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Terapia Cognitivo- Comportamental para as Disfunções Sexuais Prof. Francisco Doonon Vieira Franco REFERÊNCIAS NORMALIDADE X DISFUNÇÃO: Critérios de avaliação Biológico – Sociocultural – Psicológico A importância do consenso do casal Social Norma social Desvio Biológico Psicológico Norma funcional Disfunção Norma pessoal Inade- quação O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL (Masters & Johnson – 1970) Desejo Excitaçao Platô Orgasmo Resolução O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL (Masters & Johnson – 1970) Série 2 Desejo Excitaçã o Platô Orgasm o Resolução O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL Homens x Mulheres O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL Homens x Mulheres DISFUNÇÃO SEXUAL: Conceito é uma perturbação nos processos que caracterizam o ciclo de resposta sexual ou por presença de dor associada com a relação sexual; As disfunções sexuais devem estão relacionadas com os componentes psicológicos da sexualidade; Excluir a disfunção relacionada à CMG e efeito de substâncias DISFUNÇÃO SEXUAL: Prevalência 43% da mulheres e 31% dos homens; Maior do que depressão e ansiedade COMPONENTES PSICOLÓGICOS DA SEXUALIDADE: Identidade de gênero; Orientação**; Intenção; Desejo; Excitação; Orgasmo; Satisfação emocional** ** Variações não são consideradas como transtornos DISFUNÇÕES SEXUAIS: Critérios Diagnósticos 1º) Debilitação psicofisiológica (sintoma); 2º) Sofrimento ou prejuízos interpessoais; 3º) Não ocorre devido a um outro transtorno mental (exceção para outra disfunção sexual), a uma CMG ou aos efeitos de uma substância. TRANSTORNOS DO DESEJO SEXUAL l Deficiê ncia (ou ausênci a) persiste nte ou recorre nte de fantasia s sexuais ou desejo de atividad e sexual Desejo Sexual Hipoativ o Extrem a aversão ou evitaçã o persiste nte ou recorre nte de todo (ou quase todo) contato sexual genital com um parceir o sexual Aversão Sexual TRANSTORNOS DA EXCITAÇÃO SEXUAL Incapac idade persiste nte ou recorre nte de obter, ou manter, uma respost a adequa da de excitaç ão sexual de lubrific ação- turgesc ência até a conclus ão da atividad e sexual Transtorn o da Excitação Sexual Feminina Incapac idade persiste nte ou recorre nte de obter ou manter uma ereção adequa da até a conclus ão da atividad e sexual Transtorn o Erétil Masculino TRANSTORNOS DE DOR SEXUAL Dor genital recorre nte ou persiste nte associa da com relação sexual em um homem ou mulher Dispareuni a Espasm o involun tário, recorre nte ou persiste nte da muscul atura do terço externo da vagina, que interfer e com a relação sexual Vaginismo TRANSTORNOS DO ORGASMO Atraso ou aus ênci a pers iste nte ou reco rren te de orga smo apó s uma fase de exci taçã o sex ual nor mal Transtorn o do Orgasmo Feminino l Atra so ou ausê ncia pers iste nte ou reco rren te de orga smo após uma fase de exci taçã o sexu al nor mal dura nte a ativi dad e sexu al Transtorno do Orgasmo Masculino l Ejacu lação persi stent e ou recor rente com esti mula ção sexu al míni ma ante s, dura nte ou logo após a pene traçã o e ante s do que o indiv íduo desej a Ejaculação Precoce OUTROS Qualquer con diçã o aci ma que é dec orre nte excl usiv ame nte dos efeit os fisio lógi cos dire tos de uma CMG . D.S. Devida a uma CMG Qual quer condi ção acim a que é deco rrent e exclu siva ment e do uso de subst ância s. O sinto ma apar ece dentr o de 1 mês após o uso da subst ância . D.S. Induzida por Substância Para probl emas que não se encai xam nas cate goria s descr itas acim a. D.S. Sem Outra Especificação DISFUNÇÕES SEXUAIS: Subtipos Ao longo da vida; Adquirido; Generalizado; Situacional. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Etiologia: Modelo biopsicológico pressupõe trabalho conjunto entre o médico e o terapeuta. Década de 70 Mod. psicológico (Masters e Johnson) D.S.´s causadas por problemas psicológicos Década de 80 D.S.´s causadas por problemas biológicos Década de 90 D.S.´s causadas por problemas psicológicos e biológicos Mod. biológico Mod. biopsicológico TRATAMENTO DAS D.S.´s: Modelo biopsicológico Fatores biológicos diretos de risco: Doenças vasculares; Diabetes; Epilepsia.; Esclerose múltipla; Doença renal; Níveis hormonais; Álcool; Medicamentos: anti-hipertensivos, anti-depressivos e ansiolíticos. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Modelo biopsicológico Fatores biológicos indiretos de risco: Idade: interfere na atitude positiva e disponibilidade de parceiros sexuais; Fumar; Dor ou doenças crônicas; Cirurgias que mudam a aparência física; Mastectomia TRATAMENTO DAS D.S.´s: Modelo biopsicológico Fatores de risco psicossociais: Transtornos psicológicos; Emoções = principalmente ansiedade e culpa; Pensamentos disfuncionais; Fatores culturais; Falta de instrução sobre funcionamento sexual; Fatores do relacionamento: Problemas do casal, comunicação insatisfatória, falta de atração física, repertório sexual restrito TRATAMENTO DAS D.S.´s: ParadigmasTerapia Sexual Clássica Foco Unidirecional Terapia Sexual Moderna Dificuldade (PESSOA) Dificuldade ou desvio Foco Bidirecional Consequência (PARCEIRO) Dificuldade (PESSOA) InadequaçãoDificuldade ou Desvio TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Mesma estrutura da TCC padrão Quando existe um relacionamento íntimo: Priorizar a avaliação e a terapia como casal Mais informações úteis na avaliação; Oportunidade para observar a interação do casal; Melhor cumprimento do tratamento; Ressíntese da idéia de que o problema é exclusivo do paciente. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Caso não exista relacionamento íntimo o foco será: Psicoeducação; Reestruturação cognitiva; Técnicas comportamentais que possam ser feitas individualmente; Cria-se um plano para os relacionamentos futuros; Retorno quando houver um relacionamento TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Sessões semanais; Durante a avaliação pode-se optar por mais sessões; Os procedimentos se aplicam a ambos os sexos, independente da orientação sexual; Raramente o tratamento é eficaz na presença de alcoolismo ou drogadição. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Farmacologia: Sildenafil (Viagra); Tadalafil (Cialis); Vardenafil (Levitra); Não há comprovação de efeito nas mulheres; Apenas restauram a resposta sexual fisiológica; Não garantem satisfação sexual; Por isso a terapia concomitantemente. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação Setting: Parceria com médicos; Vestimenta adequada e local apropriado; Psicólogo se sente à vontade para falar do assunto. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação Primeira sessão: entrevista com o paciente; Segunda sessão: entrevista com o parceiro; Terceira sessão: feedback TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação Objetivos: 1º: conceituar a natureza da disfunção; 2º: identificar: Predisposições biológicas e psicológicas; Ex: diabetes, educação sexual negativa; Precipitantes imediatos (ex: álcool, drogas) Fatores de manutenção (ex: ansiedade desempenho); Pode exigir exame médico recente; 3º: linha de base pré-tratamento.TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação Dicas: Trabalhar a psicoeducação, mitos e as visões equivocadas durante a avaliação; Usar terminologia médica juntamente com os termos leigos: intercurso = penetração, ejaculação = gozar Avaliar se não existe uma patologia mais grave por trás da D.S. (ex: depressão e ou ideação suicida); A comunicação sexual é uma meta sempre presente; Investigar como a D.S. interfere na rotina afetiva do casal. Avaliação Médica Indicaçõe s médicas Avaliação Psicossocial Integração das informações Problema no casal Problema individual Psicopato -logia Drogadi- ção Estabilizaç ão médica Possível terapia de casal T. sexual individual Terapia individual T. para drogadiçã o Terapia sexual TRATAMENTO DAS D.S.´s: Objetivos Desenvolvimento de um relacionamento sexual mais satisfatório; Sem ênfase no desempenho; O orgasmo e a penetração não são necessários para haver a satisfação sexual; Objetivos são traçados conjuntamente. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Variáveis que podem gerar resistência Desempenho como indicador de sucesso; Visões estereotipadas sobre papel do homem e mulher; Desconhecimento da resposta sexual; Evitação do sexo; Promiscuidade sexual. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos - educação Foco: Crenças equivocadas; Expectativas fora da realidade; Falta de informação sobre a fisiologia e ao funcionamento sexual; Mitos; O homem sempre está interessado e pronto para o sexo; Quanto maior, melhor; Mulheres têm orgasmos sempre que fazem sexo; Alguém que tem parceiro sexual não se masturba. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – controle de estímulos Manipular fatores ambientais para facilitar um determinado cpt ou resultado; Cria as condições que levam a um funcionamento sexual adequado; Etapas: Criar lista de fatores positivos à excitação; Ex: lugar, horário, humor e atmosfera; Maximizar o nº de fatores positivos de um encontro; Criar lista de fatores negativos à excitação; Pode exigir terapia. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – reestruturação cognitiva “tomara que funcione desta vez” “vou decepcionar de novo” “vai doer” Explicar o modelo ABC = mostrar o impacto dos pensamentos na excitação; Questionamento de P.A.´s; RPD após atividade sexual; Descatastrofizar o resultado negativo TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – foco sensorial Usado principalmente nos transtornos da excitação; Proibição à penetração; Diminuir o foco no desempenho; Devolver o foco às sensações prazerosas; Aumentar a cumplicidade sexual TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – foco sensorial Etapas: Definir o exercício; Definir a frequência (1 a 3/sem) e a duração (15 a 30 min); Definir o objetivo (sensações, prazer, comunicação e etc); Definir os não objetivos (excitar-se, orgasmo, penetração); Quem deve iniciar TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – coito não exigente Foco sensorial centrado na vagina; Passos: 1.Preliminar até haja ereção e lubrificação vaginal; 2.Pode-se fazer uso de lubrificantes. 3.Homem deitado e mulher por cima; 4.Mulher não faz movimentos pélvicos; 5.Movimentos para descobrir novas sensações vaginais; 6.Acaba na presença de cansaço ou orgasmo. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – medicação + TCC Usado principalmente na disfunção erétil; Se houver ansiedade o efeito do remédio diminuirá; Reestruturação cognitiva dos P.A.´s ansiogênicos; Fases: 1.Remédio + masturbação; 2.Remédio + foco sensorial; 3.Remédio + penetração; 4.Penetração sem remédio. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Ejaculação precoce Psicoeducação sobre as latências normais (2 a 8 min); Stop-start na masturbação; 1º: mão seca e repetir 10x, 3 manobras masturbatórias; 2º: mão seca e repetir 10x, 5 manobras masturbatórias; 3º: mão seca e repetir 10x, 7 manobras masturbatórias; 4º: mão lubrificada (imitando a vagina): repetir sequências; 5º: a sequência é feita pela parceira (homem sinaliza “pare”); 6º: coito não exigente (acostumar com o ambiente vaginal); 7º: stop-start vaginal; 8º: casal na posição lateral; 9º: homem por cima. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Ejaculação precoce Técnica compressiva (feita pelo homem ou parceira); Homem deitado e com ereção; O próprio ou parceira iniciam masturbação; Imediatamente antes à ejaculação inicia-se a compressão TRATAMENTO DAS D.S.´s: Anorgasmia Certificar se há expectativas realísticas; Certificar se há estimulação adequada; Tarefas de casa (material); Trabalhar P.A.´s negativos ou distraidores; Modificar a rotina sexual (fantasias, lugares); Cuidado com filmes e sex shops Se houver orgasmo na masturbação; Mostrar ao parceiro os passos da estimulação; Manobra da ponte. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Anorgasmia l Manobra da ponte: l Introdução o pênis na vagina; Homem ou mulher estimulam o clitóris; Mulher se concentra nas fantasias usadas na masturbação; Orgasmo é emparelhado com o pênis na vagina. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Transtornos dolorosos e aversão sexualPassos: Determinar qual atividade é dolorosa ou difícil; Maioria é a penetração; Dessensibilização sistemática e reestruturação cognitiva; TRATAMENTO DAS D.S.´s: Transtornos da aversão sexual Dessensibilização sistemática e reestruturação cognitiva; TRATAMENTO DAS D.S.´s: Dispareunia e vaginismo Determinar qual atividade é dolorosa ou difícil; Maioria é a penetração; Dilatação vaginal (exclusiva do médico); Manejo de ansiedade; ansiolíticos;. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Transtorno do desejo sexual Foco sensorial; Recondicionamento orgásmico (quando há rotina sexual) A pessoa inicia a masturbação fantasiando o ato com alguém que lhe pareça excitante; Próximo do orgasmo, a paciente substitui o objeto fantasiado pelo parceiro que deseja reativar o desejo; A fantasia vai sendo substituída cada vez mais distante do orgasmo. 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