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Foraminíferos Foraminifera (anteriormente Thalamophora) protozoários rizópodes, unicelulares, citoplasma emite pseudópodes finos, ramificados e pegajosos. Dotados de uma carapaça ou teca, de constituição calcária, quitinosa ou de partículas aglutinadas do meio, com uma ou mais câmaras, com uma ou várias aberturas. São, na maior parte, marinhos bentônicos, alguns são planctônicos. Tamanhos na grande maioria menores que 1mm, variando de 50μ-19cm. ( TEMPERATURA - Muito tolerantes às variações de temperatura, habitando desde regiões tropicais até as polares. SALINIDADE - Presentes em águas com salinidade variável, desde águas doces até condições hipersalinas de 90o/ oo . Entretanto, os de águas doces são muito raros. Os planctônicos somente sobrevivem em salinidade normal 30-40o/ oo . PROFUNDIDADE - Encontrados desde zonas bem rasas até 10.000 metros de profundidade. A maioria dos carbonáticos não vive abaixo de 3.000 metros pela solubilidade do CaCO³ que aumenta com a profundidade. A proporção relativa de espécies planctônicas e bentônicas varia de acordo com a profundidade, tendo as águas muito rasas 0% de planctônicos e as águas abaixo de 1.000 metros, 100% de planctônicos. OXIGÊNIO - Vivem em águas bem oxigenadas, mas podem sobreviver em condições de baixa oxigenação. SUBSTRATO - Influência difícil de ser definida, os aglutinantes preferem substratos arenosos. TURBULÊNCIA - Maioria adaptada a condições de baixa turbulência. )A concha é secretada pelo organismo sendo calcária calcítica ou aragonítica, ou pode ser aglutinada, isto é, grãos de areia ou outro material que“grudam” na parte orgânica ( Foraminíferos Bentônicos todos os nichos marinhos Cambriano-Recente informação biostratigráfica pobre, paleoecológica boa Vivem junto ao substrato, na interface água sedimento, ou enterrados nas camadas mais superficiais do substrato. Fixos, com movimentos próprios inexpressivos, sua presença é controlada pelas condicionantes ecológicas do meio ambiente, possuindo forte caráter endêmico, ou seja, caracterizam-se por habitar uma determinada região ou ambiente. A distribuição geográfica dos Foraminíferos Bentônicos está diretamente associada a uma gama de Fatores Ecológicos, Sedimentológicos e Parâmetros Oceanográficos. ) ( TEXTULARÍDEOS são foraminíferos aglutinantes, com testa formada por grãos de areia, mica, fragmentos de diatomáceas, etc. ORBITOLINAS: são foraminíferos aglutinantes considerados “foraminíferos grandes” -Faunas aglutinantes podem ser significativas para áreas profundas (interior complexo). Bathysiphon aglutinans Triássico -R ; Ammobaculites spp . Carbonífero-R ; Ammodiscus spp . Siluriano-R ; Textularia herlandi Paleoceno -R Cambriano – registro mais antigo (uniloculares) Final do Cambriano – Surgem os pluriloculares Cambriano-ordoviciano : Bathysphon , Hiperammina , Rhabdammina , Saccammina . Silurianos – surgem os enrolados Cretáceo inf – Holoceno : Orbitolina gênero mais conhecido Cretácio : surgem aglutinantes grandes ) Aglutinantes: Calcárias Microgranulares: ( FUSULINIDEOS pequenos grânulos subesféricos ordenados irregularmente, compactos . Surgem no Ordoviciano /Siluriano Expansão no Siluriano. Carbonifero : Domínio Endothyracea e Fulinaceae Fusulinacea – Extinção no Permiano Endothyracea –Devoniano com teca espiralada. Extinção no Triassico ) Calcários porcelanáceos: ( MILIOLINA diminutos cristais de calcita dispostos desordenadamente em uma camada mediana . Final do Devoniano – primeiros porcelanáceos - Miliolídeos são características de Plataforma Interna . C-R Se diversificam no paleozoico Cretáceo Sup. Surgem porcelanáceos grandes ) . Calcárias Hialinas: ( UVIGERINA e BOLIVINA grandes bentônicos , diminutos cristais de calcita dispostos com seus eixos maiores perpendiculares à superfície da testa. Parede translúcida e transparente Triassico : Dominam Nodosarideas