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Atuação da Política Nacional de Resíduos Sólidos na zona urbana da cidade de Serra Talhada PE.

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ATUAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA 
ZONA URBANA DA CIDADE DE SERRA TALHADA/PE. 
 
Daniele Soares da Silva1, Janete Maria dos Santos1, Maria Aparecida Barbosa1, Sandro 
Rogério Soares Cordeiro1, Gleydson Neri de Santana2 
 
 
Resumo 
Instrumento fundamental para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras, a 
Política Nacional de Resíduos Sólidos dispõe sobre a implantação de soluções para a 
problemática do lixo. Este artigo demonstra que na zona urbana da cidade de Serra 
Talhada/PE existe controvérsia entre o parâmetro teórico e o que acontece usualmente. O 
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos são 
de ordem prioritária, os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos contribuem 
e apontam caminhos que futuramente poderão se tornarem soluções práticas e concretas. 
 
Palavra Chave: Resíduos Sólidos, Plano Municipal de Resíduos Sólidos, Coleta Seletiva, Educação Ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Graduandos do curso de Tecnólogo em Gestão Ambiental 
2 Professor Especialista em Zoologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. 
2 
 
 
 
 
Introdução 
 
Um dos maiores problemas desde a 
revolução industrial e do crescimento 
urbano desordenado é a produção 
excessiva dos resíduos sólidos e a 
disposição final de forma a não agredir ao 
meio ambiente. No contexto mundial a 
preocupação de equacionamento dos 
resíduos sólidos, principalmente os 
residenciais, vem crescendo com o 
aumento da produção, gestão e descarte 
inadequados, trazendo com isso danos ao 
meio ambiente e a saúde da população. 
A partir Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento, conhecida como Eco-
92, incorporaram-se novas prioridades à 
gestão sustentável de resíduos sólidos que 
direcionou a atuação dos governos, da 
sociedade e da indústria priorizando a 
redução de resíduos nas fontes geradoras e 
a redução da disposição final no solo. 
Em 2010 foi sancionada a Lei 
12.305 que instituiu a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), dispondo sobre 
seus princípios, objetivos e instrumentos, 
bem como sobre as diretrizes relativas à 
gestão integrada e ao gerenciamento de 
resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às 
responsabilidades dos geradores e do poder 
público e aos instrumentos econômicos 
aplicáveis. A não geração, a redução, a 
reutilização, a reciclagem, o tratamento dos 
resíduos sólidos e disposição final 
ambientalmente adequada dos rejeitos são 
de ordem prioritária. 
No mesmo ano, em Pernambuco foi 
instituída a Lei 14.236/10 da Política 
Estadual de Resíduos Sólidos (PERS), com 
a missão de enfrentar o passivo ambiental 
do estado decorrente da coleta e destinação 
final, de forma mais especifica procura 
incentivar, conscientizar e motivar a 
sociedade às práticas de redução, 
reutilização e tratamentos dos resíduos 
sólidos visando a melhoria da qualidade de 
vida dos mesmos. No estado criaram-se 
marcos regulatórios que priorizaram as 
ações de gestão ambiental integrada 
estabelecendo mecanismos de 
monitoramento através de um Sistema 
Estadual de Gestão Integrada de Resíduos 
Sólidos. 
De acordo com o Conselho Nacional 
do Meio Ambiente - CONAMA 
(Resolução N°005/93), um conjunto de 
medidas administrativa e operacionais 
definiram a responsabilidade para a 
implantação da Política Estadual de 
Resíduos Sólidos. Essas medidas são 
instrumentos fundamentais a serem 
estabelecidos focando em programas e 
3 
 
