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Aula 4 - Processo de Auditoria - Fase II - Planejamento

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Prof. Dr. José Alves Dantas
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FASE I – ACEITAÇÃO DO CLIENTE
OBJETIVO: determinar tanto a aceitação do cliente quanto pelo 
cliente
Avaliar o 
histórico do 
cliente
Avaliar as 
razões da 
auditoria
Identificar se 
é capaz de 
cumprir o 
trabalho
Determinar a 
necessidade 
de 
profissionais
Discutir com 
o auditor 
anterior
Preparar 
proposta para 
o cliente
Selecionar 
equipe para 
auditoria
Formalizar 
contrato com 
o cliente
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FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
� O planejamento é fundamental para que a auditoria seja
realizada de maneira eficaz e eficiente.
� O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria
que defina o alcance, a época e a direção da auditoria.
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� Um planejamento adequado permite:
� determinar as áreas que requerem atenção;
� determinar o nível de experiência da equipe e sua alocação;
� concluir sobre a necessidade de outros auditores e
especialistas externos;
� coordenar, supervisionar e revisar os trabalhos da equipe
designada e dos demais envolvidos no trabalho;
� obter entendimento da estrutura jurídica e operacional da
entidade e de seu ambiente regulatório;
� determinar os procedimentos de avaliação de riscos;
� determinar a materialidade.
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6
FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
� Identificação e avaliação de riscos é fundamental para que o
auditor possa determinar os procedimentos de auditoria a serem
aplicados.
� Essencial: entendimento da entidade e de seu ambiente.
� Conhecimento e entendimento das fontes que podem gerar
riscos de distorções relevantes.
� NBC TA 315: Identificação e avaliação dos riscos de distorção
relevante por meio do entendimento da entidade e do seu
ambiente.
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Fatores 
internos
Natureza da entidade, operações, 
estrutura societária, estrutura de 
governança, formas de financiamento e 
investimentos em curso.
Fatores 
externos
Legislação aplicável, mercado, 
concorrência, sazonalidade, insumos, 
política governamental para o setor.
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Objetivos da entidade, estratégias 
para alcançar os objetivos e análise 
dos riscos de negócio
Políticas contábeis aplicáveis ao 
setor de atividade
Forma de mensuração do 
desempenho da entidade, incluindo 
plano de remuneração vinculada ao 
desempenho
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FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
Controle Interno é um processo, conduzido em uma organização pelo 
Conselho de Administração, pela diretoria executiva e pelos demais 
funcionários, desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que 
sejam atingidos os objetivos da empresa, relacionados às operações
(efetividade e eficiência), à divulgação (confiabilidade) e à 
conformidade (com leis e normativos aplicáveis).
(COSO, 2013)
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Categorias de 
Objetivos
Categorias de 
controle
Descrição
Operações Efetividade e 
eficiência 
operacional 
Relação com os objetivos básicos da
entidade, inclusive com os de
desempenho e rentabilidade, bem como
da segurança e qualidade dos ativos.
Divulgação Confiabilidade 
nos relatórios 
financeiros e 
não financeiros
Os relatórios devem ser confiáveis e
transparentes, além de atender a outros
requisitos definidos pelos reguladores,
emissores de normas e a própria entidade.
Conformidade Conformidade Compliance com leis e normativos
aplicáveis à entidade e sua área de
atuação.
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Ambiente de Controle
Avaliação e Gerenciamento de Riscos
Atividades de Controle
Informação e Comunicação
Atividades de Monitoramento
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� O framework estabelece 17 princípios que representam os
conceitos fundamentais associados com cada componente.
� Como esses princípios são relacionados diretamente aos
componentes, uma entidade pode alcançar um controle interno
efetivo aplicando todos os princípios.
� Todos os princípios se aplicam aos objetivos operacionais, de
divulgação e de conformidade.
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1) A organização demonstra compromisso com a integridade e
valores éticos.
2) O Conselho demonstra independência da administração e
fiscaliza o desenvolvimento e a performance do controle interno.
