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A cidadania se origina nas sociedades de classes.
Todo processo de identificação pressupõe a existência da igualdade e da diferença, do mesmo e do Outro. Através de um sistema de referências sempre arbitrário torna-se possível distinguir os seres entre si, retirando-os de uma condição indiferenciada, agrupando-os em determinadas classes e garantindo-lhes a necessária autonomia. O atributo da cidadania evidencia o não-cidadão, o marginal, aquele que não corresponde às referências adotadas;
Todo processo de identificação é uma relação de poder, já que nele estão presentes a condição de existência de um, o identificado, e a ação de Outro, o identificado.
A cidadania faz mediação das relações entre os indivíduos identificados, “presentificados” como cidadãos frente ao estado, os que se incluem na ordem dos direitos e deveres; ao fazer isto, também identifica os que estão excluídos dessa ordem, os não-cidadãos. Podendo identificar quem pode e quem não pode ser cidadão, o Estado polariza os conflitos que o direito à cidadania acarreta. Vista sob este aspecto, a cidadania é um duplo na identidade do homem,. Na esfera individual, cada um é único e inigualável; na esfera pública, cada um é um cidadão, teoricamente igual a todos os outros assim considerados.
Quais os pressupostos, então, de cidadania?
Ela não é um “em si”, pois tem por fim a identidade social dos indivíduos na relação com um determinado Estado;
Seu determinante histórico – social é a existência da sociedade de classes e do estado, como categoria histórica, a cidadania é dinâmica, refletindo, portando as condições econômicas, políticas e sociais da sociedade na qual foi forjada.
No interior das relações sociais, a cidadania pertence à ordem simbólica, representando realidade e disponibilidade, valores e significações socialmente estabelecidos, serve assim, de mediação entre os indivíduos e o estado.
Explicitar a questão da cidadania brasileira, implica dimensiona-la a partir da nossa relaidade, econômica, política e social. Entre os motivos que nos induzem a essa tarefa, destacam-se 3:
acontece um surto de exigências de cidadanias, oriundo de diferentes grupos: mulheres, negros, crianças, homossexuais, idosos. São atores que lutam pelo cumprimento do que presumem ser o fundamento da cidadania: o direito de viverem á luz de suas próprias especificidades.
O Estado brasileiro vem desenvolvendo mecanismos que lhe garantem maior controle sobre o cidadão.
A temática da formação da cidadania mantém-se na atual legislação de ensino. O Estado define a formação do cidadão como um dos fins da educação, atribuindo às instituições de ensino públicas e privadas, o dever de dotar os jovens de condições básicas para o exercício consciente da cidadania.

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