Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 1 ARTRITE REUMATOIDE (AR) - Doença autoimune inflamatória crônica caracterizada por sinovite periférica que, sem tratamento, evolui para erosões ósseas com deformidades irreversíveis. - Estima-se prevalência de 1% na população brasileira adulta, tendo pico de incidência entre 30-50 anos, acometendo 3x mais mulheres do que homens. Sinais e sintomas - Considerar quando artrite (edema articular com dor a palpação) com duração > 6 semanas, exceto se houver outro diagnóstico mais provável conforme outras características clínicas (exemplos: osteoartrite, gota e artrite psoriásica). - Apresentam tipicamente evolução insidiosa, porém alguns pacientes podem apresentar início rápido ou curso remitente (apresentação palindrômica). - A rigidez matinal costuma ter duração > 30 min, podendo ser a manifestação inicial da doença. - Outras manifestações sistêmicas como fadiga, astenia, febre, mialgia, perda de peso podem preceder ou acompanhar o quadro articular. - O acometimento articular da AR costuma ser simétrico, preferencialmente das pequenas articulações das mãos (metacarpofalangeanas (MCF) e interfalangeanas proximais (IFP)); pés (metatarsofalangeanas (MTF)) e punhos. * Outras articulações acometidas são: ombros, cotovelos, joelhos, quadris, tornozelos, temporomandibular e coluna cervical. - Com a evolução da doença podem surgir deformidades articulares irreversíveis, como atrofia interóssea, desvio ulnar e dedos em pescoço de cisne. - As articulações interfalangeanas distais (IFD), primeira carpometacarpiana (CMTC) e primeira metatarsofalangeana (MTF) não costumam ser comprometidas na AR, e seu comprometimento sugere diagnóstico alternativo, como osteoartrite. - Manifestações extra-articulares: Linfadenopatia, nódulos reumatoides, vasculite cutânea, doença intersticial pulmonar, serosite, episclerite e escleromalácia perfurante Especialmente em pacientes com doença mais grave e de pior prognóstico. R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 2 NOTA: O exame físico deve incluir a cuidadosa palpação de todas as articulações potencialmente acometidas na AR em busca de dor, edema ou calor. O teste do aperto (Squeeze test) é um teste com elevada sensibilidade para avaliar a dor de maneira mais objetiva, sendo referida após o examinador comprimir as articulações metacarpofalangeanas ou metatarsofalangeanas. Exames Complementares - Fator Reumatoide (se negativo complementar investigação com anti-CCP), PCR e VHS. - Complementar a avaliação diagnóstica e prognóstica RX de mãos (nas incidências AP + Nogaard), pés (incidências AP + P) e punhos (incidências AP). * Os achados radiográficos iniciais incluem ↑ de partes moles e osteopenia justa-articular. * Lesões mais características – como ↓ do espaço articular e erosões ósseas – aparecem em casos mais avançados. (Isso dificilmente é solicitado na vida real). - Hemograma, TGO, TGP, anti-HCV, HbsAg, anti-HIV, creatinina e RX de tórax Início do tratamento com MTX Diagnóstico - O diagnóstico de AR deve ser feito considerando-se achados clínicos e exames complementares. - O paciente deve ter pelo menos uma articulação com sinovite clínica (edema articular) que não seja melhor explicado por outra doença. - Deve-se excluir dessa avaliação as articulações interfalangeanas distais (IFD), 1ª carpometacarpiana (CMTC) e 1ª metatarsofalangeana (MTF). - Alguns aspectos clínicos e laboratoriais estão relacionados à progressão mais rápida da destruição articular e devem ser identificados desde o momento do diagnóstico. R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 3 - Os fatores de mau prognóstico são: * Sexo feminino * Tabagismo * ↓ nível socioeconômico * Início da doença em idade mais precoce * FR ou anti-CCP em títulos ↑ * Provas inflamatórias (VHS ou PCR) persistentemente ↑ * Grande nº de articulações edemaciadas * Manifestações extra-articulares * Presença precoce de erosões na evolução da doença. - Esses critérios não são diagnósticos, são apenas classificatórios, servindo para rastreio dos pacientes mais suscetíveis a portar AR. - Pacientes que possuam os exames laboratoriais negativos não se pode excluir AR. - Esses novos critérios de classificação em relação aos anteriores tem < especificidade, porem > sensibilidade, o que permite maior facilidade de classificação de provável AR mais precocemente. R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 4 CERVICALGIA Quadro clínico muito diversificado, pode manifestar-se como dor cervical, cefaleia, dor em ombros, no tórax, no dorso, ou parestesia e dor em membros superiores Em 95% dos casos avaliados não há sinal de comprometimento neurológico Fatores de Risco - Posturas fixas e prolongadas - Curvatura ↑ do tronco - Flexão cervical acentuada por