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CRIMINALÍSTICA E MEDICINA LEGAL I, Prof. Sami

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CRIMINALÍSTICA E MEDICINA LEGAL I
Anotações de aula do Prof. Sami
O Link para DOWNLOAD deste arquivo em formato WORD está no final do texto.
PARTE 1	2
1	Aula 27/03/2017	2
2	Aula 03/04/2017	2
3	Aula 10/04/2017	3
4	Aula 17/04/2017	4
Perícia Científica	4
5	Aula 24/04/2017	4
Nexo de Causalidade	4
6	Aula 08/05/2017	5
7	Aula 15/05/2017	5
Avaliações	5
8	Aula 22/05/2017	5
Cena ou local de crime	5
9	Aula 29/05/2017	6
Meio insidioso	6
Questões da P1 foram a respeito da leitura do Cap.6 (MANZANO. Critérios para o juízo de admissibilidade da prova científica):	6
PARTE 2	6
10	Aula 12/06/2017	6
Lesões	6
11	Aula 19/06/2017	7
Inimputabilidade Penal	7
12	Aula 03/07/2017	8
Morte	8
Aborto	9
PARTE 1
Aula 27/03/2017
=> Capítulo das provas de um Código de Processo Civil Comentado.
=> Capítulo das perícias e provas de um Código Penal Comentado.
=> Prova Pericial, Luiz Fernando de Moraes Go..nza..no, Ed. Atlas.
=> Lógica de Interpretação de Provas/Exames: “A ciência médica de House”.
P1 05/06/2017
P2 10/07/2017
O novo CPC (2015) mudou radicalmente a lógica do manejo das provas no processo civil, com 90 anos de atraso em relação aos EUA (já havia tido alguma mudança na reforma do código de processo penal de 2008). Mas ainda não incorporou as limitações sobre os critérios modernos de perícia.
Agora vincula ao julgador às provas dos autos, a motivação do magistrado deve considerar todas as provas (se descartar alguma, deve apreciá-la individualmente). Não é possível mais ignorar as provas à bel convicção. O processo intuitivo lógico exige bastante energia do Magistrado (faz ele descartar as primeiras intuições tendo em vista novas evidências).
Separar fatos de “juízo de valor sobre os fatos”, a fim de não cometer injustiças (errar julgamentos). Distinguir e demonstrar algum falso-positivo, que pode ter sido pela qualidade do exame, qualidade da coleta do local, etc.
Grau de incerteza => margem para o imprevisível/imponderável.
O assistente técnico (parcial - pago pelo particular) somente se manifesta depois que o perito (imparcial - pago pelo Estado) fez a prova.
Para muitas das técnicas a prova é irrepetida: só há uma chance para o perito realizar o teste, sendo a prova destruída.
O assistente técnico “fiscaliza” depois. A contra-prova é a repetição do processo pericial.
Critério de admissibilidade da prova: para que a prova seja válida, deve preencher alguns requisitos.
Aula 03/04/2017
Prova Pericial => Perícia-Laudo (Assistente Técnico da Parte) => Peritos
Peritos: Perícia oficial (concurso) ou AD HOC (função pública por nomeação da autoridade judicial caso o perito oficial não esteja disponível)
Perícia Oficial: estados (no RS o concurso é pelo instituto geral de perícias, é subordinado ao secretário de polícia civil) e federal (servidores concursados que cumprem atribuições da entidade administrativa em que estão vinculados).
Impessoalidade: não se escolhe um perito específico (pena de suspeição). Não há muito respeito à prazos, muito em virtude da quantidade de tarefas.
A perícia AD HOC é personalíssima, pois há uma qualificação exigida (objeto da perícia) que recai sobre a pessoa. Pré-requisitos no Código Civil (profissional de nível superir especialista no objeto da perícia). A perícia complexa (envolve mais de um campo de conhecimento) pode necessitar da nomeação de mais de um perito.
Quem paga a perícia AD HOC são as partes ou o próprio Estado.
Nomeação de perito por sucumbência => até 1997 se o reclamante na justiça do trabalho ganhasse a ação, o perito ganhava os honorários, senão não ganhava. Isto dá margem a enviesamento e conflito de interesse.