e Buliminaceae NODOSARIACEA: Dentalina SSP . J-R; Marginulina J-R; Frondicularia spp . J-R; Lenticulina spp . Triássico -R; Nodosaria spp . K-R; Neoflabelina spp . e Lagena spp Turoniano-Daniano ; BULIMINACEAE: Bolivina lowmani Maastrichtiano-Holoceno ; Bolovina pulchella Maastrichtiano-Holoceno ; Uvigerina spp Eoceno-Holoceno ; Bolivinoides spp Santoniano-Paleoceno ; Bulimina spicata Paleoceno-Holoceno ; Nummulites – Surgem no Paleógeno - grandes ) ( Foraminíferos Planctônicos oceano aberto, preferem as águas quentes Eo-Jurássico-Recente informação bioestratigráfica e paleoclimática boa Neocretáceo são registrados em todo o mundo Néogeno : a partir do Mioceno muito similares às formas atuais. - ALTO POTENCIAL DE PRESERVAÇÃO NO REGISTRO GEOLÓGICO -ABUNDÂNCIA -RÁPIDA TAXA DE EVOLUÇÃO -AMPLA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Indices do Cretáceo: ) Plantônicos: ( Correlação da razão P/ B com batimetria , de forma generalizada · Zonas transicionais –bentônicos 100% · Zona de plataforma interna –raros planctônicos · Zona plataforma intermediária (20-100m) –planctônicos 10% ·Zonas de plataforma externa (100-200m) –planctônicos +/- 50% · Zonas talude superior (200-500m) –mais que 50% planctônicos · Zonas talude inferior e abissal (>500m) –predomínio dos planctônicos ) ( Preferências de diferentes espécies de foraminiferos dão boas informações sobre os paleoambientes e suas temperaturas nos mares do passado... Neogloboquadrina pachyderma : espécie com duas variedades com diferentes direções de enrolamento. A levógira corresponde ao único foraminífero planctônico que prefere aguas polares e perfaz 100% nas amostras desta região. (Quando se registram em amostras de regiões temperadas indicam esfriamento das águas). As de enrolamento dextrógiro se tornam progressivamente mais numerosas em zonas transicionais e temperadas. Globigerina quinqueloba : prefere águas com pequena mudança sazonal de salinidade e temperatura. Globigerina bulloides : comum nas zonas centrais de ressurgências associadas a aguas frias de baixa salinidade e alta produtividade biológica. Globorotalia inflata : espécie mais comum em aguas transicionais entre as regiões subpolares e subtropicais. Menos abundante em condições hipersalinas Globigerinita glutinata : ocorre nas zonas marginais de ressurgências , pois se alimenta de diatomáceas que proliferam nestes eventos. ) ( PARÂMETROS BIÓTICOS: 1 ) Diversidade Faunistica ; 2) Dominância Faunistica ; 3) Razão entre Plantônicos e Bentônicos; 4 ) Relação entre sub-ordens ; PARÂMETROS ABIÓTICOS : 1 ) Temperatura e Adaptação; 2) Profundidade; 3) Zona de Luz Fótica; 4) Salinidade; 5) pH; 6 ) Oxigênio; ) ( A Profundidade de Compensação do Carbonato de Cálcio (CCD) é determinada profundidade nos oceanos (4000-5000 m), que afeta a deposição de vasas carbonáticas . Acima da CCD (águas mais rasas que 4,000-5,000 m), a água é mais quente e ocorre a precipitação de CACO3 . O plancton carbonático pode ser encontrado na coluna de água e no solo oceanico . Os sedimentos de fundo podem ser carbonáticos . Abaixo da CCD (abaixo de 4,000-5,000 m), a água é mais fria, o CACO3 tende a se dissolver . A dissolução ocorre porque as águas frias aprisionam mais dióxido de carbono em solução, o que aumenta sua acidez. As conchas finas de CACO3 se dissolvem, e não se acumulam no fundo. Os sedimentos presentes são então argila e conchas silicosas de planctônicos como diatomáceas e radiolários. Na CCD- precipitaçãon de CACO3 = dissolução de CACO3 ) ( Os Planctônicos, desde o seu aparecimento no Cretáceo e durante toda Era Cenozóica : -acelerados ritmos evolutivos -curta duração temporal -ampla distribuição geográfica Os planctônicos são utilizados no estabelecimento de zoneamentos: -permitindo o reconhecimento de andares no Cretáceo e Cenozóico , -datações e correlações locais /intercontinentais de camadasgeológicas ( Cronoestratigrafia ). E