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IED PROCESSUAL PRISCILA JESUS

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IED PROCESSUAL – PRISCILA DE JESUS
priscilla_sjesus@hotmail.com
AULA 01 - 10/02
INTRODUÇÃO AO CURSO 
Avaliações- 1ª 31/03
 2ª 09/06
Bibliografia: 
Maior dica – estudar por livros atualizados com base no CPC. 
DIDIER, Fredi, Curso de Direito Processual Civil. 
MARINONE, Luiz Guilherme, Novo Curso de processo Civil 
DINAMARCO, CANDIDO- Teoria geral do novo processo Civil 2016 
DINARMARCO, CÂNDIDO – Instituições (...) 
ASSIS, ARAKEM- 
Alguns livros que são comentários ao novo CPC.
Breves comentários ao CPC, coordenado por Tereza, Fredie Didier e Eduardo Talamini e Bruno Dantas 
Novo código de processo civil comentado - Luiz Guilherme marinone , Sergio Cruz e Daniel 
Comentários ao novo CPC – Antonio (...) Ronaldo Cramer 
Preferência da professora os livros de Fredie e os Breves comentários. 
Além dessas indicações a professora vai indicar textos específicos no portal 
NOÇÕES FUNDAMENTAIS
Bem, interesse, lide, pretensão e resistência: 
Todo ser humano tem necessidades e o bem da vida e o ente capaz de satisfazer as necessidades humanas, o medicamento por exemplo é um bem da vida que satisfaz a necessidade do doente, o desagravo pu
blico é um bem que satisfaz a necessidade do sujeito que teve a sua honra violada em público. Agora quando o homem que tem suas necessidades é colocado diante de um bem capaz de satisfazê-lo, surge o que se chama de interesse. 
O interesse é a situação favorável a satisfação de uma necessidade humana, as necessidades humanas são ilimitadas e muitas vezes os bens da vida são limitados, por outro lado, as vezes o bem é ilimitado, mas sobre ele incidem interesses opostos, (...) . Quando há insuficiência de bens ou quando existem interesses opostos incidentes sobre o mesmo bem, surgem os chamados conflitos intersubjetivos de interesses, que são os conflitos de interesse travados entres sujeitos. (...). 
Quando esses conflitos intersubjetivos de interesses não são diluídos surge as atitudes de pretensão e resistência. A pretensão é a exigência de prevalência de um interesse próprio em detrimento do interesse do outro, ou seja, é uma exigência de subordinação, um sujeito quer submeter a vontade do outro a subordinação. 
Quando aquele cujo interesse se quer submeter reage configura-se a resistência, ou seja, o outro sujeito resiste a subordinação e não aceita a vontade do primeiro. 
Os conceitos de pretensão e resistência são conceitos que caracterizam a lide, Carnelutti, é quem apresenta o conceito clássico de lide se valendo desses dois conceitos, segundo Carnelutti, a lide é um conflito intersubjetivo de interesses qualificado por uma pretensão resistida. 
 Existe uma lição tradicional segunda a qual todo o processo jurisdicional contém uma lide, a lide é sempre o mérito do processo, inclusive no CPC de 73 essa lição foi incorporada, o legislador dava a entender que em todo processo a lide , Alfredo Bulsaide tinha esse entendimento, só que essa lição clássica merece uma leitura critica, por um motivo bem simples, nem todo processo envolve conflito. 
Há processos que envolvem situações jurídicas não contenciosas, não litigiosas, há processos que não tem conflito, há pelo menos 3 hipóteses em que se verifica isso. 
Há processos que tem como objeto direito relativo a uma única pessoa ex: o direito de alterar o próprio nome, se o direito é relativo a uma única pessoa não há resistência 
Há processos cujo o objeto é evitar a violação de um direito, há processos com um viés preventivo, nos processos em que se visa evitar a violação de um direito, ainda não pretensão resistida, porque o direito ainda não foi violado.
 Ex: do sujeito que está com medo de ter seu nome colocado no SPC/ SERASA 
Há processos que tem como objeto direitos potestativos, o direito potestativo é o poder jurídico conferido a alguém de submeter outrem a criação extinção ou modificação de uma situação jurídica, não há como se opor resistências a realização de um direito potestativo. Ex: o direito ao divorcio é um direito potestativo. 
Então esse é o primeiro aspecto da releitura critica daquele conceito clássico. (..) Há um segundo aspecto dessa releitura critica, é a que afirma que nem todo conflito será discutido no processo jurisdicional, a lide na verdade é um fenômeno sociológico e ela pode se dissolver no próprio meio social, ou seja, no próprio meio social a lide poderá ser solucionada. E pode ser solucionada de mais diversas formas, como por exemplo, a vingança privada, através de um acordo uma composição de interesse, pode ser resolvida mediante a resolução de um direito e também pode ser resolvida por meio do reconhecimento do direito do outro. Nesses casos a lide nem é vincula a um processo jurisdicional, parece que essa releitura critica do objeto do processo foi incorporada ao novo CPC, porque o CPC DE 2015 não dá mais a entender que todo processo tem lide. 
Se por um algum acaso a lide procesualizasse a finalidade do processo será a justa resolução da lide com objeto de harmonização dos interesses sociais. 
Direito material e direito processual: 
Os membros de uma comunidade se organizam de forma a produzir e distribuir os bens garantindo uma convivência harmônica e pacifica, o Estado por sua vez atua para garantir a ordem social para que o estado consiga garantir a ordem social, ele através do seu poder legislativo cria normas gerais e abstratas, para disciplinar as mais variadas relações jurídicas estabelecendo as condutas permitidas e as recharsadas pelo ordenamento , é nesse âmbito que surge o direito material e o direito processual. O direito material é o conjunto de normas gerais e abstratas que disciplinam as relações jurídicas referentes aos bens da vida, e essas normas que tutelam essas normas jurídicas, podem ser as normas do direito civil, comercial, administrativo, consumidor. Quando essas normas de direito material são desrespeitadas surgem os conflitos, os problemas concretos que podem vir a ser deduzidos em um processo jurisdicional, uma vez vinculado no âmbito no processo jurisdicional as normas decorrentes do direito processual, passaram a incidir estabelecendo a forma como aquele processo será resolvido. São as normas de direito processual que por exemplo vão dizer qual o juiz competente para apreciar o problema, são as normas de direito processual que disciplinam o procedimento a ser observado, são as normas processuais que prevêem os diretos, os deveres, faculdades, ônus das partes dos sujeitos processuais. Então é possível dizer que as normas de direito processual, são normas gerais e abstratas que disciplinam o processo em seu âmbito interno e externo. 
No âmbito interno as normas de direito processual disciplinam as relações jurídicas travadas entre os sujeitos do processo (...) e disciplinam também as diversas situações jurídicas titularizadas pelos sujeitos processuais, exemplo direito ao recurso, direito de produção de prova, o dever de observar a boa fé objetiva, a responsabilidade pelas despesas processuais. 
No âmbito externo as normas processuais disciplinam o procedimento, que é um conjunto de atos interligados que visa chegar a um fim, esse fim é a tutela jurisdicional, que é a decisão do processo. Ex: (áudio) 
Costuma-se dizer que as normas de direito material são normas de julgamento, são normas que se destinam a resolver um problema concreto e por outro lado costuma se dizer que as normas de direito processual são normas de forma, forma como o problema será resolvido, normas procedimentais, que disciplinam a forma como o problema será resolvido pelo direito material (d. civil, trabalho). Mas muitas vezes normas processuais são também normas de julgamento. Ainda no âmbito do direito material e processual existem duas terorias clássicas que tratam da diferença, a primeira teoria é a dualista de Chiovenda é composta por normas gerais e abstratas que incidem sobre fatos da vida permitindo a partir dessa incidência a solução de um problema, segundo essa teoria que é minoritária o direitomaterial é composto por normas gerais e abstratas que incidem sobre fatos e a partir daquela a solução do problema, para essa teoria o direito processual serve apenas para viabilizar a incidência da norma material ao fato. A segunda teoria é a Unitarista de Carnelluti, segundo essa teoria não é possível em abstrato a criação de normas gerais que disciplinem e resolvam todos os problemas, em razão disso as normas processuais auxiliam o estado juiz na complementação dessas normas gerais, porque o legislador não consegue prever solução para tudo, assim o processo servira para (...) o estado juiz atuara de forma subsuntiva para complementar o ordenamento. Essa teoria é a base da fase neo processualista, na teoria neo processualista exalta-se a atividade do juiz, fala que o processo jurisdicional serve a criação de normas, serve para a criação de normas individuais que visam resolver um caso concreto e gerais que são utilizadas como precedentes judiciais, para o julgamento de casos futuros 
Processo:
O termo processo pode ser conceituado a partir de vários enfoques, sobre várias perspectivas se pode conceituar processo, sobre o enfoque da teoria da norma jurídica processo é método da criação de normas, toda norma é produzida processualmente, as normas administrativo são produzidas por meio de processo administrativo, as legislativas por meio de processos legislativos, as negociais por meio de processo negocial, as jurisdicionais por meio da jurisdição (...), toda e qualquer norma é criada processualmente, vejam que o termo processo é um termo da teoria geral do direito. Sobre o enfoque da teoria do fato jurídico, o processo é ato jurídico complexo pelo seguinte, o processo é formado por uma serie de atos interligados entre si cujo a finalidade é a tutela jurisdicional, quando falo ato interligados estamos nos referindo a atos processuais como petição inicial, juntada, nesse enfoque processo também é chamado de procedimento em contraditório, definição de um autor chamado Helio Fatzzalare.
