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Prof. Dr. José Alves Dantas 2 FASE I – ACEITAÇÃO DO CLIENTE OBJETIVO: determinar tanto a aceitação do cliente quanto pelo cliente Avaliar o histórico do cliente Avaliar as razões da auditoria Identificar se é capaz de cumprir o trabalho Determinar a necessidade de profissionais Discutir com o auditor anterior Preparar proposta para o cliente Selecionar equipe para auditoria Formalizar contrato com o cliente 3 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria � O planejamento é fundamental para que a auditoria seja realizada de maneira eficaz e eficiente. � O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria. 4 � Um planejamento adequado permite: � determinar as áreas que requerem atenção; � determinar o nível de experiência da equipe e sua alocação; � concluir sobre a necessidade de outros auditores e especialistas externos; � coordenar, supervisionar e revisar os trabalhos da equipe designada e dos demais envolvidos no trabalho; � obter entendimento da estrutura jurídica e operacional da entidade e de seu ambiente regulatório; � determinar os procedimentos de avaliação de riscos; � determinar a materialidade. 5 6 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria � Identificação e avaliação de riscos é fundamental para que o auditor possa determinar os procedimentos de auditoria a serem aplicados. � Essencial: entendimento da entidade e de seu ambiente. � Conhecimento e entendimento das fontes que podem gerar riscos de distorções relevantes. � NBC TA 315: Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente. 7 8 Fatores internos Natureza da entidade, operações, estrutura societária, estrutura de governança, formas de financiamento e investimentos em curso. Fatores externos Legislação aplicável, mercado, concorrência, sazonalidade, insumos, política governamental para o setor. 9 Objetivos da entidade, estratégias para alcançar os objetivos e análise dos riscos de negócio Políticas contábeis aplicáveis ao setor de atividade Forma de mensuração do desempenho da entidade, incluindo plano de remuneração vinculada ao desempenho 10 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria Controle Interno é um processo, conduzido em uma organização pelo Conselho de Administração, pela diretoria executiva e pelos demais funcionários, desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que sejam atingidos os objetivos da empresa, relacionados às operações (efetividade e eficiência), à divulgação (confiabilidade) e à conformidade (com leis e normativos aplicáveis). (COSO, 2013) 11 Categorias de Objetivos Categorias de controle Descrição Operações Efetividade e eficiência operacional Relação com os objetivos básicos da entidade, inclusive com os de desempenho e rentabilidade, bem como da segurança e qualidade dos ativos. Divulgação Confiabilidade nos relatórios financeiros e não financeiros Os relatórios devem ser confiáveis e transparentes, além de atender a outros requisitos definidos pelos reguladores, emissores de normas e a própria entidade. Conformidade Conformidade Compliance com leis e normativos aplicáveis à entidade e sua área de atuação. 12 13 Ambiente de Controle Avaliação e Gerenciamento de Riscos Atividades de Controle Informação e Comunicação Atividades de Monitoramento 14 � O framework estabelece 17 princípios que representam os conceitos fundamentais associados com cada componente. � Como esses princípios são relacionados diretamente aos componentes, uma entidade pode alcançar um controle interno efetivo aplicando todos os princípios. � Todos os princípios se aplicam aos objetivos operacionais, de divulgação e de conformidade. 15 1) A organização demonstra compromisso com a integridade e valores éticos. 2) O Conselho demonstra independência da administração e fiscaliza o desenvolvimento e a performance do controle interno. 3) A administração estabelece, em conjunto com o Conselho, estruturas, linhas de reporte e autoridades e responsabilidade apropriadas ao alcance dos objetivos. 4) A organização demonstra comprometimento em atrair, desenvolver e reter indivíduos competentes em linha com os seus objetivos. 5) A organização mantém indivíduos responsáveis pelo controle interno que assegurem o alcance dos objetivos. 16 6) A organização especifica objetivos com suficiente clareza para possibilitar a identificação e avaliação dos riscos relacionados aos objetivos. 7) A organização identifica os riscos ao alcance de seus objetivos e analisa os riscos, de forma a determinar como esses podem ser gerenciados. 