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TCC EDITADO 10 do 07.3 Projeto de pesquisa

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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E TURISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS MILITARES MEDIANTE 
O COMPROMETIMENTO DE SUA SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Débora Campos Soares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA IGUAÇÚ 
Julho de 2017 
 
 
 
2 
 
 
 
Débora Campos Soares 
 
 
 
 
A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS MILITARES MEDIANTE 
O COMPROMETIMENTO DE SUA SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado a 
Universidade Federal Rural do Rio 
de Janeiro. Orientadora: Professora 
Janaina Machado Simões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA IGUAÇÚ 
Julho de 2017 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................4 
1.1 PROBLEMA..................................................................................................4 
1.2 OBJETIVO FINAL.........................................................................................6 
1.3 OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS..................................................................6 
1.4 JUSTIFICATIVA TEÓRICA............................................................................6 
1.5 JUSTIFICATIVA EMPÍRICA..........................................................................7 
2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................7 
2.1 HISTÓRICO DA QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO...............................7 
2.2 CONCEITO E IMPORTÂCIA DA QUALIDADE DE VIDA.............................9 
2.3 ASPECTOS DA ATIVIDADE MILITAR.........................................................11 
2.4 ATIVIDADE MILITAR E A INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA............14 
3 METODOLOGIA.............................................................................................18 
3.1 TIPO DE PESQUISA...................................................................................18 
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA ...........................................................................18 
3.3 COLETA DE DADOS ..................................................................................19 
3.4 TRATAMENTO DE DADOS ........................................................................19 
3.5 ANÁLISE DE DADOS..................................................................................20 
4 CRONOGRAMA.............................................................................................20 
5 ORÇAMENTO................................................................................................21 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
A qualidade de vida no trabalho dos militares mediante o comprometimento de 
sua segurança 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A QVT é um constructo complexo que envolve uma constelação de fatores 
como: a satisfação com o trabalho executado, as possibilidades de futuro na 
organização, o reconhecimento pelos resultados alcançados, o salário percebido, os 
benefícios auferidos, […]. (CHIAVENATO, 2010). O termo “qualidade de vida” (QV) 
é abrangente e inclui a busca por possibilidades concretas de, no trabalho, as 
pessoas serem compreendidas como sujeitos integrais e terem preenchidas as suas 
expectativas, necessidades, desejos, entre outros. Quanto ao trabalho, o militar é 
um exemplo dos profissionais que podem com maior frequência estar expostos a 
situações que propiciam algum tipo de sofrimento que prejudicam sua qualidade de 
vida. 
 
Segundo (SANT’ ANNA; KILIMNIK, 2011) “[...], o entendimento da QVT [...] 
tem por objetivo propiciar uma maior humanização do trabalho, o aumento do bem-
estar dos trabalhadores e uma maior participação dos mesmos nas decisões e 
problemas do trabalho.” Apesar disso, a (QVT) Qualidade de Vida no Trabalho dos 
militares no Brasil por vezes não se é apreciada pela corporação e, nem mesmo, 
pela sociedade. Desta maneira, criam-se situações que impedem a motivação dos 
integrantes das forças, seja Auxiliar ou Armada, não havendo reciprocidade entre 
seu trabalho e as expectativas de melhorias dele imaginadas. 
 
A Qualidade de Vida no Trabalho pode ser um dos mecanismos utilizados 
para que se obtenha maior satisfação no trabalho. “A QVT procura, atualmente, 
resgatar a humanização do ambiente total da empresa,[…]. A ênfase da QVT é um 
maior equilíbrio entre o trabalho e lazer, resultando em melhor qualidade de vida.” 
(GUIMARÃES; GRUBTS; 2004). Sua importância se baseia na proporcionalidade 
que o funcionário se sentirá satisfeito com sua rotina, função exercida, contribuição 
para manutenção de sua saúde etc. 
 
5 
 
Há, para se implementar nas organizações, muitos desafios; organizações 
tradicionais ou que não contemplam estruturas físicas adequadas são impeditivos 
para a QVT, também a mentalidade de qualidade de vida pode encontrar resistência 
nos próprios funcionários que, talvez, não seguiriam as práticas por entenderem que 
talvez seria dispensável. A QVT “afeta atitudes pessoais e comportamentos 
relevantes para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o 
trabalho, adaptabilidade e mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade 
de inovar ou aceitar mudanças […]. (CHIAVENATO, 2010). Os benefícios 
provenientes de práticas que propiciam ampliar a qualidade de vida tendem a criar 
um ambiente de melhor convivência. 
 
