal Não há absorção por via i.v. porque a dose cai diretamente na circulação ABSORÇÃO Importância da estrutura capilar Estruturas capilares: 1. Cérebro: sem póros (endotélio bem “vedado” e sem atividade transcitótica; difusão transcelular que depende das propriedades da droga e de mecanismos de transporte 2. Coração: atividades endo- e transcitótica; propriedades da droga têm pouca influência 3. Pâncreas: endotélio fenestrado ou “furado”, contendo póros, permitindo a passagem de substâncias de baixo peso molecular 4. Fígado: fenestrações grandes, sem controle por diafragmas ou membrana basal ABSORÇÃO Fatores que influenciam a absorção 1. Tamanho e forma molecular da droga 2. Solubilidade da droga no sítio de absorção 3. Lipossolubilidade: coeficiente de partição (CP) – maior que for, maior e mais rápida a difusão e absorção 4. Grau de ionização e influência do pH Base fraca: BH+ B + H+ onde pKa = pH + log [BH +]/[B] Ácido fraco: AH A- + H+ onde pKa = pH + log [AH]/[A -] 10 mg (1 mg) 1 mg (10 mg) CP = Droga no óleo (mg) = 10/1 = 10 Droga na água (mg) Óleo Água Equação Henderson-Hasselbalch 11 mg CP = Droga no óleo (mg) = 1/10 = 0,1 Droga na água (mg) ABSORÇÃO Importância da lipossolubilidade ABSORÇÃO Importância da lipossolubilidade N H O O O H N Secobarbital CH3CH2CH2CH H3C CHCH2 H2C O O N O N H H CH3CH2 CH3CH2 Barbital O S N O N H H CH3CH2 Tiopental CH3CH2CH2CH H3C ABSORÇÃO Importância do pH do ambiente pH de fluidos corporais Fluidos pH Suco gástrico 1,0-3,0 Intestino delgado: duodeno 5,0-6,0 Intestino delgado: íleo 8,0 Intestino grosso 8,0 Plasma 7,4 Líquido cefalorraquidiano 7,3 Urina 4,0-8,0 ABSORÇÃO Valores de pKa para algumas substâncias ácidas e básicas ABSORÇÃO Por quê o pH, o pKa e a ionização são importantes? ABSORÇÃO Relação entre pH, pKa e ionização Dissociação de ácidos Dissociação de bases HA A- + H+ BH+ B + H+ Ka = [A -][H-]/[HA] Ka = [B][H +]/[BH+] -log Ka = -log [H +] - log [A]/[HA] -log Ka = -log [H +] - log [B]/[BH+] pKa = pH - log [A -]/[HA] pKa = pH – log [B]/[BH +] pH = pKa + log [A -]/[HA] pH = pKa + log [B]/[BH +] pH - pKa = log [A-]/[HA] pH - pKa = log [B]/[BH +] OBS: Ka = a constante de equilíbrio de dissociação OU o pH onde 50% da droga está dissociada ABSORÇÃO Influência do pH sobre a absorção BH+ B + H+ onde pH - pKa = log [B]/[BH +] Quanto de estricnina (base, pKa 8) será ionizada no pilóro (pH 7) e no estômago (pH 2) e onde será absorvida melhor? No pilóro (pH 7) No estômago (pH 2) 7 – 8 = log [B]/[BH+] 2 – 8 = log [B]/[BH+] -1 = log [B]/[BH+] -6 = log [B]/[BH+] antilog -1 (=10-1) = [B]/[BH+] antilog -6 (=10-6) = log [B]/[BH+] 0,1 = [B]/[BH+] 0,000.001 = [B]/[BH+] Ou seja: 1 molécula de B 1 molécula de B para cada para cada 10 de BH+ 1.000.000 de BH+ ABSORÇÃO Influência do pH sobre a ionização pKa [HA] > [A-] [B] < [BH+] [HA] < [A-] [B] > [BH+] pH = pKa pH > pKa pH < pKa F ra çã o n ão -i o n iz ad a ABSORÇÃO Relação entre pH, pKa e absorção ABSORÇÃO Relação entre pH, pKa e absorção ABSORÇÃO Aspirina Ácido fraco pKa 3,5 Petidina Base fraca pka 8,6 C o n c e n tr a ç ã o re la ti v a Participação efetiva de um ácido fraco (aspirina) e uma base fraca (petidina entre os compartimentos aquosos (urina, plasma e suco gástrico) de acordo com a diferença de pH entre eles. C o n c e n tr a ç ã o e fe ti v a ABSORÇÃO Influência do pH sobre a excreção Linha vermelha Linha preta ABSORÇÃO Influência do pH sobre a ionização 1. É possível controlar o grau de ionização modulando o pH 2. A acidificação da urina acelera a excreção de bases fracas e retarda a de ácidos fracos. 