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Ao estabelecer a linguística como base científica para os estudos literários e considerando que a linguística é a ciência que estuda os fatos da linguagem por excelência, o objeto literário passa a ser formalizado segundo a própria linguagem, ou seja, concebido como: Uma organização linguística, estrutural e política. Uma estética, formal e social. Um sistema fechado, metodológico e formal. Um método estrutural, histórico e político. Uma forma de recepção, histórica e social. Gabarito Comentado 2. Segundo o formalista Boris Eikhenbaum, em seu ensaio A teoria do método formal, o primeiro passo da metodologia dos formalistas foi classificar cientificamente o objeto literário segundo a distinção entre a linguagem poética e a linguagem cotidiana. Desse modo, fica claro que o método formalista tinha por objetivo: Investigar os traços distintivos que evidenciassem a construção estética de sua linguagem poética ao contrastá-la com a linguagem cotidiana, marcada pela usualidade e objetividade. Confirmar que a obra literária não se apresenta exatamente, ela se reporta ao já conhecido. Apontar que a unidade do texto não se encontra na origem, porém em sua destinação, defendendo o leitor e o crítico como criadores, junto com o autor, do sentido do texto. Afirmar que o texto só tem vida com a dinâmica da leitura e com a presença do leitor em constante construção. Revelar que há uma teoria estrutural da narrativa e que ela é uma gramática capaz de explicar toda narrativa concebível. 3. Roman Jakobson propôs um estudo segundo o qual a função poética projeta o eixo da seleção verbal, do que é exemplo a metáfora, sobre a combinação verbal, do que é exemplo a metonímia. Assim, o mais importante na obra poética seria a ampliação da linguagem, a pluralidade de significados. Dessa proposta, resultaria: a reutilização da linguagem após a leitura do texto poético. a descaracterização da linguagem como elemento poético. o significado único da linguagem. a inovação da linguagem literária. o caráter polissêmico e simbólico do poema. 4. Ao fazer um estudo estruturalista sobre o texto poético, Roman Jakobson destacou: os níveis semântico, sintático e fonológico do poema. os níveis fonêmicos do poema. os níveis vocálicos do poema. os níveis gramaticais e semânticos do poema. os níveis consonantais do poema. 5. No ensaio Os problemas dos estudos literários e linguísticos, os teóricos formalistas J. Tynianov e Roman Jakobson utilizaram um método para aproximarem os estudos das formas literárias das formas linguísticas, como o próprio título sugere, além de investigarem os traços que caracterizariam a literariedade como elemento determinante. Podemos afirmar que os teóricos utilizaram: Método formalista Método estruturalista Método sintagmático Método formal Método narrativo Gabarito Comentado 6. "A palavra estruturalismo surgiu pela primeira vez nas pesquisas do Círculo Linguístico de Moscou, em 1914 e, mais tarde, nas Teses de 1929, no Círculo Linguístico de Praga, quando alguns estudantes decidiram estudar o objeto literário sob a perspectiva linguística. " Foi criada, neste período, a Associação para o Estudo da Linguagem Poética, que objetivava estabelecer as bases científicas para os estudos e análises literárias. Assinale a alternativa que contempla a sigla que representou a associação, fundada em São Petersburgo, em 1916. Opoiaz Opaoiz ESLP AELP Opaioz Gabarito Comentado 7. No formalismo russo o sistema de análise do objeto literário era voltado apenas para as formas linguísticas em sua contingência imediata e demonstra-se como um modelo estático, a-histórico, que evidencia o aspecto sincrônico da abordagem, distinguindo-se da análise diacrônica, passiva de uma perspectiva histórica e evolutiva. Para os formalistas russos, o texto literário devia ser analisado como: Um sistema composto de uma metodologia formal que valorizava o aspecto gramatical, fonológico, semântico, morfológico. Um sistema composto de uma metodologia estrutural que valorizava o aspecto político, biográfico, sintático, semântico. Um sistema composto de uma metodologia estética que valorizava o aspecto gramatical, fonológico, biográfico, semântico. Uma forma de recepção composta de uma metodologia histórica que valorizava o aspecto social, biográfico, narrativo. Um sistema composto de uma metodologia linguística que valorizava o aspecto funcional, narrativo, político, morfológico. 8. Os formalistas partem de elementos que estão presentes na obra do filósofo alemão, Edmund Husserl, que buscou estabelecer critérios de validade para o pensamento científico mais rígido e rigoroso; pois pretendia criar uma filosofia e uma ciência dura como as ciências naturais. O principal elemento que serviu de base para os formalistas foi: e) Diacronia d) Forma do poema c) Literariedade a) Fenomenologia b) Função poética 1. Em sua investigação sobre o inconsciente simbólico do chamado "pensamento selvagem", ao utilizar as narrativas míticas como um sistema estrutural comum entre as diversas etnias indígenas pesquisadas pelo mundo, Levi-Strauss deu continuidade às pesquisas formalistas realizada sobre os contos folclóricos russos, que foram desenvolvidas por: Roman Jakobson. Boris Eikhenbaum. Fiédor Dostoievski. Vladimir Propp. Victor Chklovski. Gabarito Comentado 2. Segundo Saussure: "[...] _____________ se mistura tão intimamente com ______________, da qual é a imagem, que acaba por usurpar-lhe o papel principal; terminamos por dar mais importância à representação do signo vocal do que ao próprio signo. É como se acreditássemos que, para conhecer uma pessoa, melhor fosse contemplar-lhe a fotografia do que o rosto." (SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 1975, p. 34) Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas. a fonética- a semiose o significante - o significado a palavra escrita - a palavra falada o significado - o significante a palavra fala - a palavra escrita Explicação: A palavra escrita, que é a imagem da palavra falada, é que acaba usurpando o papel principal. Saussure, para acentuar a diferença entre elas, compara a fotografia à palavra escrita e o rosto à palavra falada. Este trecho está justamente numa parte do Curso de Linguística Geral em que o autor discorre sobre o prestígio e predomínio da escrita sobre a forma falada. 