 Encontrar satisfação em ser militar, às vezes, torna-se um objetivo que 
muitos não conseguem -ao longo da carreira- alcançar. Exercendo-se diariamente 
atividades que mais se assemelham ao mero cumprimento de rotinas do que 
propriamente gosto pelo trabalho desenvolvido; com a segurança comprometida 
diante da violência em todo o país, tendo até mesmo que esconder a identidade 
militar, fica cada vez complicado a escolha do militarismo como profissão. Segundo 
o ISP (2017) do Rio de Janeiro até o mês de abril de 2017 já se registraram 56 
Policiais Militares mortos no Rio de Janeiro, número extraordinário se comparado 
com anos anteriores. 
 
 Cabe mencionar o quanto é importante superar os desafios que se apre-
sentam por intermédio das buscas por alternativas que visem a maior promoção de 
QVT e segurança desse trabalhador, que tem uma função tão importante e valori-
zada na sociedade, mas que, por outro lado, passa por situações estressantes, in-
clusive de risco de vida iminente no seu dia a dia, e, por isso, pode estar mais pro-
penso a adoecer. Conforme Rodrigues (1999, p.91), a qualidade de vida envolve a 
satisfação e as expectativas tanto humanas quanto técnicas por parte do trabalha-
dor, e, portanto, melhorá-la não é algo que se resolva em um só trabalho, mas é um 
processo infindável, que necessita do comprometimento do indivíduo com um estilo 
de vida. 
 
 
 
6 
 
1.1 PROBLEMA 
 
Diante do exposto, questiona-se, qual a relação entre qualidade de vida no trabalho 
nos quartéis e a percepção de segurança dos militares no exercício de suas funções? 
 
 
1.2 OBJETIVO FINAL 
 
Apresentar possíveis soluções através da priorização estatal, as quais ratifiquem a 
possibilidade dos militares serem tratados como categoria atípica e com 
necessidades incomuns pelas atividades exercidas, buscando-se a QVT e maior 
segurança no trabalho e na vida cível. 
 
 
1.3 OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS 
 
1- Descrever as práticas de QVT adotadasna Organização Militar; 
2- Analisar as programações, rotina, que façam os militares terem maior QVT; 
3- Identificar os problemas que surgem através da desmotivação e insegurança dos 
militares. 
4- Detectar os fatores causadores da insegurança, identificando-se a ligação com a 
QVT 
 
 
1.4 JUSTIFICATIVA TEÓRICA 
 
Esse estudo visa contribuir com a discussão teórica sobre a QVT, bem como 
o presente trabalho tem o intuito de analisar os principais fatores causadores da 
ausência da Qualidade de Vida no Trabalho dos militares e sua influência no 
desempenho de funções e na vida social. Sua elaboração propõe-se a expandir o 
conhecimento acerca dos fatores que seja possível propor mudanças no âmbito 
interno dos quartéis, almejando-se elevar a satisfação e manutenção da saúde. Há 
manifesta importância em se compreender tal assunto posto que, os militares são os 
guardiões que mantém a disciplina e a ordem na sociedade. 
7 
 
1.5 JUSTIFICATIVA EMPÍRICA 
 
Em termos práticos, analisar a QVT mediante o comprometimento da 
segurança dos militares é poder dar condições melhores de um serviço prestado à 
sociedade e, também, o bem-estar aos familiares. Quando há mecanismos que 
propiciam os militares de poderem tratar melhor de sua saúde, há interferência 
positiva e direta no desempenho de suas atividades, bem como a – possível- 
diminuição do nível de estresse oriundo das preocupações relativas a sua segurança 
em se tratando do seu trabalho, que é ser militar 24 horas e, às vezes, a simples 
identificação de ser civil ou militar em situações de risco custa a própria vida. 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Histórico da Qualidade de Vida no Trabalho 
 
O início do conceito de qualidade de vida no trabalho restaurou-se na década 
de 50, com a aparição das abordagens teóricas. Segundo Fernandes (1996, p.40) “A 
origem do termo “Qualidade de Vida no Trabalho” atribui-se a Eric Trist e seus 
colaboradores do Tavistock Intitute, em 1950. Eles desenvolveram uma abordagem 
sócio técnica da organização do trabalho, agrupando o indivíduo, o trabalho e a 
organização, com base na análise e na reestruturação da tarefa, buscando melhorar 
a produtividade, reduzir os conflitos e tornar a vida dos trabalhadores menos 
penosa”. 
 