3. A alcalinização da urina tem o efeito oposto: reduz a excreção de bases fracas e aumenta a de ácidos fracos. 4. O aumento do pH plasmático (bicarbonato de sódio) extrai substâncias fracamente ácidas do SNC e vice versa. Exemplo: aspirina e barbitúricos. ABSORÇÃO Influência da formulação sobre a absorção (I) ABSORÇÃO Influência da formulação sobre a absorção (II) ABSORÇÃO Mecanismos de absorção 1. Difusão passíva (mais comum) - gradiente de concentração - lipossolubilidade importante - influenciada por pH e pelo potencial de membrana - massa molecular <200 Da 2. Difusão facilitada - requer transportador, mas sem uso de energia - seletivo 3. Transporte ativo - envolve gasto de energia - seletivo - trabalha contra gradiente iônico e conc. - saturável - inibível (antagonismo competitivo) ABSORÇÃO Mecanismos de absorção 4. Transporte através de póros/espaços intercelulares (endotélio capilar fenestrado) - não é influenciado por lipossolubilidade ou pH - exceção : capilares do CNS 5. Pinocitose 6. Transporte intercelular - através de póros celulares ABSORÇÃO Mecanismos de absorção Limite de diâmetro dos póros na membrana é < 0,4 nm Maioria das drogas tem diâmetro >1 nm ABSORÇÃO Conceito de biodisponibilidade Biodisponibilidade = fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica na forma química inalterada Fatores que afetam: 1. Efeito primeira passagem 2. Solubilidade do fármaco - lipo- ou hidrosolúvel 3. Estabilidade do fármaco 4. Formulação do fármaco Biodisponibilidade (f) iv po ASC ASC f É a fração da dose administrada que atinge a circulação sistêmica 1 10 100 0 2 4 6 8 1 10 100 0 2 4 6 8C ( n g /m l) Tempo (h) X 100 Exemplo: Ciprofloxacina 500 mg f (via oral) = 70% 500 mg x 0,7 = 350 mg ABSORÇÃO Resumo das principais características que favorecem a absorção de drogas Características da droga 1. Neutralidade 2. Apolar 3. Baixa massa molecular 4. Alta lipossolubilidade 5. Forma farmacêutica Características fisiológicas 1. Fluxo de sangue no local - reduzido na pele durante o frio ou choque 2. Área ou superfície disponível para absorção 3. Tempo de contato com a superfície - influenciado pela motilidade gástrica ETAPAS FARMACOCINÉTICAS Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. ETAPAS FARMACOCINÉTICAS (II) Circulação sistêmica Droga livre Droga ligada Metabólitos Absorção Eliminação Metabolização (Biotransformação) Sítio de ação (receptores) Ligada Livre Reservatórios teciduais Livre Ligada DISTRIBUIÇÃO O conceito de compartimentos fisiológicos DISTRIBUIÇÃO O conceito de compartimentos fisiológicos Água total do corpo 50-70% A. Água extracelular: 1) Plasma = 4,5% (volume total do sangue = 9-10%) 2) Água intersticial = 16% 3) Água linfática = 1-2% B. Água intracelular = 30-40% C. Água transcelular (LCR, peritoneal, pleural, sinovial, ocular, digestivo, etc.) = 2,5% D. Gordura = 20% DISTRIBUIÇÃO Compartimentos fisiológicos Capilar Células intersticiais Músculo liso Epitélio Plasma Água intersticial Água transcelular Água celular Gordura A B C DISTRIBUIÇÃO Cérebro Coração Fígado Pulmão Rim Gordura Músculo Pele Vísceras Fase inicial (minutos) Fase tardia (minutos a horas) Fase imediata (igual para ácidos e bases, ionizados