longos períodos durante atividades - Inadequação de aspectos ergonômicos e atividades que envolvam vibração contínua das mãos e dos braços. - Determinadas características psicossociais e relacionadas com a carga de trabalho - Lesão prévia da região cervical Causas - Pode originar-se de várias estruturas anatômicas, incluindo tecidos moles paraespinhais, articulações intervertebrais e discos, compressão medular e de raízes nervosas e dor referida. - Sua etiologia envolve alterações traumáticas, degenerativas, infecções, neoplasias e doenças autoimunes, entre outras R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 5 Quadro Clínico - Características importantes: Início dos sintomas, distribuição, frequência, duração, qualidade, fatores agravantes, presença de sintomas neurológicos e constitucionais - Em geral, a dor generalizada aguda, com início recente e de curta duração Condições benignas. - A dor intermitente pode indicar instabilidade articular ou patologias que se agravam com a mobilização - Dores constantes e progressivas Lesões com efeito de massa, como tumores. - Paraplegia aguda, fraqueza de extremidades, distúrbios de marcha e incontinência urinária Compressão medular Exame Físico - Inspeção: Avalia a presença de atitude antálgica, anormalidades posturais, deformidades, assimetria, lesões cutâneas, alterações na curvatura fisiológica e sinais de traumatismo. - Palpação da região cervical e dos ombros: Contraturas da musculatura paravertebral e do trapézio, espasmos, presença de pontos-gatilho, além de massas cervicais - Movimentação cervical – flexão, extensão, lateralização e rotação –, observando-se bloqueios e dificuldade para a execução dos movimentos. - A identificação de irradiação da dor e o trajeto da mesma direcionam o exame na busca de locais onde possa haver comprometimento anatômico ou inflamatório - Identificação de comprometimento neurológico Instabilidade da região, como bloqueio antálgico e impotência funcional em trajetos de nervos Necessidade de avaliação pelo especialista focal - A presença de dor irradiada para o membro superior, parestesias ou fraqueza muscular reforça a necessidade de realizar exame neurológico detalhado - Exame neurológico: Avaliação da sensibilidade, força, propriocepção, tônus e reflexos tendinosos profundos Exames Complementares - A indicação de exames é determinada pela falta de resposta ao tratamento, pela dor provocada por trauma, ou ainda porsinais de comprometimento neurológico Raio X - Não estão indicadas como exame de rotina em pacientes com dor cervical. - Indicação de RX da cervical: * Início dos sintomas após os 50 anos * Com queixas constitucionais ou que falharam em responder ao tratamento conservador após 6 semanas. * Dor óssea acentuada associada à redução da mobilidade cervical Descartar fratura. * Pacientes com quadro sugestivo de radiculopatia Provável solicitação de TC ou RNM * História de trauma * > 50 anos R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 6 - Devendo incluir uma radiografia peroral para melhor avaliar a 1ª e 2ª vértebras cervicais, acompanhada de uma RX frontal e lateral. - Quando necessário, para melhor visualização, podem ser feitas incidências oblíquas. - Em casos de doença maligna acompanhada de cervicalgia é o exame mais indicado TC ou RNM - Presença de sinais neurológicos (impotência funcional – particularmente quando progressiva, parestesias e hiperestesias, contratura antálgica, fraqueza, perda de reflexos, evidência de mielopatia) - Quando a RX sugere lesão óssea com ↓ do espaço intervertebral e sintomas neurológicos - Suspeita de infecção ou de malignidade - Sintomas persistentes a despeito do tratamento conservador. - TC pode detectar herniações discais, estenose de forame ou central, osteoartrose, tumores e traturas - RNM visualiza herniações discais, tumores, estenose de forame e central, além de detectar sinais de mielopatia e de infecções Eletroneuromiografia - Pode confirmar ou descartar radiculopatia, além de realizar diagnóstico diferencial com compressões nervosas periféricas, especialmente naqueles pacientes com dor e parestesias mais proeminentes nos membros do que na região cervical Diagnóstico Distensão cervical - Decorrente de lesão dos músculos paravertebrais e ligamentos associada ao espasmo da musculatura cervical e dorsal. - Resulta de sobrecarga mecânica ou posturas anormais prolongadas da coluna. - A dor ocorre na região cervical posterior e na área do trapézio, ocorrendo limitação à mobilização ativa e passiva, além de dor à palpação da musculatura paravertebral. - Os sintomas duram até 6 semanas e não há sinais de disfunção neurológica. Síndrome do chicote - É causada em geral por impactos indiretos traumáticos com mecanismo de aceleração-desaceleração, determinando