Ainda sobre o enfoque da teoria do fato jurídico o processo pode ser entendido como efeito jurídico, o efeito jurídico nesse caso deve ser entendido como feixe de relações jurídicas, um conjunto de relações jurídicas, ou seja, segundo essa acepção o processo é um conjunto de relações jurídicas travadas entres os sujeitos processuais 
O próprio CPC reconhece isso, no artigo 14 do CPC, conseguiremos reconhecer dois aspectos para o processo, esse artigo por exemplo da entender que o processo é ato jurídico e relação jurídica, ou seja, essas acepções todas acabam se refletindo na própria lei 
Teoria geral do processo, Direito Processual e ciência do direito processual: 
A teoria Geral do processo é uma disciplina enciclopédica, por que se diz isso? A teoria geral do processo se dedica a criar conceitos jurídicos fundamentais, a teoria geral do processo é uma disciplina com um viés filosófico, e também tem um viés epistemológico a teoria geral do processo, porque é uma ciência que visa estudar uma outra ciência que a ciência do direito processual. O direito processual é o conjunto de normas gerais e abstratas que visam disciplinar o processo no âmbito interno e externo. A ciência do direito processual é uma disciplina ou uma ciência que se dedica ao aperfeiçoamento das analises e dos estudos do direito processual, podemos concluir que a teoria geral do processo tem como objeto de estudo a ciência do direito processual, e a ciência do direito processual tem como objeto de estudo o direito processual. 
A teoria geral do processo é ciência da ciência que estuda conceitos universalizáveis, que podem ser utilizados em qualquer lugar do mundo. 
Conceitos jurídicos fundamentais e jurídico positivo: Os conceitos jurídicos fundamentais também chamados de lógico jurídicos, são conceitos que viabilizam a compreensão cientifica do fenômeno processual, os conceitos jurídicos fundamentais são conceitos universalizaveis, são conceitos que podem ser utilizados e aplicados em qualquer lugar do mundo, o conceito de decisão jurisdicional, prova, recurso etc... e o mesmo em qualquer lugar. Os conceitos jurídicos positivos são aqueles que variam a depender do direito processual, são conceitos portanto que não podem ser universalizados. 
No âmbito dos conceitos jurídicos positivos, sempre deve ser feita uma analise apartir do direito processual e a partir também da ciência do direito processual. Primeiro é preciso extrair da norma geral e abstrata processual o conceito, em seguida busca-se interpretar e entender aquele conceito a partir da doutrina cientifica, é uma analise bipartida. Existem alguns exemplos de conceitos jurídicos positivos, (...) sentença 
Textos Específicos 
- Aragão, Egas Dirceu Moniz. AS normas processuais civis In A norma Jurídica 
-Nogueira, Pedro Henrique. Situações jurídicas processuais. In teoria do processo – Panorama doutrinário mundial 
-Didier Jr, Fredei. Sobre a teoria geral do processo: essa desconhecida 
- Moreira, Rômulo de Andrade. Uma Critica à teoria geral do processo 
AULA 02- 17/02/17
Evolução histórica da ciência e do direito processual: classicamente costuma-se se falar em três fases da evolução histórica do direito processual, mas, modernamente, fala-se de uma quarta fase da evolução histórica do direito processual.
Fases da evolução histórica do direito processual
-1ª FASE: Sincretista ou praxista: foi uma fase que perdurou até meados do século XIX, nessa fase, não se estabelecia uma diferença entre processo e direito material, o processo era estudado a partir de circunstancias práticas, nessa época não se falava em ciência do direito processual, não existia, o processo na verdade era visto como um capitulo do direito material.
-2ª FASE: Autonomista, conceitualista ou cientificista/processualista: essa fase se desenvolveu de meados do século XIX até meados do século XX, o grande representante é Oskar Von Bilow, nessa fase começaram a se estabelecer os contornos do direito processual e do direito material, nessa fase o processo passou a ser encarado como ciência, autônoma e passou a ser estudado de forma apartada independente do estudo do direito material, foi nessa fase que se desenvolveram cientificamente varias categorias processuais e foi nessa fase também que surgiram os primeiro processualistas, inclusive um dos principais representantes é Oskar Von Bilow, o grande pensador dos pressupostos processuais e nessa também começou a surgir os primeiros processualistas.
-3ª FASE: Fase instrumentalista: essa fase se desenvolveu a partir de meados do século XX e teve como grandes representantes Mauro Capelette e Vicente Dente, são os grandes representantes da fase instrumentalista, nessa fase instrumentalista o processo continuou sendo encarado como ciência autônoma inclusive integrante do direito publico, mas, começou a se reconhecer que o processo mantém uma relação com o direito material, mantinha um vinculo. Nessa fase, passou-se a dizer que o processo era um instrumento para efetivação do direito material e por isso, o processo deveria ser construído, interpretado e aplicado a luz do direito material, percebeu-se que não há neutralidade na relação entre processo e direito material, na verdade, na fase instrumentalista acreditava que o processo e direito material mantinha um vinculo de interdependência circular, que ocorre da seguinte maneira, o processo serve ao direito material, mas, pra que possa servir ao direito material deve ser servido pelo próprio direito material, que se sirva no seguinte sentido: o processo tem que ser pensado, criado, compreendido e realizado com objetivo de servir o direito material por isso se diz que existe uma relação de interdependência circular. O processo serve para disciplina, tutela, resolução de problemas que decorrem do direito material, o processo não é oco, ele tem uma finalidade, que é exatamente, resolver problemas que muitos desses estão relacionados ao direito material, por isso, reconhece-se a relação de interdependência entreprocesso e direito material, além disso, nessa fase o processo tem alguns escopos que não se restringem a realização do direito material, alem do escopo jurídico, em que se busca a realização do direito material, há outros escopos do processo, o processo tem também o escopo social, nessa fase, o processo é encarado como um meio de pacificação e harmonização social, o que não se dilui na sociedade será resolvido no processo, o objetivo é a harmonia. Alem disso, o processo é um meio que visa promover educação dos jurisdicionados em relação aos próprios direitos e em relação ao respeito dos direitos alheios. Só que alem do escopos jurídico e social ele tem escopo político, pois se trata de um meio de manifestação do poder estatal, se as partes optam pela jurisdição estatal elas terão que a se submeter ao exercício do poder estatal, se submeter as decisões impostas pelo estado juiz, por outro lado, processo também é uma maneira do cidadão participe dos destinos políticos do pais, basta ver que o jurisdicionado poderá eventualmente questionar a constitucionalidade de uma lei, através de ação direta de constitucionalidade ou uma ação civil pública. Alem de tudo isso, nessa fase, o processo passou a ser objeto de estudo de outras ciências, a exemplo da sociologia e isso teve uma repercussão muito importante no âmbito do processo porque nessa época passou a se preocupar com o acesso a justiça, a questão de quem pode acessar justiça, quem não tem condição financeira para isso, e também com a efetividade do processo, o cumprimento das decisões judiciais.
4ª FASE: Fase Neoprocessualista: é preciso antes, compreender as transformações que ocorreram no cenário jurídico principalmente a partir do final do século XX, dentre essas transformações podem ser apontados quatro marcos de pensamentos jurídicos: 
1º) a primeira transformação é relativa ao reconhecimento da força normativa da constituição, que nesse momentos se tornou a principal fonte normativa do ordenamento jurídico, foi reconhecida eficácia imediata das normas constitucionais que passaram a produzir efeitos muitas vezes independentemente de intermediação do legislativo, independentemente daquela previsão constitucional por uma lei, é possível dizer que saímos de um estado legislativo pautado nas leis para um estado constitucional, pautado na constituição, esse marco foi muito importante e repercutiu na fase neoprocessualista/ 2º) é o marco referente ao desenvolvimento da teoria dos princípios que passou a se reconhecer eficácia normativa aos princípios, porque o principio deixou de ser técnica de integração de lacuna para ser espécie de norma jurídica, passando a estar no mesmo patamar das regras/ 
3º) é o marco relativo ao reconhecimento da força criativa e normativa da jurisdição, do estado juiz, no fim do século XX, a jurisdição passou a ser vista como um meio de criação de duas normas, uma norma jurídica individual concreta que é aquela norma que disciplina o caso concreto que foi resolvido processualmente e cria também uma norma jurídica geral que serve como precedente para julgamento de casos futuros e semelhantes, da norma jurídica geral se extrai o núcleo do precedente que poderá ser usado em caso semelhantes, ex, o STF reconhecer a inconstitucionalidade de um tributo, reconhecendo isso julgando um caso concreto, quando o STF faz isso ele cria uma norma jurídica concreta e uma norma jurídica geral, ainda dessa terceira transformação começaram a ser exaltadas as máximas da razoabilidade e proporcionalidade, também houve nessa época uma ploriferação de cláusulas gerais processuais e além disso passou a ser utilizado o método da compressão de normas além do método da subsunção, ainda nessa transformação estabeleceu-se a diferença entre texto e norma e se compreendeu que a norma é extraída a partir da interpretação do texto/ 
4º) esse marco é relativo a expansão e primazia dos direitos fundamentais que passaram a impor o conteúdo mínimo ético para todas as normas, conteúdo esse, pautado na dignidade da pessoa humana, na aplicação de qualquer norma deve sempre ser preservada a dignidade da pessoa humana. A esse conjunto de transformações foi dado o nome de neoconstitucionalismo que foi decorrente de todas essas transformações mencionadas, mas, há quem chame esse momento de neopositivismo, pós positivismo, etc, há vários nomes, mas o mais conhecido é o neconstitucionalismo, esse mesmo conjunto de transformações que foi chamado de neoconstitucioalismo deu origem no processo da fase neoprocessualista. A fase neoprocessualista tem grandes representantes, Carlos Alberto Calvário de Oliveira, Fred Diddier, Marcelo Abelha, na Universidade Federal do RS essa fase é chamada de formalismo valorativo, segundo Carlos Alberto Calvario de Oliveira, nessa fase, o processo deve ser requisitado com objetivo de preservar valores constitucionalmente preservados, um dos valores mais defendidos por ele é o da cooperação, devido processo legal e o principio da boa fé objetiva, ele propõe um novo estudo do processo a partir dos valores constitucionais, feita essa introdução, passemos a análise da característica dessa fase:
1ª característica: é a relativa a constitucionalização do direito processual, na verdade nessa época vários ramos do direito tiveram essa constitucionalização, a constitucionalização do direito processual tem dois aspectos: 
1) foram incorporados a constituição varias normas processuais inclusive com direitos fundamentais, basta ver o art.5º da CF, consta varias normas processuais, essa constitucionalização do direito processual gerou a previsão de varias normas processuais e esse evento ocorreu também em sede de tratados internacionais, o Pacto de são José da Costa Rica é um exemplo/ 
2) entendimento de que a legislação infraconstitucional é um meio de concretizar normas da CF, é interessante um aspecto do novo CPC, tem um artigo onde fala expressamente que as normas devem ser criadas, aplicadas e interpretadas a luz da CF, representa essa primeira característica da fase neoprocessualista.
