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Anticonvulsivantes • Medicina Veterinária • 06/10 Eplepsia Alterações na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas. Com ou sem perda da consciência. Com ou sem convulsões. Pode ser de 2 tipos: Eplepsia sintomática, secundária ou orgânica Eplesia essencial, primária ou idiopática Classificação das Crises Convulsivas De acordo com Chrisman (1992) Crises generalizadas brandas: alterações motoras dos membros, pescoço e cabeça sem perda da consciência/ aura contrações clônicas incontroláveis decúbito lateral, ansioso, confuso sialorréia, vômitos duração de 1 a 10 minutos associadas a distúrbios metabólicos, tóxicos ou causa idiopática Crises generalizadas severas: tônico- clônicas, 'grande mal' perda da consciência sialorréia abundante contrações mandibulares seguidas de contrações tônico clônicas dos membros, pescoço e face - vocalização - olhos abertos, dilatação pupilar - micção e defecação espontânea - cianose por dificuldade para respirar Convulsão parcial: ou focal descarga focal, envolve apenas uma região do cérebro associados a lesões focal no cérebro causada por infecções, injúrias metabólicas ou traumática ou neoplasias Sub divisões conforme o local: lobo frontal ou focal motora contração da musculatura do lado oposto ao lobo afetado lobo temporal ou psicomaotor- alteração de comportamento, desorientação, corrida com agressividade associadas a descargas neuronais no lobo temporal ou sistema límbico Psíquica ou lobo temporal ou ociptal: alteração comportamental, com alucinações lobo parietal ou automutilação: episódios esporádicos de automutilação de algumas regiões do corpo sistema límbico ou hipotalâmico: vômitos e diarréia associados a descargas no sistema límbico, incluindo hipotálamo Convulsão parcial com generalização secundária: partindo do foco para outras regiões, resultando em crise generalizada severa. Outras crises: ausência mioclônicas... Fármacos anticonvulsivantes Fenobarbital – crises generalizadas e focais. Medicamento de custo acessível Farmacocinética – lentamente absorvido por VO. Liga-se 40-60% às proteínas plasmáticas. Metabolização hepática parcial e excreção renal. Níveis plasmáticos estabilizados entre 7 a 10 dias. Potente indutor enzimático. Mecanismo de Ação: potencializa a ação GABAérgica, limitando a disseminação do foco e elevando limiar convulsivo, bloqueio da excitação e depressão central dos reflexos espinhais. Sedação, hiperatividade paradoxal, poliúria, polidipsia, polifagia, anemia(rara), alterações hepáticas Primidona – convulsões generalizadas e focais Farmacocinética: bem absorvida por VO. Metabolização hepática (metabólito principal é o fenobarbital). Excreção renal. Mecanismo de Ação: semelhante ao fenobarbital (metabólito ativo). Sedação, hiperatividade paradoxal, polidispsia, poliúria, polifagia, necrose hepática e anemia. Benzodiazepínicos: Potencializam os efeitos do GABA, no cérebro e na medula, limitando a disseminação da atividade convulsiva e elevando o limiar para convulsão, bloqueio da excitação e depressão central dos reflexos espinhais Diazepan, Clonazepan e Clorazepato dipotássico Diazepan Indicado nas convulsões generalizadas e focais, mioclônicas e crises de ausência Absorvido por VO , metabolização hepática originando vários metabolitos ativos. Excreção renal. Tambem pode ser usado por VV nas emergências (crise convulsiva). Em cães apresenta tolerância em 2 semanas Efeitos colaterias: sedação e polifagia Clonazepan Convulsões generalizadas e focais, crises de ausência ou convulsões mioclônicas Pode ser usado por VO e VV . Metabolização hepática (origina compostos inativos) Sedação, desenvolve tolerância em cães e pode precipitar algumas convulsões. Não se conhece seu uso em gatos Clorazepato dipotássico Convulsões refratárias a outros bdz Absorção oral, meia vida curta, metabolização hepática e excreção renal Tolerância aparece com uso prolongado. Pode produzir dependência física severa em cães. Sedação e ataxia Carbamazepina Possivel inibição das descargas de alta frequência no foco epiléptico Absorvida por VO, liga-se em 75% às proteínas plasmáticas, sofre metabolização hepática (metabólito ativo) e excreção renal Usada nas convulsões generalizadas e focais Pode produzir: sedação, nistagmo, vômitos e hepatopatia Ácido Valpróico Possível interação com canais de sódio voltagem dependentes e possível acúmulo de GABA Absorção rápida por VO, liga-se em 90% às proteínas plasmáticas, metabolização hepática parcial (metabólitios ativos), excreção renal Convulsões generalizadas e focais, crises de ausência (não é indicado para gatos) Sedação e hepatopatia Brometo de Potássio Podem atuar mimetizando a ação dos cloretos nos neurônios, alterando a excitabilidade celular e promovendo uma hiperpolarização dos neurônios Usado por VO, não promove indução enzimática Usado em cães com crises refratárias a outros anticonvulsivantes ou que desenvolveram hepatopatias diminuem a frequencia das crises até o seu Cuidados na terapia anticonvulsivante Doses subclínicas Tolerância (fenobarbital) Estro Alterações na absorção de fármacos Doenças hepáticas Aumento de peso
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