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terroristas

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Escola: Visconde de Mauá
Diretora: Valena Calandrini
Professora: Alessandra
Aluno(a): Maria Eduarda Souza 
Trabalho 
 De Geografia 
 Os grupos terroristas do Oriente médio 
Não há, ao menos por enquanto, uma definição oficial no plano internacional sobre o que é propriamente o terrorismo, mas se pode considerar como terrorista todo e qualquer ato ou organização que utilize métodos violentos ou ameaçadores para alcançar um determinado objetivo político. Assim, sequestros, atentados a lugares públicos e privados, ataques aéreos, assassinatos ou outras formas de agressão podem ser relacionados com o terrorismo. A emergência desses grupos vem sendo uma tônica nos últimos tempos, sobretudo com a emergência do atual contexto da Nova Ordem Mundial. Todavia, a atuação dessas organizações é antiga, a exemplo do atentado de Sarajevo, em 1914, organizado pela organização Mão Negra e que culminou na morte do herdeiro do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando.
As organizações que são mais frequentemente mencionadas como os maiores grupos terroristas da atualidade, ou seja, apenas aqueles grupos que ainda se encontram em atividade:
Al-Qaeda: Com nome que significa “a base” em árabe, essa é a organização terrorista mais conhecida do mundo, sobretudo em razão dos atentados às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Ela é majoritariamente composta por muçulmanos fundamentalistas e tem por objetivo erradicar a influência ocidental sobre o mundo árabe. Foi criada em 1980 para defender o território do Afeganistão contra a URSS, que buscava expandir o domínio socialista sobre o país. Inicialmente essa organização contava com o apoio dos EUA, mas rompeu relações com esse país no início da década de 1990. Criada por Osama Bin Laden, em 1989, O líder da Al-Qaeda, após ser expulso da Arábia Saudita, passou cinco anos no Sudão, local onde comandou seus primeiros atentados contra instalações militares dos Estados Unidos. Em 1998, a organização assumiu a autoria da explosão de duas embaixadas estadunidenses, localizadas na África, causando 224 mortes. Bin Laden passou a utilizar um discurso ideológico contra os Estados Unidos, alegando que esse país realizava uma política de opressão aos mulçumanos, considerados, portanto, seus principais inimigos.
Boko Haram: o significado do seu nome é “a educação não islâmica é pecado”, sendo às vezes traduzido também como “a educação ocidental é pecado”. O Boko Haram é também uma organização antiocidental que objetiva implantar asharia (lei islâmica) no território da Nigéria. Ela foi fundada em 2002, mas ganhou notoriedade maior em 2014 com o sequestro de centenas de jovens, além de uma série de atentados que resultou em uma grande quantidade de mortes. Os atentados mais radicais iniciaram-se em 2009, quando o então líder e fundador Mohammed Yusuf, foi assassinado pela polícia nigeriana. O principal objetivo do Boko Haram atualmente, além de combater os princípios e legados ocidentais deixados pela colonização britânica no país, é a construção de uma república islâmica. Para conseguir esse objetivo, o grupo terrorista utiliza muitos métodos radicais, incluindo a realização de atentados e o sequestro para realizar avanços territoriais. O Boko Haram também age por meio do sequestro de mulheres, utilizando-as para a obtenção de resgates e, principalmente, negociando-as como escravas sexuais.
Hamas: apesar de não ser considerado como um típico grupo terrorista por alguns analistas, o Hamas — sigla em árabe para “Movimento de Resistência Islâmica” — é temido pela maioria das organizações internacionais e Estados, sendo por isso classificado como tal. Ele atua nos territórios da Palestina, tendo como objetivo a destruição do Estado de Israel e a consolidação do Estado da Palestina. O seu braço armado é uma frente chamada de Al-Qassam, além de configurar-se também como um partido político que, inclusive, venceu as eleições em 2006 e que hoje controla a Faixa de Gaza. Países apoiadores do Hamas, como Turquia e o Qatar, não consideram o grupo como uma entidade terrorista, mas sim uma frente política legítima. A origem do Hamas remete ao ano de 1987, quando o grupo foi instituído a partir da Primeira Intifada, manifestação da população da Palestina contra a ocupação de Israel. Seus criadores foram Mohammad Taha, Abdel Aziz al-Rantissi e Ahmed Yassin.
Estado Islâmico (EIIS): o Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) Em inglês – como é mais conhecido –, Islamic State in Iraq and Syria (ISIS), é um grupo terrorista jihadista que age nos dois referidos países, tendo surgido em 2013 como uma dissidência da Al-Qaeda, inspirando-se nesse grupo. O seu líder é Abu Bakr al-Baghdadi, que liderou a Al-Qaeda no Iraque em 2010 e que havia participado da resistência à invasão dos Estados Unidos ao território iraquiano em 2003. O objetivo do EIIS é a criação de um emirado islâmico abrangendo os territórios da Síria e do Iraque.  Ajihad, “guerra santa” para os muçulmanos, está na base dessas interpretações radicais. Sob o pretexto de expandir a fé islâmica e lutar contra o desvirtuamento dos valores tradicionais do Islã, o Estado Islâmico vem promovendo atentados na região norte do Iraque, fronteiriça com a Síria, desde a queda do governo autoritário de Saddan Hussein, em 2003, e das recentes tentativas de derrubada do governo de Bashar Al Assad, presidente da Síria, desde 2012.
Talibã: o grupo Talibã é um grupo político que atua no Paquistão e no Afeganistão, também preocupado com a aplicação das leis da sharia. O grupo comandou o Afeganistão desde 1996 até 2001, quando os EUA invadiram o país após os atentados de 11 de setembro. Com a retirada das tropas estrangeiras, o grupo vem fortalecendo-se e retomando o controle de boa parte do território afegão. Para tentar desestabilizar o inimigo, o grupo utiliza táticas de guerrilha e ataques de homem-bomba. Uma hipótese é que o dinheiro para financiar as ações venha de tributos cobrados dos plantadores de ópio. Mas a característica principal do grupo é ter uma interpretação muito rígida dos textos islâmicos, incluindo proibição à cultura ocidental e a obrigação ao uso da burca pelas mulheres. Hoje, o objetivo do Talibã no Afeganistão é recuperar seu território e expulsar os invasores dos Estados Unidos e da OTAN.
ETA: seu nome é uma abreviação em basco para “Pátria Basca e Liberdade”. Trata-se de um grupo terrorista separatista que visa à criação de um Estado com a independência do País Basco em relação à Espanha. Criado em 1959, o grupo organizou vários atentados ao longo de sua história, mas vem gradativamente reduzindo o seu arsenal militar, tendo um provável fim nos próximos anos em razão da sua não aprovação por parte da população basca, que deseja a independência local sem o uso de armas. Durante quatro décadas de atuação do grupo, aproximadamente 800 pessoas foram assassinadas. As ações violentas do ETA distanciam os anseios separatistas, mesmo com a falta de apoio da opinião pública, os atentados continuam, sempre violentos e direcionados a autoridades, como policiais, jornalistas, empresários, militares entre outros. Somente 30% da população basca oferece apoio à luta de independência. O ETA é o único grupo terrorista da Europa na atualidade. Apesar do fim das ações do grupo IRA, na Irlanda do Norte, o ETA, ainda que enfraquecido, continua a promover atentados
 