 
 
projetos voltados para a proteção e a 
recuperação do meio ambiente, são elas: 
Programa Estadual de Gestão de Resíduos 
Sólidos; Planos Locais de Gestão Integrada 
de Resíduos Sólidos; Sistema Estadual de 
Informações sobre Resíduos Sólidos; 
Inventário de Resíduos Sólidos; 
Licenciamento Ambiental; Monitoramento 
e Fiscalização Ambiental; Cooperação 
Técnica e Financeira entre os setores 
publicos e privados; Pesquisa Cientifica e 
Técnologica; Logistica Reversa; Educação 
Ambiental; Incentivos Fiscais, Financeiros 
e Creditícios; Consócios Municipais para 
a inplentação da Política de Resíduos 
Sólidos; Mapa Estadual de Resíduos 
Sólidos. 
Nesse contexto, a gestão integrada 
dos resíduos sólidos se constitui em 
instrumento fundamental para o 
desenvolvimento sustentável das cidades 
brasileiras de forma a induzir uma 
melhoria na qualidade de vida da 
população, através do controle da poluição, 
da contaminação do ar, da água e do solo, 
provocada pela inadequada remoção, 
tratamento e destinação final dos resíduos 
sólidos. 
Segundo a PNRS os municípios 
deverão elaborar os Planos Municipais de 
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. A 
elaboração destes planos é condição para 
os mesmos terem acesso a recursos da 
União destinados a empreendimentos e 
serviços relacionados à limpeza urbana e 
ao manejo de resíduos sólidos. 
Os planos municipais de gestão 
integrada de resíduos sólidos terão que 
diagnosticar a situação dos resíduos sólidos 
gerados, identificar áreas favoráveis para 
disposição final com possibilidades de 
implantação de soluções consorciadas com 
outros municípios, criar procedimentos 
operacionais e especificações mínimas a 
serem adotados nos serviços públicos de 
limpeza urbana e do manejo, para 
apresentar indicadores de desempenho 
operacional e ambiental desses serviços 
públicos. 
Os arranjos de consócios municipais 
consideram como processos metodológicos 
o levantamento direto em campo ou com 
fontes secundárias, com a obtenção de 
dados demográficos e com o diagnóstico 
dos sistemas municipais de limpeza 
pública, assim podendo caracterizar os 
resíduos sólidos nos municípios. 
Os consócios públicos municipais 
criados em Pernambuco formam um 
conjunto de onze consórcios (COMSUL, 
COMAGSUL, COMANAS, CADEMA, 
CISAPE, CIDESF, COMEMI, CIDEM, 
CIMPAJEÚ, CODEAM, CODOMAR) que 
necessariamente não envolve uma lógica 
regionalizada relacionada a questão de 
resíduos sólidos. O modelo adotado tem 
4 
 
 
 
multifuncionalidade e flexibilidade para a 
formação de consócios podendo abranger a 
área de saúde e educação, por exemplo. 
No Sertão do Pajeú no ano de 2014, foi 
criado o Consórcio Público Intermunicipal 
dos Municípios do Pajeú (CIMPAJEÚ) que 
contempla 20 municípios, para os mesmos 
formarem esse consorcio foi necessário um 
levantamento de dados e informações 
recorrentes a problemática dos resíduos 
sólidos. 
O Plano Intermunicipal de Gestão de 
Resíduos Sólidos do CIMPAJEÚ, está de 
acordo com as diretrizes da PNRS e segue 
a normatização técnica da ABNT, da 
CPRH, ANVISA e do CONAMA, o 
mesmo abrange o município de Serra 
Talhada/PE, que inclui o diagnóstico da 
situação atual dos serviços públicos de 
limpeza urbana e destinação final 
ambientalmente adequada dos resíduos e 
rejeitos da cidade. 
O presente trabalho visa realizar uma 
análise da atuação da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos no município de Serra 
Talhada/PE, através de dados estatísticos 
contidos no Plano Municipal de Resíduos 
Sólido do CIMPAJEÚ. 
 
Metodologia 
 
Para entender a atuação da PNRS 
na cidade de Serra Talhada/PE, foram 
necessários realizar pesquisas em sites, 
jornais e revistas científicas que tratam 
especificamente sobre o assunto, como 
também a aplicação de um questionário 
(anexo 1) nos setores responsáveis pelos 
serviços de limpezaurbana e meio 
ambiente. 
Foram obtidos dados das empresas 
competentes, observando apenas os 
caminhos percorridos para o cumprimento 
das Lei 12.305/10, que nortearam na 
elaboração deste artigo. 
 