ou não) Redistribuição (horas) Capilar DISTRIBUIÇÃO Fatores que influenciam a distribuição de uma droga 1. Lipossolubilidade (coeficiente de partição) 2. Ionização (influência do pH) 3. Ligação a proteínas plasmáticas – em muitos casos 90-99% - é possível ter interações droga-droga por competição Volume de distribuição (aparente) = Vd ou Vdap = é o volume em que a droga está diluída, e corresponde a três compartimentos principais: 1) plasma Vd ~3,5 L Heparina 2) líquido extracelular Vd ~14 L Teofilina 3) água/líquido total do corpo Vd >35 L Etanol Barbitúricos Morfina A importância de compartimentos específicos (cérebro e placenta) Homem de 70 kg = 60%-70% água = 42-49 L LIGAÇÃO PROTÉICA LIGAÇÃO PROTÉICA Influência de ligação proteíca sobre a cinética de uma droga VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO Vd = Quantidade de droga (Q) Conc. plasmática (Cp) 100 mg 10 mg/L Vd = ?? DISTRIBUIÇÃO Fatores que influenciam a distribuição de uma droga 4. Fluxo sangüíneo 5. Massa tecidual e sua irrigação a) Tecidos com alta vascularização - cérebro, coração, fígado, pulmão, rim b) Tecidos com baixa vascularização - pele, gordura 6. Ligação não específica a proteínas 7. Afinidade para os receptores 8. Metabolização e excreção A distribuição de uma droga é um processo não direcionado e não específico DISTRIBUIÇÃO Cérebro Características: 1. Barreira hematoencefálica (BHC) não fenestrada : pouca permeabilidade 2. BHC pode ter permeabilidade aumentada em situações patológicas DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO Placenta DISTRIBUIÇÃO Placenta DISTRIBUIÇÃO ETAPAS FARMACOCINÉTICAS Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. METABOLIZAÇÃO Sítios de metabolização Enzimas microsomais hepáticas (oxidação, conjugação) Enzimas microsomais extrahepáticas (oxidação, conjugação) Enzimas não-microssomais hepáticas (acetilação, sulfatação,GSH, álcool/aldeido deshidrogenase, hidrólise, oxidação/redução) Importância da metabolização de drogas METABOLIZAÇÃO Espécie Tempo de Meia-vida Ativ. Enz. sono (min) do hexobarbital (mg/g.h) (min) Camun. (12) 12 + 8 19 + 7 598 + 184 Coelho (9) 49 + 12 60 + 11 196 + 28 Rato (10) 90 + 15 140 + 54 134 + 51 Cão (8) 315 + 105 260 + 20 36 + 30 Tempo de sono em camundongos tratados com pentobarbital: Normal: 15-20 min Pré-tratado com fenobarbital: 5-10 min Pré-tratado com CCl4: >120 min METABOLIZAÇÃO Droga Metabólito Conjugado Desalquilação Desaminação Hidrólise Hidroxilação Oxidação Glicuronidação Fase I Fase II Objetivo da metabolização 1. Fase I - catabólica - introduzir um grupo reativo polar (ex. -OH) para subseqüente conjugação - “funcionalização” 2. Fase II – anabólica (Conjugação) - farmacologicamente inativa - tornar a substância menos lipossolúvel (mais hidrossolúvel) e com carga iônica para facilitar excreção na urina ou no bile - mediada por glicuronil transferases, sulfotransferases, glutationa transferases, aminoácido transferases METABOLIZAÇÃO Componentes do sistema CYP 450 1. Citocromo-P450 redutase - contém FMN e FAD, e requer NADPH e Mg2+ - transfere dois elétrons para CYP 450: - Primeiro: Fe3+ para Fe2+ - Segundo: Fe2+.O2 para Fe 2+.O2 - 2. Citocromo P450 (CYP 450) 3. Fosfolipídio - para servir como superfície na transferência de elétrons 4. Eventualmente, o segundo elétron pode ser doado pelo sistema de citocromo b5 e citocromo b5 redutase (NADH- dependente) METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO Componentes do sistema citocromo P450 de retículo endoplasmático. A NADPH-citocromo P450 redutase é ligada pela sua cauda hidrofóbica à membrana, enquanto o citocromo P450 é inserido na membrana. O citocromo b5 pode participar em reações selecionadas mediadas pelo citocromo P450. (Devlin, 1997). METABOLIZAÇÃO Citocromos P450 – Considerações gerais - NADPH + H+ + O2 + Droga NADP + + H2O + Droga oxidada - O monóxido de carbono se liga ao Fe(II) heme reduzido e absorve a 450 nm (orígem do nome da família) - A família de monooxigenases é a mais importante na oxidação de drogas e compostos endógenos no fígado, rim, trato G.I., pele, pulmão - As CYPs estão localizadas no retículo endoplasmático liso em associação bastante próxima com a NADPH-CYP redutase (razão 10/1) (fração microssomal) METABOLIZAÇÃO Ciclo catalítico do citocromo P450. METABOLIZAÇÃO As famílias de P450 - Pelo menos 12 famílias de genes CYP têm sido identificadas em humanos, e as categorias estão baseadas na homologia das seqüências - A maioria das enzimas envolvidas na metabolização de drogas estão nas famílias CYP 1, 2, & 3. - CYP3A4 é bastante comum no metabolismo de muitas drogas. - Freqüentemente, duas ou mais enzimas catalizam o mesmo tipo de oxidação, indicando especificidade larga e redundante. - Massa molecular : 45-60 kDa METABOLIZAÇÃO As famílias de P450 CYP3 A (50%) CYP2D6(25%) CYP2C9 (15%) CYP1A2 (5%) Outros (5%) Isoforma Droga 1A2 Acetaminofen Cafeína Teofilina 2C9 Carvedilol Celecoxib Hexobarbital Losartan Meloxicam 2D6 Antiarrítmicos tipo 1C Carvedilol Codeína Timolol 3A4 Acetaminofen Antivirais S-Bupivacaína Cocaína Cortisol Diazepam Diltiazem Losartan Quinidima Testosterona Principais isoformas em humanos METABOLIZAÇÃO Reações oxidativas catalizadas pelos CYP 450 – Formação de um metabólito polar inativo • Fenobarbital – Formação de um metabólito ativo • Certas pródrogas a base de purinas e pirimidinas para quimoterapia • Enalapril (inibidor da enzima conversora da angiotensina) – Formação de um metabólito tóxico • Acetaminofen NAPQI METABOLIZAÇÃO Reações catalizadas pelo sistema CYP P450 (oxidases de função mista) 1. Hidroxilação de anéis aromáticos (adição de –OH) 2. Hidroxilação de cadeias laterais (adição de –OH) 3. N-, O-, S-desalquilação (remoção de –CH3 em N, O e S) 4. Sulfoxidação (adição de O em S) 5. Desulfuração (remoção de –S) 6. Desaminação (remoção de –NH2) 7. Dehalogenação (remoção de Cl, Br, F) METABOLIZAÇÃO Reações de hidrólise METABOLIZAÇÃO Reações diversas METABOLIZAÇÃO Alguns fármacos que produzem metabólitos ativos ou tóxicos METABOLIZAÇÃO Lesão hepática causada pelo metabólito de paracetamol N-acetilbenzoiminoquinona (NABIQ ou NAPQI) CYP2E1 Única CYP que produz radicais livres e que é induzível por etanol Fatores que regulam o sistema CYP 450 1. Indução enzimática 2. Idade 3. Sexo 4. Genética (farmacogenética) METABOLIZAÇÃO Vias de metabolização sem CYP 450 1. Acetilação (-COCH2): N-acetil-transferase (tiazidas) 2. Trans-sulfuração (-SH): sulfotransferases (detoxificação de cianeto) 3. O-, N-, e S-metilação (-CH3): metiltransferases (dopamina) 4. Oxidações de álcool e aldeído: desidrogenases 5. Reduções (inserção de -OH): aldeído redutase (NADH) 6. Hidrólise: esterase e amidases 7. Desaminação: monoamina oxidases (5-HT, NE, Dopa, tiramina) e