também para: -a determinação de níveis do mar ( Paleogeografia ), -reconhecimento de períodos quentes ou frios ( Paleoclimatologia ), -ciclos transgressivos - regressivos e paleocorrentes ( Paleoceanografia ) -guias na reconstituição de paleoambientes ( Paleoecologia ) ) Cianobactérias: Cianobactérias mais antigas conhecidas: Grupo Warawoona Austrália 3,46 b. a. Estromatólitos são resultantes de vida primitiva registrada na Terra . Bioconstruções com mais de 60cm de altura, formadas por organismos unicelulares, CIANOBACTÉRIAS, em processo contínuo até os dias de hoje. ( 1-Aglutinação adesão preferencial de partículas tamanho silte /argila na superfície pegajosa dos filamentos microbiais. Eventualmente grãos maiores são incorporados aleatoriamente. O crescimento vertical confere o aspecto laminado. 2- Biomineralização por um processo bioquímico o carbonato de cálcio é precipitado dentro do organismo. Muitas formas esferulíticas e arborescentes são originadas por esse processo. 3- Mineralização o carbonato de cálcio precipita sobre o organismo por uma queda na pressão parcial de CO2. Esse processo ocorre em travertinos e estromatólitos terrestres onde a alta evaporação das fontes termais favorece o processo. ) •CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS •-grande tolerância à salinidade muito alta a muito baixa •-grande tolerância à variações de temperatura de regiões interglaciais a fontes hidrotermais. •Mais comuns em aguas marinhas temperadas a quentes. •Ex: Deinococcus radiodurans que sobrevive à ionização e habita a agua do núcleo de reatores nucleares. •- intermarés a submarés: •as bioconstruções atuais estão na intermarés •MINERALOGIA: calcita + componentes detríticos carbonáticos ou siliciclásticos. •FEIÇÕES MORFOLÓGICAS •-depósitos sem morfologia claramente definida. •Os organismos, quando preservados, são filamentos ou corpos esféricos calcificados. •-formas dômicas, planas, com laminações (Estromatólitos), •-formas grumosas (Trombolitos) (as morfologias variam com a profundidade e energia do ambiente) •-bioconstruções centimétricas a métricas, •- laminações são milimétricas a centimétricas •Alguns calcimicróbios formam Oncóides ou aglomerados e incrustações localizadas. ESTROMATÓLITOS: Depósitos microbiais bentônicos laminados ESTROMATÓLITOS AGLUTINADOS – produzidos por aglutinação de partículas sedimentares. Granulometria fina =laminação bem definida. Granulometria grossa = laminação mal definida. ESTROMATÓLITOS ESQUELETAIS – aqueles nos quais os organismos responsáveis pela sua formação estão preservados como fósseis (ex. Girvanella, Ortonella, Epiphyton, Renalcis). ESTROMATÓLITO TUFA – não marinhos, produzidos pela precipitação de minerais sobre o tecido orgânico (não ocorre dentro do tecido). ESTROMATÓLITOS TERRESTRES – calcretes e caliches laminados formados por ação microbial em ambiente subaéreo. ( • TRAVERTINOS – depósitos carbonáticos laminados precipitados a partir de fontes de águas termais por intervenção de bactérias. • TUFA MOUNDS, PINÁCULOS E TORRES – originados em lagos alcalinos por fontes de águas ricas em CaCO³ . • CALCRETES – solos carbonáticos com participação microbial. • GRÃOS ENVELOPADOS – Oncolitos . • DEPÓSITOS INTERGRANULARES E DIAGENÉTICOS “WITHINGS ” ) ( DENDROLITO - Microbiolito com fábrica macroscópica centimétrica dendrítica , formada por cianobactérias esqueltais . LEIOLITO (do grego leios =uniforme, lito =rocha ) microbiolito sem estrutura, afanítico , macrofábrica sem laminação, sem grumos ou arborescência . ) TROMBOLITOS: Depósitos microbiais bentônicos macroscopicamente grumosos. ·TROMBOLITOS CALCIFICADOS - produzidos provavelmente por cianobactérias. ·TROMBOLITOS AGLUTINADOS GROSSEIROS-produzidos por aglutinação de material grosseiro (oólitos, bioclastos). São mais comuns no Terciário/Recente. ·TROMBOLITOS ARBORESCENTES - associados com fábricas dendríticas decimétricas. ·TROMBOLITO