3) A administração estabelece, em conjunto com o Conselho,
estruturas, linhas de reporte e autoridades e responsabilidade
apropriadas ao alcance dos objetivos.
4) A organização demonstra comprometimento em atrair,
desenvolver e reter indivíduos competentes em linha com os seus
objetivos.
5) A organização mantém indivíduos responsáveis pelo controle
interno que assegurem o alcance dos objetivos.
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6) A organização especifica objetivos com suficiente clareza para
possibilitar a identificação e avaliação dos riscos relacionados
aos objetivos.
7) A organização identifica os riscos ao alcance de seus objetivos
e analisa os riscos, de forma a determinar como esses podem
ser gerenciados.
8) A organização considera o potencial de fraude na avaliação
dos riscos ao alcance dos objetivos.
9) A organização identifica e avalia alterações que podem
impactar significativamente o sistema de controle interno.
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10) A organização seleciona e desenvolve atividades de controle
que contribuem paramitigar os riscos ao alcance dos objetivos
a níveis aceitáveis.
11) A organização seleciona e desenvolve atividades gerais de
controle em relação à tecnologia que suporta o alcance dos
objetivos.
12) A organização implanta atividades de controle através de
políticas que estabelecem o que é esperado e procedimentos
que coloquem essas políticas em ação.
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13) A organização obtém/gera e usa informações relevantes e de
qualidade para suportar o funcionamento do controle interno.
14) A organização comunica suas informações internamente,
incluindo objetivos e responsabilidades para controle interno,
necessárias para suportar o funcionamento do controle interno.
15) A organização se comunica com partes externas sobre as
questões que afetam o funcionamento do controle interno.
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16) A organização seleciona, desenvolve e realiza avaliações para
assegurar se os componentes do controle interno estão
presentes e funcionando.
17) A organização avalia e comunica deficiências de controle
interno tempestivamente para as partes responsáveis por
adotar ações corretivas, incluindo a alta administração e o
Conselho, quando apropriado.
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Administração Estabelecer controles internos eficazes.
Conselho de 
Administração e 
Comitê de 
Auditoria
Exigir que a administração cumpra o seu 
dever de estabelecer controle internos 
eficazes.
Auditores 
internos
Examinar e avaliar periodicamente aadequação dos controles internos e 
recomendar aperfeiçoamentos.
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Funcionários da 
entidade
Comunicar aos superiores qualquer 
problema ou inobservância aos controles 
que tenham conhecimento.
Auditores 
independentes
Comunicar à administração, ao Comitê de 
Auditoria e ao Conselho de Administração 
as deficiências identificadas e as 
recomendações de melhorias.
Legisladores e 
reguladores
Podem estabelecer exigências legais e 
regulatórias mínimas para o 
estabelecimento de controles internos.
� A extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria, a
oportunidade e o momento de sua aplicação devem se basear na
confiabilidade do sistema contábil e de controle interno.
� A avaliação do controle interno requer compreensão dos
procedimentos previstos, assim como um grau de certeza de
que eles estão sendo aplicados e funcionam conforme previsto.
� A existência de um sistema de controle interno efetivo aumenta
a confiança do auditor quanto à precisão dos registros
contábeis e à veracidade de outros documentos e informações
internas.
� Se a avaliação apontar fraquezas no sistema, é preciso
intensificar os testes nas áreas onde ocorrem tais fraquezas.
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� Um sistema de controle interno efetivo provê razoável
segurança em relação ao alcance dos objetivos da entidade.
� Um sistema de controle interno efetivo reduz a um nível
aceitável o risco de não alcançar um objetivo da entidade e pode
ser relacionado a uma, duas ou três das categorias de controle.
� O controle interno é efetivo quando:
� Cada um dos cinco componentes estão presentes e funcionando
adequadamente.
� Os cinco componentes operam juntos, de maneira integrada.
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� O controle interno não pode prevenir decisões ou julgamentos
errados ou eventos externos que podem causar o
comprometimento dos objetivos da entidade.
