Buscar

CAP. 17 - OS ALUNOS COM P.C. Desenvolvimento e Educação (Carmem Basil).pdf

Prévia do material em texto

Scanned by CamScanner
◆
E du caç ã o
C A R M E N B A S IL
1 Introdução
O term o cerebraı 1 cosh m a ser em pregado, atualmete, com o um a
Já qde o term o P C engloba um conjunto tão am plo de sintom atologias
O s A lunos com
paralisia C erebral
D esenvolvim ento e
Scanned by CamScanner
D ESEN voLvIM EN To P slcol. óG tco E EnucA «Ão, t 2 63
į )
ersfvelĮ N o en tanto, se a atenção, ų eabil fisicļ e a educaga g ian ça
P ° d e ņ şe consegttr Erw essos m uito į EorTantes W ıe farão com
gue seoxime de u m fuńcionā;iento i & iį r W rã q sė dė iì ?
esquecerìjūe as taculdađes de substihıição e com pensaçâo dos centrosterebrais nāo
lesionados são im portantfssim as, e que terāo m elhores resul lados, quanto M ais
precoce for a intervenç ão oportuna A lém disso, o desenvolvim entq de auxilios
té《n icos ou próteses capazes de facilitarem , de form a subs 长山 tiva ou com pensadora,
o controle postural, o deslocam ento, a com unicaçāo e a linguagem , o trabalho escolar, 
o controle do m eio, a ocupaqão no trabalho e ıazeľ de pessoas com A fecçōes
ń etırom otoras de natureza diversa está experim entando um progresso extrem a
m ente alentador D estaform a, a crianç ä q m P . . N ã o deve ser cgņ siderada com
criança doente, senão ţ om o um a pessoa co】n cer tas caracteristicas esR ecfficas das
mE mmı n necessidadesg$PSlifie ř ē i ·
devem tentar atender da rneıhor m aneira possiw l
t> E m segundo lugar, o conceito de pC nāo Inclui lesōes e olu tivas com o as
produzidas por um hım or cerebral ou por doenças degeneratvasÉ a isto qu e se
refere a definiç ão, anteriorm ente citada, ao falar de " lesão nāo evolutiva do encéfa
loı i D eve se considerar, no entanto, que as conseqūëncias da lesão variam aolongo
do desenvolvim ento da criança P or um lado, observarn se variaçõ es diretam ente
relacionadas aos aspectqs, propriannente, biotógicos dó calendário m aturatłvo do
indivfduo A ssim , por exem plo, a fenom enologia que descreverem os m ais adian te
com o própria do tipo de P C , deńom inada espástica, não se m anifesta no recém
nascidonem nolactentededois m eses, já que o substrato de talfenom enologiareside
em u ų a lesāo do sistew Pamida] , Q ņ æja, dIasmotqrasQue SaęıntŁetç
regeln m ovim entos voiuntáń os, os quais, ainda, nāo adquiriram , durante esta
época, um a m ahır?ção totalSom ente a par tir dps hês m eses, percebe se a progres
siva espasticidade (hipertonia m uscular) · · ainda, em algtıns casos, a criança passa,
a pń ńcfpio, paradoxalm ente, por um periodo de flacidez e dim inuição do tö nus
m uscular P or outro lado, e isto é, ainda, m ais relevante para o clínicó e para o
educador, nâo som e n te, com ojáapon a T , um aintervençãoeĥ cazpode m elhorar,
enorm em ente, a capacidade funcional de um indivĺduo, m asQue, além disso, a nã o
intervenção pode sim ificar um retrdcesso, às vezes, diĥ cilm ente reversíveıpor
exem plo, continuando com o caso da fėnom enolcgia espástica, se não se trata a
criança desde m uito pequena, a permanência de atitudes perturbadas, devido à
contração anô m ala de determ inados grupos m usculares, a principio corrigfveis, 
podem dar lugar a deform ações incorrigiveis, devido à pseudo retração tendinoso
m uscular, prim eiram ente. e. M ais tarde, dėvido a deform ações ósteo artictılatóriasQ uando isto ocorre, além da educaçáó, da reabilitação e da ortopedia, será necessário
recorrer à cirurgia
O term o P C não inclui, tam pohco, lesões localizadas no sistem a nervnso
ceni 了 al, m äs em diferentes estruturas do encéfalo, com o a m edula espinhaıE ste é ocaso de quadros com o o da poliom ielite ou da espinha bffida T am pouco, incluem osdistúrbi«»s ocasionados por lesões encefálicas ocoıT ldas após a prim eira infância Qque é caralegsçQdų qnominą dq pc , ao contrário desţes outros, é o fatodeqıeasã gņ gl, ccorrigran!Ģacjon&titulçg, maturaçio e orgaizaç ã qdpa N ę w Q įiņ sęnlral, além de sm seqūelas d¡retasiaite \ 妲 o Ëerdn Ķ
Scanned by CamScanner
2 54 C IsA R C oL Ļ JEsüs P A ıA C ıos & A L V A R o M M ICH BSt
por últim o, cabe destacaĻ com o afirm a M asdmau (198§), Q u
e3 F . C nāo 
é
,
ia" n elņ. erebr, .ánãocomiste, exataiiiè,' a?
ia de P ado cow (qee m u_D m eeos W rėbrag · com o esta
: " đ on pode sugr. consiste E m um distïhhin m ato£com plexo que poaeĖ õesdatura oummgï denagãođosmovimentos 
¢ D eaıaform a, embora amaver v & ri m dishūrbios associa ? S fungã omw
, 
as lam ldades intelecbļ itas outras«ōes regdas pelo cérebro encontrm
.segūTtemwintactas
2 C aracterísticas gerais da paralisia cerebral
°
丸
每
一
鸣
。
A s num erosas form as de pc pQdem ser idas Q e?gsæ tos fiınc
e ıa B Bgra$agaļ D ea dgţ Q$os efeįtos funcionais, O S
ireqūenţeļ são a e s i i i t i i o s e s
]eetes, O C i ri levar e m Q ã g e T
veż esL um a criwapres a u h a ū i đ E 图 区 厅 a 0
com aiüpogiafiairpōifiipodeseīaarĒ ? aw©weį ' ı ,
digeËįa, triEte hemipegia.
