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Meiose: Divisão Celular Específica

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Meiose
	O ciclo de divisão de células somáticas e germinativas são diferentes. Enquanto as células somáticas passam por um processo chamado mitose, as células germinativas, que estão localizadas nas gônadas de organismos animais ou vegetais que se reproduzem sexualmente, passam por um processo chamado meiose, e dão origem às células sexuais ou gametas/esporos.
O processo de formação dos gametas, denominado gametogênese, resulta da divisão de uma célula germinativa diploide em células haploides (n), ou seja, células que recebem apenas um cromossomo de cada par de homólogos e que apresentam, então, só a metade do número de cromossomos encontrados nas células somáticas da espécie. Além disso, por características próprias, o processo resulta na formação de quatro células geneticamente diferentes entre si e diferentes da célula-mãe (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2013).
	Esse processo, denominado meiose, gera redução no número cromossômico e teor de DNA, que posteriormente, quando ocorre a fertilização dos gametas, é restabelecido.
	Na meiose ocorrem duas divisões celulares sucessivas, chamadas de meiose I e meiose II, após uma única duplicação do DNA, que ocorre durante o período S.
	As etapas iniciais da meiose possuem eventos muito diferentes daqueles do início da mitose, porém, os demais eventos são muito semelhantes.
O processo da meiose
	Cada divisão meiótica (I e II), é dividida nas fases de prófase, metáfase, anáfase e telófase.
	No caso da ovogênese (mulher), a meiose se inicia nas ovogônias (células de linhagem germinativa), no folículo primário dos ovários ainda durante a fase embrionária do desenvolvimento. Todos os ovócitos que serão formados pela mulher (aproximadamente 1 milhão de células), no quinto mês de vida intra-uterina, estão em prófase I da meiose.
A prófase I é um período demorado. As células pré-gaméticas permanecem nessa fase por vários anos, até a maturidade sexual (puberdade).
Nessa fase da vida, 20 a 30 dessas células, a cada mês e imediatamente antes da ovulação, completam a meiose I e chegam até a metade da segunda divisão meiótica (metáfase II), quando recebem o nome de ovócitos II. Então, se a célula for fecundada, termina o processo meiótico; caso não seja, ela degenera e é eliminada através do sangramento mensal (ou menstruação). (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2013).
	A meiose I origina duas células: o ovócito secundário (que segue para a meiose II) e o primeiro corpúsculo polar (que logo se degenera).
	Na espermatogênese (homem), o início da meiose nos túbulos seminíferos dos testículos para a formação dos espermatozóides se dá apenas na puberdade, e permanece por toda a vida.
Em 24 dias, as células terminam a meiose I com o mesmo tamanho, ocupando 13 a 14 dias apenas com a prófase I, os quais contrastam muito com o curto tempo, de cerca de 8 h, gasto com a meiose II. Nesse processo, mais cerca de 40 dias são usados ainda para a diferenciação e a maturação das células resultantes da meiose em espermatozóides (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2013).
	A prófase I da meiose, portanto, é um processo muito demorado e muito mais lento que o da mitose. Durante a prófase I ocorre um evento exclusivo da meiose e extremamente importante: o pareamento dos cromossomos homólogos.
	O pareamento permite a posterior disjunção apropriada dos cromossomos homólogos, que se segregam um do outro de forma que ambos os núcleos filhos dessa divisão recebam um membro de cada par de cromossomos e permitem que ocorram a recombinação genética, chamada de crossing-over.
A prófase I é marcada por 5 subfases:
a) Leptóteno (condensação dos cromossomos);
b) Zigóteno (início do pareamento dos cromossomos homólogos e formação dos quiasmas);
c) Paquíteno (término do pareamento dos cromossomos homólogos e crossing-over);
d) Diplóteno (afastamento e disjunção dos cromossomos homólogos);
e) Diacinese (inteira disjunção dos cromossomos homólogos).
	Na seqüência, a célula passa para a fase de metáfase I, momento no qual os cromossomos homólogos se dispõe na placa equatorial e estão presos nas fibras do fuso que irão puxar os cromossomos para o pólo celular. Essa fase é o máximo grau de espiralização cromossômica.
	Na anáfase I, os cromossomos homólogos serão separados e puxados para os pólos da célula.
	Por fim, na telófase I, há o reaparecimento da carioteca e do nucléolo. 	Os centríolos ficam divididos, dois em uma célula e os outros dois em outra, pois ocorre a citocinese (fragmentação do citoplasma) que resultará na formação de duas novas células. Os cromossomos se acomodam no núcleo e começam a se desenrolar novamente.
	Entre a meiose I e a meiose II há um intervalo, chamado de intercinese. 
As duas células que foram formadas na meiose I farão a meiose II que é muito parecida com a mitose.
	A primeira fase da meiose II é a prófase II, onde ocorre a duplicação do centríolo, formando o centrossomo que irá formar as fibras do fuso, a carioteca se desfaz, o nucléolo desaparece e os cromossomos começam a se espiralizar (enrolar). Na prófase II não ocorre crossing over. 
	A próxima fase é a metáfase II, quando os cromossomos formam a placa equatorial e estão no seu grau máximo de condensação. Na metáfase II os cromossomos estão sozinhos na placa equatorial, e não em pares de cromossomos como na metáfase I.
	Na anáfase II acontece a separação das cromátides irmãs para os pólos celulares e cada cromátide agora é chamada de cromossomo.
	Por fim, na telófase II a carioteca reaparece juntamente com o nucléolo, e os cromossomos começam a se desespiralizar. Temos a divisão dos centríolos e novamente a citocinese que formará duas novas células. A meiose II, dessa forma, termina com 4 células.
	A principal característica da meiose é ser um tipo especial de divisão celular que permite aos cromossomos homólogos, presentes na célula original, emparelharem-se intimamente e efetuarem um intercâmbio de material hereditário (crossing over). A troca física real de segmentos de DNA entre os cromossomos materno e paterno de um par de homólogos resulta em uma mistura dos genes parentais, o que leva, por sua vez, a um significativo aumento das combinações genéticas. (Junqueira e Carneiro, 2013)
	Isso permite uma maior variabilidade dos gametas formados, o que gera uma alta diversidade de organismos e favorece uma maior adaptação evolutiva da espécie.
Figura 1 - Meiose
REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, L. C. U; CARNEIRO, J. Biologia Celular e molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.