� Mesmo efetivo, um controle interno pode falhar.
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� As limitações podem resultar de:
� Adequação dos objetivos estabelecidos como pré-condição
para o controle interno.
� O julgamento humano no processo decisório pode ser falho e
sujeito a viés.
� Problemas decorrentes de falhas humanas – simples erros.
� Habilidade da administração para desconsiderar o controle
interno.
� Habilidade da administração e as demais pessoas para burlar os
controles por meio de conluios.
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27
Obter entendimento dos 
controles relevantes para a 
auditoria
Determinar se os controles 
previstos foram 
implementados
Avaliar se os controles 
implementados são efetivos 
para assegurar informações 
confiáveis 
� As transações relevantes para as demonstrações;
� Os procedimentos por meio dos quais as transações são
iniciadas, registradas, processadas, corrigidas (se necessário),
transferidas para o sistema contábil e divulgadas;
� Como o sistema de informação captura eventos, condições e
transações significantes para as demonstrações financeiras;
� O processo de preparação das demonstrações financeiras,
incluindo as estimativas contábeis significantes e divulgações;
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� Controles para registrar transações ou ajustes não usuais ou
não recorrentes;
� Controles relevantes relacionados ao compliance com leis,
normas e regulamentos;
� Controles relacionados ao monitoramento da performance em
relação ao orçamento.
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Controle Interno BomRuim
Abordagem da Auditoria
Substantivos Controles
Testes de detalhes
Substantivos/analíticos
Testes de controles
Substantivos/ analíticos
Testes de controles
Níveis de testes 
sujeitos ao tamanho da 
organização e à 
avaliação dos riscos
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FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
� De forma simplificada, o processo de auditoria comporta cincos 
pontos mínimos:
� a identificação das informações a serem examinadas;
� a avaliação da relativa importância das informações;
� o recolhimento das informações ou provas necessárias sobre as
afirmações, a fim de possibilitá-lo a dar uma opinião bem
fundamentada;
� a avaliação das provas, quanto à validade ou não, se adequada ou
não, se suficiente ou não; e
� a formulação da opinião quanto à adequação das informações
examinadas.
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� As afirmações (ou assertivas) são declarações da
administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às
demonstrações financeiras.
� As afirmações da administração nas demonstrações financeiras
orientam o auditor a planejar a coleta de evidências/provas.
� O auditor desenvolve objetivos de auditoria específicos para
cada conta, com base nas afirmações, implícitas nas
informações financeiras, por parte da administração.
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� Os cinco tipos de afirmações resumidos nas normas de auditoria
são:
� existência e ocorrência;
� integridade;
� direitos e obrigações;
� avaliação ou alocação; e
� apresentação e divulgação.
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Existência (BP)
Ocorrência (DRE)
• Todas as transações registradas realmente 
ocorreram durante o período da demonstração?
• Todos os ativos, passivos e itens do PL são 
válidos e são adequadamente apresentados no 
BP?
Afirmações Objetivos de Auditoria
Integridade 
(BP e DRE)
• Todas as transações que ocorreram durante o 
período foram contabilizadas?
• Os saldos apresentados no BP incluem todos os 
ativos, passivos e itens do PL adequadamente? 
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Direitos e 
obrigações (BP)
• Há documentos legítimos que caracterizem bens 
e direitos como ativos da entidade e os direitos 
de terceiros contra tais ativos?
Afirmações Objetivos de Auditoria
Avaliação (BP)
Alocação (DRE)
• Os saldos encontram-se adequadamente 
avaliados, refletem os princípios e práticas 
contábeis, incluindo depreciações e amortizações?
• As transações foram adequadamente registradas?
• Os saldos encontram-se adequadamente avaliados 
por seu valor realizável líquido?
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Apresentação e 
divulgação
(BP e DRE)
• As transações e os saldos encontram-se
adequadamente classificados?
• Todas as divulgações exigidas pelas normas
regulamentares e contábeis estão atendidas?
