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PALEOINVERTEBRADOS: FILOS PORÍFERA E CNIDÁRIOS AULA 07 Professor: Juan Alfredo Ayala Espinoza FILO PORIFERA Generalidades Morfologia Classificação das espículas Tipos de redes esqueletais Classificação Classe Hexactinellida Classe Demospongia Classe Calcária Classe Sclerospongia Classe Stromatoporata Distribuição estratigráfica Aplicações SISTEMAS GEOLÓGICOS Fonte: Durana, L. 2007-2008. Tempo Geológico, fossilização. ESSMO eon era período época andar Fanerozóico Proterozóico Arqueano Hadeano Cenozóico Mesozóico Paleozóico Permiano Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano Cretáceo Jurássico Triássico Quaternário Neogeno Paleogeno Divisão mais ampla Divisão mais restrita + a n ti g o + n o v o 540Ma 2.500Ma 540Ma 250Ma 65Ma 540Ma 500Ma 435Ma 410Ma 355Ma 295Ma 250Ma 203Ma 135Ma 65Ma 23,5Ma 1,75Ma PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS São organismos multicelulares exclusivamente aquáticos, sendo em sua maioria marinhos. Atualmente se distribuem em todas as latitudes e profundidades. De hábito bentônico fixo na vida adulta. Se alimentam filtrando as águas através de canais. Podem acontecer formando colônias ou solitárias. De tamanhos variáveis. As menores não excedem 1 mm, enquanto que as maiores podem atingir até 2 m. Sua reprodução poder ser sexual e assexsual. Generalidades Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Morfologicamente assemelham-se a um vaso fixado pela base, perfurado externamente por pequenos poros e com uma cavidade central (átrio), que se abre por uma grande abertura (ósculo). Três camadas são diferenciadas nas esponjas modernas: a) Pinacoderme. Constituído pelos pinacócitos (células achatadas). b) Mesênquima. Substância gelatinosa. c) Coanoderme. Constituída pelo coanócitos (células flageladas). Generalidades Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Possuem esqueleto interno situado no mesênquima, podendo ser formado por material inorgânico e/ou orgânico. O esqueleto orgânico é constituído de espongina ou colágeno em forma de fibras anastomosadas. O esqueleto inorgânico pode ser espicular e não espicular. O esqueleto espicular pode ser constituído por calcita, aragonita ou sílica. As espículas são distinguidas em função do seu tamanho. Microscleras (1 μm ou menor) e megascleras (100 μm a 300 μm). Generalidades Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Três tipos fundamentais de arquitetura de esponjas podem ser reconhecidos tanto nas formas fósseis como nas atuais: ascon, sycon e leucon (rhagon). a) O tipo ascon. Caracteriza-se por sua forma tubular de paredes muito finas com inúmeros poros, e alturas não excedem os 10 cm. b) O tipo sycon. Agrupamento de unidades do tipo ascon em torno de um canal axial exalante. De paredes mais espessas que são atravessadas por canais dispostos radialmente. c) O tipo Leucon. Constituem 98% das formas fósseis e modernas. Caracterizada por paredes espessas, denso mesênquima e sistema complexo de canais ramificados com numerosas e pequenas câmeras com coanocitos. Morfologia Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS http://www.portalsaofrancisco.com.br www.trentas.sites.uol.com.br (Poríferos atuais) PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Classificadas em quatro tipos em função dos seus eixos e raios. 1. Monoaxônicas. Calcária ou silicosa que apresentam um único eixo. Podem ser monoactinais ou diactinais. 2. Triaxônicas. Calcária ou silicosa que apresentam três eixos. Podem ser triactinal, hexactinal, e formas derivadas como a pentactinal e stauractinal. 3. Tetraxônicas. Calcária ou silicosa que apresentam quatro eixos. Podem ser tetractinais ou octatinais. Estas últimas se caracterizam por 6 dos seus raios estarem no mesmo plano. 4. Poliaxônicas. Silicosa que apresenta vários eixos divergindo de um ponto comum. Podem ser esferoactinal ou poliactinal. Classificação das espículas Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS a) Lissacina. De malha irregular e frágil, é formado pela justaposição dos eixos das espículas podendo formar um esqueleto rígido. b) Dictionima. Rede de retículo cúbico regular tridimensional, formada pela fusão de raios hexactinais. c) Lichniscosa. Similar à dictionina, porem com o centro de espícula vazado por aberturas diagonalmente orientadas. Tipos de redes esqueletais Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Diactinal Monoactinal Demos Esferoactinal Poliactinal Desmos Tetractinal Octactinal Triactinal Hexactinal Pentactinal EstauroactinalM e g a s c le ra s Microscleras PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS A Classificação está baseada na utilização dos critérios de estrutura e grau de fusão dos elementos esqueléticos. Neste grupo estão incluídas cinco classes: Hexactinellida, Demospongia, Calcária, Sclerospongia e Strematoporata. CLASSIFICAÇÃO Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Dotados de esqueleto constituído por espículas silicosas, basicamente hexactinal. Atualmente é restrita a profundidades maiores que 200 m, no passado foi comum, de ambiente de águas rasas, representando o principal elemento