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Caso Concreto Aula 5
Direito Penal I
Turma 3001
Alisson Jones
Caso concreto. 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: 
No dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 03h20min, na Avenida Nossa Senhora Aparecida, n. 10, Vila Aparecida, em Alvorada/RS, o denunciado portava arma de fogo de uso permitido, consistente em uma pistola, marca Taurus, calibre .380, numeração suprimida, municiada com 11 (onze) munições de mesmo calibre, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
Na ocasião, o acusado dispensou no chão arma de fogo, após perceber a presença de viatura da Brigada Militar, os quais efetuavam patrulhamento de rotina na região. Posteriormente, foi localizada a arma de fogo acima referida sendo apreendida e submetida à perícia preliminar de exame de eficácia, a qual constatou estar a mesma em condições normais de uso e funcionamento. Dos fatos, o agente restou denunciado pela conduta prevista no art. 16, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 10.826/03 - Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (Estatuto do Desarmamento). 
Com base nos estudos realizados sobre a classificação dos delitos, indaga-se: 
a) Qual a distinção entre crimes de dano e perigo? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R.: Crime de dano é destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, diminuindo um bem jurídico, ainda que momentaneamente. (art. 163 CP). 
Crime de perigo é a possibilidade de dano ou a probabilidade de lesão ao bem jurídico tutelado. (art. 132 CP)
b) No caso concreto, qual a correta classificação do delito previsto no art.16, da Lei n.10826/2003? 
R.: Perigo
“Destarte, quando a lei toma por bem incriminar tais estas violações ou destruições não proíbe tão-somente as ações que significam além da violação e destruição do bem o perigo que disso possa a vir ocorrer”. (PIERANGELLI, 2007) 
“Conseqüentemente, nos crimes de perigo ocorre antecipação (adiantamento) da proteção do direito penal no sentido de evitar a destruição de bens jurídicos essenciais, por meio de atuação preventiva da lei”. (HUNGRIA, 1982)
"Dano é a alteração prejudicial de um bem; a destruição ou diminuição de um bem; o sacrifício ou restrição de um interesse jurídico" (HELENO, Cláudio Fragoso, 1985).
Costa Júnior considera impuníveis as condutas de "abrir um barril de vinho, esparramando-se todo o conteúdo pelo pavimento da adega" ou "soltar pássaro raro da gaiola" (Comentários ao código penal, v. 2, 1988)
EMENTA: “APELAÇÃO-CRIME. POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO E DE ACESSÓRIO DE USO RESTRITO”. (TJ-RS - Apelação Crime : ACR 70059247429 RS)
EMENTA: “HABEAS CORPUS. POSSE DE MUNIÇÃO E ACESSÓRIOS DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. POTENCIALIDADE LESIVA DO ARMAMENTO APREENDIDO. IRRELEVÂNCIA. DESNECESSIDADE DO EXAME. CRIME DE MERA CONDUTA. COAÇÃO ILEGAL NÃO EVIDENCIADA. ACÓRDÃO CONDENATÓRIO MANTIDO”. (STJ - HABEAS CORPUS : HC 95604 PB 2007/0284093-2)
REFERÊNCIA
PIERANGELLI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro. v. 2. São Paulo: RT, 2007.
HUNGRIA, Nelson. Comentários ao código penal. Rio de Janeiro: Forense, 1982. Disponível em <www.pdf-search-engine.com/nelson-hungria-pdf.html>.
HELENO, Cláudio Fragoso, Lições de direito penal: a nova parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 1985
COSTA JÚNIOR, Paulo José da. Comentários ao código penal, v. 2. São Paulo: Saraiva, 1988.
Questão objetiva. 
Segundo a qualificação doutrinária dos crimes, assinale a alternativa incorreta: 
a) Ocorre delito putativo por erro de proibição quando o agente supõe estar infringindo uma norma penal que na realidade não existe. Já no delito putativo por erro de tipo o agente se equivoca quanto a existência das elementares do tipo. Um exemplo do primeiro poderia ser o da mulher que supondo estar grávida (quando não está na verdade) ingere substância abortiva; 
b) Crime próprio é o que somente pode ser cometido por determinada categoria de pessoas, pois pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade. Um exemplo pode ser o crime de aborto provocado pela gestante. Já o crime de mão própria é aquele que somente pode ser cometido pelo sujeito em pessoa, como o falso testemunho; 
c) Para o crime habitual é necessária reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida, como o crime de curandeirismo. O crime continuado difere do habitual, porque naquele cada ação praticada constitui-se isoladamente em crime; já no crime habitual, cada conduta tomada isoladamente não se constitui em delito; 
d) Crime instantâneo é o que se perfaz num só momento, como o homicídio. O crime permanente é aquele cujo momento consumativo se protrai no tempo, como o sequestro. Já no crime instantâneo de efeitos permanentes, o crime se consuma em um dado momento, mas os efeitos da conduta perduram no tempo, como o homicídio; 
e) Crime de ação múltipla é aquele que contempla no tipo várias modalidades de ação para sua prática, como o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Já no crime de forma livre, a descrição típica não encerra qualquer forma de ação específica para sua prática, como o homicídio.

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