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Aula Trichostrongylidae

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Strongylida I 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
CCA-425 Parasitologia Veterinária 
Wendell Perinotto 
Classificação dos Nematoda (vermes redondos) 
Ordem Superfamília Comentários 
Strongylida 
Trichostrongyloidea 
Strongyloidea 
Ancylostomatoidea 
Metastrongyloidea 
nematóides "bursados" 
Ascaridida Ascaridoidea 
nematóides "não 
bursados" 
Oxyurida Oxyuroidea 
Rhabditida Rhabditoidea 
Spirurida 
Spiruroidea 
Thelazioidea 
Filaroidea 
Habronematoidea 
Enoplida 
Trichuroidea 
(Trichinelloidea) 
Dioctophymatoidea 
 
 
SUFIXO GRUPO TAXONÔMICO 
ida ORDEM 
oidea SUPERFAMÍLIA 
idae FAMÍLIA 
inae SUBFAMÍLIA 
Ordem Strongylida 
• Nematódeos parasitas de animais de produção, muitos de extrema 
importância na área de sanidade animal; 
• Parasitas do trato gastrintestinal e sistema respiratório; 
• Características morfológicas comuns: 
• Bolsa copuladora bem desenvolvida e com espículos; 
• Pequenos: comprimento e diâmetro reduzidos; 
• Identificação das espécies: morfologia da bolsa copuladora, da 
extremidades anterior e posterior, bem como da genitália das 
fêmeas. 
Bolsa copuladora 
Bolsa copuladora: envolve a fêmea 
durante a cópula; 
Espículos: órgãos quitinosos , geralmente 
pareados, são inseridos na abertura 
genital feminina , mantendo-a aberta; 
Gubernáculo: estrutura quitinosa 
pequena que atua como guia dos 
espículos; 
Após a aposição, o esperma amebóide é 
transferido da cloaca do macho para o 
útero da fêmea. 
Trichostrongilidae 
• Podem ocorrer infecções mistas; 
• Vermes pequenos (1 a 2 cm, em média); delgados 
•Possuem bolsa copuladora com 2 espículos; 
•Cápsula bucal vestigial, possuem poucos apêndices 
cuticulares; 
•Ciclo evolutivo direto e com estágio infectante L3, comumente 
não migratório; 
•São responsáveis por causar mortalidade considerável e 
morbidade frequente, principalmente em ruminantes. 
Trichostrongilídeos de maior importância para 
Ruminantes 
Espécie Hospedeiro preferencial Localização verme adulto 
Haemonchus placei e H. similis Bovinos abomaso 
Haemonchus contortus Ovinos e caprinos abomaso 
Trichostrongylus axei Bovinos abomaso 
Ostertagia ostertagi Bovinos abomaso 
Ostertagia trifurcata Ovinos e caprinos abomaso 
Ostertagia circumcincta Ovinos e caprinos abomaso 
Trichostrongylus colubriformis Ovinos e caprinos intestino delgado 
Cooperia spp Ruminantes intestino delgado 
Ciclo Biológico dos trichostrongilídeos de 
ruminantes 
• Os diferentes gêneros apresentam ciclos semelhantes, embora 
existam algumas particularidades; 
• O ciclo é direto; 
• Vermes adultos habitam a luz do sistema digestório de ruminantes 
(abomaso ou intestinos)  cópula  fêmeas  oviposição  
grande quantidade de ovos eliminados pelas fezes na fase de 
mórula; 
• O número de ovos eliminados pode variar entre as espécies: 
• Haemonchus spp.: 5.000 ovos/dia 
• Trichostrongylus spp.: 200 ovos/dia 
Ciclo Biológico 
• No ambiente: 
• Ovo  L1 eclode 
• L1 (fezes) se alimenta de bactérias 
presentes nas fezes  L2 
• L2 (fezes) se alimenta de bactérias 
presentes nas fezes  L3 
• L3 (cutícula da L2 é retida formando 
uma bainha protetora) não se alimenta 
(sobrevida relacionada ao acúmulo de 
nutrientes). É infectante, ativa, 
abandona o bolo fecal, pode sobreviver 
dias ou meses no ambiente, 
dependendo das condições climáticas e 
da espécie do parasita. 
• Ovo  L3 (demora em média 7 dias) 
• L3 são ingeridas pelo hospedeiro. 
Ciclo Biológico • Ao serem ingeridas, L3 perdem a bainha 
(dentro do hospedeiro correto), penetram na 
mucosa do trato digestivo e sofrem muda. 
• Não há migração de larvas dentro do organismo 
do hospedeiro. 
• Haemonchus e Ostertagia possuem uma fase 
histiotrófica (larvas L3 penetram no abomaso, 
nas gl. Gástricas) e passam a L4, após a muda 
retornam a luz intestinal e muda para L5. 
• Os vermes adultos podem ser observados na 
luz do abomaso (Haemonchus spp. Ostertagia 
spp), ou intimamente associados à mucosa 
intestinal (Trichostrongylus) 
• Amadurecimento sexual: 20 a 40 dias após a 
infecção. 
• Os vermes maduros copulam reiniciando o 
ciclo. 
Ação sobre o hospedeiro – Trichostrongilídeos 
• Ações gerais: 
• As manifestações clínicas podem ser agudas ou crônicas 
dependendo de vários fatores relacionados ao parasita 
(espécies, carga parasitária, etc.) e ao hospedeiro (idade, 
estado fisiológico e nutricional, raça etc..); 
• Sinais mais comuns: diarreia, anemia, edemas, perda de peso, 
emagrecimento; 
TRICHOSTRONGYLIDAE 
Haemonchus spp. 
• Distribuição mundial; 
• Responsável por grandes perdas em ovinos e bovinos, principalmente em 
regiões tropicais; 
• Localização abomaso; 
• Adultos têm 2 a 3 cm de comprimento (grandes). 
• H. contortus (ovinos e caprinos); 
• H. placei (bovinos). 
 