 Foi no decorrer década de 1960 que o movimento da QVT ganha impulso, 
com a conscientização da importância de se buscar melhores formas de organizar o 
trabalho, e em nome da Escola de Relações Humanas, através de Abraham H. 
Maslow e Frederich Herzberg, surge a Escola Comportamental. A nova escola 
propõe a teoria das necessidades humanas baseadas em fatores higiênicos e 
motivacionais, necessidades individuais de cada trabalhador e no enriquecimento de 
tarefas (CHIAVENATO, 2000) 
 
 
8 
 
No entanto, na década de 70 ocorre uma estagnação no desenvolvimento da 
QVT em virtude da alta inflação, da crise do petróleo e da competição internacional 
acirrada, contudo é na década de 1980 que o trabalhador torna-se mais participativo 
do processo decisório, segundo Fernandes (1996). Conforme esse autor, a 
preocupação com QVT entra em uma nova fase, parte-se do pressuposto de que as 
necessidades e aspirações humanas do trabalhador fazem parte da 
responsabilidade social do empregador. Ainda conforme esse mesmo autor, apesar 
de a preocupação voltada para organizar o trabalho ter constante desde o advento 
da administração científica, só recentemente as empresas vêm-se preocupando com 
a satisfação do trabalhador na execução de suas tarefas, como requisito para 
atingirem altos índices de produtividade. 
 
Para Bom Sucesso (1997, p.47) “na década de 90 o termo qualidade de vida 
invadiu todos os espaços, passou a integrar o discurso acadêmico, a literatura 
relativa ao comportamento nas organizações, os programas de qualidade total, as 
conversas informais e a mídia em geral”. Foi nos anos 90 que a qualidade de vida 
adquiriu um amplo espaço e, a partir desse momento, integrou os discursos 
acadêmicos, a literatura relativa ao comportamento nas organizações, os programas 
de qualidade total, as conversas informais e a mídia em geral. Segundo Conte 
(2003) “somente na década de 1990, ganharam importância e velocidade as 
pesquisas e a procura, por parte das empresas de profissionais que as oriente para 
adotar medidas voltadas para QVT”. 
 
Várias teorias da abordagem humanística, de acordo com Sant’Anna, Kilimnik, 
(2011), contribuíram para a compreensão da satisfação do indivíduo no trabalho, tais 
como: o conhecido “Estudo de Hawthorne”, realizado por Elton Mayo em 1927, onde 
foi estudada a forma pela qual a intensidade da iluminação influenciava na eficiência 
da produtividade dos trabalhadores da Western Electric Company. Em seguida o 
autor irá citar a Pirâmide de Maslow, em 1979, onde são apresentadas as cinco 
necessidades humanas por meio de uma hierarquia de prioridade que, conforme 
uma necessidade vai sendo suprida, surge outra, de acordo com a ordem da 
classificação da pirâmide: necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, estima e 
autorrealização; posteriormente ainda o autor irá mencionar as teorias X e Y de 
McGregor (1980), como também os fatores Higiênicos e Motivadores, propostos por 
9 
 
Herzberg, que dizem respeito à satisfação ou insatisfação devidas ao trabalho. 
 
 
2.2 Conceitos e importância da Qualidade de Vida 
 
 O tema qualidade de vida no trabalho é representado, pela busca de 
satisfação do trabalhador e pela tentativa de redução do mal – estar e do excessivo 
esforço físico no trabalho. “A ênfase da QVT é um maior equilíbrio entre trabalho e 
lazer, resultando em melhor qualidade de vida. Este novo enfoque da QVT extrapola 
os limites da empresa e busca o bem-estar geral para o trabalhador em todos os 
ambientes em que frequenta” (GUIMARÃES; GRUBTS; 2004, p.87). 
 
 Mesmo a QVT tendo diferentes enfoques, é consensual que o tema se 
destina à redução da insatisfação e conflitos que acontecem dentro das 
organizações, uma vez que busca conciliar interesse individuais e organizacionais 
contrários mediante elevação do nível de satisfação e melhoria no desempenho do 
empregado ao longo do tempo (RODRIGUES, 1994). De acordo com esse autor a 
QVT tem recebido várias denominações ao longo dos anos, sem, no entanto, perder 
sua essência: a busca da satisfação das necessidades dos trabalhadores, aumento 
do seu desempenho e, consequentemente, o desenvolvimento organizacional. 
 
Segundo Fernandes (1996) a QVT possui um conceito amplo, o qual inclui 
fatores pessoais que são entendidos como necessidades, expectativas, crenças e 
valores do trabalhador, e fatores situacionais como tecnologia, sistema de 
recompensa, ambiente de trabalho e estado geral da economia. O entendimento de 
qualidade de vida no trabalho tem sido conhecido e discutido por anos, 
conceituando-se não como uma prática momentânea, mas como um comportamento 
que reforça a busca do aperfeiçoamento do ser humano e das organizações. Nesse 
mesmo contexto Chiavenato (2006) relata que o conceito de qualidade de vida no 
trabalho envolve diversos fatores físicos, ambientais e psicológicos no ambiente 
organizacional. 
 