A espR sticidade etorre com o cpnseqūência de um a lesão localizada no feixe
piram idar e consiste ëm um aum ento pronundadodo tö nus m uscular A s conkaçōes
m usä daresexcessivassâo de doistiŕos a)contraçõ e$ m usculares que ocorrem em
repouso ė b) contrações m usculares que aparecem ou são reforçadeis com o esforço
ou a emoçio, otı seja, quando a a iança se sw reende com um ruído repentino ou
um a am eaça, quando 1hë perguńtam algo dificil, etc O s m úsculos espásūcos
obedecem a m en or excitaqão, são M perirritáveis, havendo a im possibilidade de
colocar em ação, réiirõĉáńńėnte, a cöntraçâo dos m ūśculos envoıvidos em um
m ovim E nto (agonis tas) e no relaxam ento de outros (antagonistas), com o ocorre na
rea】lzação norm alde qua'quer m ovim ento, oque acarreta um areação
"
em blocď de
Įodo o corpo que interfere na execução da ação desejada P or exem pıo, se a crianqa
enta Ilexionar qualquer parte do corpol como um braç o, a s pernas, a coluna?
vertebıal, etc , nâo poderá fazë lo sem flexionar todo seu corpo E sta espasūcidade
flexora aparece tam bém , quando se coloca a cūança em decūbito ventralSe, ao
contráıio a cń ança tėnta estender um a parte do corpo, ocoıT e u m a extensão tam bém
m aciça A espasticidade extensora aparece tam bém i quando a criança encontra se
em decūbi to dorsalA atihıde postural caracterlstica da espasticidade é a seguinte
N os m em bros infeń ores, predom ina a extensão e a aduqão, n que im pıica que,
quando se m antém a criança levantada peıas axilas ouj cónform e o caso,
quando esta tenta cam inhar, ocorre um a atitude de m úsculos e joelhosem
extensão pés em ponta (equino) e peqas entrecruzadas, em tesoura
N os m em bros superiores, a M pertonia costum a m anifestar se nos ūexores, o
braço encontra se em rotação interna, o cotovelo seitnifleruonado, o antebraço
em pronaqāo, o pulso e os dedosUexlonados e o polegar unido à pa】m a da
m ão
A expressão facial e a articulaçaio encontram se, lam bém , aiteradas, fazendo
(om que a Ilnguagem oralcostum e aer dislirtrica e, às vezes, inexistente
A atetose ocorre com o coneequëncla de um a leaio localizada no feixe extrapi
ram ldal e con siste em um a dlficuıdade no controle e na coordenaçāo dos m ov
lm en
Scanned by CamScanner
D B sE N vO g P stcoLócıco E 
E D U c A ÇÃ0 , 3
į Ș 4
pode assem eı
harse à do espástico por outro 
lado, existeÑ ate
toses brandas
caracteŊizadas por um a M potonia difus
a
A ataxia é um a sindrom e cerebelar na qua
l o
a força, a distância e a direção dos m ovim entos, que 
coshım am ser 
lentos, torpes, e
desviando se com facilidade do objeūvo perseguido ocorreı tam
bém , um a falta 
de
estabilidade do bronco ao m over os bfaços, um a desoń entaç
ão espaciale um a
dificuldade para coordenar os m ovim m tos dos braços, paraassegurar o equilfbŊ
io
ao cam inhar, o que é feito De form a insegura, rigida e com q
uedas freqūentes A
ataxia, raram ente, ocolre isoladam ente, estando, norm alm en
te, associada à atetose
L em bre se que, em geral, as Form as m ais freqiıentes de P C s
ão as m istas
A rigidez consiste em um a hipertonia pronunciada, Tanto 
dos m ūsculos agoni
tas com o antagonistas, que pode im pedir co mpletam ente os m ov
im entos ocorre
um a resistência aos m ovim entos passivos O s Iremores consistem em m ov
iM entos
breves, ï ápidos, oscilantes e ritm icos, que podem ser cónstántes ou oiĵ rrer isolada
m ente na execuç ão de m ovim entos voluntários
Q uanto à opografia corporal, · \ rapıegia é o ċ om prometim ento d as du as
pernas a tetrapıegfä é o com prom etim ento dos m em bros supeńores e inferiores a
m onoplegËa é o com prom eti】m ento de u Įn a extrem idade a dipregia é um com prom ė
tim en to m ajor dos m em bros inferiores que dos superiores a hiplegia????
3 Ï atores3 .
A lesã o cerebraı que origina a P C pode obedecer a três grupos de cau sas as
prénatais, as perinatais e as pós natais
E ntre as causas prénatais destacam se
A s doeT s inlecciosas da m âe, com o a nıbéoıa, o saram po, a sffilis, o ı\ erpes,
a hepatite epidëm ica, etc , que dão origem a m alform aqöes cerebrais e de
outros tipos (oculares, auditivas, cardĺacas, etc) na crianqa, quando a m ãe
as contrai dw ante os trësprim eiros m esesde Rravidez(p¢riodo em brioná
rioìM esm o drante o perfodo fetal, se a m ãe contrai doenqas ou intoxica
qōes intrauteūnas e o feto não m orre, podem ocorrer seqūelas Én que
póde ocoiT er eın iloenças com a M eningite ou a toxoplasm ose, ou em
intoxicaçöesdevldo aoóxidode carbono, m edicam entos, raio Ķ m anobras
abortivas m al conıroladaa, etc A tualm ente, existem recursos para preve
nirem estas doençasl ou para evitar ou interrom per a 8ravidez emdeterm inadas circunst&nclas, sendo, por isso, im prescindlvei, que a m äe
subm eta se a um controlę ınédlco adequado antes e durante a Bravidez e
que siga rigorosam ente, os conselhos recebidos, evitando, por exem plo, a
autom edicaq&o N o caso da n ıbéola existe um a vacina segura e eficaz quedeve ser adm ınistrada a todas as m eninas antes da puberdade A eticicia
-
e idéias sobre prevençāo
a)
Scanned by CamScanner
sA « C oL Li JEsús PA L A cı8 s& A L V A R O M A Rđ tESI
da adm inistraçâo de gam a gıobulina ant
irubeóbca à m âe, quan
do · há
sintom as da doença não é de todo conv
incent 山 m as, m ç
sm o assim ,
aconselhável
A s anoxias sâo disbcırbios ila oxigenação 
fetal qe danificam o cérebro e