2ª característica: é a relativa ao reconhecimento da força normativa dos princípios processuais, que deixaram de ser técnica de integração de lacuna para ser norma, o CPC de 73 trazia um artigo que dava a entender que o principio era técnica de integração de lacunas, já o novo CPC, deixa claro que o principio é espécie de norma, não é técnica de integração de lacuna, a doutrina antes tinha que fazer esforço pra poder dizer que o principio é norma, hoje não é mais necessário.
3ª característica: é a relativa ao desenvolvimento da teoria dos precedentes judiciais, proliferação de súmulas, inclusive as vinculantes do STF, também se apresenta como característica, a proliferação de cláusulas gerais processuais e reconhecimento da criatividade do juiz, as cláusulas gerais surgiram na verdade no âmbito do direito civil e um exemplo clássico é a cláusula geral da função social do contrato, no processo civil as cláusulas gerais surgiram mais recentemente, mas, já é possível falar hoje em dia em clausulas gerais processuais, por exemplo, a clausula geral da boa fé objetiva processual, clausula geral da negociação processual, clausula geral do poder de efetivação do juiz, mas afinal de contas o que é clausula geral? Se trata de uma espécie normativa que é composta por elementos indeterminados, em razão disso, uma clausula geral não pode ser preenchida em abstrato, n;ao é possível saber todo conteúdo de uma clausula geral abstrato, isso só é possível no caso concreto, sendo o juiz responsável para fazer isso, por exemplo, não tem o legislador como saber todas as condutas que podem representar violação da boa fé objetiva processual.
4ª característica: se trata da expansão dos direitos fundamentais processuais, na primeira dimensão que é a dimensão subjetiva o direito fundamental confere um direito subjetivo ao jurisdicionados na segunda dimensão objetiva os direitos fundamentais orientam a criação de normas que não os violam, então o direito fundamental ao devidoprocesso legal orienta o legislador quando ele for criar normas que não viole os direitos fundamentais que orientaram a criação da norma.
História do processo no Brasil
Introdução: Durante muito tempo no Brasil houve um apego a fase sincretista ou praxista, ou seja, durante muito tempo no Brasil não era reconhecida a autonomia cientifica do processo, tanto que, muitos descrito no processo aqui no Brasil levavam em conta uma doutrina civilista, mesmo nessa época em que o Brasil esteve muito ligado a essa fase sincretista, um doutrinador se destacava por conferir um estudo mais cientifico do processo, João Mendes Junior por exemplo, criou uma teoria cientifica do processo, teoria ontológica do processo, buscava-se estudar a razão de existir um processo, seus efeitos, mesmo nesse momento inicial já havia um doutrinador dando alguns passos para o estudo cientifico do processo, o Brasil só ingressou na fase autonomista com a chegada de Enrico Túlio Líbio, Italiano, professor da Universidade de Parma, e veio para o Brasil, por volta de 1960 fugindo de repressões políticas na Itália, ao chegar no Brasil ele contribuiu para o desenvolvimento cientifico do processo, primeiro ele acabou participando da formação de grandes doutrinadores, criou uma revista processual em SP, e além disso criou a chamada escola processual paulista e num determinado momento a escola processual paulista acabou sendo a verdadeira escola processual brasileira,de onde as idéias cientificas do processo surgiam, com o passar do tempo surgiram outras escolas processuais no Brasil, a escola gaucha por exemplo, conduzida por Pontes de Miranda.
Sucessão das fontes de direito processual no tempo: pode-se dizer que existem oito fases da sucessão das fontes do direito processual no tempo no Brasil.
1ª Fase: foi caracterizado pela aplicação das Ordenações Filipinas, criadas por um rei português, século XVII, ainda se aplicava como fonte do direito processual as Ordenações Filipinas, editadas pelo rei Felipe I que ainda tinha aplicação no Brasil mesmo depois da independência, as ordenações filipinas eram organizadas em livros e havia um livro organizado para processo civil e processo penal, o livro dedicado a processo civil trazia previsões de um processo exageradamente formalista de um processo não pautado na oralidade, de um processo mais conduzido pelas partes de que pelo juiz. O livro que tratava sobre processo penal previa penas cruéis a exemplo da pena de tortura, pena de banimento, em 1824 com a promulgação da CF previu-se no texto da CF o devido processo legal e também a presunção de inocência com isso, houve necessidade de abolir as penas cruéis, tanto que em 1832 foi criado um código mais atento a presunção de inocência e ao devido processo legal. No âmbito do processo civil as ordenações filipinas continuaram sendo aplicadas, por volta de 1860 passou-se a aplicar o regulamento 737 aos processos comerciais.
2ª Fase: essa fase foi caracterizada pela aplicação da compilação Ribas, ele foi nomeado pelo imperador para poder realizar uma consolidação de todas as normas processuais que existiam na época, ele juntou todas as normas que existiam na época e alem disso foram juntadas interpretações próprias.
3ª Fase: um pouco depois da compilação de ribas, foi caracterizada pela aplicação do regulamento 737 para todos os processos sem distinção.
4ª Fase: foi caracterizada pela promulgação da constituição de 1981 que criou competência legislativa concorrente para que a união e os estados legislassem sobre matéria processual, com essa previsão, tanto a união poderia criar normas processuais aplicáveis aos processos da justiça federal quanto os estado poderiam legislar sobre matéria processual, de matérias aplicáveis a justiça estadual. Os estados não exerceram essa competência e os que criaram fizeram de forma bem tímida, essa época o código processual baiano é um dos mais elogiados.
5ª Fase: foi caracterizado pela promulgação da CF de 1937 que conferiu competência legislativa exclusiva da união pra legislar sobre matéria processual e ela o fez editando o primeiro código de processo civil, que é o código de 1939, esse foi um código editado para atender as idéias da fase cientificista, esse primeiro código foi muito criticado por não desenvolver cientificamente os conceitos dos institutos processuais apesar de já ter sido um código editado na fase cientificista, foi um código que não conceituou cientificamente bem os institutos jurídicos, o CPC de 1939 não previa meios jurisdicionais para alcance de tutela de forma antecipada, o processo era muito demorado e não havia possibilidade de antecipar ele e ainda pautado na escrita, a oralidade era muito pequena, ele conferiu mais poderes ao juiz por isso foi bastante aplaudido, as criticas ao CPC de 1939 levaram a nomeação de Alfredo Buzaid para elaborar um novo CPC, editado em 1973 entrando em vigor no referido ano, inaugurando a sexta fase das sucessões das fontes do direito processual no tempo.
6ª fase: o CPC de 1973 inaugura essa fase, foi bastante elogiado, segundo a doutrina, existiram quatro aspectos principais do CPC de 1973 que merecem menção, referencia, mas a doutrina costuma apontar quatro aspectos dele que merece estaque segundo a doutrina: o primeiro aspecto foi o reconhecimento do efeito material da revelia (quando não há apresentação de contestação pelo réu) a presunção de veracidade de tudo que foi falado pelo autor, produzindo efeitos negativo ao réu, outro destaque foi a previsão de hipóteses de julgamento antecipado do mérito e isso possibilitou a aceleração dos processos, o terceiro aspecto de destaque foi a atribuição da mesma eficácia dos títulos executivos judiciais aos títulos executivos extra judiciais, o quarto aspecto de destaque do CPC de 1973 é o relativo a criação de um capitulo do CPC para tratar de medidas cautelares e sobre o pode de cautela do juiz, de preservação do direito para evitar que ele pereça.
