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21/08/2017 1 LEISHMANIOSE Importância: Dados Epidemiológicos Endêmica em 88 países das Américas, África, Ásia e Europa, onde 350 milhões de pessoas, estão sob risco de infecção. 15 milhões de infectados em todo o mundo. 2 milhões de casos novos a cada ano. Classificação do Agente Etiológico Gênero Leishmania 21 espécies que causam doença humana. Leishmania braziliensis Leishmania panamensis Leishmania guyanensis Leishmania peruviana Leishmania mexicana Leishmania amazonensis Leishmania pifanoi Leishmania donovani Leishmania chagasi Protozoário Dimórfico (Amastigotas e Promastigota) Parasito Eurixeno* (parasita espécies diferentes) de Ciclo Biológico Heteroxênico Parasitas Intracelulares de macrófagos no homem, no cão e ampla variedade de animais silvestres*. Características da Leishmania sp Parasito Heteroxeno : Hospedeiro intermediário – insetos fêmeas (Gêneros Plebotomo/Lutzomyia) Hospedeiro definitivo – vários mamíferos (humano e outros) Modo de Transmissão para mamíferos. Inoculação dos promastigotas metacíclicos pela picada (saliva) de fêmeas de Flebotomídeos contaminadas Mosquito Palha, Cangalhinha, Birigui. Características da Leishmania sp Apresenta vôo silencioso e curto, presença imperceptível. Hematofagia crepuscular e noturna. Fêmeas podem ser ativas mesmo durante o dia nos locais úmidos, escuros ou sombreados onde repousam, como nas florestas Vetores Biológicos: Dípteros Gênero Lutzomyia (Américas). e Phlebotomus (África, Ásia e Europa). 21/08/2017 2 Formas Evolutivas da Leishmania 1. AMASTIGOTAS - encontrados em hospedeiros vertebrados; - Formas arredondadas ou ovóides - 2 -3 micrômeros; - Sem flagelo livre. - Núcleo oval grande e excêntrico; - Apresenta Cinetoplasto - Uma extensão da mitocôndria 2. PROMASTIGOTAS - Encontrados em hospedeiros invertebrados, - Formas extracelulares alongadas, com : 14 a 20 um - Cinetoplasto em posição anterior ao núcleo e flagelo livre. Formas Evolutivas da Leishmania Ciclo evolutivo Heteroxeno Reservatórios animais: cão, equino, roedores , bicho preguiça e gambá. Ciclo evolutivo e período de incubação Protozoários Heteroxenos Hospedeiros definitivos: homem, cão e ampla variedade de animais silvestres (mamíferos). Hospedeiro intermediário: flebotomídeos hematófagos (Lutzomyia). A lesão cutânea de inoculação surge após um período de incubação médio de 30 dias, variando entre 15 dias e 6 meses. Estágio no humano Promastigotas são fagocitadas pelos macrófagos Promastigotas se transformam em amastigostas dentro dos macrófagos Fase infectiva Fase diagnóstica O mosquito se alimenta de sangue ingerindo os macrófagos com os amastigotas Ingestão de células parasitadas Divisão no intestino e deslocamento para a probóscide Estágio no mosquito O mosquito se alimenta de sangue inoculando formas promastigotas na pele Amastigostas se transformam em promastigotas no intestino Amastigostas se multiplicam nas células de vários tecidos inclusive macrófagos Ciclo Evolutivo 1. Flebotomídeos inoculam a forma infectante para os mamíferos: promastigota; 2. Promastigotas são fagocitadas pelos macrófagos. 3. Promastigotas se transformam em amastigotas. 4. Amastigotas se multiplicam dentro das células infectadas. 5 e 6. Flebotomídeos se tornam infectados após sugar amastigotas (infectante para o inseto). 7. Parasitas se diferenciam em promastigotas no intestino do inseto. 8. Promastigotas se dividem e migram para a probóscide (tromba) do inseto. 21/08/2017 3 Formas Clínicas da Leishmaniose Tegumentar Leishmaniose Cutânea - Apenas lesões cutâneas. Leishmaniose Mucocutânea -Lesões ulcerosas destrutivas nas mucosas, boca e nariz e faringe. Leishmaniose cutâneo-difusa - Formas cutâneas não- ulcerosas. Visceral Leishmaniose Calazar - Tropismo pelo SFM do baço, fígado medula óssea e tecidos linfóides SINTOMATOLOGIA Sintomas Clínicos dependem de fatores ligados ao hospedeiro e ao parasita. A) Leishmaniose cutânea, mucosa e mucocutânea: Leishmaniose tegumentar (úlcera de Bauru, ferida brava). B) Leishmaniose visceral ou calazar. Principais Espécies de Leishmania AMÉRICAS Leishmania braziliensis Leishmania panamensis Leishmania guyanensis Leishmania peruviana Leishmania mexicana Leishmania amazonensis Leishmania pifanoi Leishmania donovani Leishmania chagasi Visceral / Calazar Cutâneo-difusa Cutânea/mucocutânea Cão: úlcera superficial nos lábios e pálpebras Leishmaniose cutânea, mucosa e mucocutânea Úlceras superficiais nas pálpebras. Cão: úlcera superficial