hipertensão, circulaqāo sa
ngūĺneade§cįente, incapacidade 
dos tecidos do
am inoácidos), etc , têm efeitos que se m
anifestam após o na
scim entol
consegue m etabolizar eì con
seqūentem ente, há um a
cūm uıo de substân
eias tóxicas que dinıiħcam o cérebro
Por este m otivo, a detecção p
recóce
vendo à criança um regim e alim entar adequado T o
dos os recém nasci
dos
devem , portanto, ser su
bm eńdos a testes ddetecção deste tipo 
de
disfurbios
d) A incompatibilidade, que ocorre eM cr
ianças R h positivas, nasc
idas de m ães
R hnegativas, previm ente, sens
ibilizadas, é, tam bém , um a 
da§ P ossíveis
causas da tesāo celebralA sensibi】izaçāo po
de oco)T er, quando ä me tev
e
outro tipo de contato com sangu
e rhpositivo, por exem p
lo, atraviį » de
um a transfusão os anticorpos da m ãe sens
ibilizada provocam a 
destrui
ção dos glóbulos verm elhos
D a crianga, OCOrre. D o, com o conseq
ūência
disto, um excesso de bilirT u
biná (icteriċ ia) que danifica as células cere
brais
Às vezes, a criança m olre antes de nascer, ilias, em outras, a 
icterĺ cią
desenvolve se. Rapidam ente, nos prim eiros q
uinze dias de vida e as
crianças que não m oırem são aleta
das E stes dislđ bios podem ser evita
' dosı injetando se na m ãe anticorpos 
de m ulheres previam ente sensibi
liza
das depois de cada gravidez R hpos
itiva, o que im pede a form ação 
de
anticorpos m ediante um a hans
fusão de troca m aciqa do sangue do feto ou
do bebê
Entre as causas perinatais, destaca se a anoxia ou a asjixia por obs
trução do
cordão um bilića] ou pela anestesia adm inistrada em quan
tidade ė xE essiva ou em
m om ento inoportuno, ou por um parto dem as
iada】nente prolongado, ou por um a
cesu iana secundária, etc; os traum atism os ocolT idos 
durań te o parto, às vezes, pela
utilizaç ão de fórceps as m udanças bnłscns de pressâo D ev
ido, por exem plo, a um a
cesariana A prem aturidade oh a JzipermatunTçiio podem tam
bém , em alģuns casos,
trazer com plicaçöes que levam a um dano cerebŕ a】
A s causas pásn atais, com o já foi dito, poderrı ocorrer, enquanto o sistem a
nervosa encontra se em desenvoıvim ento, A proxim adam ente durante os 
três P ń
m ekos anos de vida A s de m aior destaque são as inpcçôes, com o a m eningite ou a
encefalite, os lraumatismos na cabeça em acidentes graves, os acidentes ane
stésicos, as
desidrataçđ s, os distúrbios uasculares e as in toxfcnções, por exertiplo, com anidń do
carb 自心 co ou com venenos
0 conhecim ento dos fatores etiológlcos da P C perm ite nos, com o suger
im os,
um a série de m edidas preventivas que, de qualquer form a, devem ser exuem a
das
P or outro lado, perm iĮem nos deßnir as cń anças 
"
risco" Já vim os que alguns
distūrblos não se m anifesţam no infcio por isso, as crianças nascidas em condigðes
que levem à suspeita dti possĺvel existência de um risco devem ser subm etidas a um a
d
凯
Scanned by CamScanner
D E SU W O L V M I E N 70 PiiáöbXicďĖ EDtJÃqÃo, 3 2 57
N / ņ
vigiıância ex
trem a ou, até nnesino, a um a es
tim ulação precoce de caráter pr
even ūvo,
antes
4 N oções sobre o 
desęnvolvim ento em criangasco
m paralisia cerebra
l
4 2 D esenų oluim etttń da m ohpjciilade e a linguagem
A s crianças atingidas pelapc apresentam u
m asériedealterações n
a evolução
de seu desenvolvim ento psicológico, deriva
das de form a direta ou 
irıdireta de seu
dishĵ rbio neurom otor A m aior par te das ha
bilidades que um a cr
i' " a ı W i
de seu desenvolvim ento tem um com ponente m
otorD esta for m
possibilidade de realizar concretaņ ą į gs , 
óbvio, P ois,
que a pC alterará diretam ente o dese
nvolvim entądestàs habiıidades, de m a
neira
que, segundo a gravidade da lesão, a cr
ianças adąuirirá m ais tarde, ou 
de form a
anô m a]a o11 defeitu osa, podendo, até m esm o, n
ão adquirH as E m to
dos os casos,
necessitará de um a atenção especial porparte 
de pcofissionais especializa
dos P or
outro ladlo, i\s disfunções m otoras afetam to
dos os aspectos da vida 
do indiv ĺduo,
lim itam su as experiências ei portanto, suas p
ossibilidades de apender, aıterando a
form a com o as dem ais pessoas reıacionam se co
m eles A lém di ss 
ja N este sentido,
O l E do isto
¢ł
Scanned by CamScanner
258 W C oLL , Æ đ Æ Æ n E s t
fala, com oam asıigaçäo, adeglutiçāo, ocontroleda saliva ou arespiração N oentanto,
se não ocorrem outros problem as ıssociados, a com preensâÐ da ıinguagem pode
desenvolverse corretam ente E m algum as ocasiões, m enos freqūentes, a 
lesão
m otor da falap cm o as disfasias, dlstūrbios que, m esm o nāo estando T ela
donados a
déficits sensoriais (surdezl etc) ou cognlūvos, podem afetar tanto a expressāo co
m o
a com preensäo da ıinguagem Se a pC enconkase associada a outros 
distúrbios,
sensoriais ou intelectuais, o panóraına de dificuldades no desenvolvim ento 
da
ıinguagem da criança pode tornarse com plexfsslm o N estes casos, podem os 
encon
har desdedificuldades na aquisição đ linguagem próprias da sur
dez, até os
problem as na aprendizagem da linguagem devido a déficits cognitivos, p
assando
pela possivel presença de agnoslas auditivas que acarretam um com prom e
tim ento
do reconheclm eńto dos sons da ıin8uagem D e hıdo isto, podem os 
deduzir a
necessidade de ıevar a cabo um a expioração exaūstiva dos dishirbios no desenvo
l
vim ento da linguageın apresentāldos por todo aluno com pc , coM a fina
lidade de
chegar a um diagnósócocotT eto dos m esm os que nos perm ita s eıecionar a or