 7ª Fase: o CPC de 1939 e de 1973 a, ambos consagraram ideais cientificistas, os dois são representantes da fase cientificista, o CPC de 1973 assim como de 1939 também não atendeu a todas expectativas da época, o processo continuou sendo demorado, não efetivo, não garantia acesso por todos, por isso que na sétima fase das sucessões das fontes, a partir de 1994 começou a acontecer varias reformas legislativas e varias legislações extravagantes, editadas para poder consagrar essas idéias, um exemplo é a lei de juizados foi editada com objetivo de facilitar o acesso a justiça. Nessa fase consagrou de fato os ideais instrumentalistas.
8ª Fase: é aquela caracterizada pela aplicação do CPC de 2015 com objetivo de concentrar todo o espírito refletido nas reformas legislativas, ele apresenta uma preocupação ainda maior coma efetividade do processo, extinguindo alguns recursos, criou-se o sistema de precedentes, existe um item no CPC para falar de questões vinculantes,atendeu não apenas ao ideais instrumentalistas como também os neoprocessualistas. 
AULA 03 - 03/03 
NORMA PROCESSUAL
CONCEITO
A norma processual é um preceito jurídico que disciplina a função jurisdicional e o objeto de trabalho da função jurisdicional que é o processo. A norma processual lato sensu costuma ser classificada em três classes. 
Norma de organização judiciária: são normas que criam e estruturam órgão jurisdicionais e seus auxiliares, exemplo uma norma que atribui competência a uma vara civil, ou vara pública, normas que prevêem atribuição ao um tribunal, são normas de organização judiciária. 
Norma procedimental: são aquelas que disciplinam a dimensão externa do processo, ou seja, são aquelas que disciplinam o procedimento. São aquelas que disciplinam os atos interligados que integram o procedimento, lembrando que procedimento é um ato complexo. Então uma norma que prevê a forma como uma licitação será realizada é uma norma de procedimento, uma norma que prevê como o réu será citado também é uma norma de procedimento, uma norma que disciplina a forma de protocolo de petiçõestambém será uma norma de procedimento. 
Norma processual em sentido estrito: são aquelas que disciplinam a dimensão interna do processo, ou seja, as normas processuais em sentido estrito, são aquelas que disciplinam as diversas relações jurídicas travadas no curso do processo e também as situações jurídicas processuais que são atribuídas aos sujeitos do processo. As situações jurídicas processuais são os poderes, deveres, ônus, responsabilidades processuais. Vejam que uma norma que trata da distribuição do ônus da prova é uma norma processual em sentido estrito, uma norma que trata da responsabilidade de uma parte também é uma norma em sentido estrito.
Então a norma processual em sentido amplo se subdivide nessas normas. 
Essa classificação é uma classificação clássica e tradicional, o problema é que na pratica é muito dificil talvez impossível diferenciar norma de procedimento e norma processual em sentido estrito, por uma razão muito simples, porque o procedimento integra o conceito de processo, processo é um procedimento em contraditório, em razão disso as normas de procedimento serão inevitavelmente normas processuais em sentido estrito. 
Essa dificuldade em diferenciar essas normas, traz implicações na analise da competência legislativa, ou seja, isso não fica apenas com campo doutrinário. Embora exista essa classificação clássica, na pratica será muito difícil diferenciar as normas, porque o conceito de procedimento integra o conceito de processo. 
As normas processuais são normas de natireza de direito publico, porque são normas que disciplinam o exercício da função jurisdicional, que é nada mais nada menos do que a manifestação do poder estatal, em um processo jurisdicional, pelo menos uma relação jurídica existe, relação jurídica entre um particular e o estado juiz, e essas relações são regidas pelas normas processuais de direito publico. 
 As normas processuais em razão da sua natureza, são em regra normas cogentes, imperativas, isso significa que elas deverão ser obrigatoriamente observadas pelo estão juiz e pelas partes. As vezes normas processuais podem se submeter a um regime dispositivo, ou seja, as partes poderão (...) 
E a alguns exemplo de normas processuais dispositivas, normas que tratam sobre foro de eleição; no final dos contratos; normas que tratam sobre (completar)
FONTES: 
As fontes são os meios pelos quais as normas processuais se apresentam ao mundo juridico, existem muitas fontes de normas processuais, iremos analisar todas elas. 
Constituição federal de 1988: primeira fonte de norma processual, a CF apresenta normas de organização judiciária, normas processuais constitucionais, e também normas de jurisdição constitucional. Existem várias normas de organização judiciária na constituição federal, exemplo competência da justiça federal para julgar algumas causas, (..audio). 
A constituição Federal também prevê várias normas de princípio do devido processo legal, princípio da ampla defesa, principio do juiz natural, que são norma processuais procedimentais. Inclusive a CF assegura direito fundamental, a ampla defesa, a duração razoável de um processo, a CF ela as normas processuais permitindo que delas sejam extraídos verdadeiros direitos fundamentais. E nesse ponto o art. 1º do CPC da a dica no sentido de que da CF podem ser extraídas diversas normas processuais, em outras palavras, a CF é fonte de norma processual. A CF prevê varias medidas jurisdicionais que visam assegurar vários direitos, a exemplo, do mandado de segurança, habeas data, ação popular, todas essas são normas de jurisdição constitucional. 
Tratado internacional: o art 5º paragrfo 2º da CF88 prevê que será integrado ao ordenamneto juridico brasileiro tratado de que seja parte ou signatário o Brasil. Regulamentando esse artigo, o artigo 13 do CPC, prevê que a jurisdicição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições especificas previdas,(...)
Lei federal complementar ou ordinária: (conteúdo de Constitucional, a lei complememtar é aquela cuja a edição exige um quorum diferenciado, e a lei ordinária é aquela que disciplina matérias que não precisam ser disciplinadas pela lei complementar, para a edição de uma lei originária não é exigido esse quorum diferenciado). 
Existem várias leis federais complementares das quais se podem extrair normas processuais exemplo: a lei orgânica do ministério público da união, a lei orgânica da DP da união; a lei orgânica da advocacia da união. Em alguns pontos essas leis são fontes de normas processuais. Existem também vários exemplo de leis federais ordinárias, exemplo disso, a lei de ação popular, a lei de ação civil ppublica, etc, de todas essas leis podem ser extraídas normas processuais. 
É possível que de uma lei sejam extraídas, normas processuais e normas materiais, existem normas que são chamadas de heterotopicas, o que são essas normas? São normas processuais extraídas de um diploma essencialmente de direito material. 
Concordam que o CC é um código de direito material? Um código para falar sobre os bens da vida? 
Segunda Priscila o CC é um código essencialmente de direito material, mas desse código podem ser extraídas normas de direito processual. Exemplo, as normas (....). 
Existem ainda os institutos bifrontes, que são aqueles regidos por normas processuais e por normas de direito material. Exemplo a hipoteca, que é regida com normas de direito civil e normas de direito processual. Candido Rangel fala que não existem direitos bifrontes, para ele a hipoteca é instituto processual, mas que também é regido pelo direito material através do código civil. 
Medida provisória: é também fonte de norma processual, o artigo 62 da CF prevê a possibilidade de edição de medida provisória com força de lei em casos de urgência com exceção de medidas provisórias que versem sobre processo penal ou processo civil. Na realidade somente em 2001, por força da emenda constitucional 32, foi vedada a edição de medida provisória em matéria processual por força dessa emenda, acontece que a própria emenda 32 de 2001, prevê que permaneceram em vigor as medidas provisórias em material processual que tiverem sido editadas até 2001, até que uma nova medida provisória a revogue expressamente, ou até que haja deliberação do congresso nacional. Isso significa que eventualmente ainda permaneceram em vigor medidas que versem sobre o processo, ou porque não houve medidas que as revoguem ou não houve deliberação do congresso nacional. 
Constituição Estadual: as constituições estaduais podem disciplinar a criação e a estruturação das justiças estaduais, na CF88 não existe nenhum artigo que trate da justiça estadual, mas existe um artigo na CF que é o art. 125, que atribui competência aos estados para que eles mesmos disciplinem a sua própria justiça. E é com base nesse artigo que várias constituições estaduais tratam principalmente sobre normas de organização judiciária 
A Lei Estadual: disciplina em regra organização de justiça estadual, prevendo especificamente a divisão do estado em unidades judiciárias, a exemplo, da comarca. E disciplinam também carreira de magistratura estadual, férias forenses, recessos forenses. Todo estado tem sua lei de organização judiciária, 
Regimento interno: o art. 92, I, “a” atribui competência para os tribunais de justiça e regionais federais para disciplina da divisão dos seus órgão internos, as atribuições dos seus órgão internos, as atribuições de presidente, vice presidente e relatores dos órgãos internos, e também para disciplinar cabimento de recurso (...). A CF atribui competência para os tribunais criarem seus próprios ordenamentos internos, em tese o regimento interno não pode contrariar a lei, mas na pratica o regimento contraria a lei, o STF tem decisões de considerar regimento interno como lei. 
Negócios jurídicos processuais: são atos normativos criados pelo exercício de uma liberdade das partes, as partes em razão de um exercício de vontades podem celebrar negociojurídicos processuais, pode se extrair norma processual. Exemplo as partes podem no meio do processo celebrar um acordo para suspender o processo por um tempo. 
Precedente judicial: é uma decisão proferida a luz de um caso concreto que pode ser utilizada no julgamento de casos futuros e semelhantes ao anteriormente julgado. Na aula passada a professora chegou a falar que na atividade jurisdicional podem se criadas duas normas uma norma jurídica processual, e uma norma jurídica através de um precedente (...)