transferência de força para a região cervical que leva à flexão/extensão abruptas do pescoço - Sintomas: Dor severa, espasmo, perda de mobilidade e dor occipital, que tendem a ser autolimitados. A dor pode persistir mesmo nos casos em que poucas anormalidades são identificadas nos exames de imagem. Osteoartrose ou espondilose cervical - Resulta de um desarranjo da arquitetura do disco que leva à dor de origem mecânica. - O processo degenerativo é associado à inabilidade de distribuição das pressões entre disco, vértebras e facetas. - Os segmentos mais afetados são C4 a C7. - Há ↓ da distância entre os corpos vertebrais, com ↑ do estresse mecânico nas facetas e articulações uncovertebrais Ruptura, desorganização cartilaginosa e formação osteofitária - A dor axial é mais severa do que a dor em membros. - Os sintomas são exacerbados quando o pescoço é mantido em uma mesma posição por tempo prolongado e à mobilização, que se encontra reduzida. - Com frequência, observa-se associação com contraturas musculares e cefaleia suboccipital. Hérnias discais cervicais - Ocorre quando há protrusão do núcleo pulposo através de soluções de continuidade das fibras do ânulo fibroso. - A maioria das hérnias ocorre na posição posterolateral, sobretudo entre C5-C6 e C6-C7. - O paciente costuma se apresentar com dor gradual no braço, podendo ocorrer cervicalgia associada. - Conforme a raiz acometida, podem também ocorrer fraqueza, alterações sensoriais e dos reflexos tendinosos profundos. Por outro lado, nem toda hérnia discai é sintomática. R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 7 Diagnósticos Diferenciais Contraturas e distensões musculares - Clínica é típica de defesa e rigidez de movimento: Sem irradiação com padrão de raiz nervosa. - A mobilidade espontânea é ↓ e a mobilidade passiva é bloqueada. - A palpação do(s) músculo(s) afetado(s) desencadeia dor Fibromialgia - Síndrome dolorosa que afeta 2% dos pacientes em atenção primária - Pode apresentar-se inicialmente com quadro de cervicalgia, exigindo que a anamnese explore outros sintomas, como a cronicidade, vários pontos de dor, tensão e distúrbios do sono Artrose das articulações intervertebrais - Dor piora com o movimento, ao acordar pela manhã, e pode perceber-se crepitação à movimentação da região. - RX: Espessamento da superfície articular Calcificação de tendões e músculos na região cervical - Processo de desgaste das articulações Compressão de raízes nervosas - Conforme a altura, pode desenvolver quadros sindrômicos floridos, que muitas vezes dificultam o diagnóstico - Quando presentes, avaliação do especialista focal pela eventual necessidade de descompressão - Hérnia de disco com comprometimento de raiz nervosa é de manejo do especialista, mas nem toda hérnia ocasionará compressão Outras doenças sistêmicas ou localizadas - Tumores, processos inflamatórios localizados, neuropatia diabética e mesmo AVE Sinais de Alarme Tratamento Cervicalgia aguda (< 12 semanas) - Os objetivos do tratamento são reduzir a dor, a contratura e o espasmo muscular, restabelecer a lordose cervical e restaurar a função - Sintomas leves a moderados em geral se resolvem em 2-3 semanas Medidas conservadoras Analgesia, meios físicos e repouso - Sem evidência de trauma, e comprometimento neurológico é afastado AINEs ou analgésicos - Na presença de contratura muscular Relaxantes musculares * Tizanidina, baclofen e diazepan (relaxantes de ação central); * Ciclobenzaprina, carisoprodol, clorzoxazona e orfenadina (relaxantes de ação periférica) - Se situações que a intensidade da dor justificar e afastada lesão com comprometimento neurológico ou fratura Analgésicos opióides - Não se indica o uso da acupuntura, da eletroterapia e da fisioterapia - O uso de gelo e calor para o tratamento da dor aguda pode promover algum alívio - Dor aguda produzida pelo mecanismo de chicote Corticosteróides ↓ os casos de dor persistente R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 8 - Caso não haja bloqueio motor, exercícios leves na região cervical são indicados, melhorando o tempo de recuperação - O uso de colares cervicais não melhora a dor cervical aguda Indicados apenas quando há instabilidade da região secundária ao mecanismo do chicote ou por traumas Cervicalgia Crônica (> 12 semanas) - AINEs e relaxantes musculares não possuem efetividade clínica - O uso de analgésicos é adequado - Personalização do manejo dos pacientes é essencial para o sucesso - Acupuntura tem se mostrado efetiva a curto prazo - Fisioterapia, mobilização, analgesia com ultrassom, TENS (transcutaneous electrical nervo stimulation – estimulação elétrica do nervo por meio da pele), corrente interferencial, massagens e manipulação têm evidência muito fraca de melhora - Pacientes que apresentam sintomas de ansiedade associado Doses ↓ de antidepressivos tricíclicos LOMBALGIA - Caracteriza-se como uma condição mórbida regional, na maioria dos casos autolimitada, e com grande probabilidade de recorrência.