8) A organização considera o potencial de fraude na avaliação dos riscos ao alcance dos objetivos. 9) A organização identifica e avalia alterações que podem impactar significativamente o sistema de controle interno. 17 10) A organização seleciona e desenvolve atividades de controle que contribuem paramitigar os riscos ao alcance dos objetivos a níveis aceitáveis. 11) A organização seleciona e desenvolve atividades gerais de controle em relação à tecnologia que suporta o alcance dos objetivos. 12) A organização implanta atividades de controle através de políticas que estabelecem o que é esperado e procedimentos que coloquem essas políticas em ação. 18 13) A organização obtém/gera e usa informações relevantes e de qualidade para suportar o funcionamento do controle interno. 14) A organização comunica suas informações internamente, incluindo objetivos e responsabilidades para controle interno, necessárias para suportar o funcionamento do controle interno. 15) A organização se comunica com partes externas sobre as questões que afetam o funcionamento do controle interno. 19 16) A organização seleciona, desenvolve e realiza avaliações para assegurar se os componentes do controle interno estão presentes e funcionando. 17) A organização avalia e comunica deficiências de controle interno tempestivamente para as partes responsáveis por adotar ações corretivas, incluindo a alta administração e o Conselho, quando apropriado. 20 21 Administração Estabelecer controles internos eficazes. Conselho de Administração e Comitê de Auditoria Exigir que a administração cumpra o seu dever de estabelecer controle internos eficazes. Auditores internos Examinar e avaliar periodicamente aadequação dos controles internos e recomendar aperfeiçoamentos. 22 Funcionários da entidade Comunicar aos superiores qualquer problema ou inobservância aos controles que tenham conhecimento. Auditores independentes Comunicar à administração, ao Comitê de Auditoria e ao Conselho de Administração as deficiências identificadas e as recomendações de melhorias. Legisladores e reguladores Podem estabelecer exigências legais e regulatórias mínimas para o estabelecimento de controles internos. � A extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria, a oportunidade e o momento de sua aplicação devem se basear na confiabilidade do sistema contábil e de controle interno. � A avaliação do controle interno requer compreensão dos procedimentos previstos, assim como um grau de certeza de que eles estão sendo aplicados e funcionam conforme previsto. � A existência de um sistema de controle interno efetivo aumenta a confiança do auditor quanto à precisão dos registros contábeis e à veracidade de outros documentos e informações internas. � Se a avaliação apontar fraquezas no sistema, é preciso intensificar os testes nas áreas onde ocorrem tais fraquezas. 23 � Um sistema de controle interno efetivo provê razoável segurança em relação ao alcance dos objetivos da entidade. � Um sistema de controle interno efetivo reduz a um nível aceitável o risco de não alcançar um objetivo da entidade e pode ser relacionado a uma, duas ou três das categorias de controle. � O controle interno é efetivo quando: � Cada um dos cinco componentes estão presentes e funcionando adequadamente. � Os cinco componentes operam juntos, de maneira integrada. 24 � O controle interno não pode prevenir decisões ou julgamentos errados ou eventos externos que podem causar o comprometimento dos objetivos da entidade. � Mesmo efetivo, um controle interno pode falhar. 25 � As limitações podem resultar de: � Adequação dos objetivos estabelecidos como pré-condição para o controle interno. � O julgamento humano no processo decisório pode ser falho e sujeito a viés. � Problemas decorrentes de falhas humanas – simples erros. � Habilidade da administração para desconsiderar o controle interno. � Habilidade da administração e as demais pessoas para burlar os controles por meio de conluios. 26 27 Obter entendimento dos controles relevantes para a auditoria Determinar se os controles previstos foram implementados Avaliar se os controles implementados são efetivos para assegurar informações confiáveis � As transações relevantes para as demonstrações; � Os procedimentos por meio dos quais as transações são iniciadas, registradas, processadas, corrigidas (se necessário), transferidas para o sistema contábil e divulgadas; � Como o sistema de informação captura eventos, condições e transações significantes para as demonstrações financeiras; � O processo de preparação das demonstrações financeiras, incluindo as estimativas contábeis significantes e divulgações; 28 � Controles para registrar transações ou ajustes não usuais ou não recorrentes; � Controles relevantes relacionados ao compliance com leis, normas e regulamentos; � Controles relacionados ao monitoramento da performance em relação ao orçamento. 