ientaçãq
educacional e terapëuıica apropriada a cat3acaso Para um a revisão m ais exaus
tiva
sobre os problem as da linguagem e da fala ną pC , pode se consultar os traba
lhos
de C hevrie M uller (1987) L Oełı (19761 Perelló (1977), P erel1á, P onces e T resserra
P uyu ◆ o 0 982), entre outros
ıitłteïıto cognitiuo
'
Q uanto ao desenvolvim ento cognitivo, é ditidl falar de caracteristicas especl
ficas dėriviidasdiretam ente da lesão cerebralG eralm ente, a m enos que existam
distiirbios associados com ò a deficiência m entalou outros, as anom alias ou atrasos
que podem ser observadoś são um a conseqūënda do déficit m otor que, com o já
dissem os, altera as possfveis experiências da d anqa, tanto em relação ao m undo
fisicocom o social ei além disso, pode aĺ etar seu senūdo de auto eficácia e, cpnseqiıen
tem ente, sua m otivagão edisposição para a aprendizagem N āo se deve esquecer, no
Etanto
, que, entre os alıınos atingidos pelapC , encontram osum aporcentager J e
crianças com deficiëncia m ental m als elevada que entre a populaç ã · 1ąo atingida
M as D aım au (1984), baseando se em estatisticas inglesas, afirm o iue, aproxim ada
m ente, 50% das ıxianças atingidas pela P C devem ser consideradas, tam bém , com o
delidentes m entais(Q l < 7 0 Segundo este m esm o autor, aproxim adam en te, 40 %
destascń ançasapresentam défici tssensiūvo s ? nsoriais associados, entre osquais são
de grande im portäncia os relativos à visão e audiçāo Este tipo de défici ts, se não são
detectados e ıratados a tem po, costum am produzir um atrasei escolar m esm o em
crianças sem compromeómento m otorj evidenternente, ligados a este, suas conseqüêndas sobre o desenvolvim ento cognitivo e o pr9gresso escolar serão ainda m ais
pronuncladoa Em geral, os disM rbios mūıtiplos que Įncluem com prom etim ento
m otor, um certo grau de deficiëncla m ental e algum dpo de déficit sensoń al podeminterferh, dram atıcunente, no desenvolvim ento cognitivo A s crianças com distūrbios múldplot, aem um tratam ento e auxoios peťıagógicos adequEidos, podem dar aim pressaode terem um adeficlênda m ent lprofunda, em bora este nāosëja seu casoA inda que na ausénda de dėRclts Inteiectuals ou sen8oriais associados, së\oevidentea as dificuldades que um * m otrlcldade m al controlada im põ e sobre odesenvolvim ento cognitivo e į aquıņıç&o doı m ecanism os culturais básicos A sexpeń ëndas seıuörıo m ptoras deitaņ crianças sao m ulto ıim ltndas e, de qualquer
Scanned by CamScanner
D ósE N voLvıM eN ro P srcoLóq!ç Q EEDqçò$AOæ 2 5 9
desenvolvim entodainteligëncialpor outrolado, as alterações īı1otoras interferem pa
bio cuitural, para a inteiatīão edtiva e para as práticas insbuciona
is com o) Pò ·
si£liiócar, " " itos casos, que, sem os auxi
lios pedagógic" d, q
Ĺ. - si
e auxilios técnicos para a com u nicação aum entativa e a
iternativa, aos quais farem os
referêĥ cia m ais adiante, constituem , A tualm ente, um rectırso fundam enta
l para
possibilitar a com unicação préıingūfstica e 
lingüfstica destes alqnos e para propor
cionarlhes um a form a alternativa de m anipulagão do m eio, de acesso ao 
currfculo
escolar e de ocupaçāo do tem po livre Estes sistem as e 
técnicas, som ados aos recursos
m etodológicos terapêuticos e educaciona
is apropriados, podėm gprantir um
desenvolvimentt cognitivo concre to nestas crianças e um a boa a
daptaqāo e rendi
m ento escolar para isto, será necessáūò, tahbém , um a m udança de atihıdes e um a
fonnação adequada das pessoas que interagirāo com a 
criança nos conçextos
educacionais, tanto terapeutas e professores com o 
fam iliares e colegas
4 & Interação social
A lém das dificuldades causadas pelodéficitm otor na exploração, m anipulaqą o
e controıe do m undo ffsico, este déficit acarreta, igualm ente, um a interação anðm a
la
com o m undo socialA m otricidade reduzida ou pouco controlada determ iná u m a
interação alterada com as pessoas, porque a crim qa não consegue produz
ir m uitos
do8 gestos aos quais o ıneio social confere, tlesde o in
fcio e ao 】ongo do desenvoıvi
m ento cogniūvo, um valor com unicativo D esta 
form a, a cTianqa encontra diócuıda
dp em produzir m udanças con« ngentes no com portam en
to de ouira» F eblĻ = l ny
senddo de gańhar ou m anter sua atenqäo, obter efei tosso
bre o m elo atravës da
m edlaçao doa dem ais, transm ıtir e brocar inform aqöes e a
tetos, etc O dëficit
com unlcadvo traz consigo Um itaqões tanto para o desenvo
lvim ento cognkvo da
com ojácom entam os em ouhos artigos (B aell, 1985, 1988a eb), afaltade controle que
a cđançacom pC tem sobre os objetos, os aconteclm cntos e as pessoas do m eıo pode
representar, além de m enores oportunıdades para a apr
endlz\gem , um a aprendi
za8em at【va sem slncronla entre euas reópostas e as conseqūencıas B obre o am b
iente
Scanned by CamScanner
260 C Ĥ sA R C ai
m p . 
4 ' q ëpėrcepção de eficcia pode afėtar tantď a criaŢËa com o as pessoas que a cercam ,
as quais podem ter aprendido que seus 
es são
, ipiteis para conseguirem um a
interaçâo apropriada com a crianç a com problemģ-otap. A influência hum ana,
tam béńisegundo B andura, seja ela individual ou coleńva, de form a r
ecfproca
e näo unidirecional, de fonila que os obstáculos internos, criad \ or percepç
ões de
in$da coletiva, são m ais desm oralizän tes e cbndutualm ente autðilng?uitan
tes que
 o s emp ecilhos externos.
lß?