Resultados e discussão 
 
O município de Serra Talhada está 
situado na mesorregião do Sertão do Pajeú 
do estado de Pernambuco, possui uma área 
territorial de 2.980.007 Km2, sua 
população atual é de 84. 970 (IBGE,2016). 
Localizada no centro do estado, Serra 
Talhada/PE tornou-se uma cidade polo em 
relação à saúde, educação e comércio, com 
isso ela atende pessoas vindas das cidades 
e estados circunvizinhos. Culturalmente 
conhecida como a Capital do Xaxado, sua 
população flutuante é de aproximadamente 
de 100.000 habitantes diariamente (MinC, 
2015). 
Considerando que o município tem 
uma população de 100.000 habitantes por 
dia, são geradas aproximadamente 
quarenta toneladas/dia de lixo resultantes 
5 
 
 
 
das atividades domésticas, comerciais, 
industriais e das áreas de saúde e educação. 
Observando informações colhidas no setor 
de limpeza urbana e meio ambiente, 
consta-se que a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos vem sendo exercida por 
meio do Plano Municipal de Resíduos 
Sólidos da seguinte forma: 
A Secretária Municipal de Serviços 
Públicos é composta por cerca de cem 
profissionais que atuam na administração, 
coleta, varrição e capinação. 
 O setor de coleta possui quatro 
caminhões compactadores, sendo que em 
cada caminhão contém uma equipe com 
um motorista e três agentes de coleta 
(gari). De acordo com o setor a coleta 
urbana é realizado diariamente conforme 
tabela abaixo: 
Tabela 1: Roteiro do setor de coleta. 
 Na coleta urbana existe um 
relacionamento estreito ente a 
administração de serviço e a população. Os 
dados coletados no setor mostram que a 
cidade está contemplada com cem por 
cento da coleta do lixo. Porém a população 
não contribui com a limpeza urbana, pois 
os mesmos não destinam o lixo nos 
horários e locais adequados conforme 
tabela 1. 
 No Plano Municipal de Resíduos 
Sólidos (PMRS,2014) essa coleta é 
realizada por uma empresa terceirizada. No 
que diz respeito a coleta do entulho 
segundo a gestão pública, não é de 
responsabilidade da prefeitura executar a 
coleta do entulho. O gerador do mesmo é 
que deve dar destino ao seu entulho. 
Contudo no texto do plano municipal 
informa que a coleta é realizada uma vez 
por semana no período da tarde após a 
coleta domiciliar. 
Os resíduos sólidos, anteriormente 
eram dispostos em um vazadouro a céu 
aberto (lixão) e não existia qualquer tipo de 
tratamento. Atualmente a disposição final 
do lixo urbano segue para uma unidade de 
aterro sanitário de responsabilidade de uma 
empresa privada. Essa logística vem sendo 
aplicada desde fevereiro de 2017, onde é 
feito uma triagem e separação dos 
materiais, onde 71 % é matéria orgânica, 
5% vidro, 3% metal, 8% papel e papelão, 
BAIRROS FREQUENCIA HORÁRIO 
Centro e avenidas 
principais 
Domingo 10:00 h 
BR 232 (Faixa 
morta da BR) 
Diária 10:00 h 
Centro / São 
Cristóvão 
Segunda à 
Sábado 
16:00 h 
Bom Jesus, 
Borborema, 
Malhada, Baixa 
Renda, Vila Bela, 
COHAB, 
Tancredo Neves, 
José Tomé de 
Souza (Mutirão), 
CAGEPE, Bairro 
Universitário, 
Segunda, 
Quarta e Sexta 
07:00 h 
Alto da Conceição, 
AABB, Várzea, 
Caxixola, IPSEP 
Terça, Quinta e 
Sábado 
07:00 h 
Jardim das 
Oliveiras 
Terça e Sexta 
Feira 
07:00 h 
OBS: Nas principais avenidas da cidade a coleta é 
realizada diariamente. 
6 
 
 
 
12% plástico, 0% inerte e 1% outros de 
acordo com informações transcritas do 
PMRS, 2014 onde as mesmas foram 
traspostas em planilha do programa Excel. 
 