- O 1º episódio ocorre com mais frequência entre os 30-50 anos de idade - Pode originar-se de várias estruturas da coluna sensíveis à dor, incluindo ligamentos, anel fibroso do disco intervertebral, articulações interapofisárias, periósteo, musculatura e fáscia paravertebral, vasos sanguíneos e raízes nervosas - Fatores que contribuem para um ↑ na prevalência * Estilo de vida urbano sedentário, a obesidade * Novas exigências do trabalho após a revolução industrial (doenças ocupacionais) * ↑ do tempo médio de vida da população * Alterações degenerativas associadas. - Os episódios de dor lombar costumam ser agudos e autolimitados, mas podem tornar-se um problema crônico, resultando em grande sofrimento pessoal e sérias repercussões socioeconômicas Fatores de risco - Trabalho física ou psicologicamente estressante - Trabalho sedentário - Obesidade - Fatores psicossociais - Idade avançada - Tabagismo Causas Avaliação Inicial R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 9 - Os sinais de alerta aumentam a probabilidade de causas graves e raras e em cuja presença a investigação precoce com exames de imagem se impõe. - Na ausência dos sinais de alerta, a abordagem diagnostica inicial para dor lombar deve ser sempre conservadora, dispensando a solicitação de exames complementares. - A avaliação clínica da dor lombar deve enfocar 3 aspectos principais: * Descartar doença sistêmica subjacente, * Identificar comprometimento neurológico que demande avaliação cirúrgica, e * Considerar a existência de fatores psicológicos ou sociais (bandeiras amarelas) que possam amplificar ou prolongar a duração do quadro. Classificação do problema do paciente em: 1. Condição lombar séria (bandeira vermelha) 2. Síndrome radicular (hérnia de disco com radiculopatia, estenose, espondilolistese) 3. Dor lombar inespecífica (85% dos casos) - As condições sérias incluem câncer, fratura, doença inflamatória, infecção, síndrome da cauda equina e mielopatia, e compreendem menos de 1 % dos casos. - Uma avaliação clínica criteriosa Afastar a suspeita de condições graves. - Na suspeita de condição grave Exames de imagem e laboratoriais para confirmação do diagnóstico. - Descartando causas sérias, avaliação de causas específicas de dor lombar - hérnia de disco com radiculopatia, estenose, espondilolistese - Ausência de sintomas e sinais sugestivos dessas causas Dor lombar inespecífica Anamnese - Características usuais na investigação de qualquer tipo de dor - A história ocupacional e recreacional Fatores predisponentes (postura inadequada, lesões repetitivas, sobrecarga de grupos musculares) - Estilo de vida do paciente Dor lombar inflamatória (espondiloartrites) - Tipicamente piora com o repouso, melhora com a atividade e é acompanhada de rigidez matinal prolongada. - Dor noturna sugere a possibilidade de etiologia infecciosa ou neoplásica. Síndrome da cauda equina - Dor lombar, fraqueza muscular de membros inferiores, incontinência urinária ou fecal, e anestesia em sela; Mielopatia - Se caracteriza por espasticidade e clônus, acompanhados do sinal de Babinski - A maioria dos pacientes irá queixar-se de dor predominante no dorso, na região glútea e nas coxas. - Alguns terão dor irradiando para a perna e o pé. - Sintomas abaixo do joelho + dormência e parestesias e dor na perna mais intensa que a dor lombar sugerem envolvimento de raiz nervosa - Dor lombar com irradiação pela face posterolateral do membro inferior (ciatalgia) Prolapso discal e irritação das raízes nervosas L5 e S 1 - A ausência de dor ou de parestesias abaixo dos joelhos ↓ substancialmente a probabilidade de que hérnia de disco ou estenose espinhal, mesmo que essas anormalidades anatômicas estejam presentes em exames de imagem Exame Físico Inspeção - Postura e marcha, buscando alterações no alinhamento das vértebras e das curvaturas fisiológicas da coluna - Déficit motor, atrofia muscular (em casos de radiculopatia prolongada) ou escoliose antálgica para aliviar tensão na raiz nervosa R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 10 Palpação - Toda a extensão da coluna - Realizada em busca de pontos álgicos, espasmos musculares e sinais inflamatórios nos processos espinhosos e tecidos moles adjacentes. Avaliação da mobilidade - É inespecífica - Sua restrição só terá valor diagnóstico em situações clínicas extremas, como espondilite anquilosante avançada, neoplasia, extrusão discai e fraturas vertebrais Exame neurológico - Avaliação de sensibilidade, propriocepção, tônus, força, trofismo muscular e reflexos tendinosos profundos dos membros