construtor de recifes. Duas subclasses são identificadas: Hexasterophora (hexáster) e Amphidiscophora (anfidisco). A Subclasse Hexasterofora apresenta três grupos associados: O 1º com esqueleto lissacino, presente desde o Cambriano Inferior predominando no Paleozóico. O 2º com esqueleto dictionino que fez a sua aparição no devoniano sendo representativo do Mesozóico. O 3º com esqueleto lichniscosa como datum de aparecimento no Triássico. Classe Hexactinellida (Cambriano - recente) Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Classe originada no paleozóico, foi um importante construtor de recifes no passado, sendo hoje pouco representativo. Esta classe inclui a maioria das esponjas modernas, características de ambiente marinho. Classe Demospongia (Cambriano - recente) Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Característica de ambiente marinho, habitando em águas tropicais rasas incrustadas em substrato duro. Estrutura esquelética constituída por aragonita e/ou calcita representadas por espículas e/ou paredes porosas não espiculares. Classe Calcária (Cambriano - recente) PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Três grandes ordens de esponjas calcárias podem ser distinguidas: 1) Ordem Heteractina. Mais antigo e extinto grupo. Caracteriza-se por espículas predominantemente octactinais. Representando as colônias do Cambriano, Siluriano e Carbonífero. 2) Ordem Phaterotronida. Com datum de aparecimento no Paleozóico. Apresenta espículas triactinais e monoactinais unidas a uma sólida matriz calcária não espicular. 3) Ordem Sphinctozoa. Esqueleto usualmente poroso não espicular. Presentes no registro geológico desde o Paleozóico, representando um importante elemento construtor no Permiano e triássico. Classe Calcária (Cambriano - recente) PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Característica por apresentar espículas silicosas monoaxônicas, fibra de espongina e um esqueleto basal maciço não espicular calcário. Organismos exclusivamente marinhos. Seuhabitat está limitado ao Caribe e região Indo-Pacífica tropical. Considerada como espécie relíctica de organismos de águas rasas. Provavelmente importantes construtores de recifes no passado. Classe Sclerospongia (Ordoviciano- recente) PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Organismos caracterizados por esqueleto calcário. Constituídos internamente por elementos transversais paralelos ao substrato (lamelas), e elementos verticais perpendiculares à laminação (pilares). A superfície externa pode ser lisa, e apresenta protuberâncias (mamelones) e sulcos radiais (astrorrizas) em padrão estrelado em torno do ósculo. Importantes organismos construtores do Paleozóico e Mesozóico. Classe Stromatoporata (Cambriano? - recente?) PORÍFERA OU ESPONJIÁRIOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Longa história geológica. O Filo tem mostrado conservadorismo em algumas características, principalmente nas espículas. Estratigraficamente possuem uma distribuição muito ampla desde o Paleozóico até o recente, sendo Cretáceo o seu período de esplendor. Distribuição estratigráfica Importante fonte de sílica biogênica. Permitem evidenciar 6 grandes eventos bioconstrutores de caráter global em intervalos de aproximadamente 70 a 100 Ma. (Eocambriano, Eoordoviviano, Neo-siluriano, Eocarbonífero, Neopermiano e Neojurásico). Aplicação FILO CNIDÁRIOS Generalidades Morfologia Classificação Classe Protomedusae Classe Hydroconozoa Classe Hydrozoa Classe Scyphozoa Classe Anthozoa Distribuição estratigráfica Aplicações CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Organismos definidos como os metazoários mais simples do mundo animal. Estritamente de ambiente marinho, incluindo-se como seus representantes atuais as águas vivas e as anêmonas (sem partes mineralizadas), e os corais formadores de estruturas recifais (esqueleto mineralizado). Tem-se dois tipos de formas. As sésseis (pólipos) e livres natantes (medusas). As formas polipóides podem ocorrer de forma isolada ou formando colônias, fixas ao substrato por sua base e com uma abertura (boca) disposta para sua porção superior. GENERALIDADES CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Ampla distribuição geográfica, sendo muito comuns em águas quentes e rasas, podendo algumas formas serem encontradas em profundidades superiores a 6.000 m e com temperaturas próximo a 0ºC. Os representantes mais antigos do grupo, principalmente medusas datam do Pré-Cambriano Superior (Ediacariano). Os Cnidários portadores de esqueleto calcário constituem-se nos fósseis mais importantes, sendo comuns nas rochas sedimentares do Ordoviciano ao Holoceno. GENERALIDADES CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Estrutura de corpo organizada em duas camadas. Ectoderme e endoderme (gastroderme) sendo por isso denominados de organismos diploblásticos. Possuem cavidade central denominada de celenteron que se apresenta dividida em partições radiais denominadas mesentérios que auxilia na digestão e absorção do alimento. Dispõe de uma coroa de tentáculos retráteis ao seu redor, portadores de células especializadas denominadas de cnidoblastos ou