3. "Língua e escrita são dois sistemas distintos de signos; a única razão de ser do segundo é representar o primeiro; o objeto linguístico não se define pela combinação da palavra escrita e da palavra falada; esta última, por si só, constitui tal objeto. Mas a palavra escrita se mistura tão intimamente com a palavra falada, da qual é a imagem, que acaba por usurpar-lhe o papel principal; terminamos por dar mais importância à representação do signo vocal do que ao próprio signo. É como se acreditássemos que, para conhecer uma pessoa, melhor fosse contemplar-lhe a fotografia do que o rosto." (SAUSSURE, 2002, p. 34) Embora a língua e a escrita constituam dois sistemas distintos de signos, segundo Saussure, a escrita só tem sentido devido à língua. E esta só existe devido à fala, pois é senso comum que a língua seja oriunda de uma tradição oral. Porém, sem o registro concreto de sua fluência, conforme Saussure, podemos afirmarque a: Língua mudaria a sua forma sincrônica entre alguns grupos. Língua manteria a fala e mudaria a escrita. Língua estaria fadada ao desaparecimento ao longo do tempo. Língua por ser viva iria mudar conforme o uso dos falantes. Língua mudaria a sua forma diacrônica, mas manteria a sincronia. Gabarito Comentado 4. Segundo Claude Levi-Strauss, a humanidade possui um modelo arquetípico que explica a existência de todas as narrativas ao longo do tempo. Ou seja, as narrativas pertencem a uma estrutura, entendida como o conjunto de proposições essenciais do discurso literário. Esta herança estrutural é a mesma que Saussure chama, linguisticamente, de Sintagma e Paradigma Sincronia e Diacronia Língua e Fala Denotação e Conotação Significante e Significado Explicação: Para Saussure, o sincrônico remete à simultaneidade e o diacrônico à sucessão. Sincronia e diacronia vêm do grego, significando, respectivamente, "ao mesmo tempo" e "através do tempo". Por exemplo, Claude Lévi-Strauss (1993), tratando da questão da morte dos mitos, analisa as alterações que eles vão sofrendo ao longo do tempo, detectando duas formas degenerativas do mito: a lenda e a elaboração romanesca. 5. Considere as sentenças quanto ao que estudou sobre a relação langue/parole na comunicação: I. Parole é um sistema constituído pelo conjunto de todos os usos que antecederam a apropriação da langue. II. Parole é o uso individual da langue. A asserção I é falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Explicação: Parole é um sistema constituído pelo conjunto de todos os usos que antecederam a apropriação da langue, por isso, a parole é o uso individual da langue. 6. A teoria literária Estruturalista parte dos pressupostos de Saussure ao afirmar que o texto possui uma dimensão social inconsciente vinda de um sistema pré-existente, assim como, respectivamente: Significante e Significado Conotação e Denatação Língua e Fala Sincronia e Diacronia Sintagma e Paradigma 7. "A abordagem estruturalista estuda as obras literárias como manifestações empíricas, constituídas pelas normas que regem essas práticas singulares." Relacionando esta definição com as dicotomias de Saussure, das quais o estruturalismo literário apoia seus estudos, podemos dizer que, respectivamente, compara-se a: Denotação e Conotação Sintagma e Paradigma Significante e Significado Sincronia e Diacronia Língua e Fala 8. Considere as sentenças quanto à relação langue/parole: I. A obra literária é como produto de uma parole, pelo uso individual da langue. II. Langue é aquele sistema de tom pessoal constituído pelo conjunto de todos os usos do autor. A asserção I é verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Explicação: A obra literária é como produto de uma parole, pelo uso individual da langue, mas é a parole que dá o tom pessoal constituído pelo conjunto de todos os usos do autor. 1. __________________ apropriou-se do mito clássico de Édipo, de Sófocles, para explicar e formalizar a estrutura do inconsciente que passou a ser visto a partir desse momento como a nova perspectiva __________________. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. Claude Lévi-Strauss - dos selvagens a psicanálise de Freud - do sujeito moderno Lévi-Strauss - do mito A psicanálise de Freud - da tragédia grega Claude Lévi-Strauss - dos estudos literários Explicação: A sequência correta é "a psicanálise de Freud ¿ do sujeito moderno", uma vez que Freud, com a categoria do inconsciente, inaugurou um novo patamar de conhecimento do sujeito moderno. 2. No início do século XX, após os estudos de Freud sobre o inconsciente, alguns artistas de vanguarda criaram seus manifestos literários e romperam absolutamente com os modelos da tradição. No Brasil, Mário de Andrade, afirmou que sua obra-prima Macunaíma foi escrita sob a experimentação do método automático surrealista. Na literatura, a escrita automática: afetou apenas o nível do conteúdo e o método de escrever, uma vez que a forma se manteve inalterada exigiu o uso de tecnologias para se escrever, como, por exemplo, o computador, cuja adesão ainda era bastante limitada no período valorizou a máquina de escrever eletrônica, uma vez que a escrita automática pressupunha velocidade subverteu a sintaxe e a linearidade narrativa gerando uma narrativa fragmentada preconizou os conteúdos de psicanálise na narrativa ficcional Explicação: A escrita automática afetou, sobretudo, a sintaxe na literatura. Provocou sérios deslocamentos a ponto de alterar completamente a frase, de propor novas e inesperadas associações entre os termos. A escrita automática buscava evitar os pensamentos conscientes do autor e valorizar a onipotência do inconsciente. 3. Leia as ideias que estão nos blocos a seguir: I-Formalismo II-Estruturalismo III-Estética da Recepção Princípios: 1-O historiador tem que adotar a a função de leitor,para compreender e classificar a obra; 2-Criou uma metodologia que atuasse no fato literário, a partir da forma do fato literário; 3- O Método estrutural consiste na desmonstagem e montagem de um objeto. A opção que contém a associação correta é: I-2;II-3 ; III-1 I-1;II-2 ; III-2 I-1;II-3 ; III-3 I-1;II-1; III-2 I-1;II-3 ; III-2 4. Ao considerar que no complexo edipiano a identidade da criança é constituída pela família, pela diferença sexual, pela exclusão, pela ausência e pela autoridade confrontada, Lacan diz que é durante esta fase que a criança passa a ter contato com a linguagem, ao expressar o seu desejo através de imagens ou signos referenciais. Com base no texto acima, podemos dizer que a psicanálise de Jacques Lacan é marcada pelo retorno ao: Ao estado pré-edipiano da formação da adolescência. Ao estado pós-edipiano da formação da idade adulta. Ao estado pré-edipiano da formação do sujeito. Ao estado edipiano da formação da idade adulta. Ao estado pós-edipiano da formação da adolescência. Gabarito Comentado 5. A Psicanálise de Freud contribuiu para a compreensão da Literatura especialmente porque: inseriu, no texto literário, os mitos gregos. definiu o caráter romântico dos textos literários. revelou que todo personagem literário possui caráter mitológico. estabeleceu regras de compreensão dos comportamentos sociais dos personagens. ajudou a compreender os conflitos interiores dos personagens. 6. No estudo linguístico, evidencia-se que a relação sintagmática e paradigmática é a responsável pelo efeito de sentido pretendido no discurso. Quanto ao texto literário, é correto afirmar que: Todas as afirmativas estão corretas. A obra literária é uma estrutura, um sistema de relações, de tal forma que, se houver uma alteração em um de seuselementos, toda a obra se modifica. Na obra literária, os fatos não possuem uma relação interna, ou seja, podem ser compreendidos isoladamente. Na obra literária, há um sistema de relações interdependentes, não sendo, portanto, possível compreendê-la em suas estruturas mínimas. Na obra literária, seus elementos relacionam-se, mas possuem identidade própria. 