inferiores. - Suspeita de herniação de disco Testes neurológicos devem ser focados nas raízes nervosas de L5 e S1 * 95% das herniações de disco clinicamente importantes ocorrem nos níveis de L4-5 e L5-S1 Suspeita de simulação ou origem psicogênica - Pesquisa dos sinais não orgânicos de Waddell. - O achado de 3 ou mais desses sinais é clinicamente significativo: * Reação exagerada durante o exame * Testes de carga axial (compressão vertical sobre a cabeça do paciente) e rotação em bloco do tronco desencadeando a dor; * Inconsistência entre as respostas encontradas no exame físico e os movimentos espontâneos que o paciente realiza quando está distraído; * Dolorimento superficial, de localização variável e não anatômica; e * Distúrbios regionais motores ou sensoriais não anatômicos. Exames Complementares Laboratoriais - PCR, VHS, leucograma Dor lombar não explicada, sem melhora após um período de 4 semanas - Hemograma, glicemia, eletroforese de proteínas, adosagens séricas de Cálcio e Fósforo e EAS Podem ser úteis em lesões tumorais, infecciosas, metabólicas e inflamatórias em pacientes com evolução atípica ou para a avaliação das condições clínicas antes da cirurgia - Teste HLA-B27 Avaliação de espondiloartrites Imagem - Em geral não são necessários em pacientes com lombalgia inespecífica aguda (de evolução < 6 semanas) Pacientes > 50 anos ou com sinais de alerta presentes, ausência de anormalidades no RX lombossacral e hemossedimentação normal virtualmente descartam infecção ou neoplasia vertebral. - Exames mais sofisticados podem ser solicitados em casos com sintomas persistentes ou graves (ciatalgia limitante, paresias, perda sensitiva dermatométrica). - Incidências anteroposterior e lateral costuma ser suficiente - Incidência oblíqua pode ser útil no diagnóstico de espondilólise (malformação anatômica ou fratura por estresse ou trauma que provoca a descontinuidade dos pares interarticulares sem deslizamento) - Osso cortical TC Preferível na avaliação de traumas agudos - Mais indicado para investigar radiculopatia, infecções ou neoplasias da coluna RNM - Cintilografia óssea Estadiamento de neoplasias com potencial metastático Eletroneuromiografia - Pode, objetivamente, confirmar ou descartar a suspeita clínica de radiculopatia, definir a extensão do envolvimento nervoso ou muscular e excluir outras causas de neuropatia periférica - As alterações encontradas na condução nervosa são precoces, tomando este exame útil na avaliação e na indicação cirúrgica em pacientes com lombociatalgia grave sem achados correspondentes nos exames de imagem R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 11 Sinais de Alarme Tratamento Conservador 1. Repouso - Posição:decúbito supino, joelhos fletidos e pés apoiados sobre o leito e/ou com flexão das pernas num ângulo de 90° com as coxas e destas com a bacia. - O retorno às atividades habituais deve ser feito o mais rápido possível 2. Medicamentos Analgésicos Não Opióides (paracetamol, dipirona) Dores leve a moderada Opióides Lombalgia aguda e lombociatalgia por hérnias discais resistentes a outros analgésicos, fraturas e metástases. Codeína 30mg 3-4x/dia Tramadol 100-400mg/dia AINE Controle dos sintomas em curto prazo, nas lombalgias mecânicas agudas 1. Inibidores da atividade da COX 1/COX 2 e das prostaglandinas: 2. Inibidores da COX 2 Pacientes de risco para complicações gastrointestinais e idosos. • Valdecoxibe: 10mg/dia • Rofecoxibe: 50 mg/dia • Celecoxibe: 100 a 200mg de 12/12 horas. Glicocorticóides Lombociatalgia aguda. Relaxantes Musculares Podem ser associados aos AINEs 1. Ciclobenzaprina: 5-10 mg/dia Ação central estruturalmente relacionados com os antidepressivos tricíclicos. 2. Carisoprodol: 350mg/dia, medicação de uso em curto prazo. Antidepressivos: - Indicados nas lombalgias crônicas com componente psicossomático e nas fibromialgias. 3. Infiltração Apenas as infiltrações epidurais com glicocorticóides, anestésicos e opióides podem ser utilizadas nos casos de lombociatalgia aguda após falha com o tratamento medicamentoso e medidas física 4. Fisioterapia 5. Cirurgia DOR ARTICULAR - É caracterizada por ocorrer na topografia de uma articulação, relacionada com a mobilização ativa e passiva melhorando com o repouso. - Pode estar associada a processos traumáticos, degenerativos ou inflamatórios. R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 12 Classificação - Monoarticular: Apenas 1 articulação envolvida - Oligoarticular: ≤ 3 articulações envolvidas - Poliarticular: > 3 articulações - Intra-articular: Dentro da articulação Pode ser inflamatória (artrite infecciosa, artrite por cristais) ou não inflamatória (ex: osteoartrose) - Periarticular: Ao redor da articulação Bursites e tendinites Causas 1. Dores monoarticulares e oligoarticulares - Osteoartrose ou Gota ou Pseudogota - Em todas as idades a principal causa é lesão com historia de trauma presente - Causas não traumáticas em adultos jovens: infecção disseminada por gonococos, síndrome periarticular - Causas não traumáticas em adultos mais velhos: osteoartroses, gota, pseudogota, síndrome periarticular Necrose avascular Dor articular em um paciente com historia de uso de corticoides ou de anemia falciforme Artrite induzida por cristais Dor intensa de inicio agudo, vermelhidão, edema, particularmente no halux ou no joelho. Autolimitada, episódica, sintomas comuns recidivantes. Em geral historia de crises previas ou tratamento com diuréticos, hidrocloritoazida, pirazanamida, niacina Osteoartrose Dor lenta e progressiva em pacientes mais velhos e obesos ou nos que usam frequentemente a articulação afetada( ex: trabalhadores manuais ou esporte de impacto) Osteomielites Febre e dor mal localizada sem edema articular Síndromes periarticulares (bursites, epicondilites, fasciites, tendinites, tenossinovites) Dor em movimentos articulares específicos ou dor pontual edema na Bursa ou no local de irsençao do tendão. Sintomas mínimos ou ausentes em repouso Artrite séptica Dor intensa aguda, vermelhidão, edema e diminuição da amplitude de movimento similar a artropatia induzida por cristais. Ficar atento para pacientes de alto risco: imunossuprimidos, diabéticos etc Tumor Por trauma 2. Oligoartropatia Espondilite anquilosante Dor nas costas e envolvimento simétrico de grandes articulações, irites, tendinites, insufuciencia aórtica, mais comum em adultos jovens do sexo masculino Fibromialgia Mialgias difusas, pontos musculares dolorosos, não envolvendo articulações, fadiga, algumas vezes síndrome do colon irritável Endocardite infecciosa 3. Poliartropatia R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 13 - Gota em fase crônica, osteoartrose - Reacionais a infecções virais (em geral, duração < 6 semanas) - Artrite reumatoide, febre reumática e espondiloartrites. - Outras causas que devem ser consideradas são artrite séptica, artrite tuberculosa, neoplasias e formas atípicas ou iniciais das doenças que provocam poliartrites - Podem ser agrupadas pelo modo de apresentação: Aguda ou Crônica (> 6 semanas de evolução), pela ocorrência em diferentes grupos etários, pelo padrão de envolvimento articular ou pelas associações imunogenéticas - 2 principais categorias de doenças poliarticulares: Inflamatórias ou Não Inflamatórias. a) Aguda Não Inflamatória - Possibilidade de lesões traumáticas deve ser considerada e afastada. - Caso não haja história ou evidência de trauma, o mais provável é que se trate de apresentação atípica das doenças de Poliartropatia Crônica Não Inflamatória b) Aguda Inflamatória Febre reumática R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 14 - Artrite costuma ser aditiva e de maior duração. A febre em geral flutua, sem retorno à temperatura normal por uma semana ou mais, mas caracteristicamente a febre e a artrite respondem dramaticamente à terapia com AAS/AINEs Artrite Séptica - Em geral afeta 1 única articulação. Fatores de risco para o acometimento de mais de uma articulação incluem imunossupressão, uso de drogas injetáveis e doença articular prévia, especialmente artrite reumatoide. Artrites Gonocócica e Meningocócica - Podem se apresentar com padrão migratório. Lesões de pele típicas, vesiculopustulares em uma base eritematosa (pista diagnóstica na gonococcemia) Artrite micobacteriana ou fúngica - Em geral é monoarticular, mas ocasionalmente uma oligoartrite indolente pode ocorrer. Como manifestação sistêmica de tuberculose, pode ocorrer poliartrite reacional, envolvendo grandes articulações Endocardite bacteriana - Pode se apresentar acompanhada por febre, dor lombar e artralgias Artropatias virais - Parvovirus B19 e rubéola, sobretudo em mulheres jovens. - Vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus da hepatite B, o vírus da hepatite C, o vírus linfotrópico humano de linfócitos T tipo I (HTLV-I), o Epstein-Barr - Se assemelham à artrite reumatoide, com rigidez matinal, envolvimento simétrico de mãos e punhos e, por vezes, fator reumatoide positivo, porém não causam dano articular estrutural, sendo a avaliação radiológica normal (sem erosões osteocartilaginosas) Artrite induzida por cristais c) Crônica Não Inflamatória Osteoartrose (ou osteoartrite) - Caracterizada pela degeneração progressiva da cartilagem e neoformação óssea na margem articular. - Geralmente, a dor é agravada pela carga e pelo movimento, sendo aliviada pelo repouso - ↑ de volume ósseo pode ser detectado (como nos nódulos de Heberden e Bouchard das interfalângicas distais e proximais das mãos, respectivamente) - Crepitação Presença de irregularidades na superfície cartilaginosa