Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TEORIA DA LITERATURA III Tipo de Avaliação: AV Professor: SERGIO CARVALHO DE ASSUNCAO Turma: 9001/AA Nota da Prova: 5,5 Nota de Partic.: 2 Av. Parcial 2 Data: 28/08/2017 11:23:47 1a Questão (Ref.: 201605704495) Pontos: 0,5 / 1,0 Examine o conceito de inconsciente na perspectiva do estruturalismo em sua relação com a regra da proibição universal do incesto, tal como caracterizada por Lévi-Strauss em As Estruturas Elementares do Parentesco. Resposta: O inconsciente recebe informações do consciente, que é diretamente influenciado pela sociedade em que vive e pelos estímulos recebidos de seu grupo social. Tendo em vista os princípios estudados por Marcuse, o princípio de Eros - que se baseava nos desejos - e no princípio da Civilização - que se baseava nas limitações impostas a estes desejos pela sociedade, a ideia do incesto foi tornada como algo proibido. Gabarito: Claude Lévi-Strauss alcançou a dimensão do inconsciente subjacente à ordem social ao empreender a análise da proibição universal do incesto em As Estruturas Elementares do Parentesco. Desta feita, o inconsciente social é constituído pela lei da proibição do incesto que instaura a ordem simbólica - a cultura -. Esta lei, que atua a partir do inconsciente, comanda todas as trocas simbólicas realizadas na sociedade, de tal forma que a vida do homem, tanto em relação com o plano coletivo, quanto em relação com o seu próprio íntimo, é inteiramente regida por ela. 2a Questão (Ref.: 201605153462) Pontos: 1,0 / 1,0 Leia com atenção o texto que segue: Hoje em dia, podemos afirmar que temos um pensamento crítico sistemático e consolidado no Brasil. Guardadas as proporções, o papel de nossos primeiros mestres (Sílvio Romero, José Veríssimo, Araripe Júnior e demais críticos que se seguiram) foi decisivo para a formação de um cânone crítico notadamente brasileiro. Tal pensamento se firmou com a publicação da Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido: essa obra crítica viria a ser o divisor de águas de nossa ainda frágil, porém empenhada, crítica literária brasileira. Por um lado, teríamos uma crítica ao rés- do-chão, que procura desvendar no localismo as frinchas mais atávicas do universalismo, empreendida por Roberto Schwarz; por outro, uma crítica que exige não só o reconhecimento de nosso debilitado contexto intelectual, como também a sua superação por meio de uma tradição teórica tornada visível a olho nu, empreendida por Luiz Costa Lima. Assim, partindo do mesmo punhado de cera e de correntes (nossa tradição crítica), Schwarz e Costa Lima navegam em direção às sereias (obra literária), esquadrinhando, com seus meiozinhos particulares, a história da crítica literária brasileira. (Sebastião Cardoso Menezes.. Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) O texto acima revela que a crítica brasileira nem sempre recebeu reconhecimento. Retire dois trechos que comprovam essa afirmação.. Resposta: "(...) o papel de nossos primeiros mestres (...) foi decisivo para a formação de um cânone crítico notadamente brasileiro. Tal pensamento se firmou com a publicação da Formação da Literatura Brasileira (...) essa obra crítica viria a ser o divisor de águas de nossa ainda frágil, porém empenhada, crítica literária brasileira." "(...) por outro, uma crítica que exige não só o reconhecimento de nosso debilitado contexto intelectual, como também a sua superação por meio de uma tradição teórica tornada visível a olho nu (...)." Gabarito: 1.Tal pensamento se firmou com a publicação da Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido: essa obra crítica viria a ser o divisor de águas de nossa ainda frágil, porém empenhada, crítica literária brasileira; 2.por outro, uma crítica que exige não só o reconhecimento de nosso debilitado contexto intelectual, como também a sua superação por meio de uma tradição teórica tornada visível a olho nu, empreendida por Luiz Costa Lima. 3a Questão (Ref.: 201605648270) Pontos: 0,0 / 1,0 Ao estabelecer a linguística como base científica para os estudos literários e considerando que a linguística é a ciência que estuda os fatos da linguagem por excelência, o objeto literário passa a ser formalizado segundo a própria linguagem, ou seja, concebido como: Uma forma de recepção, histórica e social. Uma estética, formal e social. Um método estrutural, histórico e político. Uma organização linguística, estrutural e política. Um sistema fechado, metodológico e formal. 