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ESTRUTURA E FUNÇÃO DE PROTEÍNAS PROTEÍNAS • São polímeros formados por aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas e podem ser formadas por uma ou mais cadeias polipeptídicas. • São constituídas por 20 aminoácidos diferentes que reunidos em combinações praticamente infinitas, possibilitam a formação de milhões de estruturas diversas. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS • Cada proteína apresenta uma estrutura espacial definida e característica – conformação. Conformação predominante – mais estável termodinamicamente Proteínas nativas Refere-se ao estado estrutural alcançado sem a quebra de ligações covalentes. Estrutura terciária Cadeia polipeptídica Estrutura secundária Estrutura primária Resíduos de aminoácidos -hélice Estrutura quaternária Subunidades montadas ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS A estrutura de uma proteína é organizada a partir de níveis estruturais de complexidade crescente: ORGANIZAÇÃO TRIDIMENSIONAL ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS A sequência de aminoácidos determina a estrutura espacial da proteína • É a seqüência de aminoácidos existentes na molécula de uma proteína. • É o nível de estrutura mais simples a partir do qual todos os outros derivam. Estrutura Primária • É o arranjo espacial do esqueleto de carbonos da cadeia polipeptídica. Estrutura Secundária α-hélice α-hélice Folha β pregueada Enrolamento da cadeia ao redor de um eixo. Interação lateral de segmentos de uma cadeia ou de cadeias diferentes. Estrutura Secundária • A -hélice é mantida pelas pontes de H que se formam no interior do esqueleto de uma única cadeia peptídica. Pontes de H – paralelas ao eixo da hélice. Possui 3,6 resíduos de aminoácidos por volta (0,54 nm). -hélice Certas sequências de aa não podem organizar-se em α-hélice: Vários aa adjacentes de mesma carga – forte repulsão (ex: polilisina em pH 7: cadeia lateral carregada positivamente). Presença de aminoácidos com cadeias laterais volumosas (Asn, Thr). Prolina - O nitrogênio está em um anel rígido impedindo a rotação da ligação N-Cα –gera torções que desestabilizam a hélice. Estrutura Secundária A folha pregueada é mantida por pontes de H que são perpendiculares ao eixo das cadeias. As pontes de H ocorrem entre cadeias polipeptídicas diferentes ou entre segmentos de uma mesma cadeia (próximos ou distantes). Segmentos apresentam conformação mais distendida e dispõem-se lado a lado em zigue-zague. Os grupos R dos aminoácidos projetam-se para cima e para baixo do plano da folha. Ponte de H Grupos R paralela N-terminais de cada cadeia polipetídica alinhados na mesma direção antiparalela N-terminais de cada cadeia polipetídica estão em direções opostas Estrutura Supersecundária ou Motivos Estruturais Combinações da estrutura secundária a) unidade b) meandro c) unidade d) barril e barril / Exemplos de proteínas contendo diferentes proporções e arranjos de elementos estruturais secundários Hemoglobina Triose Fosfato Isomerase Estrutura Terciária • Representa a estrutura tridimensional da proteína como um todo – arranjo tridimensional de todos os átomos da molécula. A estrutura tridimensional é determinada pela sequência de aminoácidos pois as interações entre as cadeias laterais direcionam o dobramento do polipeptídio para formar uma estrutura compacta Estrutura Terciária • Segmentos distantes da estrutura primária podem aproximar-se e interagir através de ligações não-covalentes entre os grupos R dos aminoácidos. • A estrutura terciária (dobramentos e enovelamento) das proteínas é mantida através do grande número de interações não-covalentes: • Interações eletrostáticas • Interações hidrofóbicas • Pontes de hidrogênio • Forças de Van der Waals • Lig. covalentes (pontes dissulfeto) ENOVELAMENTO DE PROTEÍNAS A conformação espacial de uma proteína está relacionada com sua função: O dobramento de uma proteína busca sempre a conformação de