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06/12/2013 1 Uso racional de forragens na alimentação animal: verdes e conservadas Universidade Federal da Bahia Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia Ciência Animal – MEVB22 Prof. Rebeca Ribeiro Salvador, 2013.2 As plantas apropriadas para alimentação animal se dividem em duas famílias: Gramíneas Leguminosas Conceitos Planta Forrageira: planta apropriada para a alimentação animal; Forragem: Alimento herbáceo, que pode ser colhido pelo próprio animal ou cortado e oferecido para alimentação; Pastagem:Conjunto de plantas forrageiras + solo + aguada + cocho + cerca; Pasto: forragem que o animal encontra na pastagem Pastagem natural: Plantas espontâneas que surgem (sem a influência do homem) em áreas que foram preparadas para outra culturas anteriormente; Pastagem nativa: Formada sem qualquer interferência do homem e sem processo de sucessão; Pastagem cultivada: Implantada com os devidos tratos agronômicos. • As plantas forrageiras de maior interesse na área de Forragicultura e Pastagens pertencem à Família Poaceae (Gramíneas) e Ordem Fabales (Leguminosas) ocorrendo em menor proporção plantas de outras famílias. Introdução Introdução • Regiões Tropicais • Predileção pelo cultivo de gramíneas • Maior produção de MS quando comparado à leguminosas • Nas últimas duas décadas... • Aumento do interesse do cultivo de leguminosas para alimentação animal: in natura, feno, consorciação e banco de proteína. • Taxonomicamente para gramíneas... Reino: Vegetal. Divisão: Magnoliophyta (Angiospermas) Classe: Liopsida (Monocotiledôneas). Subclasse: Commelinidae. Ordem: Cyperales Família: Poaceae Introdução 06/12/2013 2 • Morfologia típica de uma gramínea: • Caule geralmente oco, com nós engrossados, no qual se inserem as folhas; • Folhas: parte proximal forma bainha que envolve caule, a qual termina no limbo foliar. • Na articulação entre estas duas partes existe um prolongamento – a lígula – em forma de membrana ou de uma fiada de pêlos. Introdução Introdução • Leguminosas Reino: Vegetal Divisão: Magnoliophyta (Angiospermas) Classe: Magnoliopsida (Dicotiledôneas) Subclasse: Rosidae. Ordem: Fabales Famílias: Fabaceae, Caesalpinaceae e Mimosaseae. Gramíneas e Leguminosas Estivais Hibernais Anuais Perenes Anuais Perenes Classificações Gramíneas & Leguminosas Hibernais Gramíneas & Leguminosas Estivais 06/12/2013 3 Brachiária brizantha Brachiária decumbens Brachiária ruzizienses Cynodon Melinis minutiflora Panicum maximum Pennisetum purpureum Pennisetum glaucum Gramíneas Gramíneas & Leguminosas Leguminosas Cajanus cajan Desmodium África Brasil Medicago sativa Leucena Pueraria Oriente Médio (Irã) América do Sul Ásia e Ilhas do Pacífico Arachis pintoi Centrosema Siratro Stylosanthes América do Sul América do Sul México Brasil Gramíneas & Leguminosas Proteína bruta Fonte Gramínea Brachiaria humidicola 6,1 Euclides et al. (1998) Brachiaria decumbens 7,7 Brachiaria brizantha 8,2 Leguminosas Desmodium ovalifolium 9,1 Pereira et al. (1992, 1996) Puerária Phaseoloides 12,5 Calopogônio 11,5 Arachis pintoi 18,5 Stylosanthes guianensis 15,5 Leucena leucocephala 22,5 Gramíneas & Leguminosas Digestibilidade Fonte Gramínea Brachiaria humidicola 49 Euclides et al. (1998) Brachiaria decumbens 51 Brachiaria brizantha 52 Leguminosas Desmodium ovalifolium 53 Pereira et al. (1992, 1996) Puerária Phaseoloides 57 Calopogônio 55 Arachis pintoi 61 Stylosanthes guianensis 63 Leucena leucocephala 59 Gramíneas & Leguminosas Importância sócio-econômica “O pasto é o componente mais barato da dieta dos ruminantes, além de não concorrer com alimentos usados para humanos” Gramíneas & Leguminosas 06/12/2013 4 Fornecimento ao animal: VERDE: PASTO CONSERVADA: FENO SILAGEM Gramíneas & Leguminosas A lim en to s Volumosos Outros Concentrados Forragens secas Forragens úmidas Fenos Palhas Outros Silagens Forragens