d) Crônica Inflamatória Artrite Reumatóide - Poliartrite simétrica que em geral afeta pequenas articulações, como as metacarpofalângicas e as interfalângicas proximais das mãos. - Os sintomas são piores ao acordar (rigidez matinal) ou após períodos de inatividade. - No início, dor à palpação e edema articular são os principais achados ao exame, mas posteriormente a limitação dos movimentos e as deformidades se desenvolvemEspondiloartrites - Espondilite anquilosante * Pode se apresentar com sintomas articulares periféricos, mas as articulações do esqueleto axial (quadris e ombros especialmente) são afetadas com ↑ frequência, sendo que a dor dorsolombar de ritmo inflamatório (piora com repouso e melhora com o exercício) costuma estar presente. * Dor e a rigidez são mais intensas após o repouso e melhoram com o movimento. - Artrite psoriática * Tem diversas variantes, mas é tipicamente oligoarticular no início e pode evoluir para uma poliartrite muito ≈ artrite reumatoide Avaliação - Rápida devido risco de infecção - Determinar o local exato= intra ou peri R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 15 - Presença ou não de inflamação Anamnese/Historia - Como foi o inicio (abrupto, gradual); problema novo ou recidivante; - Padrão temporal (variação diurna, persistente vs intermitente); - Fatores exacerbantes (frio); contato sexual sem proteção (artrite gonocócica); - Doenças prévias inexplicadas com erupção cutânea (artrite de lyme) - Interrogatório sobre demais aparelhos: febre (infecção); uretrites (artrite gonocócica); - Antecedentes pessoais: pesquisar doenças articulares Exame físico - Exame geral: Sinais de conjuntivite, placas psoriaticas, lesões mucosas, equimoses ou eritema malar Exame articular completo Sinais de alerta - Sinais flogísticos; - Febre; - Dor articular aguda em adulto jovem; - Ruptura de pele com celulite adjacente a articulação; - Doença hemorrágica subjacente; - Sintomas sistêmicos Sinais de alerta para exacerbação - Piora súbita da dor, edema, eritema, limitação funcional - Piora da rigidez matinal, febre, olho vermelho, rash Exames Complementares Aspiração de liquido articular (artrocentese) - Pacientes com derrame e outros sinais de inflamação. - Estudo do liquor deve conter contagem de leucócitos, coloração gram, pesquisa de cristais - Liquido não inflamado Considerar osteoartrose, lesões de partes moles ou infecção viral Radiografias Exames de sangue Outros de imagem Conduta - Encaminhar ao reumatologista pacientes com > 3 articulações edemaciadas, com envolvimento de articulações metacarpofalângicas e/ou metatarsofalângicas e > 30 min de rigidez matinal ARTRITE PSORIÁSICA - Artrite inflamatória que ocorre associada à doença cutânea psoríase. - É uma das espondiloartropatias * Artrites que se caracterizam por entesite (inflamação nos locais de inserção de tendões aos ossos) * Artrite do esqueleto axial (i. e., as articulações sacroilíacas e a coluna) * Oligoartrite assimétrica de articulações periféricas * Ausência do fator reumatoide * Dor axial inflamatória, associada à artrite periférica, predominante em grandes articulações de membros inferiores, e entesopatias periféricas - Tem uma predileção pelas articulações interfalangianas distais (IFD). - Desenvolve-se em cerca de 10% dos pacientes com psoríase - Etiologia desconhecida O quadro articular (artrite, entesite e/ou dactilite) pode cursar com significativa limitação funcional dos indivíduos acometidos Critérios de Classificação – CASPAR - Presença doença inflamatória articular (periférica, axial ou entesítica) e atingir 3 ou mais pontos R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 16 Nos critérios CASPAR, as características clínicas dos pacientes são: * Psoríase em 100% * Distrofia psoriásica ungueal em 28,5% * FR negativo em 77,1% * Dactilite em 34,2% * Formação óssea justa articular em 34,2% dos casos. Além disso, entre as formas de apresentação mais comuns estão: * Predomínio inflamatório articular periférico (81,2%) e acometimento poliarticular Quadro Clínico Comprometimento articular - A maioria dos pacientes apresenta oligoartrite ou monoartrite. - Frequentemente as articulações IFD tornam-se rígidas, inchadas e doloridas de forma simétrica - Em uma proporção menor de pacientes, os sintomas começam de forma simétrica e comprometem as mãos e os pés em um padrão semelhante ao da artrite reumatóide. - Outras articulações acometidas: joelhos, quadris e as articulações esternoclaviculares. - A maioria dos pacientes progredirá para comprometimento articular adicional na ausência de tratamento efetivo. - Há destruição contínua de articulações Deformidades articulares e desenvolvimento de erosões justarticulares, estreitamento do espaço articular, e, em alguns casos, ancilose óssea no