diamina oxidases (putrescina e cadaverina) METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO Droga Metabólito Conjugado Desalquilação Desaminação Hidrólise Hidroxilação Oxidação Glicuronidação Fase I Fase II Tipos de conjugação 1. Conjugação com glicuronídeo - a partir de UDP ácido glicurônico - UDP-AG transferase: localizada no RE; induzível - o conjugado é menos ativo que a molécula mãe - exceção: morfina-6-glicuronídeo - principalmente em grupos: -OH, -SH, -NH, -COOH 2. Conjugação com sulfato - a partir de 3’-fosfoadenonsina 5’-fosfosulfato (FAFS) - adição de um grupo sulfato que é ionizado - catalizada por sulfotransferases - o conjugado é menos ativo que a molécula mãe - exceção: sulfato de minoxidil derivados de N-hidróxi-2-acetilaminofluoreno 3. Conjugação com glutationa, aminoácidos, acetil CoA e S adenosil metionina METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO Conjugação com glicuronídeo Ativação Ácido b-glicuronídeo UDP- a-glicuronídeo Droga-b-glicuronídeo Droga UDP-glicuronil transferase Transferência de glicuronil Uridina Uridina UDP METABOLIZAÇÃO Conjugação com sulfato METABOLIZAÇÃO Distúrbios de conjugação Sulfonamida e bilirrubina Bilirrubina é altamente lipossolúvel. Devido à incapacidade de recém-nascidos em conjugar a bilirrubina, a mesma é “estocada” ligada a proteínas plasmáticas na circulação até a criança desenvolver as enzimas para conjugação. A administração de sulfonamida desloca bilirrubina da proteína, que então sofre uma redistribuíção, entrando no cérebro através da barreira hematocefálica onde é depositada no gânglio basal e nos núcleos subtalámicos do cérebro, levando à encefalotoxicidade (kernicterus; síndrome do nênê verde). Há pouca excreção de bilirrubina (A bilirrubina no neonato deriva da degradação de hemácias) METABOLIZAÇÃO Exemplo - Aspirina Aspirina Ácido salicílico Glicuronídeo Fase I Hidroxilação Fase II Glicuronidação Lembrar do efeito de primeira passagem Exemplos: Apirina Dinitrato do isossorbida Trinitrato de glicerina Levodopa Lidocaína Metoprolol Morfina Propranolol Salbutamol Verapamil METABOLIZAÇÃO PORTAL VEIN METABOLIZAÇÃO Metabolização do etanol Metabolização do etanol METABOLIZAÇÃO - Altamente lipossolúvel e rapidamente absorvido e distribuído - 90% metabolizado; 5-10% na urina ou é expirado - Metabolização essencialmente hepática - Sofre efeito de primeira passagem - Mostra cinética de saturação - Lesão hepática devida: a) ao próprio etanol b) ao acetaldeído c) à esterificação de ácidos graxos - Pode influenciar o metabolismo de outros compostos (inibir ou potencializar) - Dissulfiram: terapia de aversão - rubor, taquicardia, hiperventilação, pânico, angústia - Metanol: formaldeído e ácido fórmico Resumo dos conceitos METABOLIZAÇÃO 1. O fígado é o principal órgão de metabolização 2. A metabolização de drogas tem duas fases: I e II 3. O sistema citocromo P450 é o principal responsável pela metabolização de drogas 4. Há vias de metablização independentes de P450, e.g. etanol 5. O objetivo principal da metabolização é tornar drogas menos lipossolúveis, menos ativos, e facilitar sua excreção ETAPAS FARMACOCINÉTICAS Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. Principais vias ELIMINAÇÃO 1. Renal 2. Trato GI - fezes 3. Pulmão (álcool, anestésicos gasosos) 4. Pele- suor 5. Leite materno 6. Lágrimas Túbulo convoluto proximal