No entanto Fernandes (1996) esclarece que os diversos conceitos de QVT 
voltam-se, geralmente, para três principais aspectos: a reestruturação do desenho 
10 
 
dos cargos e novas formas de organizar o trabalho; a formação de equipes de 
trabalho semi-autônomas ou auto-gerenciadas; e a melhoria do meio ambiente 
organizacional. De acordo com Chiavenato (2002) a QVT enfatiza os fatores como: 
“a satisfação com o trabalho; as possibilidades de crescimento; o reconhecimentopelos resultados alcançados; o salário e os benefícios recebidos; o relacionamento 
humano dentro do grupo e da organização; o ambiente psicológico e físico do 
trabalho; a liberdade e responsabilidade de decidir e as possibilidades de participar”. 
 
Além destes-fatores com os quais a QVT está ligada, ela está intrinsecamente 
relacionada à satisfação das necessidades dos trabalhadores, ao seu desempenho 
e ao desenvolvimento organizacional. Nadler e Lawler (1983, p.20) mencionam que 
“qualidade de vida é a grande esperança das organizações para atingirem alto nível 
de produtividade, sem esquecer a motivação e satisfação do indivíduo”. Para esse 
autor, obter um aumento da produtividade e uma posição de destaque no mercado 
competitivo é importante para isso as organizações devem gerenciar um ambiente 
de trabalho saudável no que diz respeito a qualidade de vida dos funcionários, 
reduzindo ao extremo as exigências do coletivo. 
 
No ambiente organizacional, em relação ao bem-estar dos colaboradores 
como fator de desenvolvimento e diferenciação ou como resistência e obstáculo a 
efetividade da organização como um todo, a qualidade de vida e a produtividade 
estão fortemente relacionados, dando ênfase à importância das condições de 
trabalho oferecidas, Para sustentar essa ideia, Chiavenato (2002, p.367) entende a 
qualidade de vida como um fator que “afeta atitudes pessoais e comportamentos 
importantes para a produtividade, como; motivação para o trabalho, adaptabilidade e 
flexibilidade às mudanças no ambiente de trabalho”. 
 
O entendimento sobre a QVT evoluiu, foi sendo reformulado e ainda vem 
sendo até hoje. Segundo França (2002), o homem precisa estar bem, se sentir feliz, 
motivado e satisfeito com que está fazendo e as organizações. A partir desse 
contexto a difusão da QVT foi cada vez mais ampliada, sendo uma ferramenta de 
vital importância para relação empregador e empregado. Trabalhadores com 
Qualidade de Vida no Trabalho são mais felizes e produzem mais (CONTE, 2003). 
 
11 
 
Para Bom Sucesso (1997), de maneira geral pode se dizer que a QVT 
abrange alguns fatores listados abaixo: 
 • Renda capaz de satisfazer as expectativas pessoais e sociais; 
 • Orgulho pelo trabalho realizado; 
 • Vida emocional satisfatória; 
• Auto-estima; 
• Imagem da empresa/instituição junto à opinião pública; 
 • Equilíbrio entre trabalho e lazer; 
• Horários e condições de trabalhos sensatos; 
• Oportunidades e perspectivas de carreira; 
 • Possibilidade de uso de potencial; 
 • Respeito aos direitos e; 
• Justiça nas recompensas. 
 
Na literatura foi verificado, ao longo da pesquisa, uma variedade de definições 
sobre a QVT, mas todas elas usam como base a satisfação e motivação do 
trabalhador nos diversos níveis, objetivando a melhoria da produtividade. Como diz 
Bom Sucesso (1997, p.47) além de constituir responsabilidade da empresa, 
qualidade de vida é uma conquista pessoal, o auto conhecimento, a descoberta do 
papel de cada um nas organizações, da postura facilitadora, empreendedora, 
passiva ou ativa, transformadora ou conformista é responsabilidade de todos. 
 
 
2.3 Aspectos da atividade militar 
 
A atividade militar, dentro das suas categorias e divisões, é considerada uma 
das mais perigosas, levando em consideração a complexidade das operações, as 
quais exigem do militar a máxima atenção e ação rápida e eficaz (CANAL,1999). O 
militar tende a vivenciar uma indefinição de qual tipo de ocorrência pode acontecer 
dentro de seu período de trabalho. As pessoas que trabalham com segurança 
pública enfrentam situações estressantes por natureza, expondo-se constantemente 
à violência, tensões e riscos. Muitos dos indivíduos investidos nesse papel, até 
mesmo como autoproteção, vão se tornando insensíveis e, mais adiante, isso pode 
gerar comportamentos inadequados e desajustamentos sociais, tanto no trabalho 
12 
 
quanto fora dele (AGUIAR, 2007) 
 
 Em situações de sinistros, um erro pode ser fatal; por essa razão, o 
envolvimento humano e a responsabilidade com vidas alheias causam uma 
constante tensão em serviço. O militar deve assumir, de acordo com a prerrogativa 
de trabalho, uma postura de alerta devido a características próprias da dinâmica de 
serviço desse setor (CANAL, 1999). Lidar com situação de emergência exige, 
sobretudo, uma capacidade de lidar com mudanças, pois, nas situações limites, o 
desafio e a superação da impotência são exigidos aos militares empenhados ao 
atendimento a repressão. 
 
