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FOROS CONCORRENTES E COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL

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FOROS CONCORRENTES – COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL
FORO CONCORRENTE: CARACTERIZA A EXISTÊNCIA DE DOIS OU MAIS FÓRUNS QUE SEJAM ADEQUADOS PARA CONHECIMENTO E JULGAMENTO DE DETERMINADA DEMANDA, OU SEJA, FÓRUNS COMPETENTES PARA TAL.
Em determinados casos, há de duas a três opções, conforme redação legal: 
>Art. 95, segunda parte, do CPC/73 – Art. 47 §1° do CPC/15; 
>Art. 100, parágrafo único.CPC/73 - Art. 53, V CPC/15 ; 
>Art. 475-P, parágrafo único., CPC/73 - Art. 516, parágrafo único CPC/15)
Art. 95 CPC/73
Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
Art. 47 CPC/15
Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§1° O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão, demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Art. 100 CPC/73
É competente o foro:
I - da residência da mulher, para a ação de desquite e de anulação de casamento;
I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento; (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos;
IV - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica;
b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu;
c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que carece de personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento;
V - do lugar do ato ou fato:
a) para a ação de reparação do dano;
b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios.
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.
Art. 53 CPC/15. 
É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Art. 475 -P CPC/73
O cumprimento de sentença efetuar-se-á perante:
I- os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II- o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;
III- o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
Parágrafo Único. No caso do inciso II do caput deste artigo,o exequente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Art. 516 CPC/15
O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I- os tribunais, nas causas de sua competência originaria;
II- o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III- o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo Único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicilio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Em outros casos, porém, o número desses foros aumenta consideravelmente, como nos casos das ações coletivas ressarcitórias em razão de dano nacional (qualquer capital de Estado-membro e no Distrito Federal, art. 93, II, CDC), litígios internacionais (vários Estados igualmente competentes) e comunitários (vários países de uma determinada comunidade internacional).
Art. 93 CDC. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.
FÓRUM SHOPPING
FÓRUM SHOPPING: a escolha do foro pelo demandante, ou seja, pelo autor da ação. 
Escolher o foro dentre os considerados competentes é direito potestativo do autor . 
# Direito potestativo: é um direito que não admite contestações.#
É de se esperar, porém, que com a possibilidade de escolha, o autor opte pelo fórum que melhor atenda aos seus interesses particulares. Em todo caso, é necessária observação de alguns princípios como o da Boa Fé, devido processo legal, buscar uma competência adequada(ou seja, um juízo que seja ADEQUADAMENTE COMPETENTE), bem como vedar a possibilidade de ocorrência de abuso do direito(que caracterizaria contradição à boa-fé que deve ser observada.)
>Princípio da boa-fé: torna ilícito o abuso do direito. 
>Devido processo legal: impõe um processo adequado, que, dentre outros atributos, é aquele que se desenvolve perante um juízo adequadamente competente. 
>A exigência de uma competência adequada: é nada mais que a consequência da observância dos princípios do devido processo legal, da adequação e da boa-fé. 
Pode-se inclusive falar em um princípio da competência adequada .
FÓRUM SHOPPING: ABUSIVO?
Como, então, utilizar da facilidade do Forum Shopping, sem que a defesa do acusado se mostre dificultosa? Ou então que a escolha demandada, faça com que a fluidez do processo seja comprometida? Como manter o processo em equilíbrio, preservando este direito potestativo que cabe ao autor? 
FORUM NON CONVENIENS
Para garantir a efetivação de todos esses princípios, embora sem sistematização, ou seja, sem normas propriamente ditas, que regulassem situação tal, e com uma fundamentação difusa, surgiu na Escócia uma doutrina que serviu como freio jurisprudencial a essas escolhas abusivas. A ela deu-se o nome de forum non conveniens .
Através da regra “Kompetenzkompetenz”, onde, o juiz é competente para controlar a sua própria competência, a regra do Forum Non Conveniens pode ser aplicada por ele, onde se torna possível o não julgamento de causas para as quais não seja o juízo mais adequado(seja em razão do Direito pleiteado, ou dos fatos debatidos, ou ainda em razão de dificuldades de defesa do réu.).
Sua aplicação no Ordenamento Jurídico Nacional é plenamente possível, embora tais práticas(Fórum Shopping e Forum Non Conveniens) nãoencontrem respaldo na legislação brasileira.
Delineando este fato, temos a decisão da 3ª T. do STJ, em que se afirmou que, “”apesar de sua coerente formulação em países estrangeiros”, os “princípios” (sic) do forum shopping e do forum non conveniens não encontram respaldo nas regras processuais brasileiras” (MC n. 15.398-RJ, rel. Mina. Nancy Andrighi, j. em 02.04.2009, publicado no DJe em 23.04.2009). 
O tema, porém, não foi examinado com a profundidade esperada, onde podemos notar e citar erro técnico quanto ao teor de cada prática: não se trata de princípios. 
Fórum shopping é um fato da vida;enquanto forum non conveniens uma teoria. 
O princípio em questão seria a boa-fé processual , ou então, de forma mais ampla, o principio do devido processo legal.
“A existência de foros concorrentes significa que todos eles são igualmente competentes para, em tese, julgar um determinado tipo de demanda . 
Essa circunstância, porém, não impede que se controle in concreto o exercício do direito de escolha do foro que, se se revelar abusivo, deverá ser rechaçado pelo órgão jurisdicional, que sempre tem a competência de julgar a própria competência.” 
PROF. FREDIE DIDIER JR.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL
Citando o nobre jurista brasileiro, especialista em Direito Constitucional José Afonso da Silva, competência:
            “É a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões. Competências são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades para realizar suas funções”.
            