Por outro lado, se a criança enfrenta, com freqūência, situaç
õ es que não
consegue resolver, sua disposição para a aprendizagem de estra
tégias cognitivas
pode ser afetada O
'B rien (1967) realizou uITL expeń m ento com crianças sobre a
disposição para a aprendizagem de estratégias cognitivas, após terem s
ido subm e
tidas a um a situaqāo de falta de controle consistente na exposiç ão a problem as
inso1ūveis C om este experim en to, dem onstrou que as crianças subm etidas à
experiência de problem as insolūveis tardavam m ais a aprender, poster
iorm en te, as
estratégias cognitivas que perm iūam a solução de diversos problem as que lhes eram
apresentados O au tor concluiu que a aqtrisiçâo de estratégias cognitivas de ordem
supeń or necessária, por exem plo, para o êxito escolar, pode ser seriam ente atrasada
peia aprendizagem de que as respostas não levam à soluçâo o que pode ser
considerado um a form a de desam paro aprendido B aseando se nisto, Seligm an
(1975) afirm a que a inteligência não poderá m anifestar ser se a criança acreditar que
suas açōes não teriam efeito e que, portanto, o rendim ento escolar e o Q I podem
dim inuir devido ao desam paro aprendido
Q uanto ås conseqüências em ocionais, os teóricos do desam paro aprendido
consideram que a em oção que acom panha este estado é a depressão (S eligm an ,
1975) Evidenciou se, no entanto, que, nos hom ens, as conseqūências em ocionais da
experiência de incontrolabilidade m ostram grandes diferenças individuais que
dependem , fundam entalm ehte, do tipo de atribuiqōes que o individuo faga a
respeito da fa】 ta de controle que experim enta (A bram sqn, G arber e Seligm an, 1980)
Seja com o for, ċ om o norm a geral cabe assinalar que o que produz autestima e
ir sensaçáode com petência e protege contra a depressão não é som ente a quálidade
absoluta da experiência, senão a percepção de que são As açö es de si m esm o que
controlam esta experiência (Se]iM an, 1975)
O anteriorm ente exposto evidencia a necessidade de im plem entar m edidas
orientadaaa conseguireın que as criainqas com pC percebani os pröpri os êxitos com o
resultado de sua habiıidadė e com petência, e näo da benevolëncia dos dem a is P ara
ióto, será preciso ássessorar as pessoas do m eio, para que dim inuam sua tendência
àsuperproteqão e aprendam a exigi, da crianqa os nfvuis de dem anda que se adaptem
【v JESús P A LA C IO S & A L V A R O M AR C H ESt
Scanned by CamScanner
Ľ & eióLvıENTo PstcoLócico E E oucA qĂo, 3 2 61
a suas habilidades reais e a suas potencialidades de apren
dizagem T am bém será
necessário convencer as pessoas signilicańvas do m eio de que a criança 
é realm ente
capaz de respon
der a seus pedidos e que elas M esm as contam com os recursos
apropriados, para cons
eguirem um intercâm bio com unicativo eficaz com a crianqa
afetada E m sum a, nosso trabaıho terapêu« co e educativo 
deve potenciaıizar, ao
m áxirnoı as expectativas de m elhora, tanto na criança com
o nas pessoas que
interagem h'bjŅ ente com ela
5 A lguns aspectos sobre a educação do aluno com paral
isia cerebral
夕
5 ı (
Jii que a ľ L m qlui quadros tão diversos, torna se eviden
te que estes alu nos,
além de com partilharem as necessidades educacionais de todas as 
dem ais crianças,
podem apresentar um a s rie de necessidades ę du cacionais espec
iais A ssim , ĺalar da
educação do aluno com P C é tão am plo quanto falar de educaqāo
P O r este m otivoı
no presenbe segm ento, lim itar no* em oś a hatar de alguns dos aspec
tos psicopeda
gógicos que nos parecem m ais especfficos, sem nenhum a pretensāo 
de exau stivida
de R esum irem os algum as éc i ase m e od logas ducacion is, co m o firrı C【e tornźi
las conhecidas e, sobretudo, de dar algum as referências bibliográficas qu
e perm itä m
ao leitor interessado adquirir um conhecim ento m ais am plo das m eşm as
C om o idéias gerais, cabe destacar que educação do aıuno com P C er
á qæ
ser senum trabalho de equipeŁ emgueestreitç iio
com outrosficmais, entre osquais quase sem w e encontrafem os orapeu
ia e ų foņ oatıdiólggo E reqūentem ente fará tam bém parte da equipe o terapeuta
o. u Eą?imicó】ogo e o . édico r,XtadoreoutrosessI s 
quando se bata de alunos com P C , será, ainda, m ais n ecessáń o que em outros casos
que o trabalho psicopedagógico seja realizado em estreita colaboraçao com os pais
e ou kas pessoas chegadas à criança
T am bém , devem os considerar que, hoje em dia, encontram os alguns alu nos
com pC integrados em cenhos educacionais regulares (veja E C O M , 19 8 4 T oledo,
19 84), e outros em centrosde educaçāoespecial, sejam ou nãoespecfficospar a alu ńos
com dishĵ rbios m otores A nosso ver, os centros de ensino regular deveriam estar
equipados para atenderem as necessidades educacionais especiais đos alu n os com
pC e, neste caso, freqūentar um a escoıaregulai apresen ta vantagens de toda ordem
para estes alunos e, tam bém , para seus colegas N o entanto, se a escoıa regular nilo
puder garantir ao aıuno com P C a atençio especial que sem dúvida necessita,
freqūentar um bom centro especializado pode ser um a solução m elhor
U m a ūltim a consideração sobre o enfoque educacional em relaçāo ao aluno
com pc refere se à necessidade de nāo perder de vista que o OiÐEvo ūlŁim
u ? Dmaiamįīgdesenvol eJ ao
a u u リ veimento
i8 inţensg a ģ e feiiz P
Freqūentėifientē, as necessidades especiais destes alunos fazēm nos perdtm vista
este objetlyo global, levando nos a aobrecaıregillos com sessões e tratam en tos
especf ficos P uyueloesanz (1983) falam a respeito de um a certa " sfndrom e de sLıper
hom em ' , devido ao fato de se obrigar estas crianças a um esforço exagerado, para
que sulterem suas dificuldades Se8undo estee autores, é freqüente enconh ar
crianças Inclpslve m uito pequenas, com um a agencia tāo carregada de sessõ es de
fonoaur ulogia, fisioterapia, terapia ocupacional, etc Que m al tëm tem po de brincar,
: onsideraçô es gerais
Scanned by CamScanner
Z 64 . ÇĤ iAn C oL L , P Amctos & A Lym o M A R C tIFSI I ¢
sair ou m esmo descansaf ou crianças cujos jogos são todos 
" didáticos
"
, 
não
 p ossuindo brinquedos ma is simp ıes e lūdicos. m bom trab
alho de equipe, errr
que?