7. Ao estudar as sociedades primitivas a partir de uma metodologia estruturalista, Claude Lévi-Strauss evidenciou: a alteração promovida no meio ambiente em decorrência da ocupação desordenada dos homens primitivos. as falhas identificadas na Teoria da Evolução de Charles Darwin. os fatos culturais como resultado de sistemas de relações estruturais. a violência dos homens primitivos como forma de sobrevivência. a relação entre migração e evolução como fatores determinantes da estrutura corporal dos homens primitivos. 1. Buscando diferenciar texto de prazer e texto de fruição, Roland Barthes propõe no seu livro O prazer do texto que: I. Texto de prazer: "é aquele que contenta, enche, dá euforia; aquele que vem da cultura, não rompe com ela, está ligado a uma prática confortável da leitura", e II. Texto de fruição: "(...) é aquele que põe em estado de perda, aquele que desconforta, faz as bases históricas, culturais, psicológicas, do leitor, a consistência de seus gastos, de seus valores e de suas lembranças, faz entrar em crise sua relação com a linguagem." Tais definições: estão parcialmente corretas: apenas a definição de texto de prazer está correta estão invertidas: o que se atribui ao texto de prazer é, na verdade, a definição de textos de fruição e vice-versa estão totalmente corretas estão equivocadas estão parcialmente corretas: somente a definição de texto de fruição está correta Explicação: Ambas as definições estão corretas. Texto de prazer conforta o leitor; texto de fruição causa-lhe desconforto, pois o desinstala do conhecido para os desafios do desconhecido: em termos de linguagem, de valores etc. 2. "consiste em distinguir os diferentes termos (formais) ao longo dos quais se centra um enigma, se postula uma fórmula que depois se retarda e por fim se revela (às vezes faltarão esses termos, outras vezes repetir-se-ão; não vão aparecer numa ordem constante)." (BARTHES, Roland. S/Z. Trad. Maria de Santa Cruz e Ana Mafalda Leite. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 22). Este código é a voz da verdade, refere-se ao enigma da narrativa, sua formulação e centralização, sua dissimulação e solução encontrada. Assinale a única alternativa que corresponde ao código abordado nos dois excertos acima. Código das ações Código Cultural Código da comunicação Código hermenêutico Código Simbólico Gabarito Comentado 3. Em Roland Barthes, a análise estrutural da narrativa ultrapassou o nível da linguagem e atingiu o nível do discurso, ao objetar-se para além da estrutura linguística e funcional, e almejar a estruturação do enunciado e da enunciação do texto. Para ele, a compreensão de um texto evidencia-se b) Pelos níveis funcionais da narração que determinam o curso da ação, e não apenas pela linearidade e encadeamento dos episódios, segundo uma progressão sequencial. d) Pelos níveis funcionais das ações que determinam o curso da narração, e pela linearidade e encadeamento dos episódios, segundo uma progressão sequencial. a) Pelos níveis funcionais das ações que determinam o curso da narração, e não apenas pela linearidade e encadeamento dos episódios, segundo uma progressão sequencial. c) Pelos níveis funcionais da narração que determinam o curso da ação, e apenas pela linearidade e encadeamento dos episódios, segundo uma progressão sequencial. e) Pelos níveis funcionais das ações que não determinam o curso da narração, e pela linearidade e encadeamento dos episódios, segundo uma progressão sequencial. 4. "a literatura faz girar os saberes, não fixa, não fetichiza nenhum deles, ela lhes dá um lugar indireto, e esse indireto é precioso. Por um lado, ele permite designar saberes possíveis - insuspeitos, irrealizados: a literatura trabalha nos interstícios da ciência: está sempre atrasada ou adiantada em relação a esta. A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir esta distância que a literatura nos importa. Por outro lado, o saber que ela mobiliza nunca é inteiro nem derradeiro; a literatura não diz que sabe alguma coisa, mas que sabe de alguma coisa; ou melhor: que ela sabe algo das coisas - que sabe muito sobre os homens" (Aula. 2004, p. 18-19). O excerto acima, presente na obra "Aula", foi produzida por: Vladimir Propp Roman Jakobson Nikolay Truzbetskoy Ferdinand Saussure Roland Barthes Gabarito Comentado 5. "Quando nasce um leitor, morre o autor¿. Assinale a alternativa correta que justifica esta afirmação de Roland Barthes: O autor não retrata aquilo que sente, mas o que capta socialmente, reproduzindo-o de forma verossímil em suas obras. Todas as afirmativas estão incorretas. Uma vez que o autor, artista que é, trabalha com a relação simbólica, social e psíquica do signo linguístico no interior do texto, dando a este e a esta relação múltiplos significados, não importa qual foi a intenção primeira do escritor, mas sim as significações de que, quem lê a obra, pode retirar dela. O autor somente é valorizado depois de seu falecimento, pois havendo um distanciamento temporal, a Crítica pode analisar com mais seriedade e perfeição a literariedade de seus trabalhos. Todas as afirmativas estão corretas. 6. O que representa o conceito "morte do autor" estabelecido por Roland Barthes? O autor perde os direitos sobre a obra ao entregá-la para a editora. O autor morre simbolicamente ao final da leitura da obra. A pessoa do autor morre, mas a obra continua. O autor não resiste à pressão social que é exercida sobre a obra, seja quando ela se torna um sucesso, seja quando se torna um fracasso. O leitor assume o texto literário, atribuindo a ele novas significações, independentes da proposta original do autor. 7. Assinale a alternativa correta O método estrutural consiste em: c) identificar as partes que não integram e compõem a estrutura do texto literário enquanto um sistema. d) identificar as partes que não analisam e compõem a estrutura do texto literário enquanto um sistema. a) identificar as partes que integram e compõem a estrutura do texto literário enquanto um sistema. b) identificar as partes que analisam e compõem a estrutura do texto literário enquanto um sistema. e) Identificar as partes que analisam, integram e compõem a estrutura do texto literário enquanto um sistema. 8. Segundo Orlando Pires, Barthes estabelece o modo pelo qual um texto pode ser desconstituído em sua pluralidade de sentidos ao dividi-lo em lexias (unidades de leitura, como uma frase ou trecho de frase, pequeno grupo de frases ou até mesmo uma palavra) e em seguida reorganizá-lo segundo os códigos (campos associativos) possíveis. (PIRES, Orlando. Manual de teoria e técnica literária. Rio de Janeiro: Presença, 1985. p. 169-170) "é a voz do saber humano transmitido pela escola e pelos livros, é o saber estereotipado e convencional." Caracteriza o código: Hermenêutico Comunicação Cultural Sêmico Simbólico 1. Quem são os principais nomes que marcaram o advento da Estética da Recepção? Eça de Queirós e Machado de Assis. Vladimir Propp e Herbert Marcuse. HansRobert Jauss e Wolfgang Iser. Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Karl Marx e Friedrich Engels. 2. O termo recepção, em Estética ou Teoria da recepção, liga-se: à obra ao autor ao leitor ao contexto de produção de uma obra a todos os elementos que envolvem o fenômeno literário Explicação: Ao leitor, ou seja, ao elemento que recebe a mensagem. 3. Qual a concepção de Hans Robert Jauss sobre a função do leitor? Para Jauss, o leitor tem a capacidade invalidar as proposições originais de uma obra, visto que a interpretação é um processo autônomo. Para Jauss, o leitor, como intérprete, deve ter papel destacado nos Estudos Literários. Para Jauss, o leitor não interfere no texto, considerando que uma obra possui marcas literárias imutáveis. Para Jauss, o leitor deve ter papel destacado nos Estudos Literários, porque é o elemento que movimenta o mercado editorial. Para Jauss, o leitor não deve ser considerado nos Estudos Literários, porque ele se modifica no tempo, enquanto a obra é inalterável. 4. A morte do autor é o título de um texto de Roland Barthes, publicado na obra O Rumor da Língua. I. Nele, Barthes discute a questão da existência do autor e acaba por considerar que a morte do autor é inerente à própria escrita. II. Ou seja, à medida em que o texto é escrito, o autor morre aos poucos para dar vida ao discurso pelo qual o próprio texto se constitui. A asserção I é falsa, e a II verdadeira. As asserções I e verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. Explicação: A morte do autor é o título de um texto de Roland Barthes, publicado na obra O Rumor da Língua. Nele, Barthes discute a questão da existência do autor e acaba por considerar que a morte do autor é inerente à própria escrita. Ou seja, à medida em que o texto é escrito, o autor morre aos poucos para dar vida ao discurso pelo qual o próprio texto se constitui. 5. Que crítica Hans Robert Jauss fazia aos estudos literários e que motivaram o início da Estética da Recepção? Jauss criticava a relação mantida entre a literatura e outras formas de arte. Jauss criticava a associação de estudos literários a movimentos políticos. Jauss criticava a permanência de um cânone literário nos estudos de História da Literatura. Jauss criticava o fato de a Literatura ser estudada sem relação com o momento histórico em que uma obra foi produzida. Jauss criticava a compreensão do texto a partir de uma análise dos signos linguísticos. 6. A Estética da Recepção, também conhecida como Teoria da Recepção, é uma corrente literária surgida em meados de 1960,tendo como motivação inicial oferecer uma nova alternativa face ao surto da crítica: Desconstrucionista Formalista Impressionista Semiológica Estruturalista Gabarito Comentado 7. A análise de um texto pode ser feita em vários níveis e será nesse interdiscurso que se chegará aos múltiplos significados que ele pode conter, uma vez que o texto é um espaço sem fim e repleto de possibilidades. A partir dessa afirmação podemos afirmar que Barthes está se referindo ao: e) Texto c) Autor d) Criador a) Leitor b) Escritor 8. 2) Embora a Estética da recepção seja complementada pela Teoria do efeito, a diferença entre elas se deve ao deslocamento de focalização que vai: Do desejo do leitor ao texto literário. Do horizonte histórico ao horizonte social. Do horizonte sócio-histórico do leitor ao texto literário. Do texto literário ao leitor social. Do horizonte cultural ao desejo do leitor. 1. I. O maio de 68 começou como uma série de greves estudantis deflagradas em algumas universidades e escolas de ensino secundário em Paris. II. O maio de 68 não se restringiu a estudantes ou a trabalhadores e camponeses, mas foi uma insurreição popular que superou as diversidades culturais, de idade e de classe. III. A maioria dos manifestantes do maio de 68 eram, do ponto de vista político, identificados com as ideias de direita. Buscavam abalar os valores da "velha sociedade", contrapondo ideias avançadas sobre a educação, a sexualidade e o prazer. Assinale a alternativa correta: apenas a afirmação II está correta as afirmações I e II estão corretas todas as afirmações estão corretas apenas a afirmação I está correta as afirmações II e III estão corretas Explicação: A maioria dos manifestantes do maio de 68 eram, do ponto de vista político, identificados com as ideias de esquerda. Uma pequena minoria vinculava-se às ideias de direita, como o Occident. 2. O conceito de espetáculo, segundo GuyDebord pode ser definido como: I. A especialização das imagens como realidade e inversão concreta da vida pela tecnologia. O espetáculo é o capital em grau de acumulação que se torna imagem. O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens. II. Quando o mundo real se transforma em simples imagens, as simples imagens tornam-se seres reais e motivações eficientes de um comportamento hipnótico. O espetáculo, como tendência a fazer ver (por diferentes mediações especializadas) o mundo que já não se pode tocar diretamente, serve-se da visão como o sentido privilegiado da pessoa humana, o que em outras épocas fora o tato; o sentido mais abstrato, e mais sujeito à mistificação, corresponde à abstração generalizada da sociedade atual. Mas o espetáculo não pode ser identificado pelo simples olhar, mesmo que este esteja acoplado à escuta. Ele escapa à atividade do homem, à reconsideração e à correção de sua obra. É o contrário do diálogo. Sempre que haja representação independente, o espetáculo se reconstitui. III. A "espetacularização" da realidade produz a alienação do indivíduo pelo excesso tecnológico. A alienação do espectador em favor do objeto contemplado (o que resulta de sua própria atividade inconsciente) se expressa assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende sua própria existência e seu próprio desejo. Em relação ao homem que age, a exterioridade do espetáculo aparece no fato de seus próprios gestos já não serem seus, mas de um outro que os representa por ele. É por isso que o espectador não se sente em casa em lugar algum, pois o espetáculo está em toda parte. IV. O espetáculo apresenta-se ao mesmo tempo como a própria sociedade, como uma parte da sociedade e como instrumento de unificação. Como parte da sociedade, ele é expressamente o setor que concentra todo olhar e toda consciência. Pelo fato de esse setor estar separado, ele é o lugar do olhar iludido e da falsa consciência; a unificação que realiza é tão-somente a linguagem oficial da separação generalizada. Apenas I, III e IV estão corretas. Apenas I, II e IV estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas I, II e III estão corretas. Todas as alternativas estão corretas. Gabarito Comentado 3. A obra Sociedade do Espetáculo de Guy Débord analisa de forma contundente a relação entre o espetáculo - o conjunto das relações sociais mediadas por imagens - , o exercício de poder e controle sobre os indivíduos na sociedade