IRA: o Exército Republicano Irlandês também é um grupo militar separatista que objetiva a separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e sua anexação à República da Irlanda. Surgido no início do século XX e responsável por milhares de mortes por meio de atentados, o grupo depôs armas em 2005 depois de uma negociação firmada na década de 1990. Atualmente, o grupo utiliza meios políticos para o seu objetivo, mas ainda é considerado como uma ameaça à paz e à segurança internacionais. Em maio de 2008, um novo atentado à bomba ligado ao IRA feriu um policial. Esses dois episódios acabaram confundindo
a opinião pública. Afinal de contas, o IRA acabou ou continua sendo uma ameaça latente? De fato, a grande maioria que engrossava as fileiras do movimento irlandês chegou à conclusão de que a via da luta armada não fazia mais sentido. Porém, a declaração de cessar fogo de 2005 acabou estabelecendo um “racha” que dividiu o IRA em três diferentes facções. A primeira e a maior dessas facções é o chamado IRA Provisional. Entre 1969 e 1997, este grupo foi responsável por uma série de ações terroristas, focos de guerrilha e atentados ocorridos na Inglaterra e na própria Irlanda do Norte. Em seu auge, o IRA Provisional tornou-se a maior organização do continente europeu. No entanto, o início das negociações na década de 1990 desarticulou as ações de assalto do grupo provisional. 
Ataques terroristas deixam centenas de mortos em 2016
Países que enfrentam o Estado Islâmico são os focos.
Há pouco mais de uma semana, 84 foram mortos em Nice.
Em 2016, o noticiário internacional tem sido repleto de ataques, com centenas de mortos.
O foco principal do terrorismo está nos países que enfrentam diretamente o grupo Estado Islâmico.
No Iraque, um caminhão-bomba matou 308 pessoas no fim do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos.
Na Síria, carros-bomba mataram 184 em áreas controladas pelo governo no fim de maio.
No Afeganistão, o governo enfrenta o grupo talibã. Um ataque contra prédios públicos em abril, com 64 mortos, foi o pior dos últimos cinco anos.
No vizinho Paquistão, outro ataque atribuído ao talibã matou 72 pessoas num parque em Lahore, a segunda maior cidade do país.
Na Ásia e no continente africano, grupos ligados ao Estado Islâmico e à rede Al-Qaeda atacaram em muitos países: Indonésia, Bangladesh, Egito, Líbia, Somália, Nigéria, Costa do Marfim.
Em Israel e nos territórios palestinos, os ataques são frequentes. Como no fim de junho, quando um palestino invadiu a casa de uma família israelense e matou uma jovem de 13 anos.
Mas é nos países mais envolvidos na luta contra o Estado Islâmico que os ataques têm sido mais intensos.
Nos Estados Unidos, um atirador matou 49 pessoas numa boate gay em Orlando.
A Turquia, vizinha do conflito na Síria e no Iraque, é um alvo frequente. Em junho, atiradores invadiram o aeroporto de Istambul e mataram 44 pessoas.
Na Europa, ataques coordenados no aeroporto e metrô de Bruxelas deixaram 32 mortos em março.
Na França, em 14 de julho, o motorista de um caminhão matou 84 pessoas em Nice, na França.
E na Alemanha, antes do ataque desta sexta-feira (22), cinco passageiros de um trem foram feridos a machadadas por um rapaz afegão.

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