29 30 Controle Interno BomRuim Abordagem da Auditoria Substantivos Controles Testes de detalhes Substantivos/analíticos Testes de controles Substantivos/ analíticos Testes de controles Níveis de testes sujeitos ao tamanho da organização e à avaliação dos riscos 31 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria � De forma simplificada, o processo de auditoria comporta cincos pontos mínimos: � a identificação das informações a serem examinadas; � a avaliação da relativa importância das informações; � o recolhimento das informações ou provas necessárias sobre as afirmações, a fim de possibilitá-lo a dar uma opinião bem fundamentada; � a avaliação das provas, quanto à validade ou não, se adequada ou não, se suficiente ou não; e � a formulação da opinião quanto à adequação das informações examinadas. 32 � As afirmações (ou assertivas) são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações financeiras. � As afirmações da administração nas demonstrações financeiras orientam o auditor a planejar a coleta de evidências/provas. � O auditor desenvolve objetivos de auditoria específicos para cada conta, com base nas afirmações, implícitas nas informações financeiras, por parte da administração. 33 � Os cinco tipos de afirmações resumidos nas normas de auditoria são: � existência e ocorrência; � integridade; � direitos e obrigações; � avaliação ou alocação; e � apresentação e divulgação. 34 35 Existência (BP) Ocorrência (DRE) • Todas as transações registradas realmente ocorreram durante o período da demonstração? • Todos os ativos, passivos e itens do PL são válidos e são adequadamente apresentados no BP? Afirmações Objetivos de Auditoria Integridade (BP e DRE) • Todas as transações que ocorreram durante o período foram contabilizadas? • Os saldos apresentados no BP incluem todos os ativos, passivos e itens do PL adequadamente? 36 Direitos e obrigações (BP) • Há documentos legítimos que caracterizem bens e direitos como ativos da entidade e os direitos de terceiros contra tais ativos? Afirmações Objetivos de Auditoria Avaliação (BP) Alocação (DRE) • Os saldos encontram-se adequadamente avaliados, refletem os princípios e práticas contábeis, incluindo depreciações e amortizações? • As transações foram adequadamente registradas? • Os saldos encontram-se adequadamente avaliados por seu valor realizável líquido? 37 Apresentação e divulgação (BP e DRE) • As transações e os saldos encontram-se adequadamente classificados? • Todas as divulgações exigidas pelas normas regulamentares e contábeis estão atendidas? Afirmações Objetivos de Auditoria 38 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria � Magnitude de uma omissão ou classificação indevida de informação contábil que pode alterar ou influenciar o julgamento de usuário com conhecimento razoável. � O conceito de relevância influencia o processo de auditoria de duas formas: � primeiro, o auditor faz julgamento sobre relevância quando está planejando a auditoria, para tomar decisões importantes sobre a execução dos trabalhos; � segundo, a relevância orienta o auditor na avaliação do que é descoberto no processo de auditoria (avaliação da importância do que foi descoberto). 39 � É o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente sua opinião sobre demonstrações financeiras que contêm erros ou classificações indevidas materiais. � Identificação e avaliação de riscos é fundamental para que o auditor possa determinar os procedimentos de auditoria a seremaplicados. O que pode dar errado? 40 41 Risco inerente: Suscetibilidade de uma afirmação ou erro ou classificação indevida relevante, supondo que não haja controle interno que com ela se relacionem. Risco de controle: Risco de um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação não serem evitados ou detectados tempestivamente pelo controle interno. Risco de detecção: Risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida materiais que existam em uma afirmação. C o m p o n e n t e s d o r i s c o d e a u d i t o r i a � Procedimentos de avaliação de riscos podem incluir o seguinte: � Questionamentos aos administradores e funcionários da entidade que, no julgamento do auditor, podem ter informações que possam auxiliar na identificação dos riscos de distorções materiais devidas a erros ou fraudes; � Procedimentos analíticos; � Observação e inspeção. 