os diveŕsos prolissionais envoıvidoą com entem e discutam s
eus objetivos e planos,
pode ajudar a superar up ėnfoque fragm entilrio, para obter o 
equiilbń o necessi
irio
A spectos m ais glo
bais de independëncia, integração e vida social
ĥ
a
do terapeuta ou educador para seıedonár e combinaf em ca
da caso, os procedim e
n
tos m ais adequados A ssim , parecenos li til resum ir duas técnicas 
forīoaudioıógicas,
äs de T ardieu e as de B obath 3, que foram desenvolvidas, especiftcar
inente, P ara a
reabilitação da fala de crianças com pc (para m aiores inrmações sobre estİ s
técnicas, podese consultar a niopografia de B ustos, 1980)
Em resum o, a tfcnicßdeM rdieu consisteem isolarum a sériedfacor es e ana
lisar
separadam ente seu nfvel de a! teração, para reeducálos posieriołm en
te A análise
das alteraçöes é efetuada mediante certas
- folhas de ę xam e de fonoaudiólogo
"
(T ardieu e C hevrie, 1978) m uito com pletas, que inciuem os seguintes cap
ftulos : 1)
eshıdo respiratório clínico, 2) exam e dosrgāos respiratórios, 3i estudo das ativi
da
des funcionais das possibilidades bucais, 4i estudo fonético, 5i exam e fonético, 6)
com preensão fonéńca, 7) expressão da linguagem , 8) com preensāo da linguaem, 
91
exm e da inteligência e 10) com unicaçâo com o m undo extu ior
A reeducaçāo dos diversos fatores dividese em trąs segm entos diferenciados
(T ardieu Çhevrie, 1979) : 1) a reeducaçio dos dishirbios m otores da fala ligados à
lesão cerebral, que inclui o relm am ento global, a reeducaç ão da respiraqāo e a
terapêuticada vozr dosm ovim entosbucoarticuıatórios, da deglutição, da m ast
igação
e D a baba 2) a reeducação fonoaudiológica especializada, que inclui a educaçāo da
expressão e da com preensão fonética, e 3) a reeducaqãoDo vocábulo e da sem ântica,
que inclui o desenvolvim ento da com preensão e da expressão da linguagem
A técnica de Tardieu é, pois, um a técnica fundam entalm ente analftica, em bora
inclua, com o uri\ dos procedim entos, o relaxam ento global, que deve ser m antido ao
longo das sessöes em que se trabaıham outrD s fatores Segundo este autor, durante
os ês ou quatro prim eiros anos de vida, são os pais, com um assessoram enŁo geral
do fonoaudiólogo, que devem favorecer o desenvolvim ento da linguagem na
criança A té os quaıTo anosı o fonoaudiólogo deve reeducČ diretimente os distťir
bios da linguagem e da fala da criança
0 método Bob,alh (B obath e K ong, 1976 Cıiiĥ a y, 1977 M u]ıer, 1979) baseia se
na idéia de que, para que a criança efetue os m ovim entos adequados, por exem plo
faıar, é necessário norm alizar seu tônus musar, prim eiro de form a passiva,
m ediante certas técnicas especiais de m anipulaçðes eposturas inibldoras de reflexos,
paraque, m ala adiante, a crianqaseia capazdeinibir, por sim esm a, aativldadereflexa
anorm al A etapa seguınte do tratam ento consiste em facilitar os m ovim entos
norm ais automáticos de todo o corpo (reaçòes fundam entalm ente de endireitam en
to e equil[bń o) O lonoiıudiólo8o, para reeducar a fala e a ıinguagem da criança com
P C
, 
deve ser capaz de fazë Ia controlar estas posiqðes e m ovim entos globais que
envolvem a cabeça, o pėscoço e as «turas eacapular e pėlvica, m om entos antes e
durante assessöea de tŕabalho Sem este requisito, considera se que a terapia serdl
A fonoaudiotogia
l\
Scanned by CamScanner
【\E 5E N V 0 L V IM I
= '
ĥ
pń am ente dita é rea) izada através de
'"YX,babaparaaalimentaçäo c om m am adeira, com colherepáraabebidaş
, 
" ă i Ł ã : a$
re. D . . D o 
v O C « da ö em äntica, que 
inclui tantu . = ×D ı. s tie qn R ntn .
cO mP X ı H ° m e nt al m e nt e, global, ou seja, nela, dáse m uita
im p°rtância à
interrelaçäoentre os diversos asp
ectos incluidos notratam ento, entre
a obdcidade global e a especifica, entre a 
alim entaqão e a locução, etc A lém dissoł
propõe que o tra
tam ento direto dos dishħrbios da linguag
em e da h]a na criança, por
recom enda se um assessoram en
to aos pais qtıe tem caracterfsńcas m
ais especificas
e sistem áticasQue o proposto por T ar
dieu
O s sistem as aum enEatiu ş e atternatiuos par
a a com tm icaçćio e 0 acesso
ao ctłrrictłıo escolar
O sśistem as atıınentativose aıtem ativosde com unicação s
āo todos os recursos,
naturais ou desenvolvidos com finalidades educativas e 
terapêuticas, que erwolvem
m ecanism os de e)cpressão diferentes da paıavra art
iculada E m alguns casos, as
m ensagens são transm itidas em form a de fala, rne
diante m ecanism lars de voz
sintetizada, m as quase sem pre consisteiń em gestòs ou sim bo
los gráficosı sejam
pictogram as ou textos O s sistem as assistidos ou
"
com ajuda" , nos quais a expressāo
é reaiizada abravés de um auxílio técnico ou prótese, são os m ais freqūentem ente
aplicados a pessoas com problem as m otores, já que estas pessoas costum am ter
dffictıldades em prodıızirem gestos m anuais O sistem a de com unicaçāo aum enta
tiva escolhido para cada pessoa caracteriza se por dois elem entos principais : 1) o
conjunto de sūnbolos ou form as de representar a realidade e as regras form acionais
e com binatórias, que perm item organizálos, para que possam constituir um sistem a
expressivo e 2) o m ecanism o fisico, auxilio técnico ou form a de transm itir as
m ensagens
G rande parte do trabalho interdisciplinar, neste cam po, tem consistido, exata
m ente, em desenvolver um a am pla gam a de sistem as de sím bolos que se adaptam
a pessoas com diferentes nlveis de desenvolvim ento cognitivo (de acordo com a
