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14/08/2017 1 Amebas e amebíase. Morfologia e biologia do parasito. Transmissão e epidemiologia. Patogenia e sintomatologia. Diagnóstico, profilaxia e terapêutica. Amebas encontradas no ser humano • Entamoeba histolytica/dispar • MORFOLOGIA: – Trofozoítos (amebóide) –20 - 60 µm • invasivo: • não invasivo: – Cistos: 8 - 20 µm Entamoeba histolytica Trofozoíto (pseudópodes) BIOLOGIA E CICLO BIOLÓGICO • Ciclo monoxênico • Cistos (forma infectante) • Trofozoítos (forma parasitária) podem viver como comensais na luz do intestino grosso ou podem ser patogênicos, presentes em ulcerações intestinais ou extra- intestinais. –Através da ingestão de cistos com alimentos: • Verduras e frutas contaminadas; • Água; • Veiculadas nas patas de baratas e moscas (vetores mecânicos); • Falta de higiene domiciliar; • Portadores assintomáticos. TRANSMISSÃO 14/08/2017 2 INFECTIVIDADE • Cistos viáveis cerca de 20 dias; –Resistência de cistos: água fresca (poço, fonte): 1 mês; fezes: 12 dias; presunto e salsicha: 15h; queijo: 20h; saladas: 48h; • Dessecação inviabiliza cistos; • Há diferença no grau de patogenicidade entre diferentes isolados de E. histolytica Ci clo b io ló gi co PATOGENIA •Bastante variável; •Pouca infiltração inflamatória; •Necrose da mucosa intestinal (úlceras); •Formas patogênicas podem ultrapassar mucosa instalando-se no fígado, pulmão e cérebro; •Dermatite amebiana ocorre por contato direto na fase intestinal. 14/08/2017 3 PATOGENIA • ADERÊNCIA • Adesão das amebas às células-alvo erosão do epitélio da mucosa; • LISE DAS CÉLULAS • Desencadeamento da citólise enzimas proteolíticas; SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA Período de incubação: 7 a 95 dias (nº de cistos ingeridos, imunidade); – Evolução das infecções por Entamoeba: •Amebíase intestinal não invasiva assintomática: maior parte dos casos; •Amebíase Invasiva: – Sintomatologia própria; – trofozoítos hematófagos nas fezes; – alterações da mucosa (endoscopia); – presença de anticorpos específicos do soro; – 1. Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por dia com fezes moles pastosas; desconforto abdominal e cólicas. – 1.1 Colite Forma disentérica: • colites amebianas: 8 a 10 evacuações por dia acompanhadas de cólicas intestinais e diarréia com evacuações muco- sanguinolentas, febre moderada e dor abdominal. • COMPLICAÇÕES: perfurações e peritonite, hemorragias, colites pós- disentéricas, apendicite e ameboma. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE Entamoeba histolytica Ulcerações na Mucosa Intestinal Entamoeba histolytica Invasão da mucosa Abscesso no Intestino 14/08/2017 4 – Amebíase hepática - dor, febre e hepatomegalia (Anorexia, perda de peso e fraqueza geral acompanham o quadro). – Amebíase cutânea - região perianal – Amebíase em outros órgãos - pulmão, cérebro, baço, rim, etc. 2. AMEBÍASE EXTRA- INTESTINAL • Distribuição geográfica mundial (maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais – baixas condições sociais e sanitárias) • Transmissão oral através da ingestão de cistos maduros nos alimentos e água • Apesar de poder atingir todas as idades, é mais frequentes nos adultos (entre 20 e 60 anos) • Algumas profissões são mais atingidas (trabalhadores de esgotos, etc) • Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições e umidade) durante cerca de vinte dias. EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA • Animais sensíveis talvez funcionem como fonte de infecção, cistos viáveis ±20 dias • Portadores assintomáticos --> dissemina- dores de cistos • Imunossupressão favorece formas invasivas; • Sexo oral e anal favorecem dermatite amebiana; • Bactérias saprófitas podem favorecer E. Histolytica • Diferentes cepas, em diferentes locais, influindo na patogenicidade. • E. histolytica vs E. dispar • DIAGNÓSTICO CLÍNICO – Amebíase intestinal - sintomatologia comum, retossigmoidoscopia. – Abscesso hepático - tríade (dor, febre e hepatomegalia), raio X, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética. DIAGNÓSTICO • LABORATORIAL: (Exame de fezes,* soro e exsudatos#) • PARASITOLÓGICO* exame direto – Fezes líquidas - Fezes formadas • IMUNOLÓGICO# (amebíase intestinal e extra-intestinal – Elisa, IFI, hemaglutinação indireta DIAGNÓSTICO 14/08/2017 5 • Amebíase intestinal –Metronidazol • 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia durante 5 dias Adultos • 30-50 mg/kg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao dia, por 5 a 10 dias crianças – Secnidazol • Dose única de 30 mg/kg de peso para crianças • Dose única de 2000mg para adulto TRATAMENTO PREVENÇÃO E CONTROLE • a) Educação Sanitária: –Doença de “mãos sujas": lavar as mãos com água e sabão: • Antes do preparo de alimentos; • Após uso do sanitário. –Uso de unhas curtas ou higienização freqüente; –Hábitos sexuais*; PREVENÇÃO E CONTROLE • b) Saneamento Ambiental: –Abastecimento de água abundante (potável e livre de contaminação fecal); – Existência de instalações sanitárias e rede de esgotos adequadas; – Tratamento de resíduos (60 a 70ºC destrói cistos); PREVENÇÃO E CONTROLE • C) Identificação e tratamento de fontes de infecção: – prioridade: manipuladores de alimentos, funcionários de restaurantes e hotéis; – exame de fezes periódico eliminadores de cistos (assintomáticos) podem ser detectados e tratados.
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