Em 2007, se passou a pagar com recursos do Tribunal, sob qualquer circunstância. Mas se a parte vencedora for a parte com Assistência Judicial Gratuita, o perito só vai receber em uns 5 anos, pago pelo Estado, mas se o vencedor for a empresa, o perito ganha mais rápido e menos, pago pela empresa.
No novo CPC, paga quem pede a perícia, mas se for beneficiário de AJG, quem paga é o Tribunal (tabela do tribunal - o tribunal não acha perito que aceite uns R$ 400,00). Se quem pede a perícia é a parte sem AJG, o perito propõe os honorários, sendo aceito ou não pelo Tribunal.
Pessoa Jurídica intermediadora do trabalho pericial: a empresa indica peritos, que aceitam ou não. Não pode se já for Assistente Técnico de uma das partes.
Perícia Técnica (não exige conhecimento científico nem raciocínio dedutivo elaborado, apenas a experiência de quem vai analisar e descrever; nos EUA já se entende que não precisa ter nível superior; Ex. se uma arma de fogo está apta para atirar - saber manejar uma arma de fogo, não precisa saber a física por trás - expansão de gases, etc.; comparação de uma assinatura ou impressão digital; ver e descrever uma radiografia mas sem dar o diagnóstico; perícia de insalubridade, não precisa nem ser perito) X Perícia Científica (possui método => observação/”conhecimento - informação que não está nos fatos, retirada do conhecimento acumulado”, formulação da hipótese e teste/experimento sobre a hipótese; o perito também utiliza a informação que não está nos fatos para concluir o Laudo - “conhecimento oculto”, mas pode expor para elucidar a questão, conforme exigido pelo CPC).
LINK para Dedução Lógica: Raciocínio indutivo e dedutivo na Ciência, disponível em: <https://plus.google.com/105193352569699409491/posts/8UujvcnSqRH>.
Aula 10/04/2017
Conselho Federal de Medicina, conjuntamente com a Associação dos Médicos => possui um catálogo de patologias com seus vários procedimentos médicos recomendados, numerando o grau de evidência de cada hipótese. Assim, o médico pode elaborar uma diretriz de qual decisão tomar, sob as dadas circunstâncias. Isto poderá ser questionado em caso de erro médico!
=> na questão do erro médico ou da medicina legal, o perito pode apresentar diversas hipóteses de acontecimento, com seus graus de razoabilidade fática, então o juiz pode aceitar a hipótese que achar mais razoável, combinada com outros fatos jurídicos ou fáticos do processo.
Aula 17/04/2017
Perícia Científica
- No ramo da medicina é chamada de ciência forense.
- No entanto, em vários momentos se necessita de uma especialidade de outro ramo da ciência (acidente de trânsito, desabamento de edificação, etc.).
CPC 2015: O perito deve ser especializado no OBJETO da perícia, senão seu laudo pode ser questionado!
Mas ainda assim, em um objeto global (Ex. acidente de trânsito), há ainda o objeto específico: assim como o carro se deforma, um corpo humano também pode se deformar, podendo dar respostas sobre, por exemplo, se a vítima estava usando o cinto de segurança.
"O objeto deve ser delimitado corretamente". Se não há esclarecimento sobre isso, pode ser que seja necessário, de antemão, a definição de mais de um perito (já na contestação - quais as hipóteses, o que se vai tentar provar).
A resposta do perito deve ser “tecnicamente conclusiva”, mesmo que não “resolva o caso”.
=> Normalmente as técnicas científicas apenas atribuem algum percentual de certeza a algum fato. Sendo assim, na esfera penal, isto pode não ser admitido para condenar alguém (somente se for júri popular), mas na esfera cível o juiz pode fazer um juízo de valor (sopesar bens jurídicos), podendo condenar, por exemplo, que um pai (que pode sustentar alguém) pague pensão para um filho (que talvez não seja seu - mas que necessita de recursos). Outro exemplo é de um funcionário que possui uma lesão na coluna, mas não se sabe se ele já tinha ou se adquiriu executando seu trabalho (a empresa tem condição de pagar e o funcionário não vai ter condições de se empregar em outro trabalho - deve se analisar os percentuais técnicos oferecidos pela perícia!).