As Forças Armadas, Bombeiro Militar e Policial militar são considerados da 
mesma força, diferenciados pelas especialidades e o comando, pois é oriundo de 
diferentes comandantes. As políticas de recursos humanos relacionadas a 
remuneração, gratificações, planejamento de carreira são determinadas em lei. 
Existem normas legais que versam sobre os direitos dos servidores militares. Alguns 
direitos legais dos militares estão estabelecidos pela Constituição Federal de 1988, 
artigo 142: 
 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo 
Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes 
e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob 
a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à 
defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por 
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. § 1º - Lei 
complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na 
organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas. 
 
O militar é um dos diversos profissionais que estão facilmente expostos a 
situações que propiciam podem interferir na sua QVT. As atividades executadas 
pelos militares fazem com que a qualidade de vida e segurança sejam pontos 
cruciais para o desenvolvimento de suas funções previstas na Constituição Federal. 
A hierarquia e o controle disciplinar rígido, praticado pelas organizações militares, 
bem como suas formas peculiares foram detidamente analisadas, permitindo 
13 
 
concluir que a hierarquia militar se sobressai como um valor especial, pois é capaz 
de superar a própria individualidade, aparecendo como um mecanismo superior de 
observação e de controle (AGUIAR, 2007). 
 
Algumas situações específicas podem ser observadas em geral, como as que 
implicam que o militar fique várias horas do dia em posições desgastantes; 
enfrentam situações nas quais são submetidos a elevado nível de desgaste físico e 
psicológico, entre outros, devido à exposição de intensas jornadas de trabalho, ao 
perigo iminente, à prontidão para o socorro em vários ambientes, precisando lidar 
com situações difíceis (AGUIAR, 2007). O autor complementa que, a rotina militar, é 
mais rígida e maior delineada que em outros lugares, uma vez que é capaz de se 
expressar em momentos em que o valor da individualidade é invocado, pela 
valorização de cada uma das patentes, e não pelo nível pessoal. 
 
Muitas vezes os militares lidam no seu cotidiano com situação que expõem as 
suas vidas ao risco desenvolvendo para si de um nível elevado de estresse, pois 
estão constantemente expostos ao perigo e à agressão, devendo frequentemente 
intervir em situações de problemas humanos de muitos conflitos e tensões. Segundo 
Aguiar (2007), o profissional da segurança pública possui cultura própria; jargões 
como o “homem é superior ao tempo”, “tristeza, é coisa de fraco” agravam os 
sintomas e a autoestima dos policiais. Por essa razão, o autor ira dizer que é 
importante haver suporte emocional para o enfrentamento das adversidades. 
 
Na realização das atividades militares, fazem-se treinamentos que buscam a 
qualificação profissionalpor meio da aquisição de conhecimentos técnicos e 
operacionais, bem como de técnicas de controle emocional para intervir em 
diferentes situações, buscando preservar a vida e a melhoria da qualidade do 
trabalho. A prestação do serviço à sociedade precisa ser eficiente e depende, para 
isto, de condições salutares dos que executam as atividades diárias. “O militar 
sempre trabalha em risco de vida e corre risco de vida mesmo sem estar 
trabalhando” (CANAL, 1999 p.64). 
 
 
 
14 
 
2.4 Atividade militar e a influência na qualidade de vida 
 
A qualidade de vida abrange a compreensão, além de ser comprometida com 
as condições de trabalho, dos aspectos de bem-estar, garantia da saúde e 
segurança física, mental e social e capacitação para realizar tarefas com segurança 
e bom uso da energia pessoal (LIMONGI-FRANÇA, 2009). Pelo fato de exercer uma 
atividade atípica militar, passando 24 horas de efetivo serviço, torna-se importante a 
abordagem sobre as condições que cercam as suas atividades no contexto trabalho. 
 
A (QVT) Qualidade de Vida no Trabalho dos militares é um objetivo que por 
vezes pode ser que não receba a devida apreço pela corporação e, nem mesmo, 
pela sociedade; tal percalço cria animosidades que impedem uma maior motivação 
dos integrantes das forças, seja ela Auxiliar ou Armada, podendo não reciprocidade 
entre seu trabalho e as expectativas de melhorias dele imaginadas. As 
características inerentes à profissão de um militar implicam que o militar tenha uma 
rotina atípica, sendo regidos por leis próprias e regulamentos internos que os 
diferenciam dos civis, como o Regime Interno do Serviço de Inativos e Pensionistas 
da Marinha. Por essas vertentes podem ser penalizados por quaisquer atos, ainda 
que, simplórios aos preceitos institucionais (Ex: andar sem cobertura, não prestar 
continência etc, infligindo assim o RDM, Regulamento Disciplinar para a Marinha) 
 
 Ao asseverar que o primeiro quesito de insatisfação do militar é a baixa 
remuneração, (MINAYO; SOUZA; CONSTANTINO, 2008) demonstram que: O 
segundo ponto que os policiais militares consideram mais negativo para a qualidade 
de vida sua vida é o descrédito e falta de reconhecimento por parte da sociedade e 
dos governantes. Para o autor esse sentimento é reforçado pela visão de que a 
mídia raramente aborda o lado positivo de suas ações e também pelo menosprezo 
que é sentido foi ressaltado com muita frequência sendo associado ao sofrimento no 
trabalho, à opressão hierárquica e à falta de liberdade. 
 
