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Gabrielle Bastos de Cerqueira Elementos Químicos SALVADOR-BA 2017.2 Gabrielle Bastos de Cerqueira Elementos Químicos Pesquisa sobre o tema supracitado, na disciplina de Química aplicada à engenharia, destinado ao Bacharelado, na área de Engenharia Química, na instituição de ensino superior : Área 1. Orientador: prof. Elecy Moreno SALVADOR-BA 2017.2 Índice 1.0 Introdução..............................................................................04 2.0 Origem dos elementos...........................................................05 3.0 Desenvolvimento....................................................................06 4.0 Cálcio......................................................................................07 5.0 Estrutura Atômica...................................................................14 6.0 Conclusão...............................................................................16 7.0 Referências............................................................................17 4 1.0 Introdução Talvez você pense em elemento químico como algo muito distante. Mas, olhe a sua volta... tudo que você vê e até o que não vê, envolve a química: a sua casa, seu computador, seu corpo, a cadeira que está sentado, o ar que respira, a Terra... tudo! Agora você se pergunta, “mas de onde vem os elementos químicos? ” Essa é uma questão que a ciência tentou explicar através da teoria do Big Bang, mas há quem acredite em outros tipos de origem. Por mais que não saibamos a origem de muitas coisas e respostas para muitas perguntas, a ciência nos oferece uma teoria bem aceitável para o surgimento dos elementos químicos. 5 2.0 Origem dos Elementos Químicos Muitos acreditam que a origem da vida no universo ocorreu pela criação de Deus, porém, do ponto de vista da ciência a origem do universo ocorreu quando houve a explosão do Big Bang, entre 12 e 15 bilhões de anos. A partir da explosão de uma bola de matéria compacta, densa, com um volume aproximadamente igual ao sistema solar, formaram-se as Galáxias, os Corpos Planetários, as Estrelas, e a vida na Terra, que é consequência de várias reações nucleares entre as partículas do meio cósmico, que teve como efeito mais importante a formação dos elementos químicos, através da nucleossíntese. Segundo estudos e pesquisas, durante a explosão foram gerados nêutrons, prótons e elétrons, e logo após ocorreram reações que formaram o hidrogênio (H) e o hélio (He). Com o rápido resfriamento do universo, não houve condições para a síntese de outros elementos. Depois do Big Bang os únicos lugares que tinham características que possibilitavam a produção de elementos químicos, eram os centros das estrelas. Quando o núcleo de uma estrela adquire determinada quantidade de energia, iniciam-se uma série de reações nucleares que produzem elementos químicos mais pesados. Existem dois tipos de nucleossíntese estelar: a nucleossíntese quiescente e a explosiva. A quiescente ocorre pelas reações nucleares que acontecem durante a vida das estrelas, e correspondem à uma queima nuclear hidrostática, ou seja, quando o peso das camadas superiores é equilibrado pela pressão do gás nas camadas inferiores, onde acontecem as reações nucleares. A nucleossíntese explosiva, ocorre nos estágios finais das estrelas que possuem grande massa, e por essa característica, consomem seu combustível nuclear mais rapidamente, durando muito menos do que as estrelas de menor massa. Quando o combustível é esgotado, há um grande colapso, extremamente violento, que gera uma explosão que ejeta as camadas mais externas da estrela. A energia que é gerada pela explosão é suficiente para produzir as reações nucleares que dão origem aos elementos mais pesados que o Ferro (Fe). 