TUFA –não marinhos, formados por intensa incrustação sobre as superfícies orgânicas. Representam um grau de calcificação maior que dos estromatólitos. .TROMBOLITOS PÓS-DEPOSICIONAIS - macrofábrica grumosa produzida ou aumentada por processos diagenéticos e/ou bioturbação. Nanofósseis: Algas Cocolitoforídeas - Nanofósseis calcários Fósseis carbonáticos com dimensões inferiores a 50 μm (1 μm = 1 milésimo de mm); Cocolitos: dois tipos distinguíveis pela morfologia e comportamento ao microscópio ótico Holococolitos Os cristais constituintes são idênticos em tamanho e forma, diminutos(< 0.1μm) menores que os cristais dos heterococolitos, Menos comuns que os heterococolitos no registro fóssil, provavelmente se desintegrem mais facilmente Heterococolitos Cocolitos constituidos de cristais de diferentes tamanhos e formas, geralmente dispostos em ciclos com simetria radial ( Associações do Cretáceo: -mais diversas - nanofósseis maiores que os do Terciário -formas cúbicas, ex. Micula Associações do Terciário -discoidais, -achatadas, cilíndricas e em forma de“ roseta ”, ex. Discoaster , - menores que os nanofósseis do K ) ( Distribuição dos Cocolitoforídeos no tempo geológico: -Grupo mais abundante de fósseis calcários- -Surgiram no Triássico , inicialmente restritos a regiões de baixa latitude -No Jurássico são considerados provinciais -Cretáceo (K): os cocolitoforídeos foram cosmopolitas, abundantes em águas costeiras e oceânicas, equatoriais e polares. -Final do K: grande evento de extinção em massa – a maioria das espécies desaparece. -Diversificação no Cenozóico , dominam as águas oceânicas, temperadas e tropicais, porém com menor diversidade que no Mesozóico . - pricipais responsáveis pela formação de carbonatos pelágicos -A maioria vive em águas quentes, estratificadas e pobres em nutrientes. ) OS NANOFÓSSEIS SÃO FERRAMENTA FUNDAMENTAL NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO! Rápida diversificação biológica permite indicar rochas geradoras e armazenadoras de PETRÓLEO -> que devido aos deslocamentos das camadas sedimentares podem não estar distribuídas de modo uniforme -> determinar o local e a profundidade de perfuração, assim como a extensão do reservatório petrolífero. ( Aplicações bioestratigráficas no Triássico /Jurássico : Biozoneamentos de sistemas mesocenozóicos em sua maioria referem-se a porção noroeste da Europa onde os depósitos pré-cretáceos são mais comuns. ) ( Cretáceo • Pesquisas bioestratigráficas do sistema Cretáceo são mais numerosas; • Abundância de registro permite o estabelecimento de correlações com outros grupos fósseis e associação com eventos. ) ( Cenozóico • É no Cenozóico que a bioestratigrafia com base em nanofósseis é mais desenvolvida; • Além das seções aflorantes , as inúmeras perfurações do ODP/DSDP permitiram o reconhecimento de biohorizontes úteis na proposição de zoneamentos. ) ( BIOGEOGRAFIA E ECOLOGIA • Ocorrem em todos os oceanos; • Habitam principalmente a zona fótica, entre 0 e 200 metros de profundidade; • São organismos oligotróficos concentrando-se em águas bem estratificadas, • com baixo teor de nutrientes; ) ( “Mudanças ambientais alteram a distribuição biogeográfica das espécies” McIntyre (1967) demonstrou que Cocolithus pelagicus expandiu sua distribuição na direção equatorial no LGM enquanto espécies tropicais, como C. leptoporus e H. carteri , tiveram sua distribuição reduzida para bem mais próximo ao equador. A abundância relativa dessas 2 espécies reflete os ciclos glaciais durante o Quaternário. ) ( Distribuição Latitudinal dos Cocolitoforídeos Maior diversidade nos giros oceânicos subtropicais. Menor diversidade nas águas temperadas e águas costeiras. Poucas espécies em águas subpolares, porém a abundância é alta, compondo uma grande parcela da comunidade fitoplanctônica . - McIntyre & Bé (1967) distinguiram 5 assembléias diferentes no Oceano Atlântico: 1 ) Tropical 2)Subtropical3)Transicional 4)Subártica 5)Subantártica ) OSTRACODES: 1)Ostracoda (palavra derivada do grego Ostrakon= Concha) 2.Corpo lateralmente comprimido, recoberto por cutícula , secretada pela epiderme e envolvido por carapaça calcária bivalve . As duas valvas são articuladas por estrutura denominada charneira, localizada na região dorsal. 