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Fenômenos de Transporte Mecânica dos fluidos Aula 4 Dinâmica dos fluidos A dinâmica dos fluidos é responsável pelo estudo e comportamento dos fluidos em regime de movimentocomportamento dos fluidos em regime de movimento acelerado no qual se faz presente a ação de forças externas responsáveis pelo transporte de massa. INTRODUÇÃO Dois aspectos importantes na Mecânica dos fluidos são: a natureza viscosa dos fluidos e a sua compressibilidade. INTRODUÇÃO O movimento de um fluido pode ser expresso por descrições Lagrangianas e Eulerianas. INTRODUÇÃO � Descrição lagrangeana: partículas individuais são observadas como função do tempo. � Descrição euleriana: as propriedades do escoamento são funções do espaço e tempo. Temos o trânsito de carros como exemplo: �Na descrição Euleriana: a velocidade média como função do tempo e da posição dentro do campo, mais a taxa de fluxo (número de carros por hora) que passam nesta seção. �Descrição lagrangiana: para este pode ser importante acompanhar um carro especifico ao longo do seu deslocamento pela rodovia. INTRODUÇÃO �Movimento dos fluidos Linhas de Trajetória, Linhas de Emissão e Linha de Corrente. INTRODUÇÃO �Classificação do Escoamento �Tridimensional → o vetor velocidade depende de três variáveis espaciais, ou o campo de velocidade varia em três dimensões. � Bidimensional → o vetor velocidade depende de duas variáveis� Bidimensional → o vetor velocidade depende de duas variáveis espaciais, ou o campo de velocidade varia em duas dimensões. � Unidimensional → o vetor velocidade depende de apenas uma variável espacial, ou o campo de velocidade varia em uma dimensão. INTRODUÇÃO �Classificação do Escoamento �Regime Permanente: propriedades dos fluidos e sua velocidade não variam no tempo. �Regime Transiente: propriedades dos fluidos e sua velocidade variam no tempo. INTRODUÇÃO �Classificação do Escoamento �Fluxo laminar: linhas de correntes formam lâminas. Baixa velocidade do escoamento.velocidade do escoamento. �Fluxo turbulento: linhas de corrente formam turbilhões. Alta velocidade do escoamento. INTRODUÇÃO �Classificação do Escoamento �Fluxo Uniforme: velocidade constante para todos os pontos da trajetória. �Fluxo Variado: velocidade varia ao longo dos pontos. INTRODUÇÃO �Classificação do Escoamento �Fluido compressível: variação da massa específica não podem ser desprezadas. �Fluido incompressível: variações da massa específica desprezíveis. volume massaM ∀ =ρ INTRODUÇÃO �Em resumo: Equações importantes em Mecânica dos fluidos para o curso: �Equações da Estática dos fluidos; �Equação da Continuidade ou Conservação da Massa;Equação da Continuidade ou Conservação da Massa; �Conservação da Energia( Bernoulli); �Perdas de carga. 14 Conceitos Básicos �Sistema: O sistema é definido como sendo certa quantidade fixa e definida de massa. i. Pode ser fixo ou móvel; ii. Não ocorre transporte de massa; iii. Quantidade de matéria permanece constante; iv. Calor e trabalho podem atravessar o limite do sistema. Fronteira do sistema: superfície que delimita o sistema. Vizinhança do sistema: tudo que pertence ao exterior e interage com o sistema. 15 Conceitos Básicos � Volume de controle: região do espaço escolhida para a realização da análise termodinâmica, conveniente para analisar dispositivosda análise termodinâmica, conveniente para analisar dispositivos ou equipamentos onde há fluxo de massa. � Superfície de controle: análoga à fronteira do sistema, porém com a possibilidade de existir fluxo mássico através dela. � Propriedade: é uma quantidade que depende do estado do sistema e é independente do caminho pelo qual o sistema chegou ao estado considerado. O conjunto de propriedades define o estado termodinâmico do sistema. 16 Conceitos Básicos Propriedade extensivas (N): a propriedade dependente da massa. Propriedade intensivas( ) : são as chamadas propriedades específicas (por unidade de massa) Regime permanente: 1. O VC não se move em relação ao sistema de coordenadas. 2. O estado da massa, em cada ponto do VC não varia com o tempo. 3. O fluxo e o estado da massa que cruza a SC não varia com o tempo. As taxas η 3. O fluxo e o estado da massa que cruza a SC não varia com o tempo. As taxas nas quais o calor e trabalho cruzam a SC permanecem constantes. Regime uniforme: 1. O VC não se move em relação ao sistema de coordenadas. 