A disposição dos militares em cumprir o juramento de suas vidas em prol de 
defender uma sociedade, esvaece-se cada dia diante de noticiários tendenciosos e 
da segurança precária que se apresenta através de equipamentos ultrapassados, 
estruturas de alojamentos em condições não adequadas comprometendo a segu-
15 
 
rança do militar e de todos os demais viventes a seu redor. De acordo com Minayo, 
Souza e Constantino (2008), pode-se afirmar que, no cenário atual da Segurança 
Pública, a ideia de guerra contra o crime está implicada não somente nos prejuízos 
causados à população, mas também na construção da identidade profissional de 
policiais militares, em suas condições de saúde, segurança e trabalho, e em suas 
percepções de risco e risco real. 
 
Diante de constantes preocupações o militar torna-se mais vulnerável a 
desenvolver doenças, pois os Militares estão envolvidos em combates diariamente; 
a conduta diária desses profissionais os expõem a vários tipos de riscos “Ocupações 
perigosas, como o combate a incêndios, serviço policial ou militar e o trabalho em 
pronto socorro aumentam as chances de se encontrar trauma e ter um transtorno de 
estresse agudo.” (CHARLESWORTH; NATHAN, 2013). Soma-se a esses 
condicionantes o fato de que uma parcela da corporação possuir uma jornada dupla, 
tendo que conciliar as chamadas “atividades particulares” nas suas folgas, dedica 
pouco tempo ou quase nada à prática de exercícios, levando assim um estilo de vida 
sedentário, de acordo com (MINAYO; SOUZA; CONSTANTINO, 2008) 
 
O sofrimento físico e mental é resultante do conjunto de situações 
vivenciadas no cotidiano de trabalho. Neste contexto identificamos 
fatores que associam problemas de condições e organização 
ocupacional – entre eles escassos treinamentos e falta de 
planejamento das atividades – com excessiva jornada de trabalho, 
pouco tempo para o descanso e lazer, precárias condições materiais 
e técnicas e baixos salários. (MINAYO; SOUZA; CONSTANTINO, 
2008, p. 265) 
 
 Segundo (SANT’ANNA; KILIMNIK, 2011, p. 3). “[...], a QVT [...] tem buscado 
desenvolver artefatos, ferramentas e métodos que possibilitem minimizar os desgas-
tes decorrentes do trabalho e/ou mesmo torná-lo mais prazeroso”. A QV está relaci-
onada a preocupações como estresse e à forma de evita-lo, à busca de satisfação 
no trabalho, à importância da saúde mental e à necessidade de garanti-la no ambi-
ente de trabalho. De acordo com Minayo, Souza e Constantino (2008) esses servi-
dores apresentam elevado grau de sofrimento no desempenho profissional, pautado 
16 
 
em parte pela crescente violência na sua atividade profissional, e também pela falta 
de reconhecimento social. 
 
O ambiente de trabalho pode ser uma fonte importante de estresse quando os 
profissionais estão constantemente enfrentando situações de grande tensão, ao 
mesmo tempo tendo de agir de maneira sempre cautelosa, zelando pelo bem-estar e 
pela ordem da sociedade. (CANAL, 1999). Com isso, o autor complementa que os 
tendem a apresentar nível elevado de estresse, pois estão sempre expostos ao 
perigo, à agressão e à violência, precisando intervir em situações problemáticas de 
muita tensão, estando frequentemente em contatos interpessoais intensos. 
 
A insatisfação e a desmotivação no trabalho são problemas agravantes que 
afeta a muitos militares, independentemente da posição status que possuam na 
organização (CANAL, 1999). Essa insatisfação é penosa tanto para o trabalhador 
quanto para a organização pois as organizações se constroem ou se destroem pelo 
desempenho das pessoas que nelas trabalham. De acordo com Limongi-França 
(2009) para que haja uma maior produtividade, faz-se necessário, dentre vários 
fatores, que os trabalhadores estejam satisfeitos com o trabalho exercido dentro da 
organização, para que, assim, a empresa venha a alcançar suas metas. 
 