4a Questão (Ref.: 201605648347) Pontos: 1,0 / 1,0 "Língua e escrita são dois sistemas distintos de signos; a única razão de ser do segundo é representar o primeiro; o objeto linguístico não se define pela combinação da palavra escrita e da palavra falada; esta última, por si só, constitui tal objeto. Mas a palavra escrita se mistura tão intimamente com a palavra falada, da qual é a imagem, que acaba por usurpar-lhe o papel principal; terminamos por dar mais importância à representação do signo vocal do que ao próprio signo. É como se acreditássemos que, para conhecer uma pessoa, melhor fosse contemplar-lhe a fotografia do que o rosto." (SAUSSURE, 2002, p. 34) Embora a língua e a escrita constituam dois sistemas distintos de signos, segundo Saussure, a escrita só tem sentido devido à língua. E esta só existe devido à fala, pois é senso comum que a língua seja oriunda de uma tradição oral. Porém, sem o registro concreto de sua fluência, conforme Saussure, podemos afirmar que a: Língua mudaria a sua forma diacrônica, mas manteria a sincronia. Língua estaria fadada ao desaparecimento ao longo do tempo. Língua mudaria a sua forma sincrônica entre alguns grupos. Língua manteria a fala e mudaria a escrita. Língua por ser viva iria mudar conforme o uso dos falantes. 5a Questão (Ref.: 201605720811) Pontos: 1,0 / 1,0 Ao considerar que no complexo edipiano a identidade da criança é constituída pela família, pela diferença sexual, pela exclusão, pela ausência e pela autoridade confrontada, Lacan diz que é durante esta fase que a criança passa a ter contato com a linguagem, ao expressar o seu desejo através de imagens ou signos referenciais. Com base no texto acima, podemos dizer que a psicanálise de Jacques Lacan é marcada pelo retorno ao: Ao estado pós-edipiano da formação da adolescência. Ao estado edipiano da formação da idade adulta. Ao estado pré-edipiano da formação do sujeito. Ao estado pré-edipiano da formação da adolescência. Ao estado pós-edipiano da formação da idade adulta. 6a Questão (Ref.: 201605203866) Pontos: 0,0 / 1,0 Na obra Introdução à análise estrutural da narrativa (1966), Roland Barthes afirmou que não seria necessário investigar todas as narrativas do mundo para chegar à essência do discurso narrativo. Assim, o conhecimento de um número considerável de exemplos poderia levar à compreensão das regras segundo as quais se articulam as demais narrativas. Com tal proposta, Barthes estabeleceu que o estruturalismo adotou, desde o início, como metodologia: o método psicanalítico de conhecimento. o método dedutivo de conhecimento. o método intuitivo de conhecimento. o método inventivo de conhecimento. o método indutivo de conhecimento. 7a Questão (Ref.: 201605704453) Pontos: 0,5 / 0,5 Assinale a opção abaixo que completa corretamente o sentido da seguinte sentença: A estética da recepção constitui uma contundente ruptura com o estruturalismoao resgatar a importância ___________ no processo de compreensão dos fenômenos literários: do inconsciente, do mito e do símbolo. do imaginário, do social e do cultural. do leitor, da história e da interpretação. da linguística, da filologia e da crítica textual. da influência do meio social sobre o comportamento humano. 8a Questão (Ref.: 201605652748) Pontos: 0,5 / 0,5 1968 foi um ano de revoltas, considerado por alguns como o ano das revoltas mais importantes do século. Na França, país que desencadeou todas as manifestações, Guy Debord comandava a Internacional Situacionista, grupo de intelectuais críticos da sociedade daquela época, que tinha como base teórica sua maior obra: A Sociedade Do Espetáculo. (http://obviousmag.org/archives/2013/05/guy_debord_e_a_sociedade_do_espetaculo.html) Sobre a sociedade teorizada por Debord, não é válido dizer: O espetáculo apresenta-se ao mesmo tempo como a própria sociedade, como uma parte da sociedade e como instrumento de unificação. O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens. A especialização das imagens do mundo se realiza no mundo da imagem autonomizada, no qual o mentiroso mentiu para si mesmo. Considerado em sua totalidade, o espetáculo é ao mesmo tempo o resultado e o projeto do modo de produção existente. A sociedade do espetáculo nada tem a ver com o sistema capitalista. 9a Questão (Ref.: 201605720817) Pontos: 0,5 / 0,5 "Fazer justiça a essa necessidade significa reconhecer que, em uma oposição filosófica clássica, nós não estamos lidando com uma coexistência pacífica de um face a face, mas com uma hierarquia violenta. Um dos dois termos comanda (axiologicamente, logicamente etc.), ocupa o lugar mais alto. Desconstruir a oposição significa, primeiramente, em um momento dado, inverter a hierarquia. " (Posições. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2001, p.48) A desconstrução é frequentemente entendida como uma corrente teórica que pretendia abalar as correntes hierárquicas sustentadoras do pensamento ocidental: dentro/fora; literal/metafórico; corpo/mente; fala/escrita; presença/ausência; natureza/cultura; forma/sentido. Com certeza, com o olhar voltado às palavras do teórico, podemos afirmar que a sua corrente teórica causou um forte impacto no pensamento metafísico ocidental ao proporcionar questionamentos, deslocamentos e realocações de conceitos que eram avaliados como canônicos. Assinale o nome desse teórico: Roland Barthes Guy Debord Hans Robert Jauss Jacques Derrida. Michel Foucault 10a Questão (Ref.: 201605153687) Pontos: 0,5 / 0,5 Os Estudos Culturais têm como objeto de estudo: As obras paradigmáticas. Os textos clássicos Os temas universais As manifestações Culturais Os livros canônicos
Compartilhar