2. O estado da massa interna ao VC pode variar com o tempo. (porém, em qualquer instante o estado é uniforme) 3. O estado da massa que cruza a SC não varia com o tempo, mas as vazões podem variar com o tempo Teorema de Transporte de Reynolds �Em vários estudos trabalhamos com Sistemas fechados. A Dinâmica dos fluidos trabalha com VOLUMES DE CONTROLE na maior parte do tempo. � O Teorema de Transporte de Reynolds (TTR) oferece a ligaçãoO Teorema de Transporte de Reynolds (TTR) oferece a ligação entre a abordagem por SISTEMAS e a abordagem por volume de controle. �Entender a utilidade do teorema de Transporte de Reynolds nos ajuda a aplicar a equação de conservação da massa para balancear as vazões de entrada e saída de um sistema fluido. Teorema de Transporte de Reynolds � Considere uma propriedade extensiva N relativa a um sistema. E a propriedade intensiva correspondente definida como: N � Seja um volume de controle indeformável que constitui a região II. � A região I é definida de tal forma que sua massa (carregando a propriedade N) entra no V.C. no intervalo de tempo ∆t. Onde: • N = Prop. extensiva • η= Prop.intensiva • M = massa M N =η ∆t. �A região III constitui a massa que sai do V.C. (carregando a propriedade N) no mesmo intervalo de tempo. Teorema de Transporte de Reynolds O Teorema de Transporte de Reynolds afirma que: A taxa de variação com o tempo da quantidade total de N é igual às variações instantâneas de N no interior do volume de controle, somadas à integral (em toda a superfície de controle) da taxa na qual N está sendo transportada através da superfície de controlequal N está sendo transportada através da superfície de controle para a vizinhança. Onde: N = propriedade extensiva; η= propriedade intensiva; ∀=volume; ρ= massa específica; V = velocidade; A = área dAVd tdt dN SCVCsistema ∫∫ → +∀ ∂ ∂ = ηρηρ Teorema de Transporte de Reynolds �Para volume de controle fixo: dAVd tdt dN SCVCsistema ∫∫ → +∀ ∂ ∂ = ηρηρ Taxa de variação da propriedade extensiva N do sistema Taxa de variação da propriedade extensiva N dentro do volume de controle Taxa líquida de fluxo da propriedade extensiva N através da superfície de controle Equação da Conservação da Massa � Pelo Teorema de Transporte de Reynolds encontramos a Equação da Conservação da massa ou Equação da Continuidade, fazendo as seguintes considerações: �N= m (massa) ; � =1 (massa dividida por massa) �Conservação da massa η 0= sistemadt dN Equação da Conservação da Massa �A equação do transporte de Reynolds fica: dAVd tdt dN ∫∫ → +∀ ∂ ∂ = ηρηρ tdt SCVCsistema ∫∫∂ dAVd t SCVC ∫∫ → −=∀ ∂ ∂ ρρ ⇓ Equação da Conservação da Massa � Sendo o volume de controle fixo e indeformável (regime permanente) : dAVdAVd t SCSCVC ∫∫∫ →→ =⇔−=∀ ∂ ∂ ρρρ 0 �Se o escoamento for uniforme: AVdAV SC →→ =∫ ρρ Num regime permanente o fluxo de massa que entra no volume de controle é igual a que sai do volume de controle. t SCSCVC ∫∫∫∂ Equação da Conservação da Massa �Em regime permanente e fluido incompressível (ρ cte): dAV SC ∫ → =0�Se o escoamento for uniforme: Num regime permanente a vazão que entra no volume de controle é igual a que sai do volume de controle. AVdAV SC →→ =∫ Equação da Conservação da Massa Sendo a vazão volumétrica definida como: Podemos relacionar a vazão tempo volume t Q ∀= Podemos relacionar a vazão volumétrica por: Velocidade média é uma velocidade fictícia constante na seção tal que multiplicada pela área resulta na vazão do líquido. vA t sA t Q .. ==∀= → = vAQ . Equação da Conservação da Massa A definição de velocidade média na seção é uma velocidade uniforme, a qual substituída no lugar da velocidade real, reproduzira a mesma vazão. Matematicamente podemos escrever: ∫= vdAA vm 1 Equação da Conservação da Massa Sendo a vazão mássica definida como: Como , temos = • s kg tempo massa t m m ∀ = mρ ∀= ρmComo , temos Assim: Portanto a vazão massa pode ser: ∀ =ρ ∀= ρm Q t m ρρ =∀= • Avm →• = ρ Equação da Conservação da Massa Em suma: Analisando as entradas e saídas (através da velocidade) da SC, bem como a área (que sempre aponta para fora da a SC) o produto escalar entre a velocidade e a área será positivo para o ponto (2) e negativo para o ponto (1). Equação da Conservação da Massa �Num escoamento em regime permanente e uniforme: AVAVdAV + −== →→→ ∫ ρρρ0 Generalizando: saídaentradaSC AVAVdAV + −== ∫ ρρρ0 ∑∑ •• = saídaentrada mm Num regime permanente o fluxo de massa que entra no volume de controle é igual a que sai do volume de controle. Equação da Conservação da Massa � Num escoamento em regime permanente ,uniforme e incompressível: AVAVdAV + −== →→→ ∫0 Generalizando: saídaentradaSC ∫ ∑∑ = entradaentrada QQ Num regime permanente a vazão que entra no volume de controle é igual a que sai do volume de controle. Exemplos 1. ) Água escoa num tubo convergente. Qual a velocidade na região 2 ? Quais conclusões podemos tomar? 2.) O Venturi é um tubo convergente/divergente como mostrado na figura. Determinar a velocidade na seção mínima (garganta) de área 5 cm², se na seção de entrada de área 20 cm² a velocidade é 2 m/s. O fluido é incompressível. 3) Um tubo admite água num reservatório com vazão de 20 litros/s . No mesmo reservatório escoa óleo com vazão de 10 litros/s. A mistura homogênea é descarregada por um tubo cuja área da seção circular é de 30 cm2. Determine: a) A massa específica da mistura no tubo de descarga. b) A velocidade da mistura no tubo de descarga. 4.) O motor a jato de um avião queima 1kg/s de combustível quando a aeronave voa a 200m/s de velocidade. Sabendo-se que ρar=1,2kg/m³ e ρg=0,5kg/m³ (gases na seção de saída) e que as áreas das seções transversais da turbina são A1 = 0,3m² e A3 = 0,2m², determine a velocidade dos gases na seção de saída.
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