idade elou nfvel intelech】al) e um a grande variedade de técnicas e insm ım enlos,
para selecionar e transm itir estes sím bolos, que se adaptam aos diversos grau
s de
com prom etiqento m otx
N os m anuais de B asil e Puig de la B ellacasa (ı988), B asil e R uiz (198
5),
Bıackstone (1986), M usselw ite e Saint Louis (19 82) e Silverm an (1960), Podem se
encontrar deicrlqðes detalhadas dos diversos sistem as de sfm bolos existentes P ara
resum ir sua variedade, dlsdngulrem os cinco grandes gnıpos
e*« o P stcotócıco E EbucAÇÅo, 3 2 63
estreito trabalho de equipe entre o
Scanned by CamScanner
264 C ? SA R C oLLıE sg P A ı
Å C ıO S 6 ¢ A L V A Ł{L J ıvınH L m mir'
O s am nios técnicoslpor sua vez, podem ser m ui to sim ples, com o os tabuleiros
de com unicação ou os sinalizadores m ecânicos (tigs 1 e 2), ou m ais com plexos,
induindor, algurıs deles, tecnologia m lcraeletrðnica iver Blackstone, 1 986 Puig de la
B e]lacasa e Lópezi 1981 P ul吕 «le ]a B e]lacasa e Sánchez de M uniäfn, 1988 Silverm an,
1980)Paraquefacilltem , realm ente, a autonom ia pessoal, os auxflios técnicosdevem
possuir trës caracterlsń cas pń ncipais
1 E m pń m eiro lugar, a resposta m otora necessária para o m iınejo do auxūio
técni«Ĵo deve adaptar se às possibilidades do u suário E m aıguns casos, este
poderá selecionar as m ensagens apertando teclas ou indicdndo casas com
° ėim oūtioś ćásòs, řiaŕ ä que 0 alLino iiĺitoátińgido possá riianipular o auxĺıio
técnico. a resposta requeńda terá que ser m fnim a P ode tratar se da agêio
(pressão ou contato) sobre tım com utador spes através de um , dois ou
poucos m ovlm entós realizados com a parte do corpo que o usuário consiga
conuolar m elhor) seja um a m āo, cotovelo, cabega, pé, etc E xistem tam bém
com utadores que respondem á um assoproi um som , um franzim ento de
sobrancelhas, a rotaglo do globo ocuıar, etc A ftıalm ente, por m ais com pm
m etida que sb encontre a m otricidade de um a pessoa, seinpre será possiveıen ◆ ntrar um aiıxūio técnico que possa adaptaF se a sua condiçāo e com o
qual \ a produzir (ou dependendo do caso aprFnder a produzir), se tivercapacidade suficiente, qualquer tipo de texto ou desenvolver outras atividades com o a am pıa variedade possibilitada pelò stıutare da inform ática ? 吕 3) Evidentem ente, quando o acesso äo auxoio técnico realiza se através decomıłtadores sim ples, os sfmbolos devem sef selecionados por um sistem ad e busca o u abavéa de um código, Fom o oM orw ou outros s 中 com o for,o c o m pm elim entom otor não conacionanem devecondlclonar a com pte xldade das tarefas que o aluno posaa realizar abiavéa de um aux@o técnico ı E m s e g u do lugaf, į s auxoios técnic sdevem perīnldr dive s s opções deaa[da, para que possam tornar m alș fócil a com unicaçāo, o Jogol o es tudo, ocontroledo m eio ou, atë M esm or a form açao e ocupaç&o prońssioïial àpessoa
de um auxnlo ıécitlco em lugar de um ťinlco m uito com plexo N os ins
tru
M eritos ilgo sofisllcados, O s stm bolos ou textos podem ser m os trados 
na tela,P & Peı im presso ou voz sinıetizada A lém dısso, pode se uŁillzar, 
nelesl
Scanned by CamScanner
D E SE N V O L V IM EN TO PsıcoLócïco E E oucAqAc , 3 265
Figura i T abuleiro de cĴ m !lnicaęão, erıl que a criança in
dica piclograrılas dc s\siFT,. E r' C (M ayer
J ohnson, 19 8 ) ; lara com bricarse (C entro N A D IS de B arcetona)
Ħmra 2 S inaıızador m ocūnict) , em lorı nŁ\ du cabeç tıl com Iıcorn
o, labricado par 
A N A T M I (I spa
ra), que a criarııłi\ utiliza paıı rlesunvolver um a tarofa de discr
im in \çiin d , r\tr , ï wa
(ċ entro N A N I fi lļ : ırcolonłı)
Scanned by CamScanner
266 - C ? SA R P A LA C IO S & A W A R O M A R C H E S!
嘩
奂
、
次
ば
一
=
じ
ıx»derá utilizáIO certam ente, W ¢ coin asM esm as fınalidades que
į §B £Ħ ż ï
m o ores gls. o ll, 0 técnico Iraruform a e em suA voz, em suA form ade reanzar, prádcam ente, todas as aıividades de relação. E studo, trabaıho elazer U m requisıto Iınprescindfvel para quė hm auxflio eletrö nico sejaportátil é que funeiane com baterias recu regáveis por outro lado, deve selevar em consideraçāo que į tecnologia falha de vez em quandd portanto,qualquer pessoa que utilize um į isteıria eıetrðniċ o deve dispof ao m esm otem po, de um atudulo técnico básico, com o um tabuleiro de com unicação,para que näo fique sem nenhum heio de expressão, quando sua próteseeletrônica esuagar
coruidere que existeum m inim o potencial para o fuhiró desenvolvim ento total ouParcial da linguagem oral funcionalTambm devem os levar em consideração queos aıÐdıios técnicos proporcionam um m ecanism o fisico que perm ite a com unicaçāo,m as nıo provêem , autom aticam ente, a pessoa das habuidades com unicativas elingoiıticas necessárias à interação Por isso a aplicação de u sistem a aum entativode com iınicação deve ser sem pre acom panhada das tėcnicas de ensino apropriadase de m edidas especfficas de intervenqão sobre o m eio nahıraı dos usuarios
5
. 4 0 Jogo Intensiuo e a com iłłıicaçiio totaı
T · ntb o desenvolvim ento da linguagem oral quanto a aquısıqao de quaiquersiaıeimiı aum entativo de com unicação, atć m esm o dos m aıa ıım ples, r« luer odeaenvolvim ento préviodepertas habiıldadep, que aıguns autoıei eltuam no esM gloV dö desenvolvim ento lenaöń o m otor (C hapm an e M iller, 1980) N este est*glo, acriariçı desenvoiveu a reıaçño entre m eioa e «na em um grau que nos perm ite falarde \nleń cionalidadena aqıo e na ċ om unicaqıo
Scanned by CamScanner
!
