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CIVIL V (FAMÍLIA)

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DIREITO CIVIL V (FAMÍLIA)- CADERNO DE EXERCÍCIOS
AULA 1 
Caso Concreto 1
Afirmam Ana Carlos Matos e Maklea da Cunha Ferst (2009, p. 377) que “o reconhecimento, pela Constituição de 1988, da igualdade de gênero, repercutiu no direito de família, em especial na esfera da sociedade conjugal, pois rompe formalmente com a ‘supremacia’ masculina reinante”.  Como este rompimento pode ser observado e que princípios constitucionais de Direito de Família podem garantir, ainda que inicialmente de maneira apenas formal, esta igualdade de gênero na sociedade familiar? Justifique sua resposta.
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Caso Concreto 2 - 
 Não há dúvidas de que além de fatores sociais, fatores tecnológicos e científicos além de serem marcas da sociedade atual influenciam diretamente o conceito e a compreensão de família. Veja as seguintes manchetes: “Nasce a habitante 7 bilhões – Revista Época – 05/11/11/ Homem terá que indenizar ex-noiva por fim de relação – 04/11/11 – Gazeta do Povo/ STJ reconhece casamento civil homoafetivo – 25/10/11 – www.stj.jus.br / STF reconhece união civil entre pessoas do mesmo sexo – maio de 2011 – www.stf.jus.br / Justiça de Mato Grosso do Sul manda SUS pagar tratamento de fertilização para casal – G1 – 10/09/11/ Curitiba: nasce bebê concebido em inseminação feita após a morte do pai – Gazeta do Povo – 21/06/2011 / Avó dá à luz a netos gêmeos em Pernambuco – Portal Terra – 27/09/07
 
Diante dessas manchetes, como se pode conceituar família na atual sociedade brasileira e que grupos familiares estão protegidos pela Constituição Federal de 1988?
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Questão objetiva: São regras que CORRESPONDEM ao sistema de princípios constitucionais vigentes para o Direito de Família:
I. A utilização da maternidade de substituição ou barriga de aluguel é expressamente vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro porque fere o princípio da dignidade de pessoa humana.
II. O domicílio conjugal é determinado pelo marido uma vez que nele se concentra o que se denomina direção da sociedade conjugal.
III. O princípio da solidariedade é a superação do individualismo jurídico que levou à funcionalização dos direitos subjetivos e, por isso, importante princípio do Direito de Família brasileiro que perpassa princípios constitucionais como os da afetividade e da convivência familiar.
IV. Os alimentos são devidos também nas uniões homoafetivas em face das recentes decisões tomadas pelo STF.
V. A gravação telefônica feita pelo marido que suspeita de traição da esposa pode ser admitida como prova em processo de reparação por danos morais, ainda que esta gravação tenha sido feita sem autorização judicial, pois decorre o direito do marido da quebra do dever do casamento de respeito e consideração mútuos praticado pela esposa.
a) Apenas as alternativas I e III correspondem ao sistema de princípios constitucionais.
b) Apenas as alternativas II e III correspondem ao sistema de princípios constitucionais.
c) Apenas as alternativas II e IV correspondem ao sistema de princípios constitucionais.
d) Apenas a alternativa III corresponde ao sistema de princípios constitucionais.
e) Apenas a alternativa IV corresponde ao sistema de princípios constitucionais.
SEMANA 2- Direito de Família e Relações de Parentesco
Efeitos jurídicos (arts. 1.591 a 1.595, CC)
Caso Concreto 1
Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald (2009, p. 14) referindo-se à família afirmam que “não se pode imaginar uma relação jurídica mais privada do que esta... Por certo, a relação familiar diz respeito a interesses particulares e está incluída na estrutura do Direito Civil porque o interesse fundamentalmente presente diz respeito, essencialmente, à pessoa humana”. Ora, não parece paradoxal afirmar que a relação familiar diz respeito a interesses particulares mas ser o ramo do Direito Civil que maior número de normas de ordem pública apresenta? O que pode justificar essa intervenção do Estado por meio dessas normas em relações consideradas particulares? Explique sua resposta.