menor energia e adaptação ao meio fisiológico onde ela vai exercer sua função biológica. Ex: no meio aquoso o dobramento é feito de tal maneira que esconde os grupamentos apolares e expõe os grupos polares ao meio aquoso. Estrutura Quaternária Proteína dimérica • Duas ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades) interagem para formar um proteína oligomérica. • Cada uma das cadeias apresenta os três níveis estruturais citados. • É mantida principalmente por pontes de hidrogênio e por interações hidrofóbicas. Estrutura Quaternária • Resultado dessas interações não covalentes: Mudanças sutis em uma parte da molécula (provocadas pela interação com ligantes/moduladores) podem resultar em mudanças drásticas nas propriedades de um sítio/subunidade distante na mesma molécula de proteína. PROTEÍNAS ALOSTÉRICAS 1) ARRANJO ESTRUTURAL globulares fibrosas 2) SOLUBILIDADE solúveis integrais de membrana 3) PRODUTO DE HIDRÓLISE simples conjugadas 4) MODIFICAÇÕES PÓS-TRADUCIONAIS lipoproteínas - glicoproteínas - fosfoproteínas Classificação das Proteínas PROTEÍNAS GLOBULARES Apresentam uma ou mais cadeias polipeptídicas organizadas em uma forma final esférica (enovelamento dos segmentos da cadeia peptídica) – diversidade estrutural. Geralmente solúveis e desempenham várias funções biológicas. Incluem: enzimas, proteínas transportadoras, motoras, regulatórias, imunoglobulinas, etc. MIOGLOBINA PROTEÍNAS GLOBULARES Formada por 8 segmentos em α-hélice (70 – 80% dos aa) interrompidos por curvaturas. Regiões de curvatura – prolina (grupo R rígido). Aminoácidos apolares – localizados no interior da molécula (interações hidrofóbicas). Proteína monomérica com 153 aa e um grupo prostético (heme). Função de armazenamento de O2 nos músculos. PROTEÍNAS GLOBULARES Grupo prostético – resíduo não proteico que forma uma parte funcional de uma proteína. Grupo heme: molécula de porfirina contendo um átomo de ferro no estado ferroso, Fe2+ PROTEÍNAS GLOBULARES Fe (II) – 6 sítios de ligação (4 estão ligados aos anéis porfirínicos). 2 sítios livres para ligação: 1 com histidina (proximal) e 1 com o oxigênio (O2). 2 sítios estão em planos opostos no anel. Histidina distal liga-se ao oxigênio. PROTEÍNAS GLOBULARES HEMOGLOBINA PROTEÍNAS GLOBULARES Proteína oligomérica formada por 4 cadeias polipeptídicas. Função: transporte de oxigênio dos pulmões até os tecidos. Associam-se formando dímeros – 1β1 e α2β2. Estrutura quaternária (lig. não covalentes) 4 subunidades: duas e duas β PROTEÍNAS GLOBULARES Grupo heme encontra-se em uma cavidade hidrofóbica delimitada por aa apolares. PROTEÍNAS GLOBULARES Grupo heme é idêntico ao da mioglobina. Hb totalmente oxigenada – oxihemoglobina 4 moléculas de O2 (oxi-Hb ou HbO2). Hb desprovida de oxigênio – desoxihemoglobina (desoxiHb ou Hb). A este sítio ainda podem ser ligar outras moléculas pequenas como o CO (monóxido de carbono), NO (óxido nítrico) e H2S (gás sulfídrico) – afinidade maior que o oxigênio o qual é deslocado. Alta toxicidade para organismos aeróbios. PROTEÍNAS GLOBULARES Vídeo sobre as funções da hemoglobina: http://www.fundacaolemann.org.br/khanportugues/hemoglobina PROTEÍNAS GLOBULARES Sequências de aa diferentes Proteínas globulares apresentam grande variedade de estruturas terciárias: Funções biológicas diferentes Forma alongada: filamentos ou folhas Insolúveis em água Funções estruturais nos sistemas biológicos: suporte, forma e proteção Formadas pela associação de módulos repetitivos – cadeias polipeptídicas com estrutura secundária regular: α-hélice ou folhas β pregueadas. • α-queratinas • β-queratinas • Colágeno PROTEÍNAS FIBROSAS PROTEÍNAS FIBROSAS α-QUERATINAS Cadeia em -hélice. Associação das cadeias em α-hélice (2) formam longos cabos helicoidais que associados formam fibrilas e fibras. Ex: componente principal da epiderme, cabelos, lã, chifres, unhas, cascos, bicos e penas. PROTEÍNAS FIBROSAS Presença de pontes dissulfeto (cisteínas) – grande resistência às fibras