Jurisprudência: é o conjunto de decisões proferidas por um determinado tribunal sobre uma determinada matéria em um determinado sentido. Então o tribunal começa a proferir várias decisões em uma mesma direção( vários precedentes) daqui a pouco o tribunal tem várias decisões no mesmo sentido, então jurisprudência também é fonte de norma processual. 
Súmula: a súmula é um conjunto de textos dos quais se extrai o entendimento de um tribunal sobre vários assuntos, cada tribunal só tem uma súmula, dentro da súmula do tribunal existem os enunciados, ou seja, a súmula é única e dentro dela existem vários enunciados, e nos enunciados tratam-se de vários assuntos. Para que seja ditado o enunciado de uma súmula é preciso que haja reiteradas decisões daquele tribunal sobre aquele tema. o enunciado é um resumo do entendimento do tribunal. 
Entendendo: precedente é uma única decisão, as jurisprudências são vários precedentes, e a sumula são o entendimento de várias jurisprudências para o tribunal 
Costumes: a reiteração de condutas na atuação forense, também permite a extração de normas processuais, ou seja, é possível extrair normas processuais dos costumes. Não existe nenhuma lei que diz que quando houver mais de um autor da ação escreve-se “FULANO e outros”. Isso é um costume, algumas expressões passaram a ser consagradas na pratica forense e a legislação começou a incorporar
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APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO: 
A lei processual entra em vigor na data em que ela própria indicar ou tantos dias após a sua publicação e se a lei processual for omissa entrara em vigor 45 dias após a sua publicação, isto estará previsto no artigo primeiro da LINDB. Uma vez em vigor a lei processual passa a produzir efeitos, estando a lei processual em vigor, dois são os princípios que deverão incidir, 
O principio da aplicação imediata da lei processual: Uma vez entrando em vigor a lei processual deverá produzir efeitos imediatos. Este principio é extraído dos artigos 14 e 1046 do CPC.
O principio da irretroatividade da lei processual: segundo o principio da irretroatividade da lei processual, a lei que entrou em vigor não poderá retroagir para atingir atos jurídicos processuais perfeitos e ou situações jurídicas já consumadas. Este artigo é extraído do art. 5º, XXXVI da CF88. 
O grande problema relativo a aplicação da lei processual no tempo, quando a sucessões de leis processuais no tempo, ou seja, quando havia uma lei processual antiga, que acaba sendo revogada total ou parcialmente por uma lei processual nova, se isso ocorrer, ou seja, se houver sucessão de lei processual no tempo. Com relação aos processos findos na vigência da lei anterior, o processo continuara intacto e a lei nova não retroagira, ou seja, não haverá a retroatividade da lei nova. Com relação aos processos futuros também não haver problemas porque eles serão regidos pela lei processual nova. O problema surge com relação aos processos pendentes, ou seja, quando o processo ainda está em curso, o processo iniciou na vigência de uma lei e fica em curso de uma lei antiga (...)
Existem três sistemas que buscam explicar a aplicação da lei processual no tempo quando há processo pendente, apenas um deles é adotado no Brasil. 
1º É o sistema da unidade processual: segundo esse sistema o processo deve ser encarado em sua unidade, apesar de ser um conjunto de atos, de acordo com esse sistema somente uma lei poderá ser aplicada aos processos pendentes, quando uma lei nova processual entra em vigor, e para esse sistema será a lei antiga a ser aplicada, ou seja, se o processo começou na vigência de uma lei deve permanecer sua conclusão nela
2º sistema de fases processuais: SEGUNDO ESSE SISTEMA o processo deve ser encarado em suas fases processuais, como dividido em várias fases processuais, são elas: fase postulatória, fase de saneamento, fase probatória, fase decisória, fase recursal. Encarando-se o processo em suas várias fases, cada uma delas poderá ser regida por uma lei processual distinta, a depender do momento em que a lei processual entrou em vigor. 
Ex: um processo foi iniciado na vigência do CPC de 73, ele se iniciou na fase postulatória, no meio da fase postulatória entrou em vigor o CPC de 2015, segundo esse sistema como a primeira fase se inicou em 73, em toda a fase postulatória deverá ser aplicado o CPC de 73. E só na fase de saneamento que será aplicado o CPC de 2015. 
3º Sistema do isolamento dos atos processuais: Esse é o sistema que o ordenamento brasileiro adota, esse sistema pode ser extraído pelos art. 14 e 1046 do CPC, de acordo com esse sistema o processo deve ser entendido como um conjunto de atos e também deve ser entendido como um conjunto de relações jurídicas titularizados por sujeitos processuais dotados ( poder, dever, ônus) de situações jurídicas processuais. Segundo esse sistema a lei processual nova será aplicada imediatamente aos processos pendentes, ainda que ele esteja no meio de uma fase, agora a aplicação imediata dessa lei não poderá retroagir para atingir atos jurídicos processuais já praticados, e também não poderá atingir situações jurídicas processuais adquiridas na vigência da lei processual anterior. 
Exemplos relativos a aplicação da lei processual nova que não pode atingir atos jurídicos processuais já praticados: 
Na vigência do CPC de 73 foi interposto um recurso chamado de agravo de instrumento contra uma decisão interlocutória, antes do julgamento desse recurso entra em vigor o CPC de 2015, só que o novo CPC não prevê o agravo de instrumento para aquele tipo de decisão. Como o CPC de 2015 não prevê o tal recurso pode ser desconsidera a decisão? Não, porque o ato já foi praticado e a lei não poderá retroagir para atingi-lo. 
 
Exemplo 2: uma ação foi ajuizada na vigência do CPC de 73, por conta disso, quando o autor estava elaborando sua petição inicial ele observou os requisitos de validade da petição inicial conforme o CPC de 73, o tempo passou e teve a entrada do CPC 2015, o juiz quando vai analisar a petição, ele não pode invalidar a petição inicial, no máximo mandar corrigir, mas não pode invalidar. 
EXEMPLOS da lei aplicação da lei processual no tempo que não pode atingir situação jurídica processual adquirida na vigência da lei processual anterior:
Exemplo 1: Na vigência do CPC de 73 foi publicada uma decisão recorrível por embargos infringentes, antes da interposição desse recurso, entrou em vigor o CPC de 2015, e o novo CPC extinguiu esse recurso. A parte poderá interpor esse recurso que foi extinto? Pode, porque ele já adquiriu um direito.porque o direito aquele recurso foi adquirido na vigência do CPC de 73 que previa aquele recurso. 
EX; 2: o estado da Bahia foi citada para apresentar contestação no prazo de 60 dias para , entra em vigor o CPC de 2015 e estabelece que o prazo agora 
de 30 dias. O prazo que o estado poderá apresentar será o de 60, pq já era um direito adquirido.
Tem um art. 1046 parágrafo 1º da a entender que aplica-se a hipóteses de fases, esse artigo diz que o CPC de 73, no que for relativo aos procedimento sumário e aos procedimentos especiais será aplicado nas ações que tiverem sido propostas, mas que ainda não tiverem sido sentenciadas até o inicio da vigência do CPC de 2015. Por exemplo, antes a usucapião era um procedimento especial, foi revogado pelo CPC de 2015.
A lei processual chega ao fim da sua vigência quando ela é revogada expressa ou tacitamente, ou quando ela não é recepcionada pela nova constituição. A revogação expressaocorre quando a lei atual diz que a lei anterior está sendo revogada, isso aconteceu no CPC de 2015, que tem um artigo que fala expressamente que o CPC anterior está revogado. A revogação tácita ou implícita, ocorre quando a novo lei processual passa a regrar de forma diferente aquilo que era regrado pela lei processual antiga. 
LER ARTIGOS 1060, 1061, 1063, 1064, 1065, 1066, 1067, 1068, 1071, 1072 
IMPORTANTE LER OS ARTIGOS 1046, 1047, 1054, 1056, 1057
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO: 
Na aplicação da lei processual do espaço deve ser observado o principio da territorialidade, segundo esse principio que é extraído do art. 16 no CPC, os processos que tramitam em território brasileiro, deverão ser regidos por normas processuais nacionais, pouco importa a nacionalidade das partes, pouco importa se o fato discutido no processo é anterior. o que importa é que se o processo tramitando aqui no Brasil, devera ser aplicada a lei processual brasileira. O principio da territorialidade afasta a aplicação de qualquer lei processual estrangeira, ou seja, o juiz não pode aplicar uma lei processual estrangeira em processo que tramita em território nacional, as vezes o juiz deve conhecer uma lei processual estrangeira para aplicar uma lei processual brasileira. O art. 2018 do CPC de 2015 diz que será admitida a citação do edital quando o estado em que se encontra o citando não admitir umprimento de carta rogatória. 
O art. 13 da LINDB prevê que a prova de fatos ocorridos no exterior deverá ser disciplinada pela lei do local onde o fato ocorreu. 
Isso seria uma violação ao principio da territorialidade? Não há mitigação, lembre-se que a prova é instituto bifronte, ou seja, a prova é regida pelo direito processual e pelo direito material. Quando o artigo esta se referindo a lei estrangeira material. 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA 
Segundo a CF88 compete privativamente a união legislar sobre matéria processual, a CF também prevê que compete concorrentemente aos estados, a união e ao DF legislar sobre norma de procedimento e sobre criação, funcionamento e competência dos juizados especiais. 