 
Figura 1 – Composição Física dos Resíduos Só lido s 
(%) PMRS,2014. 
Localizado na PE 320 o aterro 
sanitário da empresa operadora do lixo da 
cidade, onde realizou-se uma visita in loco, 
foi observado a disposição correta dos 
resíduos sólidos em valas envolvidas por 
uma manta de polietileno de alta densidade 
e sobre elas uma camada de pedra britada, 
por onde infiltram-se os líquidos e gases 
liberados pelo lixo direcionados para um 
tanque coletor. A empresa informou que 
sua unidade física de tratamento dos 
materiais recicláveis se encontra em 
processo de construção na zona rural do 
município próximo a PE 390. 
O aterro sanitário, além de resolver 
o problema do lixo e suas consequências 
à saúde da população e do meio ambiente, 
gera vários empregos diretos e indiretos e 
rentável para o próprio município. 
O sistema de coleta seletiva é mais 
um dos instrumentos disposto no art.36 da 
Lei 12.305/10 sendo essencial para atingir 
a meta de disposição final dos resíduos e 
rejeitos ambientalmente adequados. 
 Abordada pelo Plano Municipal de 
Resíduos Sólidos a coleta seletiva contribui 
de forma significativa para a reciclagem do 
lixo, onde a mesma interfere no ciclo 
gestão de vida dos resíduos por meio da 
triagem, distribuição por classe, 
processamento e venda desses materiais 
colaborando na cadeia produtiva da 
redução e reutilização e reciclagem do lixo. 
Segundo o plano o percentual de materiais 
recicláveis em Serra Talhada é de 28%, o 
que equivale a 22,79 t/dia. 
 
Figura 2 – Tipos de materiais recicláveis (%) PMRS,2014. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Plástico 
12%
Papel -
Papelão 
8%
Vidro 
5%
Metal 
3%
7 
 
 
 
Esse percentual vem sendo 
operacionalizado por um empreendimento 
cooperativo que desenvolve importante 
trabalho da coleta seletiva. A Cooperativa 
dos Catadores de Materiais Recicláveis de 
Serra Talhada – COOPECAMAREST, foi 
criada em abril de 2011 e conta atualmente 
com 33 profissionais entre o setor 
administrativo e catadores, sua direção é 
composta por um presidente, um diretor 
vogal, um secretário, um tesoureiro e oito 
membros do conselho fiscal. Em 2015 a 
COOPECAMAREST destacou-se no 
estado por ter coletado a maior quantidade 
de material reciclado, e por possuir o 
sistema mais organizado e a maior renda 
por catadores. A cooperativa atualmente 
conta com equipamentos de pesagem, 
prensas, carroças e um caminhão baú para 
complementar suas atividades. Os 
materiais mais coletados são papel, 
papelão, plástico, ferro, aço e cacarecos 
(resíduos de objetos) além da coleta do 
óleo de soja usado, único material orgânico 
coletado, a periodicidade de coleta 
ocorrem por dois estágios, a doação por 
empresas e parceiros fixos e a coleta 
domiciliar que abrangem os bairros de Vila 
Bela, Mutirão e Centro com sistema de 
rodízio dos catadores de segunda a sexta. 
A coleta seletiva é o mais 
importante passo para os mais diversos 
tipos de resíduos sigam seu caminho para a 
reciclagem ou uma alocação final 
ambientalmente adequada, pois o resíduo 
deixa de ser lixo se separado corretamente. 
A prefeitura municipal de Serra 
Talhada/PE não possui uma coleta seletiva 
própria, contudo está previsto no plano 
municipal que este serviço pode ser 
realizado por meio de uma cooperativa ou 
associação de catadores de materiais 
reutilizáveis e recicláveis. 
No artigo 13 da PNRS a alínea g) 
trata dos geradores dos Resíduos de 
Serviços de Saúde (RSS) que conforme é 
definido em regulamento ou em normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sistema 
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA e 
do Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária - SNVS. A coleta RSS, 
materializadono plano municipal, é divido 
em dois segmentos de acondicionamento: o 
primário é efetuado no interior das 
unidades dos serviços de saúde e o 
secundário sendo localizado em uma área 
externa as unidades geradoras. 
No debate acerca dos RSS, a forma 
de descarte e as controvérsias existentes 
entre esse parâmetro teórico e o que 
acontece usualmente, as unidades 
geradoras seguem diferentes destinos ao 
lixo, ocasionando compreensão popular 
diversificada. Em anexo (tabela 2), a 
classificação e destinação adequada dos 
resíduos dos serviços de saúde. 
8 
 