Glomérulo Alça de Henle Fluxo sangüíneo Duto coletor Aparato justaglomerular (AJG) Túbulo convoluto distal Principais mecanismos EXCREÇÃO RENAL 1. Filtração glomerular - limite de <20.000 - retira apenas droga livre 2. Secreção tubular - transporte por sistemas carreadores para substâncias ácidas ou básicas - são relativamente não-seletivos - funcionam contra um gradiente - potencialmente o mecanismo mais eficaz na excreção 3. Difusão através do túbulo renal - pode ocorrer reabsorção de até 99% - mais importante para lipossolúveis - para substâncias polares, ocorre retenção e concentração - questão do pH: ácidas - excretadas com pH alcalino básicas - excretadas com pH ácido EXCREÇÃO RENAL Influência do pH sobre a excreção Principais mecanismos EXCREÇÃO RENAL Droga livre Droga ligada + Droga livre Droga ligada Droga livre Droga livre Transportadora de substâncias ácidas Transportadora de substâncias básicas Droga ligada Droga livre Droga livre Droga livre?? Para bexiga Droga livre Droga livre Droga livre Droga ligada Túbulo renal Sangue Droga Droga ligada livre 1 2 3 Droga?? EXCREÇÃO RENAL Principais mecanismos pH pKa [HA] > [A-] [B] < [BH+] [HA] < [A-] [B] > [BH+] Substâncias transportadas EXCREÇÃORENAL Ácidas Bases Ácid-p-amino-hipúrico Amilorida Furosemida Dopamina Conjugados de AG Histamina Conjugados de glicina Mepacrina Conjugados de sulfato Morfina Indometacina Petidina Metotrexato Subst. amônio quaternário Penicilina Quinina Probenecida Serotonina Diuréticos tiazídicos Procaína Ácido úrico Clortiazida Ácido salicílico AG = aminoglicosídios Drogas excretadas sem modificação EXCREÇÃO RENAL 100%-75% Amilorida, hexametônio, galamina clorotiazida, gentamicina, atenolol ampicilina, furosemida 75%-50% Anfetamina, cimetidina, procainamida, neostigmina, metildopa, clonidina ~50% Ampicilina, tubocurare Portanto, cuidado na administração destas substâncias em indivíduos com função renal comprometida Excreção biliar e a circulação êntero-hepática ELIMINAÇÃO PELO TGI Droga Fígado Bile T.G.I. Eliminação Glicoproteína P Hidrólise do glicurônido Reservatório de 20% ELIMINAÇÃO PELO TGI Circulação êntero-hepática ELIMINAÇÃO Influência da lipossolubilidade e metabolização sobre a eliminação ETAPAS FARMACOCINÉTICAS Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. E agora?? FARMACOCINÉTICA Qual a relação entre a excreção renal e as concentrações plasmáticas de uma droga? Influência da via de administração t (h) C (ng/ml) 0 1 50 2 25 3 12,5 4 6,25 5 3,125 6 1,563 Via IV 1 10 100 0 1 2 3 4 5 6 7 L n C ( n g /m l) Tempo (h) 0 10 20 30 40 50 60 0 1 2 3 4 5 6 7 C ( n g /m l) Tempo (h) t (h) C (ng/ml) 0 0 1 50 2 100 3 50 4 25 5 12,5 6 6,25 7 3,125 8 1,563 Via ≠ IV 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 2 4 6 8 10 C ( n g /m l) Tempo (h) 1 10 100 0 2 4 6 8 10 l n C ( n g /m l) Tempo (h) FARMACOCINÉTICA Cinética de infusão FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Modelo unicompartimental A linha reta corresponde à constante da velocidade de eliminação, kel kel = CLs/Vd lnC(t) = lnC(0) –kel.t kel = 1/t . lnC(0)/C(t) FARMACOCINÉTICA L o g C p la s m á ti c a tempo Distribuição Metabolização Excreção Etanol: modelo monocompartimental Fase β Etanol: modelo monocompartimental Compartimento central (1) Compartimento periférico (2) Compartimento Profundo (3) K 2-1 K 1-2 K 3-1 K 1-3 Eliminação Absorção Mesma