RX Dactilite (“dedo em salsicha”) - É a inchação completa de um só dedo, da mão ou do pé - Ocorre em 33-50% dos pacientes em algum momento de sua doença. - Os pododáctilos são acometidos com mais frequência que os quirodáctilos. Entesite - É um processo inflamatório no local de inserção de tendões no osso - Ocorre em até 40% dos pacientes com artrite psoriática. - Exame físico: Edema de partes moles, em geral acompanhado de dor à palpação e, algumas vezes, eritema e calor suprajacentes. - Local comum: Inserção do tendão de Aquiles no calcâneo. - Pode evoluir para destruição do osso e de articulações adjacentes Alterações da pele e das unhas - Todas as formas de psoríase estão associadas à artrite, embora a psoríase clássica vulgar seja vista mais frequentemente. - Lesões psoriáticas típicas: Placas eritematosas que descamam com o ato de coçar. - Muitos pacientes possuem doença cutânea apenas discreta ou moderada - Não há correlação direta entre o grau de psoríase e a extensão do comprometimento articular - Alterações das unhas: Sulcos, escavação, onicólise e hiperceratose, podendo representar as únicas manifestações de psoríase antes da presença das lesões cutâneas mais características. R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 17 - Quase sempre ocorrem alterações ungueais no dedo acometido quando é afetada uma articulação IFD Espondiloartropatia - A inflamação das articulações sacroilíacas (sacroiliíte) geralmente é unilateral e se apresenta com dor e rigidez na parte inferior das costas ou nas nádegas. - Com frequência a dor pode ser provocada pela palpação direta das articulações Manifestações extra-articulares - Inflamação ocular (conjuntivite, irite, esclerite e episclerite) - Ulcerações orais e uretrite na artrite psoriática - Menor frequência do que nas outras espondiloartropatias Formas Clínicas 1) Oligoartrite assimétrica (70%): - Forma clínica mais frequente, acometendo grandes e/ou pequenas articulações; - Tenossinovites são comuns, caracterizando os "dedos em salsicha"; 2) Poliartrite simétrica (15%): - Apresenta quadro articular muito semelhante à artrite reumatóide; - Pode acometer as articulações interfalangeanas distais, comumente não afetadas na AR; 3) Distal (5%): - Acomete exclusivamente as articulações interfalangeanas distais, geralmente associada a lesões ungueais ("unha em dedal"); 4) Artrite mutilante (< 5%): - Forma clínica menos frequente e mais grave, acometendo geralmente indivíduos jovens, na 2ª e 3ª décadas de vida; - Afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés, evoluindo para deformidades importantes, com encurtamento dos dedos; 5) Espondilite (5%): - Sintomas clínicos costumam ser indistinguíveis daqueles apresentados pela espondilite anquilosante Exames Laboratoriais - VHS e PCR ↑ - FR negativo (por ser uma artrite soronegativa) - Pode ocorrer ↑ dos níveis séricos de Ác. Úrico * Associado ao intensoturnover das células epidérmicas na psoríase - Análises de líquido sinovial Características inflamatórias Em geral, leucócitos na faixa de 5.000-50.000/mm³ Imagem - Achados radiográficos mais comuns: Estreitamento do espaço articular e erosões nas articulações interfalangianas distais e proximais. - Destruição significativa de articulações isoladas - Alargamento da base da epífise proximal da falange distal - Na espondilite psoriásica: Sacroileite uni ou bi lateral assimétrica - Sindesmofitos assimétricos - Não há osteopenia periarticular (↓ da densidade do osso adjacente às articulações) ≠ AR Tratamento AINEs - Terapia de primeira linha para a artrite psoriática Anti-Reumáticos Modificadores da Doença - Metotrexato, sulfassalazina, azatioprina, antimaláricos (especificamente a hidroxicloroquina) e ciclosporina - De modo geral, o metotrexato é considerado o agente de escolha para os pacientes refratários aos AINE R es u m o d o C as o 4 – M C 3 K ar en C u n h a 18 * Vantagem: Eficaz para as manifestações cutâneas da psoríase, assim como para a artrite. * Dose inicial típica é de 7,5-15 mg VO ou subcutânea 1x/semana, titulando para 25 mg semanalmente, conforme ditado pela resposta clínica ou por efeitos adversos Terapia Biológica - Inibidores biológicos do TNF-α (etanercepte, o infliximabe e o adalimumabe) - Eficácia significativa e precoce na ↓ dos sinais e sintomas de artrite, assim como na gravidade das lesões cutâneas psoriáticas Glicocorticóides - As injeções intra-articulares constituem um tratamento eficaz quando apenas 1 ou 2 articulações são as responsáveis pelos sintomas do paciente. Cirurgia - Doença destrutiva e erosiva de longa duração Deformidades articulares extensas. - Se houver doença destrutiva grave, deve-se considerar a consulta com um cirurgião ortopédico, para substituição ou estabilização de articulações
Compartilhar