PROTEÍNAS FIBROSAS β-QUERATINAS Fibras são formadas pelo empilhamento de folhas β pregueadas antiparalelas ricas em Ala e Gly. Pontes de hidrogênio e forças de van der Waals estabilizam a estrutura. Estrutura não elástica, mas flexível. Ex: fibroína da seda e teias de aranhas Folhas β antiparalelas PROTEÍNAS FIBROSAS COLÁGENO Proteína mais abundante no corpo humano. Presente em todos os tecidos. Confere resistência mecânica e sustentação aos tecidos. Estrutura: Cadeia α com alto conteúdo de glicina, prolina, hidroxiprolina e/ou hidroxilisina. Regularidade da estrutura primária: Gly-X-Pro Gly-X-Hyp PROTEÍNAS FIBROSAS Associação de 3 cadeias polipeptídicas formando uma hélice tripla: TROPOCOLÁGENO PROTEÍNAS FIBROSAS Colágeno: vários tipos e funções. Fibrilas de colágeno – formadas pelo agrupamento das moléculas de tropocolágeno unidos por ligações cruzadas – dependendo do tipo de agrupamento tem-se diferentes graus de resistência elástica (tendões, cartilagens, matriz óssea, córnea). Classificação das proteínas - PRODUTO DE HIDRÓLISE De acordo com os produtos de hidrólise as proteínas podem ser classificadas em: Simples – apresentam apenas aminoácidos em sua estrutura; Conjugadas - apresentam grupos químicos associados aos aminoácidos. PROTEÍNAS CONJUGADAS Formadas por alterações enzimáticas dos aminoácidos usuais após a incorporação na cadeia polipeptídica durante a síntese de proteínas. Grupos ou moléculas não protéicas ligadas à cadeia peptídica: Grupos prostéticos PROTEÍNAS CONJUGADAS A natureza dos grupos prostéticos determinará a classificação dos tipos de proteínas: Lipoproteínas, glicoproteínas, metaloproteínas, etc. Alterações moleculares na estrutura das proteínas; Alterações por modificação covalente: Fosforilação; Hidroxilação; Glicosilação; Redução no tamanho da proteína. MODIFICAÇÕES PÓS-TRADUÇÃO Modificações pós-traducionais Aminoácido Modificação encontrada Amino-terminal Acetilação, glicosilação Carbóxi-terminal Metilação, ADP-ribosilação Arginina Metilação, ADP-ribosilação Asparagina Glicosilação, metilação, desamidação Aspartato Metilação, hidroxilação Cisteína Glicosilação Glutamato Metilação, carboxilação, ADP-ribosilação Glutamina Desaminação Histidina Metilação, ADP-ribosilação Lisina Acetilação, metilação, hidroxilação Fenilalanina Hidroxilação, glicosilação Prolina Hidroxilação, glicosilação Serina Fosforilação, metilação, hidroxilação Treonina Fosforilação, metilação, hidroxilação Triptofano Hidroxilação Tirosina Fosforilação, iodinação, hidroxilação DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS Proteína nativa Proteína desnaturada É a alteração da estrutura tridimensional da proteína com a perda da função biológica Quebra de ligações não covalentes Todos os fatores que levam à modificação estrutural de uma proteína modificam sua atividade biológica Agentes Desnaturantes: Físicos: Temperaturas extremas, raios X, ultra-som Químicos: Ácidos e bases fortes (pH), detergentes, uréia, mercaptoetanol Efeito: Redução da solubilidade; aumento da digestibilidade; perda da atividade biológica (enzimas, hormônios, anticorpos) Pode ser Reversível (renaturação)... Ou irreversível... 1) ESTRUTURA: Responsáveis pela forma e estabilidade de células e tecidos. Ex.: Colágeno, histonas, etc. 2) TRANSPORTE: Transportam moléculas essenciais para a vida. Ex.: Hemoglobina, albumina, canais iônicos, etc. 3) PROTEÇÃO E DEFESA: Sistema imune protege o organismo contra agentes tóxicos ou estranhos. Ex.: imunoglobulinas. 4) CONTROLE E REGULAÇÃO: Regulam o metabolismo. Ex.: hormônios e seus receptores. 5) CATÁLISE: Enzimas. Maior grupo com > 2000 representantes. 6) MOVIMENTO: Proteínas contráteis que realizam o movimento. Ex.: Actina, tropomiosina, etc. 7) ARMAZENAMENTO: Plantas nutricional; animais energia. FUNÇÕES GERAIS DAS PROTEÍNAS Estudo interativo sobre estrutura e função das proteínas http://www.iq.usp.br/bayardo/softwares/proteina/index.html
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