pós-moderna. Assinale a opção que apresenta as consequências da fusão do espetáculo aos dispositivos de poder e controlesocial. exacerbação da individualidade e revalorização da vida privada. escapismo e espiritualismo crescentes. transformação dos seres em mercadoria, alienação generalizada e dominação ideológica das massas. emancipação da mulher e igualdade de direitos. isolamento e incomunicabilidade entre os indivíduos. Gabarito Comentado 4. Segundo Guy Débord, em A Sociedade do Espetáculo, "toda a realidade individual tornou-se social e diretamente dependente do poderio social obtido". Assinale a alternativa que traduz de forma mais clara esse pensamento. Na sociedade contemporânea, o homem tornou-se um ser coletivo, perdendo a sua individualidade. Na sociedade contemporânea, valoriza-se mais o ser do que o ter. Na sociedade contemporânea, todos os homens se igualam. Na sociedade contemporânea, o homem perdeu valores como a solidariedade e a amizade. Na sociedade contemporânea, valoriza-se mais o ter do que o ser. 5. "A necessidade de imitação que o consumidor sente é precisamente uma necessidade infantil, condicionada por todos os aspectos da sua despossessão fundamental". Essa assertiva de Guy Débord, apresentada na obra "A Sociedade do Espetáculo", sugere que: O indivíduo compete consigo mesmo ao adquirir bens de consumo que o valorizem socialmente. O indivíduo perdeu sua essência humana ao entregar-se à prática do consumismo inconsequente. O indivíduo deixou de possuir bens materiais devido ao baixo poder aquisitivo imposto pela falência do capitalismo. O indivíduo revigora-se todos os dias ao consumir produtos supérfluos. O indivíduo infantiliza-se ante à necessidade de consumir produtos industrializados. 6. No livro "Sociedade do Espetáculo", publicado em 1967, Guy Debord defende a tese de que a produção de imagens pode tornar-se um instrumento de exercício do poder e de dominação social. Assinale a alternativa que esclarece esse pensamento. As imagens publicitárias levam a um consumo desenfreado, o que aumenta a pobreza das nações. Somente os artistas que se adaptam aos critérios da sociedade capitalista conseguem ter o reconhecimento do público e da crítica em relação às imagens que produzem. As imagens televisivas afastam as pessoas dos centros de estudos acadêmicos, possibilitando que não haja discussões políticas sérias, meio de manipulação humana utilizado por todas as ideologias. A sociedade de consumo interfere na percepção humana, valorizando imagens que fortalecem o sistema capitalista e enriquecendo quem dela participa. Todos os fenômenos sociais estão envolvidos e mercantilizados pelas imagens, o que promove desigualdade social. Gabarito Comentado 7. Qual o efeito mais imediato da rebelião estudantil de "Maio de 68"? Um movimento popular e cultural que deu origem à pop-art. Um movimento de guerrilha que pretendeu depor os governos europeus simultaneamente. Uma revolução marxista que se estendeu por toda a Europa e pela América do Sul. Uma onda de greves de operários que reivindicavam maiores salários e melhores condições de trabalho. Uma reação em cadeia de estudantes africanos radicados na França pela libertação das colônias na África. 8. "Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação". (http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/socespetaculo.html) Esta citação, retirada da obra "A Sociedade do Espetáculo" de Guy Debord, pode ser compreendida da seguinte forma: No mundo moderno, o ser humano vale pelo que ele representa socialmente através de sua imagem produzida por vestimentas, hábitos e bens materiais que oferece ao mundo como um grande espetáculo. No mundo moderno, o ser humano não experimenta a existência, pois lhe são oferecidas imagens produzidas para representar a sua vida, unificando-a; tais imagens servem apenas à contemplação de uma representação do que deveria ter sido experimentado na realidade. No mundo moderno, todos os valores estão sendo substituídos por imagens que representam não o que somos na realidade, mas o que gostaríamos de ser. No mundo moderno, as imagens se acumulam na TV, nos outdoors, nas placas etc. oferecem ao ser humano um espetáculo de imagens. No mundo moderno, não há verdades, pois todos os valores são representados por imagens que não equivalem a uma sociedade justa e digna. . Os filósofos da Escola de Frankfurt, ligados à Teoria Crítica, acreditavam que as ciências sociais podiam e deviam "contribuir para liberar as pessoas de tradições restritivas desnecessárias, de ideologias, de relações de poder, das formações de identidades, ou seja, de tudo aquilo que inibe e distorce as oportunidades de autonomia." (Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552013000200005). Dentre esses autores, podemos citar a contribuição de: Herbert Marcuse e o seu diálogo com a obra freudiana Wolfgang Iser com a teoria do efeito Noam Chomsky com a gramática gerativa transformacional Roman Jakobson com a análise estrutural da linguagem Roland Barthes com o prazer do texto Explicação: Herbert Marcuse e o seu diálogo com a obra freudiana. Por meio da interpretação da obra de Freud, Marcuse buscou compreender a repressão dos desejos e a infelicidade do homem da sociedade industrial-tecnológica e propôs uma tentativa de reversão dessa situação. 2. Segundo a teoria da Desconstrução, que relação deve ser mantida entre o texto e a sintaxe na análise literária? O texto deve ser relacionado com a sintaxe, a fim de se descobrir o sentido ordenado da sentença no texto. O texto deve ser analisado a partir da sintaxe, considerando que não há escrita sem que haja, antes, frases e orações. O texto não deve se relacionar com a sintaxe, pois isso invalidaria o estudo de poesia, gênero que utiliza muitos hipérbatos. O texto deve ser relacionado com a sintaxe, a fim de se descobrir o sentido desordenado da sentença no texto. O texto não deve ser analisado a partir da sintaxe, pois a teoria gramatical não faz parte do saber literário. 3. Segundo Jacques Derrida, de que modo a desconstrução pode ser verificada na literatura? Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. Pela impossibilidade de o signo permitir que se afixe sobre ele um significado permanente ou dominante na literatura. É o poder de desmontagem do discurso dentro da própria linguagem literária. II. A DESCONSTRUÇÃO se deve à instabilidade do significado em tentar fechar a identidade do signo sobre si, ao ser permanentemente abalado pela diferença de outros novos significados que podem ser produzidos, considerando que a linguagem literária estará sempre aberta ao porvir da significação, experimentada por diferentes leituras que implicarão em novas e diferentes formas de significação. III. Pela DESCONSTRUÇÃO das antigas tradições literárias em razão da consagração de novas convenções dominantes e permanentes. IV. Pela DESCONSTRUÇÃO dos lugares instituídos e legitimados por uma significação do poder que representa os lugares políticos e sociais tradicionalmente consagrados na cultura, dentro do espaço do texto e em seu discurso dominante. Apenas I, II e IV estão corretas Apenas I, III e IV estão corretas Todas as alternativas estão corretas Apenas I, II e III estão corretas Apenas II, III e IV estão corretas 4. Que metodologia define melhor a teoria da Desconstrução? Todaargumentação é uma "desconstrução", pois cada crítico literário tem uma visão do texto a partir das teorias às quais se vincula. Toda argumentação é uma "desconstrução", pois a teoria da literatura não prevê formas fixas de análise. Toda argumentação é uma "desconstrução", pois o conhecimento de mundo do leitor interfere no sentido da obra. Toda argumentação é uma "desconstrução", pois os estudos literários foram elaborados a partir de cânones ocidentais. Toda argumentação é uma "desconstrução", pois o texto deve ser analisado por um ângulo não central. Gabarito Comentado 5. Como o pós-estruturalismo define a análise do significante e do significado? O pós-estruturalismo prioriza o valor do significado sobre o significante. O pós-estruturalismo estabelece que o significante e o significado são inseparáveis. O pós-estruturalismo afirma a independência e superioridade do significante em relação ao significado. O pós-estruturalismo prioriza o valor do significante sobre o significado. O pós-estruturalismo considera que o significante e o significado possuem valores independentes, mas idênticos. Gabarito Comentado 6. 5) Segundo Jacques Derrida, de que modo a desconstrução pode ser verificada na literatura? Assinale a alternativa correta: I. Pela impossibilidade de o signo permitir que se afixe sobre ele um significado permanente ou dominante na literatura. É o poder de desmontagem do discurso dentro da própria linguagem literária. II. A desconstrução se deve à instabilidade do significado em tentar fechar a identidade do signo sobre si, ao ser permanentemente abalado pela diferença de outros novos significados que podem ser produzidos, considerando que a linguagem literária estará sempre aberta ao porvir da significação, experimentada por diferentes leituras que implicarão em novas e diferentes formas de significação. III. Pela desconstrução das antigas tradições literárias em razão da consagração de novas convenções dominantes e permanentes. IV. Pela desconstrução dos lugares instituídos e legitimados por uma significação do poder que representa os lugares políticos e sociais tradicionalmente consagrados na cultura, dentro do espaço do texto e em seu discurso dominante. Apenas I, II e III estão corretas. Apenas I, II e IV estão corretas. Apenas I, III e IV estão corretas. Todas as alternativas estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Gabarito Comentado 7. Do ponto de vista da análise textual, a desconstrução tornou-se sinônima de leitura densa de um texto de forma a revelar as suas incompatibilidades e ambiguidades retóricas, demonstrando que é o próprio texto que as assimila e dissimula. (Adaptado de https://edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/desconstrucao/). Derrida propõe a desconstrução como possibilidade de leitura de quais textos? textos exclusivamente literários e linguísticos textos exclusivamente filosóficos textos psicanalíticos textos antropológicos textos literários, linguísticos, filosóficos, psicanalíticos, antropológicos Explicação: A proposta de decomposição dos elementos da escrita proposta por Jacques Derrida aplica-se a qualquer texto. 8. O pós-estruturalismo também designa, sobretudo, desconstrução - trabalho de Jacques Derrida que muito tem influenciado não só a filosofia, mas como também outros campos do saber (literatura, estudos culturais, História, etc.). A desconstrução há de ser sempre contextualizada, é inseparável da Teoria da Escritura. Entre as alternativas abaixo, marque aquela que não corresponde à ideia derridiana de "Desconstrução": A desconstrução inventa o outro diante do impasse causado pela delimitação assertiva. A leitura desconstrutiva transforma a lógica do texto e constrói outra lógica desfavorável e negativa do mesmo texto. Para a desconstrução o contexto da interpretação do texto, como do texto interpretado, jamais pode ser totalmente dominado. A estratégia da desconstrução é um ato livre e criativo de leitura do texto, com vistas a apontar a vulnerabilidade da leitura tradicional. Definir desconstrução seria contraditório, posto que isso iria contra a que ela se pretende. . Deleuze e Guattari entendem o modelo psicanalítico edipiano como um aparelho de repressão. Da perspectiva da esquizoanálise, a psicanálise é parte da maquinaria _____________. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. alienante egótica socialista desejante capitalista Explicação: É parte da maquinaria capitalista. Para Deleuze e Gattari, o complexo de Édipo é uma organização social capitalista que reprime a produção desejante do sujeito, inibindo-o a experimentações fora da lógica edipiana da culpa e da castração ¿paterna¿, a fim de manter as estruturas sociais protegidas. 2. O filósofo Gilles Deleuze e o psicanalista Felix Guattari bagunçaram as ideias contemporâneas com a obra ___________, publicado em 1972. O livro metia a noção marxista de produção nos porões do inconsciente freudiano. O qual das opções abaixo completa corretamente o espaço deixado na afirmativa acima. Anti-Édipo Anti -Electra AntI- Epistêmico Anti- Episcopal AntI- clerical 3. ¿O inconsciente deixava de ser o cenário das imagens e emoções recalcadas para virar máquina desejante, energia produtora de desejos.¿ Podemos afirma que a ideia de máquina desejante era fruto do encontro entre: d) a sociedade capitalista ¿ Marx/máquina ¿ com o inconsciente individual ¿ Foucault/desejo. c) a sociedade capitalista ¿ Marx/máquina ¿ com o inconsciente coletivo ¿ Foucault/desejo. a) a sociedade capitalista ¿ Marx/máquina ¿ com o inconsciente individual ¿ Freud/desejo. b) a sociedade capitalista ¿ Marx/máquina ¿ com o consciente coletivo ¿ Freud/sonhos. e) a sociedade capitalista ¿ Marx/máquina ¿ com o inconsciente individual ¿ Freud/sonhos. 4. Ao observarmos a produção de Gilles Deleuze, percebemos que a trajetória do seu pensamento assinalava a predileção pelos encontros? Assinale a alternativa correta. c) Transnacionais. e) Transmulticulturais. a) Transdisciplinares. d) Transracionais b) Transculturais. Gabarito Comentado 5. Gilles Deleuze e Félix Guattari propuseram uma nova abordagem do inconsciente, a esquizoanálise, a partir da perspectiva do esquizo (ou esquizofrênico). Marque a alternativa que define este conceito. O esquizo é aquele que vive, sem conflitos, entre realidade social - produzida segundo a lógica utilitária e científica do capitalismo industrial moderno - e a realidade governada pelas sensações, pelos desejos, utopias e pela libido. É o inconsciente inserido socialmente. O esquizo é aquele que está no centro da sociedade. É a continuidade do inconsciente reprimido e descredibilizado socialmente como improdutivo. Encaixa-se nos padrões, modelos e valores estabelecidos pela sociedade industrial moderna. 