6 3.0 Desenvolvimento Elementos químicos são todos os átomos que possuem o mesmo número de prótons em seu núcleo, ou seja, tem o mesmo número atômico (Z). Por exemplo, o oxigênio é um elemento químico constituído por todos os átomos que possuem número atômico 8. • Massa atômica (A): é a soma do número de prótons e de nêutrons que existem no núcleo de um átomo. • Número atômico (Z): é o número de prótons ou elétrons existentes em um átomo. Os elementos químicos são divididos em: • Elementos naturais: são os elementos químicos encontrados na natureza, são átomos estáveis; • Elementos sintéticos: são os elementos químicos produzidos artificialmente (síntese em laboratório). Podem se classificar em duas categorias, os cisurânicos e transurânicos. Os Cisurânicos possuem número atômico (A) inferior a 92. Já os Transurânicos (ou superpesados) possuem número atômico (A) superior a 92, são radioativos e instáveis. Hoje, são conhecidos 118 elementos químicos, 92 são encontrados na natureza, e os outros são produzidos artificialmente. Esses elementos são inseridos na tabela periódica, em ordem crescente de acordo com os seus números atômicos, conforme as suas propriedades e semelhanças. Cada elemento químico possui um símbolo, que é definido de acordo com padrões internacionais, que facilita a identificação de certo elemento em qualquer parte do mundo. O nome é escolhido, geralmente, de acordo com o seu nome no latim com a primeira letra maiúscula e se for o caso, acompanhado de uma outra letra minúscula. 7 4.0 Cálcio O metal cálcio pertencente a família 2ª e esta no 4 período da tabela periódica, é um metal alcalino terroso, de cor branco prateado. Foi isolado pela primeira vez pelo químico britânico Humphry Davy no ano de 1808, mediante eletrólise. Devido o metal em estado puro ser altamente reativo em contato com o ar atmosférico forma o óxido de cálcio, que seguido de hidratação concede a base hidróxido de cálcio, de acordo com a reação: Cálcio metálico O cálcio tema ampla utilização industrial principalmente na forma de carbonatos e fluoretos, como é comumente encontrado na natureza. Devido a sua alta reatividade o cálcio não é encontrado em forma pura devendo para uso em laboratório ser isolado por processos químicos. É utilizado na construção sob o nome de Cal virgem ou Cal viva como componente em reboco. Está presente nos ossos dos animais, nos laticínios e dissolvido em águas subterrâneas. É utilizado como insumo da produção agrícola na forma de carbonato de cálcio popularmente conhecido como calcário, que por ser um sal alcalino é utilizado na correção do pH do solo, e como fertilizante na forma de sulfato e fosfato de cálcio. É também usado na indústria em sínteses de obtenção e purificação de outros metais. Informações Importantes sobre o Cálcio • Símbolo: Ca • Número de oxidação: Ca²+ • Massa Atômica: 40 u • Número atômico: 20 • Ponto de Fusão: 842°C 8 • Ponto de Ebulição:1484°C • Configuração Eletrônica: 1s², 2s², 2p6,3s²,3p6,4s² • Formas Naturais: carbonatos, bicarbonatos e fluoretos O cálcio em análise qualitativa Este elemento é pertencente ao quarto grupo de cátions, e tem como reagente o Carbonato de Amônio, que quando adicionado a uma solução contendo íons cálcio ocorre a formação de um precipitado branco de carbonato de cálcio, e com a adição de íons sulfatoobtém-se um precipitado branco de sulfato de cálcio e compostos que contém o elemento confere uma coloração vermelho amarelada para a chama do bunsen. Camadas Eletrônicas Todo átomo é constituído de um núcleo, onde estão localizados os prótons e nêutrons, os primeiros tem partículas de carga positiva, e os segundos carga neutra. A eletrosfera, que formada pelos elétrons tem carga negativa e os elétrons ficam girando ao redor do núcleo. Cada elétron, é distribuído na eletrosfera em camadas diferentes, alguns ficam mais próximos do núcleo, outros mais afastados. Teoricamente, existem várias camadas em um átomo, mas observou-se através de experimentos apenas sete camadas, que são simbolizadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q. A primeira camada se inicia com a letra K, a camada mais perto do núcleo. As camadas podem ser chamadas de níveis energéticos e devem ser identificadas dos números de 1 a 7. Sendo 1, o nível perto do núcleo e o 7, o mais distante. Cada nível possui um número máximo de elétrons. Veja: • K - 1 nível – até 2 elétrons; • L - 2 nível – até 8 elétrons; • M - 3 nível – até 18 elétrons; • N - 4 nível – até 32 elétrons; • O - 5 nível – até 32 elétrons; • P - 6 nível – até 18 elétrons; • Q - 7 nível – até 8 elétrons. Os elétrons próximos do núcleo, são muito atraídos por ele, tendo pouca energia potencial. Já os elétrons mais afastados, são mais livres e pouco atraídos pelo núcleo, tendo uma energia potencial maior. Níveis Energéticos Os níveis são mais energéticos quando eles estão mais longe do núcleo. Assim, a quantidade de níveis que um átomo possui irá depender da