nos lábios e pálpebras Leishmaniose cutânea, mucosa e mucocutânea Feridas na pele que não cicatrizam. Humanos: Cutânea: uma ou mais lesões cutâneas, que podem causar dor, e aumento dos linfonodos próximos à lesão; Mucosa: lesões de pele se estendem até membranas mucosas (metástases na mucosa nasal), desfigurando geralmente as vias nasais e orais (perfuração de septo nasal e palato); Leishaniose cutânea, mucosa e mucocutânea 21/08/2017 4 Humanos: Leishmaniose cutânea, mucosa e mucocutânea úlcera cutânea com borda elevada, padrão que lembra moldura de um quadro Lesão mucosa com acometimento das cavidades nasais, seguidas da laringe e faringe. Leishmaniose cutânea, mucosa e mucocutânea Leishaniose cutânea, mucosa e mucocutânea Leishmaniose visceral ou calazar infecção pode ser inaparente ou oligossintomática. inicialmente silvestre ou rural, e atualmente está ocorrendo em área domiciliar ou peridomiciliar. doença caracterizada por febre de longa duração e, quando não tratada, evolui para óbito, em 1 ou 2 anos após o aparecimento da sintomatologia. Cão: emagrecimento, eriçamento e queda de pêlos, nódulos ou ulcerações mais frequentes nos bordos das orelhas, hemorragias intestinais, paralisia de membros posteriores, ceratite com cegueira e caquexia, evolui para morte (casos graves). Intenso parasitismo cutâneo, o que permite uma fácil infecção do mosquito. Leishmaniose visceral ou calazar Humanos: febre intermitente com semanas de duração, linfadenopatia, edemaciação progressiva, fraqueza, perda de apetite, palidez, anemia e leucocitopenia (comprometimento da medula óssea) hepatoesplenomegalia (devido à hiperplasia e hipertrofia dos macrofágos), problemas respiratórios, diarréia, sangramentos na boca e nos intestinos. Leishmaniose Visceral ou Calazar 21/08/2017 5 Leishmaniose visceral ou calazar DIAGNÓSTICO Diagnóstico: Leishmaniose Tegumentar Histórico: veio de áreas endêmicas? Detecção Direta: Encontro de formas amastigotas do parasita: amostras de lesões tegumentares (bordas das lesões cutâneas) por escarificação, aspiração e biópsia (úlceras novas: ricas em parasitos) imprint (aposição) de fragmentos de tecido biopsiado. Diagnóstico: Leishmaniose Tegumentar DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO - Reação intradérmica de Montenegro - Prova de hipersensibilidade tardia - Extrato purificado de promastigotas é inoculado no antebraço e a leitura é feita em 48 horas. - Positivo: produção de enduração com diâmetro igualou superior a 5mm (persiste por 4 a 5 dias). Diagnóstico imunológico: Reação intradérmica de Montenegro Após 48 horas. Após 72 horas. Após 144 horas. Teste REATIVO para Leishmaniose 21/08/2017 6 DIRETO: Encontro de formas amastigotas do parasita: punção aspirativa de medula óssea, linfonodos, fígado e baço. INDIRETO: Sorologia detecção de anticorpos específicos (imunofluorescência indireta). Diagnóstico: Leishmaniose Visceral Prevenção e Controle Prevenção e Controle 1) Redução do contato homem-vetor: - Uso de repelentes, mosquiteiros e telas de malha fina. 2) Combate aos insetos: aplicação do inseticida, borrifação em todas as casas com casos humanos ou caninos (6/6 meses por 2 anos). Prevenção e Controle 3) Controle de reservatórios: eliminação dos cães errantes e domésticos infectados após o diagnóstico em larga escala, nas áreas endêmicas. 4) Notificação e tratamento dos doentes. 5) Educação em saúde: ações educativas no sentido de que as comunidades atingidas aprendam a se proteger e participem ativamente das ações de controle da leishmaniose. TRATAMENTO Diagnóstico precoce da lesão mucosa é essencial para que a resposta terapêutica seja mais efetiva e sejam evitadas as sequelas deformantes. 1) Antimônio pentavalente 2) Alopurinol 3) Anfotericina B Tratamento 1)Antimônio pentavalente: inibem enzimas de protozoários, mas devem ser injetadas diariamente, além de não serem facilmente acessíveis e terem efeitos colaterais severos (cefaléia, febre, calafrios e náuseas). O tratamento das leishmanioses: injeções diárias (20 a 40 dias) pode custar até US$ 200 por paciente. Quantia considerada elevada para o sistema público de saúde, no Brasil, são realizados aproximadamente 38 mil tratamentos anuais”. Fiocruz Intramuscular ou intravenoso. 21/08/2017 7 Tratamento 2) Alopurinol: inibe multiplicação de parasitos, administrado oralmente e tem poucos efeito colaterais. 3) Anfotericina B: perfusões endovenosas diárias. Tratamento humano Tratamento canino
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