concentração em todos os compartimentos Kel Ka Modelo bicompartimental FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Modelo tricompartimental Compartimento central (1) Compartimento periférico (2) Compartimento Profundo (3) K2-1 K1-2 K3-1 K1-3 Eliminação Absorção Tecidos / órgãos menos perfundidos Tecidos /órgãos mais perfundidos Kel Ka Compartimento central (1) C. periférico (2) Após 2 horas, 50% se encontra no fígado C. profundo (3) Após 30 dias, 90% se encontra nos ossos K2-1 K1-2 K3-1 K1-3 Eliminação Absorção Kel Ka Chumbo: modelo tricompartimental L o g C p la s m á ti c a tempo Distribuição, metabolização, excreção (fase α) Chumbo: modelo tricompartimental Redistribuição (2), metabolização, excreção (fase β) Redistribuição (3), metabolização, excreção (fase γ) O que podemos calcular? Constante de absorção (Ka) Concentração plasmática máxima (Cmax) Tempo onde ocorre o Cmax (Tmax) Área sobre a curva (ASC) Biodisponibilidade (F) Concentração plasmática no tempo zero (Cp0) Volume de distribuição (Vd) Constante de eliminação (Kel) Depuração / Clearence (Cl) Tempo de meia vida (t1/2) FARMACOCINÉTICA Ka = constante de absorção FARMACOCINÉTICA Influência da dose O que podemos calcular? Constante de absorção (Ka) Concentração plasmática máxima (Cmax) Tempo onde ocorre o Cmax (Tmax) Área sobre a curva (ASC) Biodisponibilidade (F) Concentração plasmática no tempo zero (Cp0) Volume de distribuição (Vd) Constante de eliminação (Kel) Depuração / Clearence (Cl) Tempo de meia vida (t1/2) Cmax Tmax Cmax Cmax Tmax Tmax Cmax e Tmax O que podemos calcular? Constante de absorção (Ka) Concentração plasmática máxima (Cmax) Tempo onde ocorre o Cmax (Tmax) Área sobre a curva (ASC) Biodisponibilidade (F) Concentração plasmática no tempo zero (Cp0) Volume de distribuição (Vd) Constante de eliminação (Kel) Depuração / Clearence (Cl) Tempo de meia vida (t1/2) Conceito de biodisponibilidade Biodisponibilidade = fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica na forma química inalterada Fatores que afetam: 1. Efeito primeira passagem 2. Solubilidade do fármaco - lipo- ou hidrosolúvel 3. Estabilidade do fármaco 4. Formulação do fármaco O que podemos calcular? Constante de absorção (Ka) Concentração plasmática máxima (Cmax) Tempo onde ocorre o Cmax (Tmax) Área sobre a curva (ASC) Biodisponibilidade (F) Concentração plasmática no tempo zero (Cp0) Volume de distribuição (Vd) Constante de eliminação (Kel) Depuração / Clearence (Cl) Tempo de meia vida (t1/2) Volume de distribuição (Vd) 1 10 100 0 1 2 3 4 5 6 7 L n C ( n g /m l) Tempo (h) Vd = dose / Cp0 Cp0 O que podemos calcular? Constante de absorção (Ka) Concentração plasmática máxima (Cmax) Tempo onde ocorre o Cmax (Tmax) Área sobre a curva (ASC) Biodisponibilidade (F) Concentração plasmática no tempo zero (Cp0) Volume de distribuição (Vd) Constante de eliminação (Kel) Depuração / Clearence (Cl) Tempo de meia vida (t1/2) FARMACOCINÉTICA A constante de eliminação (Kel) independe da via de administração FARMACOCINÉTICA Influência do regime de administração sobre a cinética e Kel O que podemos calcular? Constante de absorção (Ka) Concentração plasmática máxima (Cmax) Tempo onde ocorre o Cmax (Tmax) Área sobre a curva (ASC) Biodisponibilidade (F) Concentração plasmática no tempo zero (Cp0) Volume de distribuição (Vd) Constante de eliminação (Kel) Depuração / Clearence (Cl) Tempo de meia vida (t1/2) Depuração (clearence) É o volume de fluído corpóreo depurado por unidade de tempo (L/h, mL/min) CLtotal = CLrenal + CLhepático + CLoutras vias Quantifica a eliminação É usualmente constante Circulação Rim X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Urina Depuração renal TE TR Depuração de X (Dx) = Volume de plasma que é filtrado de uma substância (X) por unidade de tempo TE = taxa de excreção TR = taxa de retenção Circulação Rim X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XX X X X X X Urina FARMACOCINÉTICA Conceito de depuração Concentração de substância X na urina (Ux) Volume de plasma que é filtrado de uma substância (X) por unidade de tempo (depuração de X) (Cx) Volume de urina por unidade de tempo (V) X Concentração de substância X no plasma (Px) = Situações: 1. Substância filtrada pelos glomérulos mas não reab- sorvida ou secretada pelos túbulos (inulina): Cx = TFG 2. Substância filtrada pelos glomérulos e secretada pelos túbulos. Cx = TFG + TS 3. Substância filtrada pelos glomérulos e reabsorvida pelos túbulos. Cx = TFG – TR 4. Substância filtrada pelos glomérulos, secretada pelos túbulos e reabsorvida pelos túbulos. Cx = TFG + TS - TR Depuração hepática Droga Droga inalterada Metabólitos intermediários Metabólitos finais O que podemos calcular? Constante de absorção (Ka) Concentração plasmática máxima (Cmax) Tempo onde ocorre o Cmax (Tmax) Área sobre a curva (ASC) Biodisponibilidade (F) Concentração plasmática no tempo zero (Cp0) Volume de distribuição (Vd) Constante de eliminação (Kel) Depuração / Clearence (Cl) Tempo de meia vida (t1/2) FARMACOCINÉTICA O conceito de meia-vida (t1/2) Meia-vida = tempo necessário para a concentração cair em 50% 1) kel = 1/t . lnC(0)/C(t) 2) kel = 1/t . ln 2 3) t1/2 = ln 2/kel 4) t1/2 = 0.693/kel Tempo de meia vida (t1/2) 1 10 100 0 1 2 3 4 5 6 7 L n C ( n g /m l) Tempo (h) Inclinação da reta = Kel (constante de eliminação) t1/2 = 0,693 / Kel Y = a.x + b Tempo necessário para a concentração plasmática diminuir para a metade Resumo da Farmacocinética Ka Cmax Tmax Tempo C o n ce n tr a çã o ASC Kel Cp0 t1/2 Parâmetros derivados: • Biodisponibilidade (F) • Volume de distribuição (Vd) • Depuração (Clearence) (Cl) Para administração não-endovenosa FARMACOCINÉTICA Fatores que influenciam a meia-vida Tipo de droga CL (l/min) Vd (l) t1/2 Lipossolúvel, sem 0,001 42 20 d partição de pH Lipossolúvel com 0,03 42 16 h Excreção favorecida por partição de pH Não-lipossolúvel, 0,120 12 69 min sem transporte tubular Não-lipossúvel, com 0,70 12 12 min secreção tubular completa Influência do regime de administração sobre a cinética Falha na administração do fármaco Influência do regime de administração sobre a cinética Alteração nos padrões de eliminação FARMACOCINÉTICA Influência da idade sobre a farmacocinética (I) FARMACOCINÉTICA Influência da idade sobre a farmacocinética (II) FARMACOCINÉTICA Qual a relação entre a concentração plasmática e o efeito terapêutico? FARMACOCINÉTICA Qual a relação entre a concentração plasmática e o efeito terapêutico? Concentração do enalapril vs inibição da ECA (enzima conversora da angiotensina) ETAPAS FARMACOCINÉTICAS Administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação Farmacodinâmica Pró-drogas Via i.v. FARMACOCINÉTICA vs. FARMACODINÂMICA
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