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Caso Concreto 2
Dimas Messias de Carvalho (2009, p. 281) afirma que “o vínculo de parentesco é a relação das pessoas vinculadas pelo sangue, que se originam pela ascendência direta ou de um tronco comum, ou por outra origem, como a adoção e a socioafetividade”. No entanto, há dois ditos populares que costumam afirmar: 1) “Cunhado não é parente”; 2) “Sogra não é parente, é castigo”. Pergunta-se: 
a) À luz do Código Civil, esses ditos populares se confirmam? Justifique sua resposta.
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b) Dissolvido o casamento pode-se casar com o ex cunhado? Explique sua resposta.
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c) Morta a esposa, é possível casar civilmente com a ex-sogra? Explique sua resposta.
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Questão objetiva
(TJSC – 2003-2004) O parentescoconsanguíneo divide-se em linha reta e em linha colateral ou transversal. Segundo sua concepção, assinale aquelas que se encontram como colaterais em quinto grau:
a) Primos.
b) Tio-avô e sobrinho-neto.
c) Filhos de bisnetos de outros filhos do bisavô.
d) Netos de filhos do bisavô.
e) Nenhuma opção é correta.
SEMANA 3- Casamento
Caso Concreto 1
Texto de apoio: DINIZ, M.H. Curso de direito civil brasileiro – direito de família. 18ª. Ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 47-51.
Laffayte define esponsais como “a promessa que o homem e a mulher reciprocamente se fazem e aceitam de se casarem em um prazo dado. Ato preliminar, os esponsais têm por fim assegurar a realização do casamento, dificultando, pelas solenidades que o cercam, o arrependimento que não seja fundado em causa justa e ponderosa”.
A promessa de casamento (hoje mais conhecida como “noivado”) tem origem no Direito Romano e, embora inicialmente no Direito brasileiro (Direito pré-codificado) tivesse natureza contratual cujo inadimplemento resolvia-se em perdas e danos foi instituto esquecido pelo Código Civil de 1916 e 2002.
A grande maioria dos autores entende que no moderno Direito Civil a promessa esponsalícia não cria nenhum vínculo de parentesco e, portanto, tem unicamente o efeito de acarretar responsabilidade extracontratual com fundamento no art. 186, CC.
Então, partindo da premissa que o não cumprimento da promessa de casamento pode gerar responsabilidade extracontratual, analise a decisão abaixo e indique (fundamentadamente), ao final, se foi correta (com relação aos danos morais alegados pela recorrente).
Em sua resposta, destacar, quais são os requisitos da responsabilidade pelo descumprimento da promessa; se a decisão observou ou não esses requisitos; que tipo de responsabilidade pôde ser observada. 
Notícia veiculada no site Espaço Vital em 21.05.10
A 6ª Câmara Cível do TJ do Ceará manteve a sentença que condenou o comerciante D.R.S. a pagar indenização (R$ 10 mil) por danos morais à ex-noiva. Ele não compareceu ao casamento agendado, na cidade de Palhano, a 152 quilômetros de Fortaleza, quando descobriu que a futura esposa não era mais virgem. 
 Às vésperas do matrimônio, a ex-noiva, na época com 17 anos, revelou ao comerciante que já havia mantido relações sexuais com outro homem. No dia do casamento civil, 25 de março de 1998, ele não compareceu e deixou noiva, família e convidados esperando no cartório. Ofendida, ela entrou com uma ação de reparação de danos morais, em consequência da repercussão do fato no município. O relator do processo, desembargador Manoel Cefas Fonteles Tomaz, lembrou que a Constituição Federal garante, como direitos fundamentais, “a inviolabilidade da intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”, assegurando indenização por dano material ou moral quando esses princípios são violados. O acórdão do TJ admitiu que os danos morais foram duplos: "o não comparecimento do noivo à celebração do casamento civil, fato por si só ensejador da reparação; e a alegação do noivo de que deixou de contrair casamento em razão de a noiva mesma não ser virgem”. 