quantidade de elétrons existentes. O hidrogênio possui apenas um elétron e portanto, tem 9 apenas um nível. Já o urânio possui 92 elétrons distribuídos nos 7 níveis energéticos. Subníveis Energéticos Dentro dos níveis energéticos existem os subníveis, que constituem a quantidade de energia presente em cada elétron. Esses subníveis são representados pelas letras s, p, d, f, e cada um apresenta um número correspondente a energia do elétron. Esses números são chamados de números quânticos azimutais ou secundários que são 0, 1, 2 e 3. Assim como no nível, o subnível possui um número máximo de elétrons. Veja: • 0 subnível – até2 elétrons; • 1 subnível – até 6 elétrons; • 2 subnível – até 10 elétrons; • 3 subnível – até 14 elétrons. Diagrama de Pauling Linus Pauling, um químico norte-americano que criou um diagrama para fazer a contagem dos elétrons dos átomos na ordem crescente de energia. Sabe-se que os elétrons ficam orbitando ao redor do número e assim, existem 7 camadas eletrônicas compostas pelas letras K, L, M, N, O, P, Q ou 1,2,3,4,5,6,7 níveis de energia. Quanto mais afastado do núcleo, maior será a energia dos elétrons. Cada nível comporta um determinado número de elétrons. Em cada camada os elétrons se distribuem em subcamadas ou subníveis de energia representados pelas letras s, p, d, f. Assim, como o nível, cada subnível comporta um determinado número de elétrons. Na prática, para utilizar esse diagrama, será apresentada a distribuição eletrônica do cálcio (Z=20), com 20 elétrons: K - 1s2 L - 2s2 2p6 M - 3s2 3p6 N - 4s2 10 Cada elétron de um átomo é caracterizado por quatro números quânticos, que são: principal (n), secundário ou azimutal (l), magnético (m ou ml) e spin (s ou mS). Num mesmo átomo não existem dois elétrons com os mesmos números quânticos. Número quântico principal. O principal (n) indica o nível de energia ou camada do elétron: Já o número quântico secundário indica o subnível em que o elétron está: Agora, o número quântico magnético indica a orientação dos orbitais (região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron no átomo) no espaço. Os seus valores podem variar de -? a + ?. Como determinar esse número quântico, temos de realizar uma representação gráfica dos elétrons em orbitais. Isso é feito geralmente indicando um orbital por um quadrado. Por exemplo, o subnível s só possui um orbital, pois ele tem só uma forma em relação a qualquer orientação espacial, que é esférica. 11 Lembre-se de que cada orbital comporta no máximo dois elétrons e que cada elétron é indicado por uma seta: Ao preencher esses orbitais, deve-se seguir a Regra de Hund, que diz que isso deve ser feito de modo que tenhamos o maior número possível de elétrons desemparelhados, isto é, isolados. Isso significa que preenchemos todas as setas para cima e só depois voltamos preenchendo com as setas para baixo (ou o contrário, dependendo da forma adotada). O subnível p possui três orientações espaciais, pois, conforme mostrado abaixo, ele é um duplo ovoide: O subnível d possui cinco orientações espaciais e o f possui sete: 12 Até o momento, temos: Enfim, o número quântico do spin mostra o sentido da rotação do elétron. Dois elétrons num mesmo orbital não se repelem porque cada elétron gira ao redor de seu próprio eixo no sentido horário ou anti-horário. Dois elétrons no orbital giram em sentidos opostos, anulando o magnetismo um do outro e proporcionando um sistema mais estável. Assim, em função dos sentidos de rotação para os elétrons, são conhecidos dois valores para o spin: s= +1/2 e -1/2 Vejamos o exemplo do cálcio: Olha primeiro faz-se a distribuição eletrônica do Ca: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 pegando os eletros de valência que são 4s2 temos na orbital s dois eletros um com a orientação de spin +1/2 e o outro com -1/2 logo pegando aquele virando 13 para cima com a orientação +1/2 temos os seguintes números quânticos: n = 4 l = 0 m = 0 s = +1/2. Então para o segundo eletro que tem a orientação -1/2, lembre-se que este é o eletro de diferenciação, o eletro que indica o número atômico do elemento logo os seus números quânticos serão: n = 4 l = 0 m = 0 s = -1/2. Lembre-se que: n = representa o nível ou o período do elemento que neste caso é 4. l = indica o subnível, mas representa-se por números, e para s = 0, p = 1, d= 2 e f = 3 uma vez que o subnível do n=4 