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OS PRIMORDIOS DA GEOGRAFIA NA IDADE ANTIGA

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OS PRIMORDIOS DA GEOGRAFIA NA IDADE ANTIGA
“A essência do homem está no centro, lá onde suas emoções ainda não foram expressas.”
Provérbio chinês
PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO DA GEOGRAFIA
O período pré-científico corresponde aos saberes geográficos desprovidos de sistematização e organização metodológica produzida pelos seres humanos desde a pré-história até a consolidação científica. Abarcam as pinturas rupestres encontradas em cavernas representando a organização espacial da sociedade, os estudos de astronomia, CARTOGRAFIA, correntes marinhas, organização social entre outros.
PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO DA GEOGRAFIA
Manuel Correia de Andrade (1987) considera que, os povos que viviam na pré-história já desenvolviam conhecimentos que podem ser considerados geográficos. Exemplo: 
Os quéchuas na América Andina que possuíam noção de orientação, visto que as estradas que partiam da capital seguiam na direção dos quatro pontos cardeais. 
Os polinésios, povos navegadores, conheciam a direção dos ventos e das correntes marinhas e utilizavam seus conhecimentos para a locomoção entre as diversas ilhas que compõem o arquipélago.
PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO DA GEOGRAFIA
Na antiguidade as civilizações da Suméria, Mesopotâmia e do Egito estudavam técnicas de irrigação, regime pluviométrico e fluviométrico, extensão dos rios e variação do volume da água. 
Obs: Os estudos eram realizados em razão da necessidade de compreender a dinâmica fluvial para a prática da agricultura. 
Andrade (1987) considera tais abordagens como os primeiros passos para o desenvolvimento da hidrografia fluvial.
A CARTOGRAFIA NA IDADE ANTIGA
			
Originou-se por volta do ano de 2500 a.C. O mapa a ser considerado o primeiro da historia foi confeccionado pelos sumérios e representava parte da mesopotâmia. Antes disso, o homem já utilizava pinturas e até mesmo entalhes em pedras para representar pequenas localidades.
A CARTOGRAFIA NA IDADE ANTIGA
			
A CARTOGRAFIA NA IDADE ANTIGA
			
A CARTOGRAFIA NA IDADE ANTIGA
			
A CARTOGRAFIA NA IDADE ANTIGA
			
A CARTOGRAFIA NA IDADE ANTIGA
OS CHINESES e os EGÍPCIOS dominaram as técnicas cartográficas em meados do século IV a.C. As finalidades dos mapas eram de extrema utilidade para registros cotidianos.
OS GREGOS foram os pioneiros na cartografia contemporânea, com destaque para as escolas de Atenas e Alexandria que procuraram representar o mundo, apesar de todas as limitações da época. 
A CONTRIBUIÇÃO DOS GREGOS
Na antiguidade clássica, é considerada a mais relevante e significativa. Os principais destaques foram: 
A medição do espaço e a discussão da forma e dimensão da Terra (geodesia);
 