Aula 24/04/2017
Nexo de Causalidade
Fatores relacionados com acidentes de trânsito
Interações humanas (velocidade; ingestão de álcool; etc;), com o condicionamento do veículo (revisão mecânica; etc;), da via (sinalização; etc.), bem como as climáticas (visibilidade; etc.).
=>Velocidade não aumenta a probabilidade de acidente, mas o grau de letalidade dos acidentes. A velocidade máxima permitida estabelece um limite de prudência, mas se constatado que mesmo se tivesse respeitado a velocidade máxima permitida da pista não tivesse evitado o acidente, pode eliminar esta causalidade.
=> SONO: 18h acordado equivale a 5 decigramas de álcool/litro; 24h equivale a 10dg/L (que é o mesmo do que dormir apenas 4h por dia).
=> a partir de 6 à 8dg/L a taxa de acidente começa a crescer muito!
=> drogas como cocaína e maconha estão diretamente relacionadas à acidentes.
Nexo de causalidade de um tetraplégico que morre de pneumonia. Ele havia sido atropelado mas foi salvo por uma ambulância. As pneumonias são frequentes em pessoas tetraplégicas, devido à incapacidade de expansão dos pulmões (possuem atrofia). Então, a pessoa que o atropelou é acusada por homicídio 5 anos depois.
O advogado do que causou o acidente deve tentar estabelecer que o período de estabilidade, consolidação do acidentado que seja antes dos 5 anos, tentando elencar uma segurança jurídica que não mais o cliente responda pelo que aconteça com a vítima (a pneumonia seria uma morte natural em um indivíduo debilitado).
Num outro caso, um trabalhador perde 10% das funcionalidades da mão em um emprego e noutro fica com 30%. Então se faz a segunda empresa indenizar os 60% e a primeira àqueles 10% iniciais.
Aula 08/05/2017
(não teve)
Aula 15/05/2017
Avaliações
Valoração do dano corporal/à pessoa (descritivo ou tabelado - do francês “baremos”)
DIMENSÕES: Anatômica (detenção física); Funcional (pode voltar a funcionar 100% através de um procedimento); Psíquica (sofrimento durante o processo, podendo ser permanente - medo/temor adquirido, indenizado junto com dano moral, salvo se o perito quantifique em separado, adicionando o dano objetivo a ser reparado - o que atinge o indivíduo em sua dignidade); Estética (moral, caso não houver um contrato de seguro objetivo).
A quantificação possui a finalidade de trazer maior segurança jurídica nas sentenças, visto que para danos morais apenas é a valoração do juiz.
Tabelas percentuais e de graduações, como o modelo da “Tabela DPVAT, brasileira”: Ex. impacto de um polegar em uma mão representa 70% da função da mão.
=> critério de pontuação: Ex. se a parte do corpo for necessariamente exposta (rosto), então tem maior grau estético.
Graduadas e quantificadas as dimensões do corpo atingidas, deve-se relacionar estas descrições com o indivíduo específico (o que ele faz no seu dia a dia e como isto irá influenciar).
Aula 22/05/2017
Cena ou local de crime
Cena primária (local onde efetivamente aconteceu o evento/crime) X secundária (Ex. desova de cadáver). As vezes não é possível manter a cena intacta devido à socorro paramédico, ou de não ser possível manter uma via fechada por muito tempo no caso de um acidente.
Isolamento
Preservação
Identificação de testemunhas
Reconhecimento de padrões de manchas de sangue
Coleta de vestígios e evidências
Fotografia/ croquis/ filmagem
Aula 29/05/2017
Meio insidioso
Tortura, fogo, explosão, asfixia => meio cruel, quer produzir sofrimento na vítima.
Asfixia => há casos emblemáticos em que a asfixia não caracteriza a intenção de causar o sofrimento.
Definição: falta de oxigênio nas células do corpo.
Quando as células estão em sofrimento de asfixia, causa edema no pulmão e o sinal é a espuma que sai pela boca. Causa uma escuridão do sangue ainda, que fica difícil de coagular. Se o processo for lento, causa manchas na pele como hematomas. Há ainda a intoxicação por CO, por Cianeto, etc., ou ainda por problema de saúde como a anemia.
Achados genéricos de uma asfixia não permitem fazer uma especificação, a fim de qualificar a asfixia como meio insidioso.