Ainda sem o trânsito em julgado, agora, da decisão, a ex-noiva já está com 27 de idade.
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Caso Concreto 2 - Em novembro de 2011 noticiou-se que o México discute aprovação de uma lei que visa instituir uma espécie de prazo de validade para o casamento, ou seja, uma das espécies de casamento no país seria válido por dois anos e ao término deste prazo o casal deveria se dirigir ao Cartório para renová-lo por prazo igual período ou por tempo indeterminado. Para os deputados que apoiam a medida a justificativa encontra-se no alto índice de separações e divórcios nos dois primeiros anos, pois é neste período que as pessoas se conhecem. A medida, então, ajudaria a diminuir o trabalho do Judiciário, pois as pessoas já conheceriam de antemão o termo resolutivo de seu casamento e se não o renovassem não haveria nenhuma burocracia a ser cumprida para dissolvê-lo.  A oposição afirma que esse tipo de medida torna o casamento descartável e não permite que as pessoas tomem o cuidado devido com os seus próprios relacionamentos. Pergunta-se: é possível em pactos antenupciais firmados no Brasil apor termos e condições como as discutidas pelo Congresso mexicano? O termo é condizente com o sistema de proteção ao casamento instituído pelo ordenamento civil? Explique sua resposta.
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Questão objetiva
Sobre o procedimento de habilitação para o casamento é incorreto afirmar:
a) O procedimento de habilitação para o casamento é indispensável para qualquer espécie de casamento civil.
b) Aqueles que necessitarem de suprimento judicial da idade deverão averbar a autorização judicial no registro de casamento e não transcrever na escritura antenupcial.
c) A coação física é causa de inexistência da casamento.
d) A autorização para o casamento dada pelos pais ou representantes legais pode ser revogada a qualquer tempo até a celebração do casamento.
e) O casamento religioso não levado a registro gera tão-somente união estável. 
SEMANA 4  - Validade do Casamento 1  -1. Diferenciar os pressupostos de existência, validade e eficácia do casamento.
Caso Concreto 1
Carlos e Carolina casaram-se apenas no religioso em dezembro de 1999 e assim viveram felizes pública, contínua e duradouramente até 2009, quando Carlos faleceu. Carlos e Carolina nunca tiveram intenção de levar seu casamento a registro, nem tão-pouco tinham instrumento particular ou público constituindo entre si união estável. Desta união não foram gerados filhos. Carolina, querendo seguir com sua vida em frente acabou envolvendo-se amorosamente com o pai de Carlos, Leôncio, de quem recebeu proposta de casamento. Carolina e Leôncio ingressaram com o procedimento de habilitação para o casamento (civil), mas sofreram oposição ao seu pedido por uma das filhas de Leôncio que afirmava que não poderiam se casar uma vez que Carolina havia vivido em união estável com Carlos, seu irmão e  filho de Leôncio. O impedimento para o casamento invocado pela filha de Leôncio se justifica? Justifique a sua resposta.
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Caso Concreto 2 - Juliana era casada pelo regime de comunhão parcial com Sérgio e deste casamento nasceram três filhos: Artur, Leandra e Andrea. Juliana faleceu em julho de 2011, deixando diversos bens. O inventário de Juliana foi aberto em 15 de agosto de 2011, mas ainda não foi finalizado uma vez que instalou-se controvérsia sobre a divisão de alguns bens. Em fevereiro de 2012 Sérgio  contraiu novas núpcias com Camila, após regular procedimento de habilitação, casamento em que optou em pacto antenupcial pelo regime de comunhão universal de bens. Pergunta-se:
a) O casamento entre Sérgio e Camila é válido? Justifique sua resposta.