Afirmações Objetivos de Auditoria
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FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
� Magnitude de uma omissão ou classificação indevida de
informação contábil que pode alterar ou influenciar o
julgamento de usuário com conhecimento razoável.
� O conceito de relevância influencia o processo de auditoria de
duas formas:
� primeiro, o auditor faz julgamento sobre relevância quando está
planejando a auditoria, para tomar decisões importantes sobre a
execução dos trabalhos;
� segundo, a relevância orienta o auditor na avaliação do que é
descoberto no processo de auditoria (avaliação da importância do
que foi descoberto).
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� É o risco de que o auditor possa inadvertidamente não
modificar adequadamente sua opinião sobre demonstrações
financeiras que contêm erros ou classificações indevidas
materiais.
� Identificação e avaliação de riscos é fundamental para que o
auditor possa determinar os procedimentos de auditoria a seremaplicados.
O que pode dar errado?
40
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Risco inerente:
Suscetibilidade de uma afirmação ou erro ou classificação 
indevida relevante, supondo que não haja controle interno que 
com ela se relacionem.
Risco de controle:
Risco de um erro ou classificação indevida materiais que 
possam constar de uma afirmação não serem evitados ou 
detectados tempestivamente pelo controle interno.
Risco de detecção:
Risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação 
indevida materiais que existam em uma afirmação.
C
o
m
p
o
n
e
n
t
e
s
 
d
o
 
r
i
s
c
o
 
d
e
 
a
u
d
i
t
o
r
i
a
� Procedimentos de avaliação de riscos podem incluir o seguinte:
� Questionamentos aos administradores e funcionários da
entidade que, no julgamento do auditor, podem ter
informações que possam auxiliar na identificação dos riscos
de distorções materiais devidas a erros ou fraudes;
� Procedimentos analíticos;
� Observação e inspeção.
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Os riscos identificados são significativos?
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Probabilidade 
de ocorrer
Magnitude no 
caso de ocorrer
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Probabilidade
(P)
Magnitude
(M)
Significância do 
risco
(P x M)
0 – remota
1 – pouco provável
2 – provável
3 – mais do que 
provável
4 – quase certo
0 – claramente trivial
1 – menos do que 
moderado
2 – moderado
3 – mais do que 
moderado
4 – material
≥ 9 – risco 
significante
≤ 4 – risco não 
significativo
<9 e >4 – julgamento 
profissional
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� A classificação do risco resultante da relação entre as variáveis
impacto e probabilidade é o risco inerente ou “bruto”.
� Se o auditor identificou que existe um risco significante, deve
identificar se há alguma ação administrativa no sentido de
mitigá-lo, o que permite se identificar o chamado risco
residual.
� Para esse fim, faz-se necessário identificar quais são os
mecanismos adotados pela administração para a mitigação
do risco em questão.
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A administração é responsável por identificar e avaliar os riscos e 
estabelecer controles para mitigá-los.
47
Quais os controles 
instituídos?
Indagar à administração sobre os 
controles implementados.
Os controles são 
efetivos?
Os controles 
estão em 
operação?
Os controles 
estão 
documentados?
Entrevistar os funcionários para 
entender os controles implementados.
Realizar testes de reexecução
(observância ou inspeção).
Documentar por meio de narrativas e/ou 
fluxograma do processo.
� A verificação de que a administração já implementou algum tipo
de controle em resposta ao risco deve ser seguida de uma
avaliação de sua efetividade.
� Avaliação da efetividade do controle em relação ao risco que
pretende mitigar.
� Riscos mais elevados exigem controles mais rigorosos.
� Riscos baixos podem prescindir de controles mais complexos.
48
49
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FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
� A informação é material se sua omissão ou distorção poderá
influenciar as decisões dos usuários das demonstrações.
� Para a execução da auditoria significa o valor ou valores fixados
pelo auditor para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que
as distorções não corrigidas e não detectadas, em conjunto,
possam exceder a materialidade para as demonstrações como
um todo.