6. Para o filósofo Gilles Deleuze e o psicanalista Felix Guattari o inconsciente é também entendido como uma máquina de desejos instalada num mundo capitalista de onde só a esquizofrenia pode libertar-nos. Como eles chamam essa máquina no seu livro. máquinas desejantes máquinas dos desejos máquinas desejáveis máquinas desejos máquinas desejastes Gabarito Comentado 7. O capitalismo, no seu processo de produção, produz uma formidável carga esquizofrênica sobre a qual ele fazincidir todo o peso de sua repressão, mas que não deixa de se reproduzir como limite do processo. (DELEUZE-GUATTARI). Entre as alternativas abaixo, marque a única que não corresponde à esquizoanálise, pensada por estes autores. Utiliza a arte como campo experimental de sua análise. Entende o inconsciente como uma máquina desejante. Entende a psicanálise freudiana como a ciência que reduz o inconsciente sob o signo da repressão da libido. É uma anticiência que pretende rechaçar e desconstruir a psicanálise freudiana. A esquizoanálise não se importa de saber como funciona o inconsciente. 8. O escritor se serve de palavras, mas criando uma sintaxe que as introduz na sensação, e que faz gaguejar a língua corrente, ou tremer, ou gritar, ou mesmo cantar: é o estilo, o tom, a linguagem das sensações ou a língua estrangeira na língua, a que solicita um povo por vir, (...). (Gilles Deleuze). Essa reflexão refere-se a um conceito criado por Deleuze para compreender e analisar a literatura, qual seja: Percepto Esquizo Esquizoanálise Afecto Literatura menor Para Foucault, a transgressão do ato literário apresenta-se pela experiência de uma contradição que, ao mesmo tempo em que rompe com certos limites, abre uma espacialidade infinita ao leitor. Em outras palavras, ao ler um texto o leitor já não é mais aquele de antes da experiência literária, ao percorrer-se a si por meio de outro olhar, ao colocar-se no lugar de outro, ao tornar-se outro, ao sentir-se outro, ou seja, ao entrar em devir. Por devir, pode-se entender: a experiência da catarse, ou seja, da purificação do espírito do leitor através da purgação de suas paixões estado de êxtase, a sensação de o leitor ser transportado para fora de si e do mundo o não pertencimento, a desterritorialização do leitor que passa a sentir-se não pertencente a lugar algum processo de transformação pelas quais passam os homens e as coisas/ tornar-se/ vir a ser processo de empatia pelo outro Explicação: Devir é um conceito filosófico que aponta para as transformações, o movimento, o vir a ser, o tornar-se a que tudo está sujeito. 2. O método arqueológico de Foucault considerava a relevância de: saberes legitimados socialmente pelas instituições, a fim de reafirmar a fim de operar a centralidade do saber epistemológico, científico e positivo. saberes que foram suprimidos e descredibilizados em nome de um saber postulado como verdadeiro e absoluto, por ser racional, científico e inquestionável. saberes legitimados historicamente pelas instituições, por meio de suas teses, leis e publicações veiculadas como irrevogáveis, tornado assim um saber centralizador e dominante. soterrar os saberes que se encontravam sedimentados, de modo a não revelar as ações de poder que impediram que alguns saberes fossem levados à luz do conhecimento. saberes legitimados histórica e socialmente em detrimento de registros e saberes marginalizados. Explicação: O método arqueológico de Foucault considerava a relevância dos saberes que foram suprimidos e descredibilizados em nome de um saber postulado como verdadeiro e absoluto, por ser racional, científico e inquestionável. Foucault investigou as relações de poder envolvidas no ocultamento de certos saberes, por exemplo. 3. Sobre uma das concepções de identidade de Stuart Hall, podemos afirmar que a referente ao sujeito do iluminismo seria correto afirmar que ela: b) tem como base o indivíduo totalmente afastado, unificado e dotado da razão: ¿O centro essencial do EU era a identidade de uma pessoa.¿ e) tem como base o coletivo totalmente centrado, unificado e não dotado da razão: ¿O centro essencial do EU era a identidade de uma pessoa.¿ a) tem como base o indivíduo totalmente centrado, unificado e dotado da razão: ¿O centro essencial do EU era a identidade de uma pessoa.¿ d) tem como base o coletivo totalmente centrado, unificado e dotado da razão: ¿O centro essencial do EU era a identidade de uma pessoa.¿ c) tem como base o indivíduo totalmente afastado, unificado e não dotado da razão: ¿O centro essencial do EU era a identidade de uma pessoa.¿ 4. Assinale a opção que apresenta o conceito defendido por Derrida e Foucault e que repercutiu diretamente na reflexão sobre o papel do autor e sua intenção na criação literária: prazer do texto. morte do sujeito. inconsciente do texto. jogos de linguagem. primado do contexto. Gabarito Comentado 5. "Alguns pesquisadores, como Salma Tannus e Roberto Machado, dividem a obra do filósofo Michel Foucault em três períodos. Ainda que sejam distintos entre si, eles se aproximam e dialogam, pois são "marcas" que demonstram as inquietações do autor em seu percurso intelectual." Esses três momentos estão divididos em: d) Arqueologia do saber; Genealogia do saber; Genealogia da moral. a) Arqueologia do saber; Genealogia do poder; Genealogia da moral. e) Arqueologia da moral; Genealogia do saber; Genealogia da poder. c) Arqueologia do poder; Genealogia do saber; Genealogia da moral. b) Arqueologia do poder; Genealogia do poder; Genealogia da moral. Gabarito Comentado 6. Ao desenterrar os saberes que se encontravam consolidados, Foucault pretendeu revelar as ações de poder que impediram que alguns saberes fossem veiculados em detrimento de outros. Assinale a única alternativa que não corresponde às teses desse autor. Para Foucault, os saberes são lineares, isto é, contínuos, evolutivo e progressivo. Em A História da Loucura, Foucault revela que a loucura, na modernidade, foi higienizada do espaço social como um corpo perigoso, doente e contagioso, portanto, além de alvo do poder, o corpo tornou-se a configuração do sujeito moderno, à medida que a loucura passou a ser produzida socialmente. Todo e qualquer saber articula-se a uma forma de poder. O poder é uma prática social que se transforma ao longo da história e das sociedades. Toda ação de poder é produzida e engendrada por um saber. 7. Os principais aspectos do pensamento de Foucault são: d) o saber-poder, a verdade e o consciente. e) o saber-poder, a loucura e o consciente. a) o saber-poder, a verdade e o método. b) o saber-poder, a loucura e o método. c) o saber-poder, a arqueologia e o método. Identifique o critério tradicional de classificação da cultura, segundo Alfredo Bosi. Critério racial: cultura indígena, cultura negra, cultura branca, culturas mestiças. Critério social: cultura aristocrata, cultura popular, cultura trabalhista, cultura informal. Critério de produção: cultura editorial, cultura oral, cultura acadêmica, cultura espontânea. Critério acadêmico: cultura letrada, cultura iletrada, cultura espontânea, cultura transplantada. Critério histórico: cultura clássica, cultura medieval, cultura moderna, cultura pós-moderna. 