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Questão objetiva- (OAB 2010.3) Mathias, solteiro e capaz, com 65 anos de idade, e Tânia, solteira e capaz, com 60 anos de idade, conheceram-se há um ano e, agora, pretendem se casar. A respeito da situação narrada, é correto afirmar que Mathias e Tânia:
a) Deverão, necessariamente, celebrar pacto antenupcial optando expressamente pelo regime da separação de bens.
b) Poderão casar-se pelo regime da comunhão parcial de bens, desde que obtenham autorização judicial, mediante prévia demonstração da inexistência de prejuízo para terceiros.
c) Poderão optar livremente dentre os regimes de bens previstos em lei, devendo celebrar pacto antenupcial somente se escolherem regime diverso da comunhão parcial de bens.
d) Somente poderão se casar pelo regime da separação obrigatória de bens, por força de lei e independentemente da celebração de pacto antenupcial. 
SEMANA 5 - Validade do Casamento. Causas de nulidade do casamento. Causas de anulação do casamento. Diferenças entre nulidade absoluta e nulidade relativa.
Caso Concreto 1
Maria e João são casados há pouco mais de um ano mas desde a noite de núpcias Maria se recusa contínua e permanentemente ao relacionamento sexual. Cansado da contínua rejeição João procura seu escritório e pergunta o que pode ser feito, pois entende ser insuportável a vida com Maria. Você entende que é o caso de pedir a anulação do casamento porque sem dúvida houve erro quanto à identidade psicofísica de Maria. Maria, citada para a ação anulatória, reconhece sua constante negativa ao relacionamento sexual, mas entende que o caso não é de anulação do casamento, mas sim de divórcio, pois sua omissão não afeta os planos de existência, validade e eficácia do casamento. Afirma que a causa de fracasso do casamento não é ausência de relacionamento sexual, mas sim a incompreensão do marido. O Ministério Público, ouvido, afirmou não ter ficado claro a causa da recusa que poderia ter as mais diferentes origens, mas que independente da justificativa, o ‘debitum conjugale’ é elemento que integra o casamento e a sua recusa é causa de sua anulação por erro quanto a pessoa do cônjuge. O processo está conclusão para sentença e você precisa decidir. Afinal a recusa permanente ao relacionamento sexual pode ou não caracterizar causa de anulação da casamento? Justifique sua resposta.
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Caso Concreto 2
(OAB 2010.3) José iniciou relacionamento afetivo com Tânia em agosto de 2009, casando-se cinco meses depois. No primeiro mês de casados, desconfiado do comportamento de sua esposa, José busca informações sobre seu passado. Toma conhecimento de que Tânia havia cumprido pena privativa de liberdade pela prática de crime de estelionato. José, por ser funcionário de instituição bancária há quinze anos e por ter conduta ilibada, teme que seu cônjuge aplique golpes financeiros valendo-se de sua condição profissional. José, sentindo-se enganado, decide romper a sociedade conjugal, mas Tânia, para provocar José, inicia a alienação do patrimônio do casal. 
Considerando que você é o advogado de José, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Na hipótese, existe alguma medida para reverter o estado de casado?
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b) Temendo que Tânia aliene a parte do patrimônio que lhe cabe, aponte o(s) remédio(s) processual(is) aplicável(is) in casu.
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Questão objetiva -(TJSC 2011 – Juiz Substituto) Assinale a alternativa correta:
I. Não pode casar o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.
II. É da essência do ato a certidão, de modo que o casamento somente pode ser provado por ela.
III. É nulo o casamento por violação de impedimento e anulável aquele celebrado em desacordo com as regras da idade núbil.
IV. Mesmo o casamento nulo, se celebrado de boa-fé por ambos os cônjuges, produz efeitos em relação a estes e aos respectivos filhos até a data da sentença anulatória.
a) Somente as proposições I, II e IV estão corretas.
b) Somente as proposições I e III estão corretas.
c) Somente as proposições I, III e IV estão corretas.
d) Somente as proposições II e III estão corretas.
e) Somente as proposições III e IV estão corretas.