 
 
No município a aquisição de um 
veículo exclusivamente destinado a coleta 
de RSS não se torna necessário pelo fato 
de ter um custo elevado, porém para a 
prestação deste serviço foi contratado uma 
terceirizada com autorização do órgão 
ambiental (CPRH). O aterro sanitário 
prevê o tratamento em valas sépticas. 
Segundo a PNRS (2010), a 
educação ambiental é parte integrante na 
gestão de resíduos sólidos e tem como 
objetivo o aprimoramento do 
conhecimento, dos valores, dos 
comportamentos e do estilo de vida 
relacionados com a gestão e o 
gerenciamento adequado dos resíduos 
sólidos. 
A Educação Ambiental presente no 
PMRS é uma relevante ferramenta 
direcionada a problemática dos resíduos 
sólidos do município, de modo a contribuir 
efetivamente com a mudança nos hábitos 
da população com relação ao meio natural 
ecologicamente sustentável. Por meio da 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
(SEMMA), esse método de educação vem 
se tornando bastante ativo com ações 
estrategicamente desenvolvidas por 
campanhas educativas com atuação nas 
escolas e visita porta a porta nos bairros 
com a distribuição de panfletos com o tema 
“Mude de atitude. Pensar no futuro é agir 
agora!”, que conscientiza adultos e 
crianças a prática da destinação 
ambientalmente satisfatória dos resíduos 
sólidos. Com essas duas frentes de 
atuação, a SEMMA atinge positivamente 
seu principal objetivo de educação e 
conscientização da população sobre a 
destinação ambientalmente sustentável do 
lixo. 
 
Conclusão: 
 
Os órgãos responsáveis atende as 
normas descritas na Política Nacional de 
Resíduos Sólidos por meio do Plano 
Municipal de Resíduos Sólidos onde os 
mesmos relatam não ter dificuldade em 
executar seus serviços, entretanto na 
elaboração deste artigo foi encontrado 
discordância entre o Plano municipal e a 
sua execução, como exemplo a ser citado, 
observa-se a falta de integração entre os 
setores que dificultou a pesquisa no tocante 
ao quantitativo de dados que se quer 
demonstrar neste trabalho. 
 Considera-se que a atuação da 
Política Nacional dos Resíduos Sólidos 
vem sendo cumprida em suas normas por 
meio do Plano Municipal de Resíduos 
Sólidos de forma atender todos os setores 
da sociedade serra-talhadense. 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
http://api.serratalhada.pe.gov.br/wp-content/uploads/2017/01/Plano-Municipal-de-
Gest%C3%A3o-Integrada-de-Res%C3%ADduos-S%C3%B3lidos.pdf 
Acessado em 15/07/2017 ás 18:36 
 
https://cidades.ibge.gov.br/v4/brasil/pe/serra-talhada/panorama 
Acessado em 09/07/2017 ás 14:58 
 
http://www.cprh.pe.gov.br/downloads/PlanoResiduoSolido_FINAL_002.pdf 
Acessado em 01/07/2017 ás 18:24 
 
http://www.cultura.gov.br/o-dia-a-dia-da-cultura/ 
/asset_publisher/waaE236Oves2/content/serra-talhada-comemora-anuncio-do-canal-da-
cidadania/10883 
Acessado em 09/07/2017 ás 14:06 
 
http://www.mma.gov.br/port/conama/ 
Acessado em 09/07/2017 ás 13:34 
 
http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-residuo-hospitalar/residuos-hospitalares/ 
Acessado em 12/07/2017 ás 16:18 
 
http://www.undb.edu.br/publicacoes/arquivos/rev._ceds_n.1__a_pol%C3%ADtica_nacional_
de_res%C3%ADduos_s%C3%B3lidos_o_descarte_incorreto_de_lixo_hospitalar_e_os_probl
emas_causados_aos_catadores_e_ao_meio_ambiente_lorena_batista_e_juliana_rodrigues.pdf 
Acessado em 12/07/2017 ás 14:06 
 
 
10 
 
 
 
 
Anexo 1 
 
Questionário de Pesquisa 
 
1- Como é feita a limpeza urbana na cidade de Serra Talhada? 
 