� NBC TA 320: Materialidade no planejamento e na execução de
auditoria
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� Na prática, é difícil se determinar o que é material, mas quatro
fatores são geralmente considerados:
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O tamanho 
do item
As circunstâncias
Custo e benefício 
de auditar o item
A natureza
do item
Exemplos: Caso 01
� Poucos dias antes do final de 20X1, um gasto de $1.000 para o
reparo de equipamentos foi incorretamente adicionado no valor
do imobilizado no Balanço Patrimonial, ao invés de reconhecer
como despesa operacional na Demonstração de Resultado. Em
consequência (ignorando a depreciação), os ativos totais
deveriam somar $1.589.000 ao invés dos $1.590.000 e o lucro
antes dos impostos deveria ser $107.000 ao invés dos $108.000.
� Na sua opinião as demonstrações financeiras estão
adequadamente apresentadas ou estão materialmente
distorcidas?
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Exemplos: Caso 02
� Poucos dias antes do final de 20X1, um gasto de $50.000 para o
reparo de equipamentos foi incorretamente adicionado no valor
do imobilizado no Balanço Patrimonial, ao invés de reconhecer
como despesa operacional na Demonstração de Resultado. Em
consequência (ignorando a depreciação), os ativos totais
deveriam somar $1.540.000 ao invés dos $1.590.000 e o lucro
antes dos impostos deveria ser $58.000 ao invés dos $108.000.
� Na sua opinião as demonstrações financeiras estão
adequadamente apresentadas ou estão materialmente
distorcidas?
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� As normas não oferecem parâmetros específicos. Na prática,
porém, as firmas de auditoria têm seus próprios guidelines ou
“regras de bolso”. As mais comumente usadas incluem:
� Entre 5% e 10% do lucro antes da tributação;
� Entre 0,5% e 1% da receita líquida de vendas;
� Entre 1% e 2% damargem bruta;
� Entre 1% e 3% do patrimônio líquido;
� Entre 0,25% e 0,5% dos ativos totais.
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Qual o montante a ser considerado para se 
concluir pela materialidade?
� A materialidade para as demonstrações como um todo (MP) é
definida ao se estabelecer o planejamento da auditoria.
� O auditor não pode considerar todas as distorções abaixo do
parâmetro de materialidade como não relevantes.
� A distorção pode não ser relevante se considerada de forma individual, mas
ser relevante se considerada de forma agregada.
� Materialidade para a execução da auditoria (DT): reduzir a
probabilidade de as distorções não corrigidas e não detectadas
excederem, no conjunto, a materialidade definida no
planejamento.
57
DT = % MP
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FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
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Resposta do 
auditor aos 
riscos avaliados
Procedimentos 
de auditoria
60
NATUREZA
Qual?
ÉPOCA
Quando?
EXTENSÃO
Quanto?
� Abordagem apropriada para cada conta ou conjunto de
transações.
� Afirmação que se pretende testar.
� Risco avaliado de distorções relevante.
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NATUREZA
Qual?
� Risco de distorções relevantes: procedimentos substantivos
próximos da data-base das demonstrações.
� Risco de fraudes: épocas não anunciadas ou imprevistas.
� Procedimentos realizados durante o exercício: entendimento do
negócio e avaliação de controle, por exemplo.
� Procedimentos realizados após o encerramento do exercício:
exame dos ajustes e eventos subsequentes, por exemplo.
62
ÉPOCA
Quando?
� Risco avaliado de distorções relevantes.
� Materialidade.
� Grau de segurança que se deseja obter.
63
EXTENSÃO
Quanto?
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Para 
entendimento 
do negócio
Obtenção de entendimento do cliente, do seu
negócio, da indústria e de fatores que possam afetar
o risco inerente de que uma afirmação da
administração contenha distorções,por meio de:
leitura de artigos e publicações especializadas;
observações durante visitas à entidade; indagações à
administração; etc.