3.A carapaça calcária apresenta sucessivas “mudas ou ecdises”, que permitem seu crescimento até a maturidade. 4.Forma oval, de rim ou de feijão. 5.Tamanho pequeno, entre 0,5 e 1 mm. 6. São crustáceos de dimensões microscópicas , conchas (carapaças) bivalves, em geral bem calcificadas; atingem mais de 2 mm, na maioria das espécies o adulto tem menos de 1 mm (formas intersticiais podem ter apenas 0,2 mm); o maior ostracode vivente é uma forma pelágica, Gigantocypris, que atinge 32 mm na vida adulta, enquanto no registro fóssil Leperditia pode atingir 80 mm; 7.Surgiram no Eopaleozóico e sofreram rápida irradiação adaptativa apresentando mais de 65.000 espécies (fósseis e recentes), estima-se que devido às sinonímias o número real caia pela metade; 8. Habitam todos os ambientes aquáticos, até mesmo semi- terrestres; 9. A maioria é bentônica e de vida livre. 10. Em geociências são utilizados em interpretações de paleoeoambientes, variações do nível do mar, paleoceanografia e bioestratigrafia de bacias não-marinhas. ( Apêndices e Funções Antenulas – para nadar, cavar, como orgãos sensoriais químicos e tácteis. Antenas - para nadar, cavar, como orgãos sensoriais químicos e tácteis, copular, alimentar movimentando comida para boca . Mandibulas – alimentar trazendo comida à boca e mastigar. Maxilas – alimentação e respiração. Quinto par de membros – alimentação, copular, caminhar. Sexto par de membros– caminhar. Sétimo par de membros – limpeza, caminhar, escalar. Ramo Caudal - (ausente ou reduzido em alguns grupos ) locomoção, copulação em alguns grupos. ) ( FEIÇÕES TÁCTEIS (noção do ambiente): -- Setae (de poro canais e poro canais marginais) -- Olhos (próximo do spot ocular/ tubérculo ocular, especialmente nas formas de aguas rasas porque as formas de profundidade são cegas). ORNAMENTAÇÃO: A superfície externa das valvas dos ostracodes pode ser lisa ou ornamentada por pontuações, estrias, reticulações , espinhos, sulcos tubérculos, alae . ) ( ARTICULAÇÃO= CHARNEIRA, DUPLICADURA, MÚSCULOS ADUTORES, LIGAMENTO 1. Ligamento ( material quitinoso, não fossiliza). 2. Charneira (dentes, alvéolos, barras e sulcos). - Adonte - Merodonte - Entomodonte - Amphidonte 3. Músculos adutores deixam cicatrizes dentro da valva. 4. Barras na Duplicadura ) TIPOS DE CHARNEIRA ( Dimorfismo Sexual: Fêmea( topo) e macho. A concha do macho em geral é maior do que a da fêmea . ) Impressões musculares adutoras em superfamílias da Subclasse Podocopa ( 1 ) Platycopida pós-Paleozóico : duas filas verticais, cada com 5-9 cicatrizes, mais 1 no topo e 1 na base. 2 ) Darwinuloidea : típica em forma de roseta fechada, com 5-10 cicatrizes radialmente dispostas. 3 ) Macrocypridoidea : grupo “frouxo” de 9 cicatrizes, com mais 3 acima. 4 ) Cypridoidea : o grupo básico tem forma de “pata”, com 3 frontais e 1 posterior; pode ocorrer subdivisão e o número ficar maior. 5 ) Cytheroidea : fila vertical de 4 ou 5 cicatrizes adutoras. Cicatriz frontal sempre presente, podendo ser em forma de V, U, arredondada ou subdividida. 6 ) Terrestricytheroidea : 5 adutoras em fila vertical típica; frontal presente. ] 7 ) Sigillioidea : grupo arredondado e “fechado” de 20-30 cicatrizes. 8 ) Pontocypridoidea : grupo básico em foram de “pata”, num total de 5 cicatrizes: 3 anteriores em fila +- arqueada e 2 posteriores em fila vertical. 9 ) Bairdioidea : grupo de 7 a 12 cicatrizes dispostas em roseta “frouxa” ou em radial. Mas há exceções (ex. Bythocyprididae e Pussellidae ). 