Paula Sarno Braga que é a referência nesse assunto, a união tem competência privativa para editar normas gerais sobre processo e os estados e o DF tem competência concorrente para editar normas processuais complementares e suplementares ou seja, os estados e o DF poderão complementar uma norma processual geral adequando ela as particularidades de uma determinada (...)
NORMAS FUNDAMENTAIS DE PROCESSO CIVIL 
Introdução: o processo é regido pelas normas fundamentais e essas normas fundamentais são extraídas da CF tanto que se fala em um direito processual civil constitucional e também do próprio CPC . os artigos 1 º a 12º do CDC prevem normas fundamentais, que também estão previstas na CF mas também prevem outras normas que não estão previstas literalmente dispostas na CF, esses artigos não traz um rol taxativo,(....) as normas fundamentais de direito civil pode ser princípios e regras 
Princípios
Devido processo legal: o principio do devido processo legal, é extraído do artigo 5º inciso 54 da CF, esse dispositivo diz mais ou menos que ningume será privado da sua liberdade e de seus bens sem o devido processo legal, é desse dispositivo que se extrai o principio do devido processo legal, essa expressão decorre de uma expressão em inglês “due processo of Law”, essa expressão quer significar que todo o processo deve ser devido e o que é um processo devido? Processo devido é aquele que tramita em conformidade com o direito, além disso, para que o processo seja devido é preciso que seja assegurado uma tutela jurisdicional justa e equitativa. Como já sabemos o processo tem várias acepções, sobre o enfoque da teoria da norma jurídica, toda norma é criada processualmente, a lei por exemplo PE criada por meio de um processo legislativo, (....) a norma individual criada entre as partes decorre de um processo entre as partes (...) o devido processo legal é um meio a ser utilizado contra o abuso de poder estatal, o texto que prevê o devido processo legal ( áudio).... 
A construção do devido processo legal é algo permanente, mais ao longo desses anos o devido processo legal foi se aperfeiçoando mas ele assegura garantias mínimas que não podem mais dele ser afastadas, a construção jamais ira parar, mas o devido processo legal assegura garantias mínimas, são várias clausulas mínimas. Essas garantias não podem ser afastadas por motivos de mudanças, elas foram incorporadas pela clausula geral do devido processo legal e devem ser mantidas, o devido processo legal é um principio complexo, dele são extraídos vários outros princípios, e dele também são extraídas algumas regras. O devido processo legal pode ser visto em duas dimensões. Na dimensão formal ou procedimental e na dimensão substancial.
– na dimensão formal o procedimental o devido processo legal assegura as garantias mínimas que foram por ele incorporadas ao longo do tempo, na dimensão forma ou procedimental assegura-se um processo em contraditória que respeita a ampla defesa, a razoável duração do processo, a publicidade etc. 
2.1.2 – A dimensão substancial foi deslumbrada pela primeira vez nos EUA, mas foi incorporada a algum tempo no ordenamento jurídico brasileiro, no Brasil o devido processo legal substancial assegura a concessão de uma tutela jurisdicional justa a partir da aplicação das máximas da proporcionalidade e da razoabilidade. o art. 8º do CPC prevê que ao aplicar o ordenamento jurídico o juiz observará a proporcionalidade a razoabilidade, é desse artigo que se extrai a dimensão substancial do devido processo legal 
- Dignidade da pessoa humana: o principio da dignidade da pessoa humana passou a ser mencionado no âmbito do ordenamento processual no CPC de 2015. O art 8 º prevê que ao aplicar o ordenamento o juiz deverá resguardar e promover a dignidade da pessoa humana. No primeiro momento este principio para ser desnecessário a previsão da dignidade da pessoa humana no CPC, acontece que essa previsão tem um caráter simbólico muito importante, essa previsão da dignidade da pessoa humana, ratifica que a dignidade da pessoa humana é um principio do qual todos os outros decorrem, vejam que a dignidade da pessoa humana também é considerada um principio complexo, porque deles decorrem outros princípios. Vejam o que ocorre no CPC, de um lado o CPC impõe que o juiz proteja, preserve (....) o juiz não pode realizar perguntas vexatórias. Por outro lado o art. 8º determina que o juiz promova a dignidade da pessoa humana, ou seja, impõe que o juiz adote providencias para a garantir a dignidade da pessoa humana. Fred faz uma analise super interessante sobre a dignidade da pessoa humana no âmbito do processo, segundo Fred a dignidade da pessoa humana no processo é o próprio devido processo legal, para Fred a dignidade da pessoa humana e o devido processo legal, trazem para o processo as mesmas normas, as mesma garantias para o processo. Vejam que a dignidade da pessoa humana no âmbito do processo também permite a reconstrução do sentido de alguns institutos. Já a digniidade da pessoa humana traz algo a mais, ela permite que sejam reconstruídos sentidos de alguns institutos como o do conceito de impenhorabilidade, ex: do cão guia I....o proprio conceito de impenhorabilidade pode ser modificado a luz da dignidade da pessoa humana. A diginidade da pessoa humana no âmbito do processo impõe que o próprio legislador crie normas em observância a a dignidade da pessoa humana,( áudio).
- Contraditório: o art. 5º inciso 55 da CF, prevê que aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, desse artigo pode ser extraído o principio do contraditório vejam que esse principio também deve ser assegurado em todo e qualquer tipo de processo. O principio do contraditório deve ser visto em dois aspectos, o primeiro aspecto é o da participação que envolve a comunicação e a ciência de atos processuais,que viabilizam a atuação das partes em contraditório, esse primeiro aspecto integra a dimensão formal a dimensão formal do contraditório. 
O segundo aspecto do contraditório abarca a influencia no convencimento dojuiz esse aspecto integra a dimensão substancial do contraditório, a dimensão substancial do contraditório é aquela que veda a prolação de decisões surpresas, as decisões surpresas são aquelas fundadas em argumentos fáticos ou jurídicos, sobre os quais as partes não tiveram a oportunidade de falar, ou desconhecidas pelas partes. A decisão surpresa é uma decisão nula, pq é uma decisão que viola o contraditório. O art. 10 do CPC tem previsão de vedar a prolação de decisões surpresas, o juiz não pode decidir em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado as partes oportunidade de falar, ainda que aquela matéria possa ser conhecida pelo juiz independentemente de provocação. 
Existe um outro art do CPC do qual se extrai o principio do contraditório é o artigo 9 no CPC, não se proferira decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, se contra a parte o juiz quiser decidir desfavoravelmente ele não poderá fazer sem antes ouvir a tal parte, (.... áudio) se for para proferir uma decisão desfavorável é obrigatório o contraditório, mas se for para proferir uma decisão favorável é dispensado. Expcionalmente admite-se que seja proferida uma decisão desfavorável sem que a pessoa seja ouvida. Nas hipóteses de tutela e concessão de urgência ou de evidencia , o juiz poderá conceder tutela de concessão de urgência e evidencia independentemente da oitiva sem que a parte se manifeste. 
Na tutela provisória de urgência é o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação a um bem da vida, e ainda e a verossimilhança (...O) da parte que autorizam a (AUDIO) O juiz concederá a tutela de urgência e no momento posterior vai ouvir o réu. (AUDIO). 
Na tutela provisória de evidencia a altíssima probabilidade de êxito na demanda autoriza a postergação do contraditório. Existe um outro artigo que trata sobre o contraditório que é o art. 7º CPC que prevê que compete ao juiz zelar pelo efetivo contraditório, esse artigo deve ser lido juntamente com o art. 139, inciso I prevê que o juiz deverá assegura as partes igualdade de tratamento, as vezes para que o juiz possa assegurar o efetivo contraditório ele precisa conferir um tratamento isonômico entre as partes, tratar isonomicamente as partes significa afastar eventuais desigualdades que existam entre elas, com o objetivo de equilibrar o contraditório, as vezes o juiz pode dilatar prazos processuais com o objetivo de assegurar o efetivo contraditório, isso tem previsão legalmente art. 139. (...AUDIO) 
Ou exemplo. O CPC no art. 72 prevê várias hipóteses em que haverá nomeação de curador especial, imagine o seguinte a ação foi ajuizada pelo autor contra o réu, cada um deles tem seus respectivos advogados, (...audio) o juiz poderá garantir o devido contraditório (...) 
2.4- Ampla defesa: o art. 5 inciso 55 da CF é aquele do qual se extrai o principio da ampla defesa “ a todos em âmbito judicial .... com os meios e recursos a ela inerentes” é nesse artigo que esse extrai o principio da amploa defesa, esse principio assegura os meios pelos quais o contraditório será exercido, a ampla defesa pode ser considerada como integrante da dimensão substancial do contraditório que a dimensão relativa a influencia no convencimento do juiz. De que forma pode-se influenciar no convencimento do juiz? (...) 