Enforcamento => envolve a asfixia no pescoço, mais a componente da constrição vascular, em que a vítima desmaia (de 11-3 segundos) muito mais rápido do que a falta de oxigênio no cérebro.
13-3 segundos => convulsões
20-6 segundos => início de morte cerebral
Questões da P1 foram a respeito da leitura do Cap.6 (MANZANO. Critérios para o juízo de admissibilidade da prova científica):
1) Explique a origem e o significado de “aceitação geral” presente no inciso III do artigo 473 do CPC/15;
2) Discorra brevemente sobre as críticas ao teste Frye.
PARTE 2
Aula 12/06/2017
Lesões
O perito pode inferir uma ação que é capaz de produzir uma determinada lesão.
São as ações que são aferidas e não algum instrumento utilizado. Se pode inferir algum instrumento, o que é facilitado se há algum instrumento presente no local do crime.
Ação contundente => aplicação da energia cinética sobre um determinado tecido, sendo capaz de produzir reação vital.
Reação local: não é um dano propriamente dito, mas uma resposta a uma ação (ex. tapa). Pode desaparecer um 15min-30min. Pode estar caracterizada por vasodilatação, com aumento de volume no local, gerando calor.
A lesão mais comum é aquela que produz ruptura da microvasculatura - é tão fina que as hemácias passam em fileira, ou até dobradas (ex. tiro de paint bal). Produz um roxo. Esta equimose é facilitada pelo hormônio estrogênio (mulheres), ou pelo pouco colágeno (muda conforme o local da pele), ou locais com pouca drenagem linfática ou com bastante gordura (a área do rosto é mais vascularizada que a coxa, por exemplo).
Cores das equimoses => violeta (recente), azulado (5 dias), esverdeado (10 dias), amarelado (15 dias), desaparece (25 dias).
Aula 19/06/2017
Inimputabilidade Penal
Regra de M’Naghten (1843): na prática do ato o agente deveria ter compreensão de que o ato era ilícito e ainda, por sanidade mental, era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do ato (ação ou omissão).
Sistema biológico => doença mental ou desenvolvimento mental incompleto (< 18 anos).
Sistema psicológico => defeito da razão (momento volitivo - deliberação cognitiva dos atos, influenciada por emoções).
Sistema biopsicológico => entendimento ético-jurídico (realidade em que o indivíduo está inserido - é um pré-requisito para a autodeterminação) e autodeterminação (projeção para o futuro de um ato realizado atualmente e habilidade de controlar impulsos: desenvolvimento em uma área do cérebro que atinge sua plenitude por volta de 25 anos nos homens e 22 nas mulheres).
=> o que mais influencia na autodeterminação de um indivíduo, conhecida, é a abstinência do uso de drogas (incluindo o álcool - abstinência em alcoólatras tem maior risco de causar acidentes do que pessoas bêbadas).
O diagnóstico de doenças mentais é feito pelo Médico Psiquiatra. Há dois grandes manuais codificadores de doenças, internacional, com critérios de diagnóstico, e aceito pelo Ministério da Saúde.
Código Penal => Art’s. 26, 96, 149, etc.
Inimputabilidade => doença mental.
Semi-imputabilidade => perturbação da saúde mental (condenação com redução de pena).
Conforme descrito por Borja (2015):
Ver: <https://plus.google.com/105193352569699409491/posts/co5F38SEMrY>.
O conceito de maioridade penal é derivado da maioridade civil, situando-se, inicialmente, no plano de legitimação do Estado (alteração coercitiva das relações sociais). Porém, se o primeiro não fosse diferenciado do segundo, um pai deveria ser condenado pelo crime do filho no caso de ser o responsável imediato. Sendo assim, se um pai fosse detido por um crime cometido pelo filho, segundo o plano de legitimação do Estado, ocasionaria ainda um prejuízo inerente à educação do filho em questão (e dos outros filhos), pois estaria ausente, sendo o conceito de família comprometido. Então, com o conceito de maioridade penal no plano jurídico (diferenciado da maioridade civil), dada a responsabilidade da família, dever-se-ia o Estado alterar a guarda da criança, para outra família educá-la. Mas esse tipo de legislação não condiz com a cultura operante da sociedade, além do mais, o conceito de maioridade penal situado no plano de legitimação do Estado induz a sociedade a relacionar crimes por nome de família,incitando a vingança entre gerações.