é s o l = 0. o m indica o número quântico magnético, isto é a localização correta dos eletros em causa tendo em conta as orbitais, logo sabe-se que o m = 0 é porque temos apenas o subnível s. O sentido da seta indicará o spin, que é adotado por convenção. Por exemplo, para o primeiro elétron de um orbital pode-se convencionar que sua identificação começará com todas as setas para cima e que as setas para cima irão indicar o spin -1/2. Assim, as setas para baixo irão indicar o spin igual a +1/2. Mas o contrário também pode ser adotado. , 14 5.0 Estrutura Atômica A estrutura atômica é composta por três partículas fundamentais: prótons (com carga positiva), nêutrons (partículas neutras) e elétrons (com carga negativa). Toda matéria é formada de átomo sendo que cada elemento químico possui átomos diferentes. A eletricidade chega às nossas casas através de fios e da movimentação de partículas negativas que fazem parte dos elétrons, que circulam pelos fios. No núcleo de um átomo estão os prótons e os nêutrons e, girando em torno desse núcleo, estão os elétrons. Cada núcleo de um determinado elemento químico tem o mesmo número de prótons. Esse número define o número atômico de um elemento e determina sua posição na tabela periódica. Em alguns casos acontece de um mesmo elemento ter átomos com números diferentes. Esses são chamados de isótopos. PrótonsO próton é uma partícula fundamental na estrutura atômica. Juntamente com os nêutrons, forma todos os núcleos atômicos, exceto para o hidrogênio, onde o núcleo é formado de um único próton. 15 A massa de um átomo é a soma das massas dos prótons e nêutrons. Como a massa do elétron é muito pequena (tem cerca de 1/1836,15267377 da massa do próton), ela não é considerada. A massa do átomo é representada pela letra (A). O que caracteriza um elemento é o número de prótons do átomo, conhecido como número atômico do elemento. É representado pela letra (Z). O número da massa (A) do átomo é formado pela soma do número atômico (Z) com o número de nêutrons (N), ou seja, A = Z + N. Nêutrons O nêutron são partículas neutras que fazem parte da estrutura atômica dos átomos, juntamente com os prótons. Ele tem massa, mas não tem carga. A massa é muito parecida com a do próton. O nêutron se localiza na porção central do átomo (núcleo). Para se calcular a quantidade de nêutron que um átomo possui basta fazer a subtração entre o número de massa (A) e o número eletrônico (Z). Elétrons O elétron é uma partícula subatômica que circunda o núcleo atômico, sendo responsável pela criação de campos magnéticos elétricos. Um próton na presença de outro próton se repele, o mesmo ocorre com os elétrons, mas entre um próton e um elétron existe uma força de atração. Dessa maneira atribui-se ao próton e ao elétron uma propriedade física denominada carga elétrica. Os elétrons dos átomos giram em órbitas específicas e de níveis energéticos bem definidos. Sempre que um elétron muda de órbita, um pacote de energia seria emitido ou absorvido. Essa teoria envolve conhecimentos da mecânica quântica e estes pacotes de energia são chamados quantum. 16 6.0 Conclusão Tudo o que está em nossa volta no mundo físico é feito de substâncias químicas. A terra em que pisamos, o ar que respiramos, os alimentos que ingerimos, os veículos que dirigimos, as casas onde moramos, todos contêm substâncias químicas. Os organismos vivos, como por exemplo, os seres humanos, os animais e as plantas, também são constituídos por químicos. Alguns deles, com os quais temos contato em nossa vida diária, são produzidos pelo homem. Estão nos medicamentos, cosméticos, em nossas casas, nos escritórios, como produtos de limpeza e assim sucessivamente. Entretanto, muitas substâncias químicas às quais estamos expostos diariamente, se apresentam de forma natural e se encontram em nossos alimentos, na água e no ar. Estão em quantidade bem maior do que as produzidas pelo homem. Os químicos produzidos pelo homem, assim como os químicos naturais, podem causar efeitos prejudiciais. 17 7.0 Referências Disponível em: http://elementos-quimicos.info/ http://meninasdaquimica.blogspot.com.br/2009/06/distribuicao-eletronica- como-funciona.html http://elementos-quimicos.info/tabela-periodica/distribuicao- eletronica.html http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/calcio/
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