2. Elaborando uma reflexão sobre os estudos culturais a partir da história política e educacional do Brasil, Alfredo Bosi destaca cinco medidas tomadas pelo governo, e que ele denomina "tecnoburocracia". Destacamos: "Em primeiro lugar, implantou-se em todos os graus de ensino um corpo de doutrina sócio-política forrado de ideais neocapitalistas. As disciplinas intituladas Organização Social e Política do Brasil (primeiro e segundo graus) e Estudos de Problemas Brasileiros (segundo, terceiro e quarto graus) convergem para a apresentação serena de uma Nação-Estado em plena fase de melhoramento técnico e de progresso social, onde hálugar para todos, desde que trabalhem e cumpram assiduamente os seus deveres na ocupação a que se destinam. (...) Em segundo lugar, e coincidindo com o espírito das providências acima referidas, os órgãos centrais da Administração Escolar substituíram o estudo de História Geral, de Geografia Geral, de História do Brasil e de Geografia do Brasil, constantes dos currículos tradicionais do ensino médio, por uma disciplina híbrida chamada Estudos Sociais (...). Em terceiro lugar, a disciplina Filosofia desapareceu abruptamente dos cursos médios. A reflexão teórica e crítica por excelência, capaz de perscrutar a significação das ciências da Natureza, das ciências do Homem, o andamento da cultura e suas implicações ideológicas, é afinal alijada no período crucial de formação do adolescente e, por motivos análogos, praticamente desaparece dos currículos superiores.(...) Em quarto lugar, a predominância econômica dos Estados Unidos da América do Norte refletiu-se diretamente na gradual exclusão do ensino de Francês até como língua opcional nos cursos médios e, mesmo, superiores. A maioria absoluta das faculdades de Letras aboliu o ensino de Francês. Trata-se de outro revés sofrido por um dos instrumentos mais completos de que dispõem as ciências humanas no mundo moderno. (...) Em quinto lugar, o vestibular unificado que se estrutura mediante alternativas e sem redação (esta veio em 77, parcialmente) orientou, nos últimos quinze anos, pelo menos, um ensino colegial e, especificamente, os cursinhos pré-universitários, numa linha maciçamente informativa com evidente prejuízo da finalidade do curso médio que é formativa e axiológica.". (http://www.cdrom.ufrgs.br/bosi/bosi.pdf) Tais medidas pretendiam conter uma nova atitude de intelectuais em relação aos estudos culturais assumida no Brasil a partir da década de 70. Assinale a alternativa que corresponde à proposta dos pesquisadores. Os cientistas políticos utilizavam as disciplinas tradicionais como instrumentos de inserção dos ideais comunistas na educação formal. Os professores universitários, em maior escala, e os juristas, incentivavam o intercâmbio cultural entre Brasil e Estados Unidos, objetivando uma evolução dos estudos acadêmicos. Os cientistas sociais pretendiam fazer do seu conhecimento um instrumento eficaz de transformação, refletindo sobre a sociologia e o pensamento dialético. Os pesquisadores acadêmicos definiram os estudos de História e Sociologia como prioritários em todos os cursos universitários, havendo, assim, uma supressão dessas disciplinas nos níveis de acesso à universidade. Os pesquisadores acadêmicos identificavam, em seus alunos, futuros revolucionários que lutariam contra o sistema ditatorial vigente. 3. Considerando a ação do tempo histórico sobre o homem, podemos dizer que o pós-modernismo denuncia: a revalorização de referências sociais e estáveis, o que consolida a existência do Eu. a mutação constante dos valores capitalistas, o que desestabiliza o eu, levando-o a apoiar-se na religião. a instabilidade econômica e cultural obrigam o homem a buscar, em contraponto, uma estabilidade social e religiosa. a perda de referências culturais e sociais estáveis, o que ameaça a própria noção do Eu. a revisão de valores morais e religiosos, o que reestrutura o Eu em busca de um passado histórico. 4. Assinale a alternativa que apresenta características da pós-modernidade. Reutilização dos modelos artísticos medievais, reciclagem de matéria prima e domínio cultural ocidental. Música eletrônica, teatro interativo e televisão por assinatura. Globalização, capitalismo e mídias tecnológicas. Uso intenso de imagens culturais, consumismo massificado e tecnologias avançadas. Avanço do capitalismo sobre o Oriente, rigor estético clássico e controle estatal de mídias tecnológicas. 5. Alfredo Bosi, em sua obra Dialética da Colonização (São Paulo, Companhia das Letras, 1992), chama a atenção para o fato de que se costuma utilizar a expressão "cultura brasileira" como se houvesse a possibilidade de aglutinar, em uma só unidade, todas as nossas manifestações culturais. O crítico argumenta que, para que tal uniformização seja aceita, precisamos classificar a cultura brasileira em dois níveis, que são: uma cultura cristã, fundadora da moralidade social, e uma cultura marxista, formadora da classe operária desvinculada de preceitos religiosos. uma cultura medieval, consideradas as estruturas permanentes da sociedade, e uma cultura moderna, decorrente da necessidade humana de inovação. uma cultura acadêmica, formada por filósofos e críticos de literatura, e uma cultura social, elaborada por homens incultos. uma cultura erudita, centralizada no sistema educacional, e uma cultura popular, basicamente iletrada. uma cultura televisiva, mais popular, e uma cultura teatral, mais elitizada. 6. Alfredo Bosi considera que os critérios de classificação do conceito de cultura podem e devem mudar. No entanto, no contexto cultural brasileiro, é necessário que se reconheça: a permanência cultural, tendo em vista a força dos discursos culturais. a pluralidade cultural, pois há diferenças regionais e sociais que devem ser identificadas. a ruptura cultural, pois, sendo o Brasil um país que possui um sistema educacional ineficaz, é difícil manter uma tradição cultural. a transformação cultural, considerando-se a capacidade humana de inovação dos discursos. o transplante cultural, devido às influências interculturais estabelecidas historicamente. 7. Os teóricos da pós-modernidade, ainda que possuam muitas ideias divergentes, reconhecem que o período representa: uma releitura da estética medieval com o objetivo de fechar o ciclo progressita surgido com o capitalismo. uma reafirmação da História a partir do Iluminismo. uma consolidação das tendências burguesas e capitalistas que se fortaleceram no século XIX. uma estabilização das normas e condutas sociais e comportamentais que se formaram no século XX. uma crise nas crenças culturais que marcaram a História. Gabarito Comentado 8. Segundo Alfredo Bosi, a cultura erudita evolui: nas classes altas e nas instituições privadas. nas classes altas e nos teatros. nas classes altas e nas classes médias. nas classes altas e nos estabelecimentos comerciais. nas classes altas e no sistema escolar.