SEMANA 6  - Celebração, prova e efeitos do casamento 
Caso Concreto 1
É sabido que o casamento é um dos atos mais solenes do Direito Civil e assim o é, sustenta a doutrina, para lhe garantir a seriedade e a publicidade necessárias. Uma das formas de realizar casamento civil válido é registrar o casamento religioso já realizado, nos termos do art. 1.516,CC, lembrando-se que para realizar este registro é necessário que o casamento religioso tenha observado os mesmos elementos de existência e validade do casamento civil (exceto quando à presença da autoridade celebrante). Conhecedores desta regra, Itamar (38 anos) e Crisitana (30 anos) foram a um Registro Civil da cidade de Salvador para registrar civilmente o seu casamento que havia sido realizado em um centro espírita. No Cartório foram surpreendidos com a informação de que o Espiritismo não é religioso, mas sim seita e que, por isso, o registro não poderia ser feito. Inconformados com a informação procuram seu escritório para que tome as medidas cabíveis. O que pode ser feito?
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Caso Concreto 2 - Dimas Messias de Carvalho (2009, p. 96) afirma que: “Fábio Ulhôa Coelho, filiando-se à corrente que defende que atualmentea fidelidade consiste em dever de lealdade entre os cônjuges e que a infidelidade apenas  sexual não viola este dever, leciona que a fidelidade é o menos importante dos deveres conjugais, especialmente nos chamados ‘casamentos abertos’ em que os cônjuges não dão à exclusividade sexual a menor importância. Para a sociedade é indiferente se os casados estão sendo infiéis ou não, devendo a fidelidade ser ignorada pela ordem jurídica também no âmbito civil, sendo de exclusiva alçada dos cônjuges, pois muitos não conseguem se satisfazer sexualmente sem a variação de parceiros, representando o dever de fidelidade um entrave na busca da felicidade”. À luz do conceito de casamento adotado pelo ordenamento vigente e pelos deveres decorrentes do casamento o dever de fidelidade recíproco pode ser relativizado ou até mesmo desconsiderado pelos cônjuges como pretende o autor? A banalização da fidelidade recíproca não importa reconhecer a própria banalização da relação marital? Explique sua resposta apontando fundamentos jurídicos.
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Questão objetiva
(TJPB 2011 – Juiz Substituto) Considerando as disposições legais e doutrinárias a respeito do direito de família, assinale a opção correta.
a) Tanto o casamento nulo quanto o anulável requerem, para a sua invalidação, pronunciamento judicial em ação própria, visto que ao juiz é vedado declarar de ofício a invalidade.
b) Os pais que tenham consentido, mediante ato escrito, casamento de filho menor de dezoito anos de idade poderão revogar a autorização, inclusive durante a celebração do casamento, desde que por ato escrito.
c) É admitida a alteração de regime de bens entre os cônjuges, independentemente de autorização judicial.
d) De acordo com o Código Civil, a relação concubinária mantida simultaneamente ao matrimônio gera, após o seu encerramento, direito a indenização e direitos hereditários.
e) No denominado casamento religioso com efeitos civis, o registro tem natureza meramente probatória, não constituindo ato essencial para a atribuição dos efeitos civis.
SEMANA 7- Introdução aos Regimes de Bens 1. Efeitos patrimoniais do casamento. 2. Princípios aplicáveis aos regimes de bens: Atr. 1639 CC ao Art. 1657 e Conceito de doações art. 546, CC e efeitos).
Caso Concreto 1
Jerônimo é locador de Luciana em imóvel localizado em Florianópolis, contrato firmado em julho de 2003 por prazo determinado de dois anos. Neste contrato, Luciana indicou por fiador seu irmão Luciomar, casado pelo regime supletivo de bens com Marília, desde fevereiro de 2003. Com a fiança anuiu Marília nos termos do art. 1.647, III, CC. Em julho de 2005 o referido contrato de locação foi renovado por prazo indeterminado e a esta renovação Luciomar deu consentimento por escrito mantendo-se como fiador. Ocorre que sua irmã perdeu e o emprego e logo após deixou de pagar o aluguel.  Ao ser demandado Luciomar alega em sua defesa que é ineficaz a fiança por ele prestada porque sua esposa deveria ter concordado expressamente com a prorrogação do contrato. A defesa por ele apresentada é válida? Justifique a sua resposta.