Para 
entendimento 
dos controles 
internos
Obtenção de entendimento dos controles internos
do cliente por meio de: inquirições à administração;
avaliação dos manuais de contabilidade; análise dos
organogramas e fluxogramas organizacionais; etc.
65
Testes de 
controle
Obtenção de evidências sobre a eficácia do desenho
e operação das políticas e procedimentos da
estrutura de controles internos.
Revisão 
analítica
Estudo e comparação de relações entre dados,
envolvendo o cálculo e o uso de índices financeiros,
comparação de quantias reais com dados históricos
ou orçados e utilização de modelos matemáticos e
estatísticos. Geralmente utilizada para desenvolver
expectativas sobre determinada conta e avaliar a
razoabilidade das demonstrações contábeis, dadas
as circunstâncias presentes.
66
Testes 
substantivos
Obtenção de evidências sobre a adequação das
afirmações da administração nas demonstrações
financeiras, envolvendo testes de revisão analítica,
de detalhes de transações e de detalhes de saldos.
� Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer
afirmação, aplicando os procedimentos adequados a cada caso,
na extensão e profundidade que cada caso requer, até a
obtenção de provas materiais que comprovem,
satisfatoriamente, a afirmação analisada.
� A aplicação dos procedimentos de auditoria precisa estar
atrelada ao objetivo que se quer atingir. Os procedimentos são
os caminhos que levam à consecução do objetivo.
� A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases
sólidas, alicerçada em fatos comprovados, evidências factuais e
informações irrefutáveis.
67
68
Inspeção
• Exame de registros ou documentos.
• Exame físico de um ativo.
• Fornece evidência de auditoria com diversos graus de 
confiabilidade, dependendo da natureza e fonte.
• Exemplos: contagem de estoque; documento 
comprovando a existência de TVM; etc.
Observação
• Exame de processo/procedimento executado por outros.
• Fornece evidência a respeito da execução de processo.
• Limitações: o momento em que a observação ocorre e a 
prática da observação podem afetar a maneira como o 
processo é executado no dia-a-dia.
• Exemplos: observação sobre o funcionamento da 
tesouraria; observação sobre os mecanismos de controle 
de estoques; etc.
69
Confirma-
ção externa 
(circularização)
• Obtenção de declaração formal de pessoas externas à 
empresa e que estejam habilitadas a confirmar.
• Para os ativos, é recomendável que seja feita indicando 
os valores a serem confirmados, para facilitar a resposta. 
• Para os passivos, é recomendável que não se indique os 
valores, para confirmar se há passivos não registrados.
• Exemplos: confirmação de contas a receber; de 
advogados sobre contingência; de saldos bancários e 
empréstimos; de estoques em poder de terceiros; etc.
Recálculo
• Verificação da exatidão matemática de documentos ou 
registros, podendo ser realizado de forma manual ou 
eletrônica. 
• Exemplos: recálculos da listagem de estoque; da 
equivalência patrimonial sobre os investimentos; da 
depreciação dos bens do imobilizado; dos juros a 
receber/pagar; etc.
70
Reexecução
• Execução independente pelo auditor de procedimentos 
ou controles que foram originalmente realizados como 
parte do controle interno da entidade (“walk through
test”).
• Exemplos: reexecução do ciclo de aquisição, uso e 
pagamento de matérias-primas; reexecução do processo 
de elaboração da folha de pagamentos; etc.
Procedi-
mentos
analíticos
• Avaliação das informações feitas por meio de estudo das 
relações plausíveis entre dados financeiros e não 
financeiros e também investigação de variações 
relevantes com outras fontes de mercado.
• Exemplos: avaliação da evolução do nível de vendas; 
comparação do nível de rentabilidade da entidade com o 
comportamento médio da indústria e concorrentes mais 
diretos; etc.
71
Indagação
• Busca de informações junto a pessoas com conhecimento 
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da instituição.
• Utilizada em toda a auditoria, podendo incluir desde 
indagações escritas até indagações orais informais.