10) Puncioidea : 1 cicatriz central circundada ventralmente por outras 5 radialmente dispostas. ) Ambientes em que vivem: •Bentônicos, os microcrustáceos são sensíveis a variações físico-químicas do meio aquoso, sendo EXCELENTES INDICADORES PALEOAMBIENTAIS. •Estudos sedimentológicos e bioestratigráficos integrados, em sedimentos flúvio-deltaicos e lacustres do Cretáceo Inferior da bacia de Sergipe-Alagoas, são exemplos do controle faciológico exercido sobre a distribuição dos ostracodes. •Encontrados em ambientes aquáticos de água doce, salobra (rios, lagos, lagunas, etc.) até marinhos (raso a profundo). •Alguns estão adaptados a uma vida semi-terrestre, em solos úmidos e na água retida em bromélias. •A maioria é detritívora, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição ( Variáveis Ecológicas 1. Tipo de substrato: - Os nactantes são lisos, finos , carapaça com forma de feijão. - Os que se enterram em lama fina têm a porção ventral plana e a carapaça em forma de asa. - Os que se enterram em areia grossa têm carapaça grossa com ornamentação pesada. - Os intersticiais são pequenos e alongados. 2. Salinidade: - Ocorrem em agua doce (0.0-0.5‰) de rios e de estuários, - Agua salobra (0.5-30‰) de lagunas e pântanos, - Aguas salgadas normais (35-45‰) - Aguas hipersalgadas (mais de 57‰) de mares fechados, lagos, lagunas e baías marginais. 3. Profundidade: Formas pelágicas são mais numerosas com o aumento da profundidade, enquanto formas bentônicas mostram maior diversidade em aguas rasas. Psicosféricos ocorrem ao redor de 500 m de profundidade. Termosféricos são restritos a profundidades da zona fótica (0.0-150 m). 4. Temperatura: A temperatura latitudinal controla as formas de aguas rasas. Nas regiões tropicais, as faunas são mais abundantes e diversas do que em latitudes maiores. ) Divididos em dois grupos principais: Psicosféricos, ostracodes (batiais e abissais) aguas frias e profundas 500 m, temperatura de 4 a 6° C. Grandes > 1 mm – cegos ( sem tubérculos oculares ). Ornamentação é densa. Termosféricos Aguas rasas ( > 10° C) Pequenos Olhos presentes Maior diversidade do que os psicosféricos OSTRACODES E O TEMPO GEOLÓGICO •Primeiros registros no Ordoviciano. •Alusões a Ostracodes do Cambriano, parecem referir-se aos Bradorina, crustáceos primitivos, "primos" dos Ostracodes e dos Brachiopoda. •No Siluriano surgem as formas mixohalinas e no Devoniano inferior, apareceram muitos gêneros novos. •No Triássico são pouco conhecidos (como ocorre em quase todos os outros grupos de invertebrados). •No Jurássico e Cretáceo surgiram novos gêneros (uns restritos a estes períodos e outros que viveram até o Terciário). Estes períodos tem grande importância no estudo dos Ostracodes não marinhos, para correlações a grandes distâncias. •No Terciário muitas formas Mesozóicas se extinguem e surgem novas no Mioceno se restringindo a este período. •Os Ostracodes têm algum interesse estratigráfico com espécies de evolução morfológica rápida que caracterizam andares particularmente no Cretáceo inferior. ( OSTRACODES E SUAS APLICAÇÕES : • A aplicação do grupo no estudo de bacias sedimentares tem se baseado em seu uso bioestratigráfico, particularmente útil em seções nas quais não ocorrem microfósseis calcários pelágicos. • Em bacias brasileiras, os ostracodes são utilizados no zoneamento de seções não-marinhas . A bacia do Recôncavo, em especial, caracteriza-se pelo registro mais expressivo de ostracodes fósseis no Brasil, face à diversidade, abundância e preservação da microfauna. O conjunto de 11 biozonas e 26 subzonas que compõem o arcabouço biocronoestratigráfico do Neojurássico( ?)