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Caso Concreto 2 
Leandra é viúva de Epaminondas com quem teve dois filhos. Leandra casou-se em 2009 com Érico após regular processo de habilitação. No momento do segundo casamento, Leandra ainda não havia finalizado o inventário dos bens do primeiro casamento. Considerando os fatos narrados, responda:
a) Qual o regime de bens adotado entre Érico e Leandra? Justifique sua resposta.
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b) Após a finalização do inventário do primeiro casamento, Leandra e Érico podem pedir a alteração do regime de seu casamento? Explique sua resposta.
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Questão objetiva
(Defensoria Pública/MA_2003) Considere as afirmações abaixo sobre o regime de bens entre cônjuges.
I. É admissível a alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, devendo ser apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados direitos de terceiros.
II. O regime da separação de bens é obrigatório se a mulher for maior de 50 (cinquenta) anos.
III. Se o da comunhão parcial, incluem-se na comunhão os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges e os decorrentes de doação, herança ou legado em favor de ambos os cônjuges.
IV. É nulo o pacto antenupcial feito por escritura pública se não lhe seguir o casamento.
V. No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, mas à época da dissolução da sociedade conjugal caber-lhe-á metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
SOMENTE estão corretas as afirmações:
a) I, II e IV.
b) I, III e V.
c) I, IV e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
SEMANA 8 - Regimes de Bens 
Caso Concreto 1
(MP/RJ - adaptada) João, que era solteiro, casou-se com Maria em janeiro de 1993, pelo regime de comunhão parcial de bens. Encontrando-se o casal em processo de separação judicial, instalou-se controvérsia a respeito de benfeitorias realizadas em um imóvel rural de 50 (cinquenta) hectares do qual João era possuidor desde 1980, tendo obtido, por sentença transitada em julgado na constância do casamento, a procedência do pedido de usucapião formulado em janeiro de 1994. Maria postula a meação das benfeitorias feitas neste imóvel na constância do casamento, enquanto João afirma que o mesmo integra o seu patrimônio particular. Pergunta-se: qual das partes tem razão? A reposta deve ser objetivamente justificada.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Caso Concreto 2
Camila e Carlos são casados pelo regime supletivo de bens. Camila já antes de seu casamento com Carlos era proprietária de um terreno ribeirinho às margens do Rio Descanso. Durante a constância do casamento o casal notou que a pouco metros da margem do terreno formou-se por trabalho da corrente do rio uma ilha que passaram a usar como extensão de sua propriedade. Quando da dissolução do casamento instalou-se controvérsia sobre a propriedade dessa ilha, alegando ser Carlos ela propriedade comum adquirida por fato eventual e exigindo a partilha. Camila afirmou ser esta forma por acessão incompantível com a noção de fato eventual e pedindo a exclusão da partilha, uma vez que acréscimo natural realizado a terreno que lhe pertencia antes do casamento. Quem tem razão? Fundamente sua resposta.
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Questão objetiva
(OAB-SP 122o./26) No regime de participação final dos aquestos:
a) Se um dos cônjuges vier a pagar débito do outro, utilizando bens de seu patrimônio, o valor desse pagamento, sem atualização monetária, deverá ser imputado na data da dissolução do casamento, à meação do outro consorte.
b) Há presunção ‘juris et de jure’ de que os bens móveis foram adquiridos durante o casamento.
c) Se não houver convenção antenupcial admitindo a livre disposição dos bens imóveis particulares, nenhum dos cônjuges poderá aliená-los sem a anuência do outro.
d) O cônjuge pode renunciar e ceder seu direito à meação durante a vigência desse regime matrimonial de bens.