A ampla defesa representa os meios pelos quais 
– Publicidade: a publicidade é principio extraído do art. 5 inciso 60 da CF, e também pode ser extraído do art. 8º do CPC de 2015, o art. 5º inciso 60, prevê que a lei assegurara a publicidade o art. 80 DO CPC preve que o juiz ao aplicar o ordenamento jurídico OBSERVARÁ a publicidade. O principio da publicidade tem duas finalidades, a primeira finalidade é evitar a prolação de decisões arbitrarias e secretas, é assegurar a independência e a imparcialidade dos órgãos jurisdicionais, essa primeira finalidade da publicidade integra a dimensão interna da publicidade que é a chamada dimensão da publicidade para as partes a segunda finalidade da publicidade é permitir o controle da opinião publica sobre os serviços da justiça, principalmente os serviços prestados pelas jurisdição, essa segunda finalidade da publicidade integra a dimensão externa da publicidade que é a chamada dimensão da publicidade para terceiros. Em regra todo o processo deverá atender a publicidade em algumas hipóteses contudo a publicidade poderá sofrer restrição. O art.5 º inciso 60 da CF prevê que a publicidade sofrera restrição quando for necessária para a defesa da intimidade ou do interesse social. O art. 189 do CPC por sua vez elenca de forma mais detalhada as hipóteses em que a publicidade sofrera restrição diz o artigo que em regra os atos processuais serão públicos mais tramitaram em segredo de justiça, i.os processos em que o exija o interesse publico ou social , 
 ii. Que versem sobre casamento, separação de corpos, divorcio, separação, união 
estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes, 
iii.Em que conste dados protegidos pelo direito constitucional em atividade,
iv.Que versem sobre arbitragem ou sobre cumprimento de carta arbitral, desde que o sigilo provado na arbitragem seja provado em juízo. 
Se um processo tramitar em segredo de justiça somente as partes e os seus procuradores poderão ter acesso, obter copias e certidões desses processos, terceiros não poderão ter acesso, obter copias e certidões desses processos. Nas audiências somente as partes, os seus advogados , o juiz e os menbros do ministério publico poderão estar presentes. O principio da publicidade também está presente na regra da motivação fundamentação extraído do art. 93, inciso XI da CF, todas as decisões jurídicas e administrativas deverão ser fundamnetais. A publicidade garante o acesso a fundamentação e as decisões juridicionais e administrativos , com isso, as partes e os terceiros conseguem o controle maior. O CPC no art. 190, admite que as partes celebrem negócios jurídicos processuais atípicos. Os quais são acordos de vontade celebrados entre as partes e podem ter vários objetos e versar sobre várias matérias. Todavia negocio jurídicos atípicos não podem atribuir sigilo a tramitação de uma processo fora das hipóteses legais, ou seja, não se pode se criar hipótese de sigilo (áudio) 
2.5- Razoável duração do processo: 
É um principio extraido do pacto são José da costa rica, da constituição federal e do CPC, CF é o art. 5º inciso 78 que prevê a razoavel duração do processo, o artigo diz que a todos no âmbito no judicial e administrativo, são assegurados(...audio). no CPC a dois artigos que tratam da razoável duração do processo, o primeiro é o art. 4º que prevê que as partes tem direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito incluída a atividade satisfativa, o art. 6º também prevê que todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenham em tempo razoável a decisão jurisdicional. Por fim o art. 139, inciso (áudio) não há como em abstrato definir o tempo ou o período dentro do qual se considerara que o tramite do processo se deu em prazo razoável, para que se chegue a conclusão a respeito (..) primeiro a complexidade da causa deve ser avaliada, em segundo lugar deve se avaliar o comportamento adotado pelos litigantes, as vezes o processo demora
 porque uma das partes está atuando de forma protelatória, pode ser até considera como litigância de má fé, em terceiro lugar deve se avaliar a postura do órgão jurisdicional e por fim deve se avaliar a estrutura do poder judiciário. Analisando-se esses fatores em cada caso concreto pode-se se chegar a uma conclusão a cerca de um tempo razoável de duração de um processo, nenhuma lei dirá qual o tempo razoável de duração de processo, salvo a lei que trata de processo eleitoral,diz que é razoável o prazo de 1 ano, para julgamento de processos que enseje perda de mandato. Se esse prazo de um ano não for observado pode formulado uma representação contra o órgão jurisdicional, fundada no principio do razoável duração do processo. 
Existem vários meios de se assegurar a razoável duração do processo 
é por meio da representação por excesso de prazo perante o CNJ. 
É o mandado de segurança contra a omissão do juiz, se ele deixar de julgar a causa por um longo lapso de tempo que fuja a razoabilidade, pode se impetrar um mandado de segurança para se questionar essa omissão. 
Ação de responsabilidade civil contra o estado 
É a vedação de inclusão de nome de juiz que violou a razoável duração do processo em lista de merecimento para promoção, isso ocorrera após regular procedimento administrativo. 
NORMAS FUNDAMETAIS DE PROCESSO CIVIL 
2.7- Igualdade: o principio da igualdade é extraído do art 5º Caput, da CF e também pode ser extraído do art. 7º do CPC, o art. 7º prevê que o juiz deverá assegurar as partes paridade de tratamento, essa paridade de tratamento deve ser relativa aos direitos das partes, aos seus deveres, aos seus ônus e faculdades, as responsabilidades. Costuma-se dizer que o principio da igualdade se manifesta no processo através de algumas garantias: 
(i.) a imparcialidade do juiz, garante que o juiz seja um sujeito desinteresado na causa,
 (ii.) a garantia do acesso de todos a justiça, 
(iii) redução das desigualdades que dificultam o acesso a justiça, que muitas vezes é dificultado por diversos fatores, um dos óbices é o fator econômico, ( quem tem dinheiro pode pagar, e quem não tem não pode), o estado deve amenizar esse fator econômico, mas também existem outros tipos de desigualdades, como por exemplo a desigulade geografica (...) viabilizando a oitiva das partes por meio de via conferência 
(iv) a garantia do acesso igualitário o acesso igualitário das partes, das informações processuais, para que as partes possam em igualdade de condições exercer o contraditório. O art. 7 CF, impõe que o juiz assegure a igualdade, mas o principio da igualdade também impõe que o legislador o observe e o respeite. E o legislador respeita e promove a igualdade na medida que ele produz normas em observância a igualdade, e no âmbito processual existe várias normas que visam atender a igualdade, existe uma regra no CPC no sentido de que o prazo para o estado se manifestar no processo é sempre dobrado. (...) essa regra tem como objetivo tratar os desiguais na medida de suas desigualdades. ( ver exemplos em áudio) 
2.8- Eficiência: Para que o processo seja devido, é preciso que ele seja conduzido com consciência, o principio da eficiência é extraído do art. 37 Caput CF, esse principio também é extraído do art. 8º do CPC, esse artigo diz que o juiz ao aplicar o ordenamento jurídico deve atender a eficiência. A eficiência se apresenta em duas dimensões. 
i. Eficiência da administração judiciária: os órgãos administrativos do poder judiciário devem ser eficientes ( órgão que realizam os protocolos, órgãos que arquivam os processos,) todos eles devem atender de forma satisfatória o jurisdicionado. Além disso os órgãos jurisdicionais devem gerir de forma eficiente todos os processos sobre sua competência, gerir com eficiência significa que o órgão tem que conceder tutela jurisdicional em tempo razoável de forma efetiva e satisfatória. Para que a eficiência seja alcançada não basta que o direito seja reconhecido, seja entregue ao seu titular, é preciso que tudo isso aconteça de maneira satisfatória, tudo isso em que acontecer de maneira tempestiva de modo a atender o interesse da parte. 
ii. Eficiência na gestão de um processo especifico:
2.9- Boa-fé objetiva processual: a boa fé objetiva é principio extraído do art. 1º, III, CF e do art. 3º, I. o primeiro dispositivo da CF é o mesmo do qual se extrai o principio da dignidade da pessoa humana, e oo art. 3º da CF é o mesmo do qual se extrai o dever de solidariedade. A boa fé objetiva se funda na dignidade da pessoa humana e no dever de solidariedade, disse ainda que a boa fé objetiva decorre do principio da igualdade, e do principio do devido processo legal. A boa fé objetiva também tem previsão no art. 5º do CPC, a boa fé objetiva é uma norma de conduta que veda a pratica de atos contrários a boa fé e permite a pratica de atos em consonância com a boa fé objetiva. 
A boa fé objetiva é na verdade uma clausula geral da qual se pode extrair vários comportamentos de má fé, ou seja, contrários a boa f, por ser uma clausula geral, não há como em abstrato, genericamente o legislador listar taxativamente os atos considerados contrários a boa fé. 
O CPC tem dois artigos que buscas exemplificar alguns comportamentos contrários a boa fé objetiva, o art. 77º diz que a conduta de má fé é expor os fatos com (...) também é de má fé praticar atos protelatórios, seria também má fé deduzir pretensão ou defesa sem fundamento, também é até de má fé descumprir ima ordem judicial ou até impor dificuldade para o cumprimento da ordem, esse atos são listados exemplificativamente no arts. 77º e 80º CPC. Esses artigos impõe deveres de boa fé. 
A doutrina alemã cita 4 casos em que se pode aplicar a boa fé objetiva processual.
É o caso da atuação de má fé ou criar maliciosamente uma posição processual. é um ilícito processual, já vimos que a atuação de má fé podem ocorrer de várias maneiras, inclusive algumas dessas formas já foram citadas. Ex: interpor uma ação sem fundamento
É o caso da adoção de comportamentos contraditórios ( venire contra factum proprium): 
a)é o caso em que o sujeito pode ter comportamentos contraditórios, o venire contra factum acontece quando dois comportamentos são adotados, sendo que o segundo contraria. o primeiro. Sendo que o primeiro já havia gerado expectativa em terceiro. 
b) É preciso que o primeiro comportamento tenha gerado manutenção legitima de manutenção da coerência, para isso esse primeiro comportamento tenha revelado um sentido unívoco. 
c)É preciso que haja frustração da expectativa da parte contraria com a adoção do segundo comportamento, atendidos esses requisitos haverá venire contra factum impróprio. 