- Eocretáceo das bacias da margem continental fundamenta-se quase que essencialmente na distribuição estratigráfica dos ostracodes descritos nesta bacia. • Espécies são igualmente recuperadas de bacias da costa ocidental africana, em sucessão estratigráfica correlacionável àquela de sequencias brasileiras, constituindo uma das evidências do processo de deriva continental. ) Ostracode X Molusco •Ambos possuem uma concha bivalve, porém a conchados moluscos bivalves apresenta linhas de crescimento, pois ela vai crescendo conforme o organismo vai aumentando de tamanho. • Já os ostracodes para poderem crescer precisam trocar sua concha bivalve e por isso não apresentam as linhas de crescimento, crescem por “mudas”. ( Habitaram oceanos do Paleozóico e Triássico desaparecendo quando iniciou o fraturamento do supercontinente Pangea . Adaptaram-se muito bem aos ambientes do Paleozóico poucas rochas marinhas sem registro de conodontes ( € - Tr ). Evoluíram rapidamente importantes para correlação, determinação de idades relativas e identificação de estratos paleozóicos . Como exemplos podem ser citados 15 biozonas no Ordoviciano , 12 no Siluriano, 29 no Devoniano Superior , 22 no Triássico , total de 150 BIOZONAS(€ - Tr ) ultrapassando outros "clássicos" fósseis - índice paleozóicos como foraminíferos, trilobitas, graptolitos , cefalópodes... )CONODONTES: Conodonte : "cone" + “dentes" = dentes com forma de cone. • Peças microscópicas denticuladas (Elemento Conodonte) • composição química carbonato-fosfática • Registro geológico: Neoproterozóico ao Triássico tardio. • Modo de vida: Marinho, livre nactante. *Conodontes - primeiros vertebrados com vestígios de esqueleto. Aparelho alimentar mineralizado, função de dentes. Ausência de mandíbula e musculatura orofaríngea, limitam a força para partir alimentos - elementos (conodontes) são extraídos de qualquer tipo de rocha sedimentar marinha Depósitos marinhos, rochas carbonáticas e folhelhos escuros Associação faunística ( • Estruturas de Vertebrados: • Caracterizados por coluna vertebral • Vertebras ósseas ou cartilaginosas • Crânio – cérebro contido em cartilagem ou ossos • Maioria com endoesqueleto cartilaginoso ou ósseo • Complexo sistema nervoso • Primeiros conhecidos: conodontes )ELEMENTO CONODONTE: IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES Fósseis–guia Bioestratigrafia Indice de alteração de Cor (IAC) Exploração Hidrocarbonetos Paleoecologia Evolução: idade dos primeiros vertebrados ( Conodontes : Cordados primitivos com algumas estruturas de vertebrados • Elementos conodontes são fósseis muito comuns, conhecidos desde 1800, mas o corpo do organismo somente foi descrito em 1983. ) ( O Evento de Extinção do Triássico • Extinção ocorreu há cerca de 208 m. a. menos de 10.000 anos antes da Pangea começar a quebrar • Esta extinção atingiu profundamente a vida marinha e terrestre • 50% das espécies conhecidas foram extintas • Nos mares, 100% dos conodontes e 20% da fauna marinha desapareceu. Peças ) ESPOROMORFOS -Termo relativo aos esporos e grãos de pólen das plantas vasculares inferiores/sem sementes (briófitas e “pteridófitas”) e superiores/com sementes (gimnospermas e angiospermas) -Incluem os micrósporos, megásporos e grãos de pólen -Miósporos: esporos (micrósporos), pequenos megásporos e grãos de pólen Constituição da exina Esporopolenina: estrutura orgânica extremamente resistente – possivelmente a mais resistente encontrada naturalmente Composição: variável, entre C90 H134 O20 e C90 H142 O35 Também presente na parede de dinoflagelados e acritarcos Similar à quitina (fungos, escolecodontes, microforaminíferos) e celulose Função dos esporomorfos: proteção do conteúdo gametofítico da ressecação e ataque microbial e também facilitar a germinação Função da morfologia e constituição da exina: Proteção: extremamente estável ao ataque de enximas orgânicas e ácidos; protege o protoplasma de dissecações e abrasão mecânica; Elasticidade: a variação da umidade atmosférica causa variação do tamanho do protoplasma, o que requer que a exina seja elástica; Dispersão: favorece a dispersão aérea (tamanho, peso, grande volume de superfície, sacos aerodinâmicos) insetos e aves: projeções água: hidrodinâmica – flotação Facilitar a germinação: em condições