Haemonchus spp. - Morfologia 
• Os ovários são enrolados em espiral ao redor do intestino; 
• Vermes frescos: ovários brancos enrolados com intestino repleto de sangue: 
aspecto de pirulito. 
Haemonchus spp. - Morfologia 
• Extremidade anterior: papilas cervicais e uma lanceta minúscula no interior da 
cápsula bucal (permite obter sangue dos vasos da mucosa). 
Papilas cervicais 
Lanceta bucal 
Haemonchus contortus 
Haemonchus spp. - Morfologia 
Papilas cervicais 
Haemonchus contortus 
Haemonchus spp. - Morfologia 
• Macho possui lobo dorsal da bolsa copuladora assimétrico em forma de forquilha 
(Y) 
• . 
Haemonchus contortus Espículos com ganchos e presença de gubernáculo 
Haemonchus spp. - Morfologia 
• Fêmea possui um apêndice vulvar. 
Extremidade posterior 
de Haemonchus contortus 
Apêndice vulvar 
Ação sobre o hospedeiro – Haemonchus spp. 
• São hematófagos; 
• Anemia 
• Ovino com 5.000 vermes pode perder cerca de 250 
ml de sangue/dia. 
Hemoncose - hemorragias abomasais 
Hemoncose - anemia e edema submandibular 
Ostertagia spp. - Morfologia 
• Causa importante gastrite parasitária em ruminantes (abomaso); 
• Importante na região Sul do Brasil; 
• Adultos: finos, acastanhados, com cerca de 1 cm de comprimento. 
• Pequena cavidade bucal, papilas cervicais presentes; 
Ostertagia spp. - Morfologia 
• Adultos: mucosa do abomaso; 
• Estágios larvais: glândulas gástricas; 
• Também são hematófagos, mas sugam 
menos sangue que Haemonchus ; 
• Machos com bolsa copuladora bem 
desenvolvida, espículos levemente curvados 
e trifurcados; 
• Presença de gubernáculo; 
• Fêmeas com vulva recoberta por processo 
vulvar; 
Mucosa do abomaso 
• A forma dos espículos no macho permite a diferenciação das espécies. 
Ostertagia spp. - Morfologia 
O. ostertagi 
Espículos Extremidade posterior 
Ostertagia ostertagi - Macho 
Ostertagia ostertagi - Morfologia 
Extremidade anterior: papilas cervicais Extremidade anterior 
Extremidade posterior 
Apêndice vulvar 
Ostertagia ostertagi - Fêmea 
Ostertagia spp. - Sintomas 
• Diarreia; 
• Anorexia; 
• Pelos arrepiados e opacos; 
• Edema submandibular; 
• Perda de peso. 
Trichostrongylus spp. - Morfologia 
• Adultos com menos de 7 mm de comprimento, menor da família; 
• Delgados, coloração vermelho-acastanhada (dificilmente visível a olho nu); 
• Sem cápsula bucal evidente; 
• Sulco excretor na região esofágica. 
• Hospedeiros: equinos, bovinos, ovinos, ovinos, caprinos,suínos. 
• Localização: estômago ou abomaso. 
• I.Delgado 
Trichostrongylus axei 
• Macho com espículos espessos. 
• T.axei tem espículos de tamanhos diferentes. 
Trichostrongylus axei 
Trichostrongylus spp. - Morfologia 
Espículos desiguais 
em T. axei 
Ponta “de arpão” de espículos 
em T. colubriformis 
Trichostrongylus spp. - Macho 
• Fêmea tem cauda que afina abruptamente, sem apêndice vulvar, ovos 
enfileirados. 
Trichostrongylus axei 
Trichostrongylus spp. - Fêmea 
Ações sobre o hospedeiro – Trichostrongylus 
spp. 
• Atrofia de vilosidades com diminuição de absorção de nutrientes. 
• Infecções leves  inapetência,  ganho de peso; 
• Infecções maciças  diarreia. 
 