Alguns juristas entendem que um juiz que decida(profira sentença) em contrariedade às regras constitucionais é um “não-juíz”, já que o julgamento daquela matéria não lhe compete. Essa sentença portanto, é inexistente. Exemplo: Juiz federal que decide matéria estadual. 
Neste caso, não lhe falta jurisdição, e sim a própria competência para julgar determinada matéria. A jurisdição em si é una, ou seja, não existem 5 jurisdições (trabalhista, eleitoral, estadual, federal e militar).O que existe é uma divisão da Competência, cabendo a cada juiz julgar o mérito que lhe é imputado.Insistir em julgar algo que não lhe compete, nos leva à alegação de incompetência, bem como invalidação da sentença, que se torna INEXISTENTE. 
QUEM JULGA O QUE?
Constituição Federal de 1988 fez uso do principio da predominância do interesse para que pudesse identificar e posteriormente repartir as competências entre os entes desta federação, as seguinte forma: 
1. A competência é da União, quando as matérias forem de interesse geral;
2. A competência é dos Estados/ Distrito Federal, quando as matérias forem preponderantemente de interesse regional;
3. A competência é dos Municípios/ Distrito Federal, quando as matérias forem preponderantemente de assuntos de interesse local.
            Necessário ressaltar, porém, que tal sistema esbarra na dificuldade em discernir o que é de predominância nacional e regional, visto como exemplo, a Amazônia e todas as questões que a circundam.
PARA ENTENDER
            
Para melhor compreendermos a divisão da Competência, por parte da Constituição Federal de 88’, entre os entes federativos, podemos utilizar o seguinte esquema:
 1. União – As competências que cabem à União se encontram elencadas nos artigos 21 e 22 do Código de Processo Civil,e estão enumeradas tanto administrativa quanto legislativamente. 
Alguns exemplos são: manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; declarar a guerra e celebras a paz; legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutica, espacial e do trabalho.
2. Municípios – As competências que cabem aos Municípios se encontram elencadas no artigo 30 do Código de Processo Penal, e alguns exemplos são: legislar sobre assuntos de interesse local; suplementar a legislação federal e estadual no que couber; organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
3. Estados – As competências que cabem aos Estados se encontram elencadas no CPC, bem como são remanescentes das competências da União e dos Municípios (art. 25, § 1°). Conquanto, com essa reserva de competência, há possibilidade de delegação ( aplicável no caso de competências privativas)
4. Distrito Federal – As competências que cabem ao Distrito Federal são as mesmas reservadas aos Estados e Municípios, dissentem apenas quanto a matéria, já que a competência Estadual trata dos assuntos de interesse regional, enquanto a competência Municipal, trata dos assuntos de interesse local.
BIBLIOGRAFIA: 
COMPETÊNCIA DE ACORDO COM O CPC 2015. [https://focanoresumo.files.wordpress.com/2017/02/foca-no-resumo-competencia-ncpc.pdf]
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL [https://juniorcampos2.wordpress.com/2014/04/28/competencias-constitucionais/]
DIDIER JR., FREDIE; CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL,vol 1, 2017, Ed. JusPodium, 19ª Edição conforme Novo CPC. 
NEVES, DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO; NOVO CPC COMPARADO, 3ª Edição, Ed. Metodo
Trabalho realizado para avaliação do 3° Bimestre , a ser realizada em 06/Setembro/2017, da disciplina de Direito Processual Civil I, ministrada pela profª Patrícia Thomé, pelos alunos do 3º ano de Direito:
Bruna Clinio Contiero;
 Luis Antonio Caciatore Junior e
 Victória Antonieto Pimentel

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