No processo haverá venire contra factum, quando uma parte aceita a decisão de depois recorre. 
é o caso do abuso de direito: o exercício de um direito é um comportamento admitido pelo ordenamento jurídico, agora o exercício abusivo de um direito, é conduta vedada por representar uma violação a boa fé objetiva. Um exemplo muito comum é de escolha de um meio processual executivo mais onerosos para o devedor do que outros igualmente idôneo. Ex: a pessoa está executando alimentos e o réu é um sujeito que trabalha de carteira assinada (....) ver áudio
É o da supretio, é a perda de um poder processual pelo simples fato dopoder processual não ter sido exercido num lapso de tempo que tenha incutido na outra parte, a expectativa de que aquele poder não poderá ser exercido. No processo é possível que se a supretio seja configurada no processo, (ver no áudio exemplo 51: 51 
O desrepeito a boa fé objetiva pode sofrer punição, pode ser punida com multa de 1 a 10%, pode ser condenado a pagar uma indenização como punição para quem feriu o direito da parte contraria. 
Agora se o litigante for advogado publico ou privado, a litigação da má fé deve ser feito pelos órgão de classe, (áudio). Se o litigante de má fé for advogado publico, membro do MP, não podem ser punidos pelos juiz 
2.10- Efetividade : os direitos devem ser reconhecidos em juizo, e também precisam ser efetivados, a efetivação de um direito ocorre quando se entrega um bem da vida a quem de direito, se o juiz reconhece uma obrigação de pagar quantia e se essa quantia for depositada na conta do credor haverá efetivação, digamos que o juiz determine (...) se o juiz reconhecer o direito de propriedade de alguém (...) o principio da efetividade gera o chamado direito fundamental, a tutela jurisdicional executiva, o sistema que disciplina atutela jurisdicional executiva é um sistema composto por medidas coercitivas típicas e atípicas que podem ser utilizadas pelo juiz para garantir a efetiva ação de suas próprias decisões, esse principio da efetividade gera também 3 máximas no ordenamento jurídico
1ª máxima:é aquela segundo a qual a interpretação das regras que compoe o sistema da tutela jurisdicional executiva deve ser feita de maneira a a alcançar a máxima efetividade 
2ª máxima: é aquela que o juiz tem o poder dever de deixar de aplicar um meio executivo que imponha restrição irrazoavel, desproporcional a um direito fundamental.
3ª máxima: é aquela que o juiz tem um poder dever de aplicar um meio executivo mais adequado, para garantir a efetivação das suas decisões, seja esse meio executivo típico ou atípico 
2.11-Cooperação: Existe dois sistemas clássicos de estruturação do processo. 
I- sistema ou modelo adversarial: as partes atuam como adversários, cabendo ao juiz a imposição de uma solução para o conflito instaurado entre elas nesse modelo as partes são as protagonistas do processo, de maneira que o processo é conduzido por elas, que praticam a maior parte dos atos processuais, esse modela é regido pelo chamado principio dispostivo, principio segundo o qual as partes conduzem o processo praticando atos processuais.
II- Sistema ou modela inquisitorial: é aquele que o juiz é o protagonista, neste modelo o juiz pratica a maior parte dos atos processuais e é ele quem conduz o processo, nesse sistema vige o principio inquisitivo. 
Obs: esses são modelos clássicos, atualmente não existe um processo que seja totalmente adversarial ou totalmente inquisitoriais, no Brasil um processo se adequada aos dois modelos, ex: a delimitação é adversarial e a produção de provas tem aspectos inquisitoriais.
Modernamente tem se falado um terceiro modelo de estruturação do processo, 
que é o chamado modelo cooperativo, esse modelo é fundado no principio da cooperação, o principio da cooperação é extraído do art. 6º do CPC, que diz que todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha em tempo razoável decisão de mérito em tempo ..., esse artigo dá a entender que todos os sujeitos do processo inclusive o juiz devem atuar de forma cooperativa com objetivo de se obter tutela em tempo razoável, esse tipo da a entender que no modelo cooperativo não há um protagonista no processo, todos os sujeitos devem atuar, estabelecendo um dialogo entre si com o objetivo de alcançar a tutela jurisdicional. 
É um principio que decorre da boa fé objetiva, do contraditório e é um principio que impõe alguns deveres processuais para as partes e para o juiz, são 3 os deveres impostos as partes
1º é o dever de esclarecimento: as partes tem o dever de expor suas pretensões de defesas de forma clara e coerente 
2ºé o dever de lealdade: as partes devem atuar de acordo com a boa fé objetiva, as partes não devem praticar atos contrários a boa fé. 
3º é o dever de prevenção: as partes não podem atuar de forma a prejudicar a outra, ou melhor, as partes devem atuar de forma a diminuir prejuízos aos seus adversários.
Também existem deveres de cooperação impostos ao juiz. 
 1º - dever de esclarecimento: o juiz tem o dever de esclarecer junto as partes as dúvidas que eventualmente tenham decorrido de suas pretensões e defesas.
 2º - dever imposto ao juiz é o dever de lealdade: o juiz deve atuar de acordo com a boa fé objetiva, não deve praticar atos contrários a boa fé 
 3º - é o dever de consulta: o juiz tem o dever de consultar as partes a respeito de questões fáticas ou jurídicas sobre as quais elas ainda não falaram 
4º - dever de proteção: o juiz tem o dever de prevenir as partes de sua atuação deficiente, exemplo intimando as partes para suprir alguma falha, alertando as pattes sobre alguma falha do juiz, orientando as partes sobre a forma como elas devem atuar. 
2.12 – Adequação: o principio da adequação se dirige ao legislador, ao juiz e as partes, nesse intem vamos falar sobre o principio da adeaquação dirigido ao legislador e ao juiz. O principio da adequação que diz respeito as partes será visto no
Dirigido ao legislador: impõe que o legislador elabore normas adequadas do ponto de vista subjetivo, teleológico e objetivo. 
Adequação subjetiva: as normas criadas pelo legislador, devem ser adequadas aos sujeitos envolvidos no processo, por conta desse principio que existem normas que prevem a intervenção do MP nos processos em que uma das partes é incapaz. 
Adequação teleológico: as normas criadas pelo legislador devem ser adequadas a finalidade buscada pelo processo, as normas que disciplinam o procedimento dos juizados especiais são normas adequadas ao alcanço do processo mais célere
Adequação objetiva: as normas criadas pelo legislador, devem ser adequadas ao tipo de direito que se visa executar o processo, ou até mesmo assegurar o processo. as normas que tratam sobre o mandado de segurança são normas que deixam claro que somente um direito liquido e certo (...) o direito tem que ser provado por meio de prova documental, as normas que tratam sobre execução fiscal, deixam claro(...) não é qualquer debito (áudio). 
Quando a adequação é dirigida ao legislador ela é chamada de adaptabilidade.
 Quando é dirigido ao juiz ele deve adequar as normas processuais as peculiaridades a que ele está julgando. O juiz pode adaptar de várias maneira, como por exemplo, dilatar prazos processuais, o juiz também pode adequar as normas processuais ao caso que ele está julgando na escolha de meios executivos para a efetivação de suas decisões. Quando o principio da adequação é dirigido ao juiz fala-se de felxibilidade. 
O principio da adequação é um principio que decorre do acesso a justiça e do devido processo legal.
2.13 – Primazia do julgamento de mérito: esse principio é extraído do artigo 4º do CPC, o art. 5 diz que as partes tem direito de obter a solução integram do mérito, incluída a atividade satisfativa, de acordo com esse art. O juiz deve sempre dá preferência ao julgamento de mérito do processo, ao julgamento que aprecie o conflito de direito material deduzido ao processo. O juiz deve evitar ao máximo a extinção do processo decorrente de vícios ou falhas que posam ser sanado pelas partes. 
2.14 – Autoregramento da vontade: nesse item é que se falará da adequação dirigida as partes, as partes por meio do principio do alto regramento da vontade, poderão disciplinar livremente seus próprios interesses, adequando as normas processuais a sua própria realidade, esse principio decorre da liberdade. As partes sempre sabem o que é melhor para elas,por conta disso também admite-se no âmbito processual que as partes disciplinem seus próprios interesses, a vontade das partes do âmbito do processo sofre uma limitação maior do que aquela que é direcionada no âmbito material, porque no processo lida-se com normas cogentes, normas de interesse público, a final de contas a jurisdição é estatal(...) que é quem exerce e manifesta o poder soberano. As partes podem disciplinar seus interesses observadas algumas limtações, 
 As partes não podem disciplinar que um determinado processo vai tramitar sob segredo de justiça. O CPC exalta em vários momentos esse principio, basta citar as audiências de conciliação ou mediação, essas audiências servem para que as partes cheguem a um acordo. 
2.15- CONFIANÇA: é a dimensão subjetiva da segurança jurídica, o principio da confiança visa proteger o sujeito que exerceu determinada liberdade pautado em determinado ato normativo, que considerou válido tendo sido em seguida frustrado por ato posterior que revogou cancelou, modificou o ato normativo anterior. é o principio que visa proteger o cidadão de exercício abusivos de poder, isso no âmbito legislativo e também no âmbito jurisdicional, no entanto, para que a confiaça que um sujeito depositou em um ato normativo seja protegida, é preciso que alguns requisitos sejam atendidos. 
1- base de confiança: ato normativo onde possa se depositar confiança,

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