Segundo Andrade (2012) nas organizações, os indivíduos são considerados 
recursos, ou seja, portadores de habilidades e conhecimentos que apoiam no 
processo produtivo e crescimento organizacional. Com isso o autor complementa 
que é de extrema importância não esquecer que essas pessoas são humanas, 
formadas de personalidade, expectativas, necessidades e objetivos pessoais. 
 . 
De acordo com (ZAT, 2015), é preciso haver harmonia no ambiente de 
trabalho, por ser o principal meio de se adquirir recursos para a sobrevivência. Todo 
trabalho necessita de energias desprendidas as quais precisam de contrapartidas, 
ou seja, medidas que reestabeleçam a qualidade de vida para que se possa exercer 
as atividades com ânimo e empenho. “As organizações precisam valorizar cada vez 
mais a qualidade de vida dos funcionários, para que, desta forma, possa coexistir 
um trabalho saudável e competente, como pré-condição de eficácia no trabalho” 
(GUIMARÃES; GRUBTS; 2004) 
17 
 
 Na pesquisa vemos a importância de subsidiar ações dos profissionais da 
corporação e de seus gestores para adequar a corporação às necessidades atuais 
de segurança, visando o bem-estar dos militares, podendo assim obter maior quali-
dade de vida. “A percepção dos indivíduosrelativamente à segurança ou inseguran-
ça laborais tem consequências diretas na sociedade como um todo, no seu envolvi-
mento cívico, na sua vida familiar e também em áreas como a da saúde física e 
mental” (FERREIRA, 2012). 
 
Para se obter um aumento da produtividade dos militares, qualidade na 
prestação de serviço a sociedade e a minimização de riscos a segurança é 
importante que as organizações gerenciem um ambiente de trabalho saudável e, no 
que diz a respeito da qualidade de vida dos militares reduzindo ao extremo as 
exigências do coletivo. Segundo Limongi-França (2009, p.156), “empregados 
satisfeitos resultam em ganhos de qualidade e produtividade para organização, 
satisfazendo a empresa e os clientes”. 
 
Em torno dessa questão observamos que a preocupação da qualidade 
consiste em poder proporcionar um bem estar para o trabalhador através do 
equilíbrio entre trabalho e lazer. Também através dessa ideia, Rodrigues (1994, p. 
76), retrata que “a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do 
homem desde o início da sua existência com outros títulos e outros contextos, mas 
sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador na 
execução de sua tarefa” e dessa forma, elevar a um nível de destaque os resultados 
organizacionais. 
 
Desta forma, reflete-se que uma estratégia para alcançar uma maior qualida-
de de vida no trabalho juntamente com políticas de segurança pública trazem bene-
fícios, não somente para os militares, como também, para a organização como um 
todo que desfrutará de um pessoal em condições ideais de prestar um serviço efici-
ente à sociedade, além de evitar acidentes e danos posteriores. A QV representa a 
necessidade de atuar mais profundamente na valorização das condições do indivi-
duo em seu ambiente, no que se refere aos padrões de tarefa em si, ao ambiente 
físico e aos padrões de relacionamento (LIMONGI-FRANÇA, 1996) 
18 
 
3 METODOLOGIA 
 
3.1 Tipo de pesquisa 
 
 Para a classificação da pesquisa, toma-se como base a taxionomia 
apresentada por Vergara (1990), que a qualifica em relação a dois aspectos: quanto 
aos fins, a pesquisa será descritiva e explicativa. Descritiva porque, pretende expor 
características dos militares, descrever as percepções, expectativas sugestões 
acerca da práticas de qualidade de vida da organização. Apesar de Qualidade de 
Vida no Trabalho ser um tema já pesquisado, o estudo será descritivo por procurar 
expor características da população estudada. Visará também, esclarecer quais 
fatores contribuem de alguma forma, para o alcance da qualidade de vida dos 
militares para que assim seja possível identificar e destacar as dimensões mais 
significativas, na opinião dos respondentes, na determinação do que é Qualidade de 
Vida no Trabalho (QVT) e também por identificar até que ponto eles percebem essas 
dimensões como atendidas no ambiente de trabalho. 
 
 Quanto aos meios – trata-se de pesquisa, ao mesmo tempo, de campo e 
documental. A pesquisa será de campo, porque coletará dados na própria 
organização militar e também incluirá aplicação de questionário e observação da 
rotina dos participantes da pesquisa. O questionário será utilizado como instrumento 
básico de coleta de dados estará composto de uma parte fechada, estruturada, e 
outra aberta, o que possibilita respostas livres. 
 
