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DPP II Aula 1 Professor Marco Marrafon Um Tributo Para A Teoria do Estado de Direito Vamos perceber no texto que é muito difícil definir liberalismo, mas a palavra liberal já apareceu em diversos contextos, em oposição ao conservador, nos costumes, partidos políticos, resposta ao absolutismo, etc. O primeiro constitucionalismo, o li beral, são constitucionalismos de clima essencialmente liberal. Começamos pela diferenciação que ocorre para delimitar o campo próprio da política ao longo da história. O que percebemos, desde a antiguidade, é uma progressiva diferenciação da política dos outros campos do conhecimento. A política para o diferen cial da religião era diferente da política para a esfera econômica. Percebemos que toda a luta da Idade Média entre potestas e outorga é uma luta que vai diferenciar a política da religião. Começa a ficar muito claro os seguintes campos de diferenciação. Podemos falar agora que o espaço privado começa a se identi ficar com o espaço da liberdade. Antigamente esse era o espaço da necessidade e o homem era livre no espaço público. De outro lado, temos a privatização do público, com vários exemplos de cessão de espaços públicos. Logo, o espaço privado começa a ser protegido. Na esfera privada era onde se construiam as relações econômicas, as normas que regulam a esfera privada. Essa esfera se colo cava como uma esfera autônoma. A estrutura dessa classe emergente não quer saber da política, a não ser para defender sua li berdade e não admitem a intervenção do público a não ser que seja para proteger seu patrimõnio. Já no espaço público vamos ter as coisas do público, as relações dos particulares com o Estado e sua própria organização. A política, então, cuida do governo dos homens. A Libertas começa a tratar da questão de domínio. Na antiguidade, o domínio se confundia com o público, logo, essa diferenciação o público é poder do império e o domínio vai para a esfera da Libertas. Por outro lado, a grande diferenciação da modernidade é a dissociação da esfera espiritual, afastando a religião das outras duas esferas com o Estado laico. As raízes liberais ficam mais evidentes com a revolução gloriosa. Locke começa a perceber que é necessário na lei da gestão econômica uma doutrina de tolerância, principalmente com o domínio do protestantismo na Europa. Essa parte é o combate do pen samento liberal. Locke, durante muito tempo, foi teorizando as bases do que já havia sido construido, evidenciando na Bill of Rights, se submetendo a vontade popular para a soberania do parlamento. Um tripé básico para definir o liberalismo é o indiví duo - propriedade privada - liberdade.
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