Posteriormente, com a evolução da sociedade, o conceito de maioridade penal começa a se enquadrar no plano de limiares históricos (base em bens coletivos), se deslocado, portanto, da maioridade civil do plano de legitimação do Estado (base na educação). Isso ocorreu sob a visão econômica da sociedade, de forma que, se um pai fosse detido em detrimento do filho, causaria ainda mais prejuízo econômico para a sociedade, em comparação com o dano provocado pelo crime do filho. Com isso, há uma confusão de limiares a serem ponderados: o primeiro diz respeito à educação familiar em comparação com o limite de interferência do Estado nessa educação (plano de legitimação do Estado); o segundo diz respeito ao dano econômico causado pelo ato ilícito, em comparação ao bem jurídico protegido pelo Estado (plano de limiares históricos).
Então, o que possibilitaria a redução da maioridade penal abaixo da maioridade civil seria o conceito de crime hediondo (plano de limiares históricos). De acordo com esse conceito, assim como o meio ambiente pode não ser capaz de se recuperar depois de um dano ocorrido, a humanidade também pode sofrer danos irreparáveis em seus bens jurídicos, podendo o Estado intervir afundo na educação familiar, em casos excepcionais.
Aula 03/07/2017
Morte
Cessação irreversível das funções vitais.
Tríade vital de Bichat => sistema neurológico, cardiológico e respiratório.
Coração => pode funcionar sem necessidade de auxílio neurológico, até que falte oxigênio para o coração, então cessa a circulação sanguínea para o cérebro.
Sistema neurológico => controla a temperatura, a pressão e a respiração (tudo isso é o sistema neuro-vegetativo - aquilo que mantém a pessoa viva).
Sistema respiratório => se ficar lesado, o coração fica sem oxigênio e para de bater.
Pode dizer que uma pessoa está morta, o IML no Brasil; o médico (preenche um requisito técnico); ou duas pessoas idôneas quaisquer.
=> Já ocorreu de pessoas se levantarem no IML, mesmo com assinatura de óbito já dada. O velório, como social, serve para dar algum tempo e concluir que a pessoa está morta.
Em 1968 há o primeiro transplante de coração no Brasil e uma conferência internacional sobre transplantes, afirmando que as funções do coração e o pulmão poderia ser mantida mesmo com este órgãos deprimidos. Então, nasce o conceito de morte cerebral.
A morte cerebral é um produto da intervenção com artifícios, então basta que o sistema neurológico esteja lesado para que o quadro seja irreversível.
Morte do tronco cerebral (parte do cérebro no inferior), para se poder dizer que o corpo perdeu sua identidade como pessoa (a vida é inviável). Para se checar a lesão ao tronco cerebral, deve ser feito por dois médicos independentes, e que não tenham relação com o transplante que estava sendo realizado.
A parte superior do cérebro é o córtex, que torna o humano diferente dos outros animais. Se esta parte do cérebro entrar em falência, há uma falsa-morte, a morte cognitiva. A pessoa sobrevive em estado vegetativo.
Aborto
O feto anencéfalo possui tronco cerebral, logo não se encaixam em morte cerebral. Os fetos que não possuem tronco cerebral não são levados adiante na gestação natural.
=> com a permissão de abortar o feto anencéfalo, alterou-se o conceito de morte (por falência do tronco cerebral). Então, ele já estando “morto”, poderá ser interrompida a gestação, sob o conceito de crime é impossível.
Ainda assim, um bebê que nasce com um tronco cerebral, mas anencéfalo (sem o córtex), ele sobrevive apenas alguns dias, pois o córtex não se formou justamente por sua base anatômica, que é o tronco cerebral estar deficiente. Ou seja, o aborto de fetos anencéfalos também pode ser justificado pelo fato de seu tronco cerebral estar comprometido para suportar a vida.
Intervalo Pós Mortem
Inferir o tempo de morte de um cadáver => temperatura do corpo, compressão dos músculos, roxidão nas partes, grau de putrefação.
Segue o LINK para baixar o presente arquivo:
https://drive.google.com/open?id=0B_vwGsXdCzWXU1pHcFlpZTVoeWM

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