F ıgura 3 D uas cenas do m anejo de um com putador pessoal através đo comuta
dores sım pıes,
com soit w are desenvoıvıdo para tnrafas escolares de leitura, escrita e cálculo (C entro
N A D IS dl B arceıona)
Scanned by CamScanner
16 8 C ës\« C oLL , sús P A L A C Ios & A L V A R C> Ì ŲcnEst
F igura l ıtì, jiador giraldrio, fabricado por Q E D (G ra B retanha), acionável por com it[adores
sirrıples, que a criança utiıiza er n um a tareFa de cálculo (C entro L ' E spiga de viıafranca
deı P enedés)
Scanned by CamScanner
D ESE N V O LV IĻ«E M O PstcaLóıco E oucAqko, 3 269
F igura 6 com unicador com cem ca
sas, fabricado por E G EsA (E spanha), 
em fsrm a de m aleta de
fácil transporte, que funciona com bater
ia recarregável e que a c ianç a uıilıza, P ar
a
com unicarse, indicando sfm bolos atrav
ös de um procedim ento de busca com com
uta
dores sim ples (C entro L 
· E spiga de V iıafranca del P enedés)
A lguns alunos com 
P C e com u m a deficiência m ental pro fu nda associada el
ou dishinbios m últiplos consi
deráveis podem apresentar graves dificuldades para
desenvolverem a intencionalida
de Já se com entou a u tilidade de alguns auxūios
técnicos para a com unicação, especialmente program a
dos com esse ĥ m , para facilitar
o controle do m eio nestas cr
ian ças e, conseqiìentem ente, a possibilidade de que
aprendam relaçōes 
de contingência entre suas aqōes e d eterm inadas conseqūências
sobre o m eio, o que é um requ
isito indispensável para o desenvolvim ento dà
intençãö de ação E s tes aux
ūios técnicos produzem resultados concretos e gra tifican
tes para respostas m u
ito sim ples da criança, com o pressionar urn com utador,
resuitados que costum am com istir em m ūsica, cores e desenhos sobre tım a tela ou
o m ovim ento de um bń nquedo (bem , caıï inho, boneca, elc) A lém disso, existem
técnicas especificas para o desenvolvim ento da Intencionaliclade 
comcativa
deatas cT ianqas, com o os program A s de jogo intensivo e os procedim entos de
coınunicação total
B radke, K irpatnıck e R osenblatt (19 7 2) sugeriram a necessid ade de m progia
m a, para a aquislçlio de 
"
com unicaqäo afetiva social positiva em crianças que
carecem por com pleto de gestos que poasam ser Interpretados com o sinais com uıli
cativos, e denom inaram seu sistem a deTogo intm siuo P osteriorrnent , foram desen
volvidos progr am as sem elhan tes que diferem , cn\ parte se estão orientados a
cri. N ças Q ue, em bora rüm palrdlhem um déficit de com unicação rnuito ænve,
allresentem :iferenças m oubns a3pectos, com o sell rıfvel de tlesen vnıv : 
Scanned by CamScanner
@ ? & LA cIos & A w Ąno M A let
psicom otoĻ seu porte e força ftslca, a presenqa ou ausência de dëticits sensoriais, etc
(KenL 1983 Stilm anl A ylm er e V andlvorĻ 19 83) E m todos os casos, pretende se
obter um a m elhor aceitação por parte da criança do contato, das carfdas e do jogo
alico er apardr
'
daĻpropiciar aprodiigaode gestos antecipatários e, eventualm ente,
de sinais com m icativos A técnica btslca consiste em envolver a M ança em rotinas
pıolongadas de Jogo ftslco,, m ais rdaxante ou estim ulanteł conform e o caro m as
iem pre organizado em sltuaçðes e seqūëncias de advidade bastante D este
inodo, a crlançı poder* facilm en*e, aaslm que tiver se familial 如 radol antecipar as
contingënclasdeaçaom partilhada Estefogoérëpetldo atéquese consiga um aboa
ıceılaç&o e as atividades passem a ser Bratißcanteı? ara a ctianga A parllr daĻ o
adultocom eça a Inboduzkpausas nojogo interuivo para facilitarA æ oirenda de
gestosanteclpatóń oi, aos qm o adulto responderádeform a apropriadae slstem á
llca, deixando- sew ıar pela crianga Com isto, pode conóeguiique estesgestos sejammaįıeqtıentes e alstemáıicoe e corwerlm se, evėnhia!niente, em sinais com 1ınica
«VO$Amedldaqueseobtémpogressosnojogo intensYv&iimieça se aenvoıveros
pals o iResï or bem cgm oa estendergsisteıņ a a tras egĮ de suas peri?nciasCOm\団hacõiiiăäiiëi,marbm ià, vestirL sel citE3 : '" r
S C hae M uail e K olinzas (1980)recom endam :hgdimento de m oldaralM gestojs adquhido pela ciiança, para converfelóliim ainaı m anual m ais
conyendonal, com o ponto de partida de seu program a de C om ıłnica Ń total (ver
tam bém TämaiĻ 1988) Este progţ am a sugere a necessidade de dar um a m aior
enfase aos aspecios expressivos da com unicação que aos aspectos com preensiv ,
com o m étodo Inicial o tıaw nen 応 de crianças com probiem as de com unicação
m uito graves Tam bém recom endm m oldar os prim eiros sinais, ao invķ de apoiar
se, excessivam entei na lm itaqão, para facilitar a espontaneidade e a aprendizagem da funqão propriam ente com unicativa dos sinais adquiridos C om este program a,
pıetendese ensin ar diversas fungöes com unicaūvas, de com plexidade??
vocal convencionaı, b»passar quandopossfveı, do sinal nāo vm al ao sinalnâcvocal
m aïs palavra e c) passar do sinal não vocal mais palavras à palavra isolada A o longo
deiodo o processol o edūcador dirige se sem pre à criança, falando e fazendo sinaissiuıtaneamente
A titulo ile conchısão
O educador de um aluno com P C deve considerar que tem diante de si,
sobretudo, u m aluno que deve ajudar, com o a todos os dem ais, a aproveitaķ , ao
máxim o, suas potencialidades de desenvolvim ento) para vivër um a vida o m ais
independente, intensa e feliz possfvelA s necessidades especiais destes alu nos
devem ser vistas m ais com o um desafio do que com um obstáculo C om o um
esM mulo para aproveitar todas as opórhınidades 4e form açāò perm anente, para
anallaar cuidadosam ente e m eıhorar, dia a dia, as estratégias de interaqão educa liva
utūizadas e para relledr, perm anentennente, s«»bre a pertinência dos objetivos
propostos e dos m eios escolhidos para alcarıçálos Sem dūvida, eıta necessidade de
auıo analise das própıias práticas þslcopedagógicas, im posta pela educaçıo de um a
cxiança com P C . A judará o professor a converterse em um bom professor, nâo
som ente para este aluno, aen&o paia todos os dem ais E isto ë um a constante que se
observa em m uitos outros &m bi tos P or exem plo, onde as barreiras m quitebem icas
foram auprim idas, ë freqńente observar as V antagens näo som ente para os deficicn
tei, m as tam bém para o público em geralA ssim , é com uln observar com o as ram pas
Scanned by CamScanner
\ 
) Ĵ
= ı
1 D 萌釦·一 di二心 ab一 are囂试旧。气罜 p一 alisla\ 鲫 P C ;
A o se avaliar quer esta 自如 reiıäinada a es ie' devie. ońsnerar que norma lme nte é?
m uito dificil m edlrcom extaūd&oonfvelhtele c Łualdė \ ï c, deH doassuas dificuldades
em utilizar a M alorla dos insenboı ŕ adroadoı »dlenies, 
3 A s m etcdo]oËh de Tardleue Boba\h tam bém lncıuelń iideEBıotera, ' " ora não nosrefiłĮ Łmos a elas neste capfhdo
国
J W 
" , 
Ė .i'

Continue navegando