42 Os riscos identificados são significativos? 43 Probabilidade de ocorrer Magnitude no caso de ocorrer 44 Probabilidade (P) Magnitude (M) Significância do risco (P x M) 0 – remota 1 – pouco provável 2 – provável 3 – mais do que provável 4 – quase certo 0 – claramente trivial 1 – menos do que moderado 2 – moderado 3 – mais do que moderado 4 – material ≥ 9 – risco significante ≤ 4 – risco não significativo <9 e >4 – julgamento profissional 45 � A classificação do risco resultante da relação entre as variáveis impacto e probabilidade é o risco inerente ou “bruto”. � Se o auditor identificou que existe um risco significante, deve identificar se há alguma ação administrativa no sentido de mitigá-lo, o que permite se identificar o chamado risco residual. � Para esse fim, faz-se necessário identificar quais são os mecanismos adotados pela administração para a mitigação do risco em questão. 46 A administração é responsável por identificar e avaliar os riscos e estabelecer controles para mitigá-los. 47 Quais os controles instituídos? Indagar à administração sobre os controles implementados. Os controles são efetivos? Os controles estão em operação? Os controles estão documentados? Entrevistar os funcionários para entender os controles implementados. Realizar testes de reexecução (observância ou inspeção). Documentar por meio de narrativas e/ou fluxograma do processo. � A verificação de que a administração já implementou algum tipo de controle em resposta ao risco deve ser seguida de uma avaliação de sua efetividade. � Avaliação da efetividade do controle em relação ao risco que pretende mitigar. � Riscos mais elevados exigem controles mais rigorosos. � Riscos baixos podem prescindir de controles mais complexos. 48 49 50 51 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria � A informação é material se sua omissão ou distorção poderá influenciar as decisões dos usuários das demonstrações. � Para a execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas, em conjunto, possam exceder a materialidade para as demonstrações como um todo. � NBC TA 320: Materialidade no planejamento e na execução de auditoria 52 � Na prática, é difícil se determinar o que é material, mas quatro fatores são geralmente considerados: 53 O tamanho do item As circunstâncias Custo e benefício de auditar o item A natureza do item Exemplos: Caso 01 � Poucos dias antes do final de 20X1, um gasto de $1.000 para o reparo de equipamentos foi incorretamente adicionado no valor do imobilizado no Balanço Patrimonial, ao invés de reconhecer como despesa operacional na Demonstração de Resultado. Em consequência (ignorando a depreciação), os ativos totais deveriam somar $1.589.000 ao invés dos $1.590.000 e o lucro antes dos impostos deveria ser $107.000 ao invés dos $108.000. � Na sua opinião as demonstrações financeiras estão adequadamente apresentadas ou estão materialmente distorcidas? 54 Exemplos: Caso 02 � Poucos dias antes do final de 20X1, um gasto de $50.000 para o reparo de equipamentos foi incorretamente adicionado no valor do imobilizado no Balanço Patrimonial, ao invés de reconhecer como despesa operacional na Demonstração de Resultado. Em consequência (ignorando a depreciação), os ativos totais deveriam somar $1.540.000 ao invés dos $1.590.000 e o lucro antes dos impostos deveria ser $58.000 ao invés dos $108.000. � Na sua opinião as demonstrações financeiras estão adequadamente apresentadas ou estão materialmente distorcidas? 55 � As normas não oferecem parâmetros específicos. Na prática, porém, as firmas de auditoria têm seus próprios guidelines ou “regras de bolso”. As mais comumente usadas incluem: � Entre 5% e 10% do lucro antes da tributação; � Entre 0,5% e 1% da receita líquida de vendas; � Entre 1% e 2% damargem bruta; � Entre 1% e 3% do patrimônio líquido; � Entre 0,25% e 0,5% dos ativos totais. 56 Qual o montante a ser considerado para se concluir pela materialidade? � A materialidade para as demonstrações como um todo (MP) é definida ao se estabelecer o planejamento da auditoria. � O auditor não pode considerar todas as distorções abaixo do parâmetro de materialidade como não relevantes. � A distorção pode não ser relevante se considerada de forma individual, mas ser relevante se considerada de forma agregada. � Materialidade para a execução da auditoria (DT): reduzir a probabilidade de as distorções não corrigidas e não detectadas excederem, no conjunto, a materialidade definida no planejamento. 