O estudo da física da superfície terrestre e a descrição dos fenômenos e aspectos físico-espaciais (dinâmica terrestre). 
Andrade (1987) destacar que, ao mesmo tempo em que se ampliava o conhecimento do espaço geográfico, aguçando a pesquisa dos sistemas de relação entre a sociedade e a natureza, desenvolvia-se também a curiosidade sobre as características e dinâmica dos fenômenos naturais.
A CONTRIBUIÇÃO DOS GREGOS
Os estudos geográficos realizados pelos gregos tinham na maioria das vezes caráter descritivo e informativo. O principal objetivo era descrever as características do espaço e sua possibilidade de utilização e exploração. 
Obs: Também estavam preocupados com o estudo da esfericidade da Terra, com o processo de erosão, com as variações do clima, com os sistemas de marés, e com a política.
OS PRINCIPAIS PERCUSORES: Grécia - Idade Antiga
É creditado aos alexandrinos a origem da palavra geografia, e estes consideravam Homero, autor dos poemas épicos ILÍADA e ODISSEIA, como o primeiro geografo. É certo que os poemas homéricos são mundialmente apreciados não somente pela sua beleza literária, mas também pelas informações geográficas contidas na descrição dos lugares e das longas viagens marítimas.
HOMERO (850 a.C.) 
OBRA LITERÁRIA DE HOMERO
OS PRINCIPAIS PERCUSORES: Grécia - Idade Antiga
Representa a tendência descritiva da Geografia, filosofo e historiador grego, é considerado o pai da Historia e da Geografia, por ter sempre enquadrado a historia dos povos no contexto geográfico 
Suas crônicas são consideradas como primórdios da GEOGRAFIA REGIONAL e retratavam os mais diferentes e distantes países. São conhecidas as suas viagens à Fenícia, a Babilônia e ao Egito. 
HERODOTO (484 – 425 a.C.) 
MAPA MUNDI SEGUNDO HERODOTO
OS PRINCIPAIS PERCUSORES: Grécia - Idade Antiga
Ao estudar as cheias do Rio Nilo, Heródoto associou a sua desembocadura com a letra grega DELTA, razão porque é encontrada até os dias atuais a foz em delta, nos compêndios de Geografia. 
A GEOGRAFIA GERAL, nascida com os jônicos, difundida por Aristóteles e consideravelmente enriquecida pelos alexandrinos, 
Obs: À época já procurava solucionar problemas relativos à geofísica.
OS PRINCIPAIS PERCUSORES: Grécia - Idade Antiga
Não somente demonstrou a existência da curvatura da terra, como calculou suas dimensões com notável precisão.
Localizou mares, terras, montanhas, rios e cidades no primeiro sistema de coordenadas geográficas, onde estavam presentes as LATITUDES e LONGITUDES.
HERATÓSTENES 
(276 a.C. - 194 a.C.) 
DEMONSTRAÇÃO DA CURVATURA DA TERRA - ERATÓSTENES
PRIMEIRO SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRAFICAS - ERATÓSTENES
OS PRINCIPAIS PERCUSORES: Grécia - Idade Antiga
Estudou sucessivamente as questões HIDROGRÁFICAS e CLIMATOLÓGICAS especialmente do rio Nilo. 
Obs: Por serem os níveis de generalização muito elevados, os erros atingiram proporções consideráveis, forçando o estudo de lugares e regiões conhecidas, o que fortaleceu a GEOGRAFIA REGIONAL particularmente evidente nos geógrafos romanos.
HERATÓSTENES (276 a.C. - 194 a.C.) 
OS PRINCIPAIS PERCUSORES: Grécia - Idade Antiga
Assim como Heródoto foi um grande viajante, tendo descrito varias partes do mundo conhecido em sua obra GEOGRAPHICA, que é considerada a o mais importante dos escritos antigos sobre geografia.
Reconheceu em sua obra o caráter filosófico e transdisciplinar da Geografia, afirmando que o amplo conhecimento, necessário ao empreendimento de qualquer trabalho geográfico deve pertencer ao homem que investigou as coisas tanto humanas como divinas, e esse conhecimento constitui a filosofia.
ESTRABÃO 
(64 a.C. – 21 d.C.) 
OS PRINCIPAIS PERCUSORES: Grécia - Idade Antiga
Ele via na Geografia “uma disciplina MULTIFÁRIA, não apenas no tocante à atividade dos estadistas e comandantes como também no que diz respeito ao conhecimento tanto dos céus como das coisas na terra e no mar...”.
Obs: Após estudar a localização, delimitação e aspectos físicos (topografia) de uma região, o passo seguinte seria descrever a população em sua historia, lendas, costumes e atividades econômicas (marco ZERO da GEOGRAFIA HUMANA).
ESTRABÃO 
(64 a.C. – 21 d.C.) 
CONCLUSÃO
As bases fundamentais das duas correntes tornariam inevitáveis a perpetuação do dualismo. A Geografia Geral (matemática) esteve vinculada aos processos da astronomia; por outro lado, a geografia regional nasce como consequências necessidades da historia.
DE MARTONE (1953, p. 3.) observa que “a Geografia Regional e descritiva é muito mais humana, mais atenta à etnografia, às migrações dos povos, aos costumes e as instituições, ao passo que a Geografia Geral é mais física, mais exata, ou pelo menos, mais exigente e de precisão matemática”.
 REFLEXÃO
Conhecer a historia da cartografia possibilita compreender que os mapas tem uma historia tão antiga quanto á escrita. 
A cartografia juntamente com a geografia abrange um conjunto de praticas que contribui para a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento das habilidades em interpretar os mapas em diferentes aspectos e os fenômenos físicos responsáveis pela dinâmica terrestre. 
Logo, encaminha-nos a compreender as etapas do processo geográfico, e o trabalho
com mapas nos proporciona novas descobertas e estimula a reflexão.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.
SEABRA, G.S. Os primórdios da geografia no mundo antigo. A contribuição dos árabes na idade média. In:_____. Fundamentos e perspectivas da geografia. João Pessoa/PB: Ed. UFPB, 1997.
Revista GEOMAE - Geografia, Meio Ambiente e Ensino. Vol. 01, Nº 02, 2º SEM/2010.
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/tcc/REDEFOR_1ed_TCC_Val%C3%A9ria%20Aparecida%20Anti%20Longo.pdf

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