 
3.2 Universo e amostra 
 
 O Universo da pesquisa de campo será o Corpo de Militares da Organização 
de Serviços de Inativo e Pensionista da Marinha, situado no município do Rio de 
Janeiro, que inclui militares do Corpo Auxiliar de Praças, sendo estes Sub Oficiais, 
Sargentos, Cabos e Marinheiros, perfazendo um total de 580 pessoas. 
 A amostra será probabilística, baseada em procedimentos estatísticos 
definida pelo critério de amostra aleatória simples (VERGARA, 2000), podendo ser 
composta por até 120 Sub oficiais , 180 Sargentos e 280 Cabos / Marinheiros que 
19 
 
serão os militares que estão servindo normalmente nos departamentos que 
compõem a organização. 
 
 
3.3 Coleta de dados 
 
A coleta de dados será feita através de questionário. O questionário será 
utilizado como instrumento básico da coleta de dados, uma vez que é uma técnica 
estruturada, que pode ser aplicada simultaneamente a um grande número de 
pessoas, garantindo a comparabilidade dos dados, a velocidade, a precisão do 
registro e a facilidade no processamento dos dados (VERGARA, 2009). O 
levantamento de dados através de pesquisa de clima organizacional, abrangem 
questões que fazem referência às condições estressares e medida de qualidade de 
vida na esfera profissional. As informações serão estruturadas segundo os temas 
que norteiam os objetivos da pesquisa, indicando os níveis de estresse e as 
condições relevantes para obtenção de uma qualidade de vida no trabalho 
satisfatórios para o bom andamento e melhor produtividade da organização. Caso 
haja necessidade, poderão ser utilizados dados coletados no Serviço de Assistência 
Social da Marinha que tem o propósito de ouvir reclamações e solicitações dos 
militares feitas por requerimento ou por um serviço eletrônico. 
 
 
3.4 Tratamento de dados 
 
O tratamento de dados refere - se a seção na qual explicita para o leitor co-
mo se pretende tratar os dados a coletar, justificando por que tal tratamento é ade-
quado aos propósitos do projeto, segundo Vergara (1990). Conforme esse autor os 
dados poderão ser tratados com procedimentos estatísticos com auxilio de softwares 
para posteriormente ser feita a interpretação de dados que neste caso poderão ser 
usados softwares como o ATLAS/ti o NUD*IST, o Sphinx, que ajudam a analisar 
conteúdos de respostas obtidas em questionários. 
 
 
20 
 
3.5 Análises de dados 
 
Para Bardin (2011) a análise de conteúdo deve ter três fases fundamentais: 
pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados - a inferência e a 
interpretação. Conforme esse autor a utilização da pesquisa quantitativa permitirá, 
dentre outros, estabelecer fatores de determinados fenômenos a partir da perspecti-
va analítica do real, por meio da população estudada. Ainda conforme o mesmo au-
tor ao ser analisados os dados encontraremos maiores detalhes decorrentes do tra-
balho estatístico, a fim de conseguir respostas às indagações para que possa se 
estabelecer as relações necessárias para a interpretação dos dados obtidos e as 
hipóteses formuladas. 
 
Na análise de dados, além dos procedimentos estatísticos que serão utiliza-
dos, serão usadas medidas descritivas, trabalhando com tabelas e gráficos. Segun-
do GIL (1989) podemos obter uma diferenciação entre a analise e a interpretação 
que seria, a análise tem como objetivo organizar e sumarizar os dados de forma que 
possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. 
Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, 
o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos 
(GIL, 1989). 
 
4 CRONOGRAMA 
 
 
Cronograma refere-se à discriminação das etapas do trabalho com seus res-
pectivos prazos, segundo Vergara (1990). A pesquisa será feita em seis etapas bá-
sicas distribuídas pelo tempo total disponível para a realização da pesquisa, como 
segue: 
1 ° etapa: escolha do tema, pesquisa de campo e documental, que permitirá a coleta 
de dados necessários à estruturação dos questionários; 
2° etapa: elaboração das perguntas para construção do questionários, incluindo pré-
teste; 
3° etapa: aplicação dos questionários; 
21 
 
4° etapa: tratamentos dos dados, sistematizaçãoe análise das informações; 
5° etapa: critica do trabalho por meio de sua apresentação a várias pessoas; 
6° etapa: redação final do relatório, incluindo revisão de texto. 
. 
 Meses 
Etapas 1 2 3 4 6 7 8 9 10 11 12 
1 X X X X 
2 X X X 
3 X X 
4 X X 
5 X X 
6 X X X 
Quadro 1: Cronograma 
 
 
5 ORÇAMENTO 
Nesta seção será apresentada uma planilha com possíveis de despesas que 
podem ser efetuadas com a realização da pesquisa e quais as fontes de 
financiamento. 
 
Material Quantidade Valor unitário (R$) Total 
Impressões e xerox 200 R$ 0,20 R$40,00 
Material de apontamento 10 R$ 3,00 R$ 30,00 
Transporte _____ __________ R$ 350,00 
Alimentação _____ __________ R$ 200,00 
Encadernação 6 5 R$ 30,00 
Quadro 2: Orçamento 
22 
 
 
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