2- Quais são os bairros e os dias da semana que é realizada a coleta domiciliar? 
 
3- Como é realizada a coleta de entulho? 
 
4- Quantas toneladas de lixo são geradas na cidade? 
 
5- Qual a unidade de destinação final dos resíduos sólidos? 
 
6- Quantas pessoas estão envolvidas direta e indiretamente com o setor de limpeza 
urbana? 
 
7- Existe um sistema de atendimento a população? 
 
8- Qual é a principal reclamação ou solicitação sobre o serviço de manejo de resíduos sólidos? 
 
9- No Município, existe Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos? 
 
10- Qual a principal dificuldade em operacionalizar o plano de resíduos sól idos? 
 
11- No Município, existe algum programa de educação ambiental destinado à conscientização 
acerca do lixo? 
 
12- Lei n. 12.305/2010 está sendo corretamente efetivada no município, quais as principais 
deficiências e o que precisa melhorar? 
11 
 
 
 
 
Anexo 2 
 
Tabela de classificação e destinação dos RSS 
 
Tipos: 
▪ Lixo infectante 
 
▪ Lixo perigoso 
 
▪ Lixo 
Domiciliar 
Classe A, que representa 
um grande risco de 
contaminação, além de 
poluir o meio ambiente. Há 
estabelecimentos não 
fazem a separação deste 
material, que acaba indo 
para os aterros junto com o 
lixo normal ou para a 
fossa. 
 
Clase B, cuja destinação 
final, atualmente, fica 
sob responsabilidade dos 
hospitais. O material 
recolhido nos hospitais, 
acondicionado segundo 
normas que variam em 
função do grau de 
periculosidade dos 
produtos, geralmente é 
levado a um aterro 
próprio. 
Classe C (incluindo o 
grupo D hospitalar), 
também devidamente 
separado – fica sujeito 
ao mesmo sistema de 
recolhimento do 
restante da cidade, indo 
parte para reciclagem e 
parte para a coleta 
normal, que inclui 
apenas o material 
orgânico destinado ao 
aterro sanitário. 
Separação do Lixo 
 
Infectantes - classe A - 
como restos de material de 
laboratório, seringas, 
agulhas, hemoderivados, 
entre outros, 
Perigosos – classe B - 
que são os produtos 
quimioterápicos, 
radioativos e 
medicamentos com 
validade vencida 
Domiciliar - classe C - 
o mesmo produzido 
nas residências, que 
pode ser subdividido 
em material orgânico e 
reciclável. 
 
Processos de Destino 
. 
 
Incineração: trata-se da 
queima o lixo infectante 
transformando-o em 
cinzas, uma atitude 
ambientalmente incorreta 
devido aos subprodutos 
lançados na atmosfera 
como dioxinas e metais 
pesados. 
 
Auto-Clave: esteriliza o 
lixo infectante, 
 
Aterro sanitário: 
coleta normal, que 
inclui apenas o 
material orgânico. 
Classes dos Resíduos 
 
 
Lixo infectante 
-Sangue e hemoderivados; 
-Excreções e secreções; 
-Tecidos, órgãos, fetos e 
peças anatômicas; 
-Filtros de gases aspirados 
de áreas contaminadas; 
-Resíduos advindos de área 
de isolamento; 
-Resíduos de laboratório 
de análises clínicas; 
-Resíduos de sanitário de 
unidades de internação; 
– Objetos perfurocortantes. 
Lixo perigosos 
- Produtos Hormonais; 
-Antimicrobianos; 
- Imunossupressores; 
-Resíduos saneantes, 
desinfetantes; 
-Resíduos contendo 
metais pesados; 
-Resíduos e insumos 
farmacêuticos. 
Lixo Domiciliar-Orgânico; 
-Papel; 
-Papelão; 
-Plástico; 
-Aço; 
-Alumínio; 
-Madeira; 
-Vidro.

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