Placas salientes no abomaso decorrentes de 
infecção por Trichostrongylus axei 
Cooperia spp. - Morfologia 
• Distribuição mundial; 
• Tamanho pequeno (até 1 cm de comprimento); 
• Hospedeiros: bovinos, ovinos e caprinos; 
• Parasita o intestino delgado e raramente o abomaso; 
• Extremidade anterior afilada; 
• Vesícula cefálica pequena e estrias transversais na região do esôfago; 
Macho Fêmea 
Cooperia spp. - Morfologia 
• Vesícula cefálica pequena; 
• Possuem estrias cuticulares transversais na região esofágica. 
Cooperia spp. - Morfologia 
• Machos com bolsas copuladoras grandes; 
• Espículos de tamanho semelhante, possuem sulcos e uma dilatação na região 
média; 
• Não há gubernáculo. 
Espículos de C. punctata 
Cooperia spp. – Bolsa copuladora 
Cooperia spp. - Morfologia 
• Fêmeas possuem apêndice vulvar pequeno e cauda longa e pontiaguda. 
Gênero Hyostrongylus 
Espécie: Hyostrongylus rubidus – gastrite crônica em suínos 
 
Morfologia: 5-8cm 
 avermelhados 
 pequena vesícula cefálica 
 estômago suínos 
 gubernáculo longo e delgado 
Estômago 
Gênero Hyostrongylus 
Ciclo evolutivo 
Glândulas gástricas 
L4 e L5 
Gênero Hyostrongylus 
Patogenia 
Gastrite catarral com ulcerações 
e secreção de muco viscoso 
Sinais clínicos: anemia, 
inapetência e melena. 
DICTYOCAULIDAE 
Dictyocaulus spp. - Introdução 
• Conhecido como “verme dos pulmões” (presente em traqueia e 
brônquios); 
• Causa bronquite parasitária; 
• Apresentam ciclo direto; 
• Animais jovens são mais acometidos; 
• Pode levar à morte em infecções maciças de animais jovens; 
• As larvas eliminadas pelo hospedeiro podem permanecer meses 
no pasto. 
Dictyocaulinae 
Dictyocaulus spp. - Introdução 
• Dictyocaulus viviparus – bovinos 
• Dictyocaulus filaria – ovinos, caprinos 
• Dictyocaulus arnfieldi – equinos 
Dictyocaulus spp 
Vermes adultos 
Dictyocaulus viviparus 
Adultos recolhidos de um bezerro 
Fonte: Taira et al., 2003 
• Vermes filiformes, delgados de 
até 8 cm de comprimento; 
• Coloração esbranquiçada; 
• Encontrados na traqueia e 
brônquios dos hospedeiros. 
Dictyocaulus viviparus 
Ciclo de vida 
1. Fêmeas põem ovos embrionados nos 
brônquios 
2. Ovos são transportados com o 
exsudato pelas vias aéreas até a 
faringe e engolidos 
3. Larvas eclodem no intestino e L1 são 
liberadas nas fezes. Também podem 
ser encontradas no catarro nasal 
4. L1 realiza mudas no ambiente 
5. Larvas infectantes L3 são ingeridas no 
pastejo 
6. Na presença de ácido e proteases 
perdem a bainha e invadem a parede 
intestinal 
7. Migram pelos linfonodos mesentéricos, 
ducto torácico, chegando aos pulmões 
8. Ruptura de capilares, alvéolos, 
bronquíolos – L4 
9. Adultos iniciam postura 
Período pré-patente: 22-25 dias 
Dictyocaulus spp. 
Corte de pulmão 
Fonte: http://www.paru.cas.cz/helminti/Nematoda/Dictyocaulus.jpg 
Dictyocaulus viviparus – Patogênese 
Dictyocaulus viviparus 
Adultos em traqueia 
Fonte: Taira et al., 2003 
Dictyocaulus viviparus 
NEMATODIRINAE 
Gênero Nematodirus -25mm (Intestino delgado) 
Espécies: Nematodirus battus – ovinos, bovinos 
 N. flicoillis – ovinos e caprinos 
 N. spathiger - ovinos e caprinos 
Vesícula cefálica e cutícula 
estriada transversalmente e 
dilatada 
Espículos longos e fino e bolsa 
copuladora 
Fêmeas com ovos grandes e um 
espinho na extremidade da cauda 
Gênero Nematodirus -25mm 
Fêmea 
Macho 
Gênero Nematodirus 
Ciclo evolutivo 
Eclosão lenta 
Desenvolvimento até L3 lento 
(+ de 2 meses). 
Gênero Nematodirus 
 
 
 
 
 
 
Patogenia: 
• ruptura da mucosa intestinal – íleo 
• L4 – L5 lesão das vilosidades e erosão da 
mucosa evoluindo para atrofia da vilosidade 
• diarreia 
• desidratação 
 
 
Diagnóstico 
• Histórico clínico; 
• Sinais clínicos; 
• A identificação genérica dos trichostrongilídeos a partir dos ovos é 
praticamente impossível: ovos com superfície lisa, elípticos, 
embrião em fase de desenvolvimento de mórula quando os ovos 
são liberados nas fezes. 
Diagnóstico 
• Morfologia das larvas L3 obtidas em coprocultura: morfologia da extremidade 
anterior e comprimento da cauda da bainha. 
Trichostrongylus 
Ostertagia 
Bunostomum Haemonchus 
Cooperia 
Oesopha- 
gostomum

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