nematocistos. Apresentam simetria radial. MORFOLOGIA CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. A reprodução pode ser sexuada ou assexuada. As gametas ao se fusionarem originam a larva (plânula), que após permanecer por algum tempo como parte integrante do plâncton se fixa no substrato e desenvolve- se um pólipo. MORFOLOGIA São encontradas cinco classes representativas no registro geológico. Protomedusae, Hidroconozoa, Hydrozoa, Scyphozoa e Anthozoa. CLASSIFICAÇÃO CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS www.portalsaofrancisco.com.br (medusa) www.phoenix.org.br (Morfologia) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS www.profmarcosbio.hpg.ig.com.br(Reprodução) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Considerada por alguns pesquisadores como icnofósseis. Existem controvérsias enquanto a sua origem. Interpretada como fósseis corporais de medusas. Classificados dentro do gênero Brooksella. Classe Protomedusae (Neoproterozóico – Ordoviciano) Organismos solitários e fixos, dotados de esqueleto externo. Controvérsias enquanto a sua origem, Cnidários? Classe Hydroconozoa (Cambriano Inferior) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Organismos de desenvolvimento isolado ou Colonial Reprodução sexuada ou assexsuada. Umas formas coloniais podem apresentar estrutura exoesquelética quitinosa, enquanto outras de calcários maciços. Podem estar presentes tanto em ambientes de água doce como em marinho. Pobre representação no registro fossilífero. 6 ordens são identificadas: Hydroida, Trachynilida, Siphonophorida, Spongiomorphida, Milleporiana e Stylasterina. Classe Hydrozoa (Neoproterozóico – Recente) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Fase medusa é predominante. Reprodução assexuada Exclusivamente de habitat marinho planctônico ou bentônico fixo. Apresentam duas subclasses de cifozoários: Scyphomedusae e Corumbellata. A subclasse Scyphomedusae. são formas livres natantes, sendo raras como fósseis. São conhecidas impressões que datam do Jurássico. Destacam-se duas ordens com esqueleto quitinoso: Conchopeltida e Conulárida. Classe Scyphozoa (Neoproterozóico – Recente) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. A subclasse Corumbellata. Organismos de aspecto pinulado, portadores de periderme provavelmente quitinosa, cuja região basal é formada por anéis isolados. São representados por uma única espécie Corumbella werneri. Classe Scyphozoa (Neoproterozóico – Recente) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Predominância da fase pólipo. Organismos solitários ou coloniais de hábito bentônico séssil e exclusivamente marinho. Em sua estrutura os pólipos revelam um stomodaeum ou faringe. Apresentam simetria bilateral no desenvolvimento e arranjo dos mesentérios e organização do esqueleto, embora possuam um arranjo radial aparente. Apesar de agrupados em três subclasses, Cerianpatharia, Octocorallia e zoantharia; esta última é motivo de maior atenção em virtude da sua representação no registro fossilífero. Classe Anthozoa (Neoproterozóico – Recente) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Subclasse Zoantharia (Cambriano – recente). Incluem a maioria dos corais. Está representada pelas ordens Tabulata e Rugosa (Paleozóico), e Seleractinia (Mesozóico – Cenozóico). Apresentam esqueleto de origem ectodérmica, formado por diferentes elementos estruturais. Septos (placas verticais dispostas radialmente), tabulae (elementos de disposição transversal ou horizontal), columela (estrutura axial central), epiteca (parede). Classe Anthozoa (Neoproterozóico – Recente) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. Subclasse Zoantharia (Cambriano – recente). Classificação A disposição dos mesentérios e septos têm importante caráter taxonômico, permitindo a divisão nas ordens, Zoanthiniaria, Corallimorpharia, Actiniaria, Cothoniida, Tabulata, Heliolitida, Rugosa, Heterocorália e Seleractinia. Classe Anthozoa (Neoproterozóico – Recente) CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Fonte: Whitten e Brooks. 1980. Dicionário de Geología http://www.nucleodeaprendizagem.com.brCNIDÁRIOS OU CELENTERADOS Os Cnidários mais antigos correspondem às impressões de formas medusóides atribuídas aos hidrozoários, cifozoários e protomedusas, bem como de forma polipóides atribuídas aos antozoários presentes na fauna de Ediacara de idade pré-cambriana superior. Os corais no Ordoviciano Médio começaram a se tornar comuns, sendo neste período que se deu a separação dos grupos importantes de corais do Paleozóico, sendo as ordens Rugosa, Tabulata e Heliolitida as que atingiram o máximo durante o devoniano. Os heliolitídeos desapareceram no devoniano, mas, rugosos e tabulares permaneceram até o Permiano. Distribuição estratigráfica Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia. CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS As formas calcárias são importantes como formadoras de rochas. Tem sido utilizados na falta de fósseis de curta distribuição geológica, principalmente no Carbonífero. Aplicações Fonte: Carvalho, I. De S. 2.000. Paleontologia.
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