SEMANA 9- Dissolução do Casamento - Debater a EC n. 66/10.
Caso Concreto 1
(OAB 2011 1) Maria, casada em regime de comunhão parcial de bens com José por 3 anos, descobre que ele não havia lhe sido fiel, e a vida em comum se torna insuportável. O casal se separou de fato, e cada um foi residir em nova moradia, cessando a coabitação. Da união não nasceu nenhum filho, nem foi formado patrimônio comum. Após dez meses da separação de fato, Maria procura um advogado, que entra com a ação de divórcio direto, alegando que essa era a visão moderna do Direito de Família, pois, ao dissolver uma união insustentável, seria facilitada a instituição de nova família. Após a citação, João contesta, alegando que o pedido não poderia ser acolhido, uma vez que ainda não havia transcorrido o prazo de dois anos da separação de fato exigidos pelo artigo 40 da Lei 6.515/77. 
Diante da hipótese apresentada, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a)Nessa situação é juridicamente possível que o magistrado decrete o divórcio, não obstante não exista comprovação do decurso do prazo de dois anos da separação de fato como pretende Maria, ou João está juridicamente correto, devendo o processo ser convertido em separação judicial para posterior conversão em divórcio? 
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b) Caso houvesse consenso, considerando as inovações legislativas, o ex-casal poderia procurar via alternativa ao Judiciário para atingir o seu objetivo ou nada poderia fazer antes do decurso dos dois anos da separação de fato? 
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Caso Concreto 2
Analise a seguinte notícia: Homem vai indenizar ex-esposa porque cometeu “infidelidade virtual” (26.05.08)
Um ex-marido infiel foi condenado a pagar reparação por danos morais no valor de R$ 20.000,00 porque manteve relacionamento com outra mulher durante a vigência do casamento. A "traição" foi comprovada por meio de e-mails trocados entre o acusado e sua amante. A sentença é da 2ª Vara Cível de Brasília e está sujeita a recurso de apelação.


Para o juiz, "o adultério foi demonstrado pela troca de fantasias eróticas". A situação ficou ainda mais grave porque, nessas ocasiões, o ex-marido fazia - com a "outra" - comentários jocosos sobre o desempenho sexual da esposa, afirmando que ela seria uma pessoa “fria” na cama. “Se a traição, por si só, já causa abalo psicológico ao cônjuge traído, tenho que a honra subjetiva da autora foi muito mais agredida, em saber que seu marido, além de traí-la, não a respeitava, fazendo comentários difamatórios quanto à sua vida íntima, perante sua amante”, afirma a sentença. As provas foram colhidas pela própria esposa enganada, que descobriu os e-mails arquivados no computador da família. Ela entrou na Justiça com pedido de reparação por danos morais, alegando ofensa à sua honra subjetiva e violação de seu direito à privacidade. Acrescenta que "precisou passar por tratamento psicológico, pois acreditava que o marido havia abandonado a família devido a uma crise existencial". Diz que jamais desconfiou da traição, só comprovada depois que ele deixou o lar conjugal.Em sua defesa, o ex-marido alegou "invasão de privacidade" e pediu a desconsideração dos e-mails como prova da infidelidade. Afirma que não difamou a ex-esposa e que ela mesma denegria sua imagem ao mostrar as correspondências às outras pessoas. Ao analisar a questão, o magistrado desconsiderou a alegação de quebra de sigilo. Para ele, não houve invasão de privacidade porque os e-mails estavam gravados no computador de uso da família e a ex-esposa tinha acesso à senha do acusado. “Simples arquivos não estão resguardados pelo sigilo conferido às correspondências”, conclui. (Proc. nº 2005.01.1.118170-3 - com informações do TJ-DFT
SEMANA 10- União Estável > diferenciar do concubinato> caracterização> possibilidade de conversão em casamento.