• As respostas às indagações podem fornecer uma base 
para o auditor modificar ou realizar procedimentos 
adicionais.
• Exemplos: questionamentos sobre o aumento das vendas 
no período; indagações sobre a posição e as condições 
dos investimentos; etc.
72
FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
� Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método
de seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar
técnicas de amostragem.
� Na definição da amostragem, o auditor deve considerar a
relevância da informação a ser testada, o risco de auditoria
envolvido e a efetividade do sistema de controle interno.
� Devem ser priorizados métodos de amostragem estatística em
relação aos não estatísticos.
73
� O tamanho da amostra (N) deve considerar: 
� o valor da população a ser testada (POP); 
� o valor dos itens chave, que serão objeto de seleção direcionada (SD);
� o intervalo amostral (IA); 
� a materialidade definida no planejamento (MP); 
� a materialidade para a execução da auditoria, a distorção tolerada (DT); 
� o fator de confiança (FC), definido com o uso de tabela estatística em 
função do nível de confiança.
74
� Exemplo: defina o tamanho da amostra para uma auditoria realizada na
carteira de recebíveis, que soma R$645.670, sabendo que o auditor quer
trabalhar com um nível de confiança de 95% (na tabela estatística isso
corresponde a um fator de confiança equivalente a 3). A materialidade no
planejamento foi definida em 5% do lucro, que alcançou R$1.100.000. Para
a execução da auditoria, foi definida uma materialidade de 50% da
materialidade do planejamento. Na composição da carteira foram
selecionados recebíveis equivalentes a R$223.450 considerados como itens
chaves, que serão tratados como seleção dirigida.
75
� Testes de controles:
� Não é necessário projetar os desvios
� A taxa de desvio da amostra corresponde a taxa de desvio
projetada para a população.
� Testes substantivos:
� O auditor deve projetar as distorções para a população.
� Essa projeção pode não ser sufiente para determinar o valor a ser
registrado/corrigido.
� Testes de controles:
� taxa de desvio da amostra inesperadamente alta aumenta o
risco de distorção relevante.
� Testes substantivos:
� valor de distorção inesperadamente alto indica que o saldo
de uma conta ou classe de operações está distorcido de
modo relevante.
78
FASE II – PLANEJAMENTO
OBJETIVO: determinar o montante e os tipos de evidências e 
revisões necessárias
Compreender 
a entidade e 
seu ambiente
Compreender 
o controle 
interno
Identificar as 
afirmações 
das demons-
trações
Avaliar os 
riscos de 
distorções 
materiais
Determinar a 
materialidade
Decidir sobre 
os riscos de 
auditoria
Definir a 
amostragem
Elaborar o 
programa de 
auditoria
� Tendo por base os objetivos da auditoria e a avaliação da
relevância e do risco de auditoria, o auditor define o conjunto de
procedimentos e testes de auditoria necessários à consecução
dos propósitos do trabalho.
� O auditor deve incluir na documentaçãode auditoria:
� as respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção
relevante nas demonstrações contábeis;
� a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria
executados;
� os resultados dos procedimentos de auditoria, incluindo as
conclusões (após a fase de execução).
79
� O programa de auditoria deve contemplar a estratégia da
auditoria (procedimentos e testes de auditoria), contemplando:
� Procedimentos de revisão analítica;
� Procedimentos para entendimento dos fatores competitivos do
negócio e da indústria do cliente e do seu controle interno;
� Testes de controles;
� Testes de estimativas contábeis;
� Testes de transações;
� Testes de saldos;
� Testes de apresentação e divulgação.
80
� Ênfase para que a equipemantenha o ceticismo profissional.
� Designação de pessoal com experiência ou com habilidades
especiais ou usar especialistas.
� Fornecimento de supervisão.
� Incorporação de elementos de imprevisibilidade na seleção dos
procedimentos adicionais de auditoria a serem executados.
� Possibilidade de alterações gerais na natureza, época ou
extensão dos procedimentos de auditoria.
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