57 DT = % MP 58 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria 59 Resposta do auditor aos riscos avaliados Procedimentos de auditoria 60 NATUREZA Qual? ÉPOCA Quando? EXTENSÃO Quanto? � Abordagem apropriada para cada conta ou conjunto de transações. � Afirmação que se pretende testar. � Risco avaliado de distorções relevante. 61 NATUREZA Qual? � Risco de distorções relevantes: procedimentos substantivos próximos da data-base das demonstrações. � Risco de fraudes: épocas não anunciadas ou imprevistas. � Procedimentos realizados durante o exercício: entendimento do negócio e avaliação de controle, por exemplo. � Procedimentos realizados após o encerramento do exercício: exame dos ajustes e eventos subsequentes, por exemplo. 62 ÉPOCA Quando? � Risco avaliado de distorções relevantes. � Materialidade. � Grau de segurança que se deseja obter. 63 EXTENSÃO Quanto? 64 Para entendimento do negócio Obtenção de entendimento do cliente, do seu negócio, da indústria e de fatores que possam afetar o risco inerente de que uma afirmação da administração contenha distorções,por meio de: leitura de artigos e publicações especializadas; observações durante visitas à entidade; indagações à administração; etc. Para entendimento dos controles internos Obtenção de entendimento dos controles internos do cliente por meio de: inquirições à administração; avaliação dos manuais de contabilidade; análise dos organogramas e fluxogramas organizacionais; etc. 65 Testes de controle Obtenção de evidências sobre a eficácia do desenho e operação das políticas e procedimentos da estrutura de controles internos. Revisão analítica Estudo e comparação de relações entre dados, envolvendo o cálculo e o uso de índices financeiros, comparação de quantias reais com dados históricos ou orçados e utilização de modelos matemáticos e estatísticos. Geralmente utilizada para desenvolver expectativas sobre determinada conta e avaliar a razoabilidade das demonstrações contábeis, dadas as circunstâncias presentes. 66 Testes substantivos Obtenção de evidências sobre a adequação das afirmações da administração nas demonstrações financeiras, envolvendo testes de revisão analítica, de detalhes de transações e de detalhes de saldos. � Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer afirmação, aplicando os procedimentos adequados a cada caso, na extensão e profundidade que cada caso requer, até a obtenção de provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação analisada. � A aplicação dos procedimentos de auditoria precisa estar atrelada ao objetivo que se quer atingir. Os procedimentos são os caminhos que levam à consecução do objetivo. � A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis. 67 68 Inspeção • Exame de registros ou documentos. • Exame físico de um ativo. • Fornece evidência de auditoria com diversos graus de confiabilidade, dependendo da natureza e fonte. • Exemplos: contagem de estoque; documento comprovando a existência de TVM; etc. Observação • Exame de processo/procedimento executado por outros. • Fornece evidência a respeito da execução de processo. • Limitações: o momento em que a observação ocorre e a prática da observação podem afetar a maneira como o processo é executado no dia-a-dia. • Exemplos: observação sobre o funcionamento da tesouraria; observação sobre os mecanismos de controle de estoques; etc. 69 Confirma- ção externa (circularização) • Obtenção de declaração formal de pessoas externas à empresa e que estejam habilitadas a confirmar. • Para os ativos, é recomendável que seja feita indicando os valores a serem confirmados, para facilitar a resposta. • Para os passivos, é recomendável que não se indique os valores, para confirmar se há passivos não registrados. • Exemplos: confirmação de contas a receber; de advogados sobre contingência; de saldos bancários e empréstimos; de estoques em poder de terceiros; etc. Recálculo • Verificação da exatidão matemática de documentos ou registros, podendo ser realizado de forma manual ou eletrônica. • Exemplos: recálculos da listagem de estoque; da equivalência patrimonial sobre os investimentos; da depreciação dos bens do imobilizado; dos juros a receber/pagar; etc. 70 Reexecução • Execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade (“walk through test”). • Exemplos: reexecução do ciclo de aquisição, uso