suficientemente úmidas, ocorre a expansão da exina e saída do material gametofítico Relação do tipo de tétrade e marca monolete ou trilete Criptosporos Esporos desprovidos de marca trilete ou monolete, com ou sem áreas de contato Incluem tétrades permanentes, díades e mônades Morfologia comum em briófitas atuais Precurssores das plantas vasculares e hepáticas Sacados estriados: Final do Carbonífero / Início do Triássico Atribuídos às Coniferales e/ou Glossopteridales Inaperturados Sacos esféricos, simples, sem aberturas, do Triássico ao Recente Poliplicados Sacos esféricos a fusiformes, com costelas ou plicas Final do Carbonífero ao Recente Monosulcados Sacos esféricos a elipsoidias, com uma fenda/sulco, lisos a escabrados Permiano ao Recente Grupos das Magnoliidae (subclasse) 3% das formas viventes Lenhosas e herbáceas Lauráceas (louro), Magnoliáceas, anonáceas (graviola) Grãos de pólen monocolpados Grupo das Monocotyledones (Classe) Ca. 65.000 espécies viventes Gramíneas, poáceas, lírios, palmeiras Grãos de pólen monoporados, monocolpados ou monocolporados Grupos das Eudicotyledones (classe) 165 mil espécies Maior diversificação entre as angiospermas Árvores, arbustos como os ipês, quaresmeiras, mangueiras, macieiras, laranjeiras, goiabeiras, cactos, azaléias, maioria das ervas não lenhosas (ex. erva-doce, agrião, alface, margaridas). Grãos de pólen tricolpados, tricolporados, triporados, etc. Aberturas: afinamento ou “cavidade” na exina Poro: geralmente arredondados, isodiamétrico Colpo: sulco em forma de “barco”, com terminações agudas Cólporo: poro e colpo combinados na mesma abertura Poro-colpado (menos comum): colpos e poros se alternam ao redor do equador ACRITARCHA: ACANTHOMORFHITAE - vesículas esféricas a sub-esféricas processos isolados, simples ou ramificados. DIACROMORFHITAE - vesículas esferoidais a elipsoidais DINETROMORFHITAE - Corpo fusiforme a alongado, algumas vezes amplamente curvados, sem processos DISPHAEROMORPHITAE - vesículas esféricas a ovóides, sem processos HERKOMORPHITAE - Acritarcos de corpo esférico a elipsoidal, superfície subdividida por cristas NETROMORPHITAE - Formas elongadas ou fusiformes OOMORPHITAE - vesículas esferoidais a elipsoidais PLATYMORPHITAE - vesículas de contorno oval, circular ou triangular, sem processos POLYGONOMORPHITAE - formas poligonais PRISMATOMORPHITAE - vesículas prismáticas a poligonais PTEROMORPHITAE - vesículas esferoidais a elipsoidais ou poligonais, sem processos SPHAEROMORPHITAE - Morfologia esférica a elipsoidal, sem processos STEPHANOMORPHITAE - Corpo esférico a ovóide, com um apêndice em um dos polos, com processos tubulares de arranjo variado - À medida que se descobre a origem, o táxon deve ser retirado do Grupo Acritarcha e relocado de acordo com a classificação de sua categoria natural ( processos tectônicos durante a formação do Pangea irradiação das plantas terrestres no final do Devoniano alterações na disponibilidade de nutrientes nos oceanos ) ( Acritarcos : Ambiente, Ecologia -Aquáticos, representam o microplâcton marinho (atualmente: ocorrências continentais); -Abundância: aumenta proporcionalmente ao afastamento da linha de costa ( Staplin , 1961; Wall , 1965); -Ambientes costeiros: abundância do grupo dos Mycrhystridium ornamentação mais reduzida - Ambientes mais abertos, distais : ornamentação mais longa e incrementada abundância dos acanthomorfos e polygonomorfos Temperatura -Sem controle aparente , distribuição desde a faixa glacial/periglacial até a tropical ) ( Acritarcos : importância bioestratigráfica Alto potencial para zoneamentos bioestratigráficos, do Cambriano ao Devoniano Brasil: excelentes guias bioestratigráficos Ordoviciano na Ba cia do Solimões Siluriano nas bacias do Parnaíba e Amazonas ( Brito, 1965; Quadros, 1985, Cardoso, 2002) Devoniano nas bacias do Parnaíba, Amazonas e Paraná )
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