verdes Pastos Energéticos Protéicos Cereais e subprodutos em geral De origem vegetal: 18 a 50% de PB De origem animal: 34 a 82% de PB Supl. Vitamínico Supl. Mineral Aditivos Métodos de Conservação de Forragem: Silagem Silagem O produto da fermentação anaeróbica controlada de determinada forragem verde, em uma estrutura denominada de silo Ensilagem É o conjunto de operações (corte, picagem, transporte, carregamento, compactação, etc) para a produção da silagem. Silo Estrutura física na qual são produzidas, acondicionadas, armazenadas as silagens Conceitos • Colheita – Inicia-se com a implantação da cultura (semeadura ou plantio, adubação, tratos culturas); • Colheita mecânica Etapas do Processo Etapas do Processo 06/12/2013 5 • Picagem – Trator ou estacionária – Tamanho de partícula – 0,5 a 2,0 cm Etapas do Processo • Enchimento e compactação – Enchimento: mais rápido possível (3 ou 4 dias) Etapas do Processo Etapas do Processo Etapas do Processo Etapas do Processo ESQUEMA DE ENCHIMENTO PARCIAL DO SILO 06/12/2013 6 Manejo adequado Correto Incorreto a) Aéreos: 1) Propriamente dito • Construído de alvenaria, acima do nível do solo; • Fácil descarga; • Baixas perdas; • Construção: gastos elevados; • Requer equipamentos caros para carregá-lo; • Compactação: operários no interior do silo; • Formação de gases tóxicos; • Elevado custo e difícil manejo; • Capacidade: 500- 600 kg/m3 Tipos de Silos Tipos de Silos a) Aéreos: 2. Encosta • Variação do silo aéreo propriamente dito; • Construção: gastos elevados • Possibilita carregamento pelo lado do barranco; • Compactação: funcionários no interior do silo; • Fácil descarga (formação de gases tóxicos); • Baixas perdas • Elevado custo e difícil manejo • Capacidade: 500- 600 kg/m3 Tipos de Silos Tipos de Silos b) Subterrâneos: 1. Cisterna ou Cilíndrico • Fácil carregamento • Construção: gastos elevados • Compactação: funcionários no interior do silo; • Difícil descarga; • Formação de gases tóxicos; • Baixas perdas; • Elevado custo e difícil manejo; • Capacidade: 500- 600 kg/m3; • Hoje: desativação destes nas fazendas. Tipos de Silos 06/12/2013 7 Tipos de Silos b) Subterrâneos: 2. Trincheira • Vala aberta no solo, aproveitando-se do desnível, • Construção fácil e simples; • Menor custo; • Tipo de silo mais utilizado; • Fácil carregamento, compactação e descarregamento; • Compactação: máquinas ou cavalo; • Sujeito a grandes perdas, • Capacidade: 400- 500 kg/m3 Tipos de Silos Tipos de Silos c) Superfície: • Mais prático e econômico – aumento utilização; • Semelhante ao trincheira (sobre o solo); • Elimina gastos (sem construção); • Flexibilidade quanto ao local e tempo necessário ao carregamento (silos menores); • Ausência de paredes, dificuldade na compactação (maiores perdas); • Fácil carregamento e descarregamento; • Compactação: máquinas ou cavalo; • Capacidade: 300- 400 kg/m3 Tipos de Silos Tipos de Silos Tipos de Silos 06/12/2013 8 Métodos de Conservaçãode Forragem: Feno Feno O produto da ceifa e da desidratação parcial de determinada planta forrageira com 65-85% de umidade para 10-20% de umidade. Fenação Conjunto de operações (corte, revolvimento, enleiramento, enfardamento e armazenamento) para a produção do feno. Campo de feno Local onde se cultiva uma forrageira destinada à produção de feno. 1. Corte ou Ceifa da forrageira 2. Secagem (desidratação) “viragem e enleiramento” (Prova do teor de umidade) 3. Enfardamento 4. Armazenamento Etapas do Processo “Ponto de Feno” (inferior a 20%U) 06/12/2013 9 • Coloração esverdeada; • Cheiro agradável; • Relação folha:colmo alta; • Maciez; • Livre de mofos, impurezas e elementos tóxicos; • Boa digestibilidade e valor nutritivo; Avaliação do Feno • Uniformidade no tamanho e peso dos fardos; • Não apresenta perda excessiva de folhas ao manuseio; • Amarração firme dos fardos. Dúvidas?!
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