e pagamento de matérias-primas; reexecução do processo de elaboração da folha de pagamentos; etc. Procedi- mentos analíticos • Avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros e também investigação de variações relevantes com outras fontes de mercado. • Exemplos: avaliação da evolução do nível de vendas; comparação do nível de rentabilidade da entidade com o comportamento médio da indústria e concorrentes mais diretos; etc. 71 Indagação • Busca de informações junto a pessoas com conhecimento financeiro e não financeiro, dentro ou fora da instituição. • Utilizada em toda a auditoria, podendo incluir desde indagações escritas até indagações orais informais. • As respostas às indagações podem fornecer uma base para o auditor modificar ou realizar procedimentos adicionais. • Exemplos: questionamentos sobre o aumento das vendas no período; indagações sobre a posição e as condições dos investimentos; etc. 72 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria � Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar técnicas de amostragem. � Na definição da amostragem, o auditor deve considerar a relevância da informação a ser testada, o risco de auditoria envolvido e a efetividade do sistema de controle interno. � Devem ser priorizados métodos de amostragem estatística em relação aos não estatísticos. 73 � O tamanho da amostra (N) deve considerar: � o valor da população a ser testada (POP); � o valor dos itens chave, que serão objeto de seleção direcionada (SD); � o intervalo amostral (IA); � a materialidade definida no planejamento (MP); � a materialidade para a execução da auditoria, a distorção tolerada (DT); � o fator de confiança (FC), definido com o uso de tabela estatística em função do nível de confiança. 74 � Exemplo: defina o tamanho da amostra para uma auditoria realizada na carteira de recebíveis, que soma R$645.670, sabendo que o auditor quer trabalhar com um nível de confiança de 95% (na tabela estatística isso corresponde a um fator de confiança equivalente a 3). A materialidade no planejamento foi definida em 5% do lucro, que alcançou R$1.100.000. Para a execução da auditoria, foi definida uma materialidade de 50% da materialidade do planejamento. Na composição da carteira foram selecionados recebíveis equivalentes a R$223.450 considerados como itens chaves, que serão tratados como seleção dirigida. 75 � Testes de controles: � Não é necessário projetar os desvios � A taxa de desvio da amostra corresponde a taxa de desvio projetada para a população. � Testes substantivos: � O auditor deve projetar as distorções para a população. � Essa projeção pode não ser sufiente para determinar o valor a ser registrado/corrigido. � Testes de controles: � taxa de desvio da amostra inesperadamente alta aumenta o risco de distorção relevante. � Testes substantivos: � valor de distorção inesperadamente alto indica que o saldo de uma conta ou classe de operações está distorcido de modo relevante. 78 FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons- trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programa de auditoria � Tendo por base os objetivos da auditoria e a avaliação da relevância e do risco de auditoria, o auditor define o conjunto de procedimentos e testes de auditoria necessários à consecução dos propósitos do trabalho. � O auditor deve incluir na documentaçãode auditoria: � as respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante nas demonstrações contábeis; � a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados; � os resultados dos procedimentos de auditoria, incluindo as conclusões (após a fase de execução). 79 � O programa de auditoria deve contemplar a estratégia da auditoria (procedimentos e testes de auditoria), contemplando: � Procedimentos de revisão analítica; � Procedimentos para entendimento dos fatores competitivos do negócio e da indústria do cliente e do seu controle interno; � Testes de controles; � Testes de estimativas contábeis; � Testes de transações; � Testes de saldos; � Testes de apresentação e divulgação. 80 � Ênfase para que a equipemantenha o ceticismo profissional. � Designação de pessoal com experiência ou com habilidades especiais ou usar especialistas. � Fornecimento de supervisão. � Incorporação de elementos de imprevisibilidade na seleção dos procedimentos adicionais de auditoria a serem executados. � Possibilidade de alterações gerais na natureza, época ou extensão dos procedimentos de auditoria. 81
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