Caso Concreto 1
Fernando das Flores, 75 anos e Hortência Rubia, 73 anos, há dois vivem em união pública, contínua e duradoura e resolveram oficializar documentalmente a união estável que constituíram entre si. Pretendem adotar entre si o regime de comunhão universal e querem saber se isso é possível. Dê-lhes as explicações necessárias para que o contrato de convivência não seja considerado inválido com relação ao regime de bens escolhido.
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Eduarda e Rafael vivem em união estável há dez anos. Durante este período não documentaram sua situação, mas construíram patrimônio comum. Agora, em 2011, realizaram escritura pública de convivência optando pelo regime de separação de bens. Essa alteração de regimes é possível? Como se verificam seus efeitos, em especial nas relações jurídicas em face de terceiros?
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Questão objetiva
(OAB 2009.2) A respeito do direito de família, assinale a opção correta:
a) Aplicam-se à união estável as regras do regime da separação de bens, salvo contrato escrito em que se estipule o contrário.
b) Não pode ser reconhecida como união estável a relação pública, contínua e duradoura e com ânimo de constituir família, entre uma mulher solteira e um homem casado que esteja separado de fato.
c) Suponha que uma criança tenha sido concebida com material genético de Maria e de um terceiro, tendo sido a inseminação artificial previamente autorizada pelo marido de Marida. Nessa situação hipotética, o Código Civil prevê expressamente que a criança é presumidamente considerada, para todos os efeitos legais, filha de Maria e de seu marido.
d) Os cunhados, juridicamente, não podem ser classificados como parentes.
SEMANA 11- Filiação sob a ótica civil-constitucional > Reconhecimento de Filhos > Formas de reconhecimento
Caso Concreto 1
Em 1989 a Justiça do Distrito Federal julgou improcedente ação de investigação de paternidade proposta por Felipe, à época representado por sua mãe Neuza. Naquela ação Neuza foi beneficiária de Justiça gratuita e como Poder Público ainda não era obrigado a arcar com o exame de DNA e as provas por ela apresentadas foram consideradas insuficientes para demonstrar a paternidade de Pedro. Em 1996, Felipe, novamente representado por sua mãe, propôs ação de investigação de paternidade, invocando  agora lei do Distrito Federal que determinava que o poder público arcasse com as custas do exame de DNA. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal, no entanto, julgou o novo processo uma afronta à coisa julgada. Inconformado, Felipe recorreu ao STF. Pergunta-se: há afronta a coisa julgada uma vez que da primeira vez o processo foi extinto por insuficiência de provas ou deve prevalecer o direito fundamental à filiação? Justifique a sua resposta. 
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Caso Concreto 2
Cássio e Ludimila são casados há vinte anos e, deste relacionamento, nasceram dois filhos Cassandra (19 anos) e Lucíola (14 anos). Após desentendimento, Ludimila confessa a Cássio que sua filha mais velha possivelmente é filha de Plácido com quem manteve relacionamento sexual pouco antes do casamento. Inconformado com o fato, Cássio além de pedir o divórcio, ingressa com ação negatória de paternidade alegando não ser o pai de Cassandra em virtude da confissão materna. Pergunta-se:
a) A confissão materna é suficiente para afastar a paternidade?
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b) Se a filiação é ‘um estado afetivo e não puramente técnico’, o que deve prevalecer: o exame de DNA ou a filiação afetiva por quase vinte anos mantida entre Cassandra e Cássio? Fundamente sua resposta. 
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Questão objetiva
(ENADE 2009) “Os portugueses (...), assim que se estabeleceram no Brasil, começaram a anexar ao seu sistema de organização agrária de economia e de família uma dissimulada imitação de poligamia, permitida pela adoção legal, por pai cristão, quando este incluía em seu testamento os filhos naturais, ou ilegítimos, resultantes de mães índias e também de escravas negras. Filhos que, nesses testamentos, eram socialmente iguais, ou quase iguais, aos filhos legítimos. Aliás, não raras vezes, os naturais, de cor, foram mesmo instruídos na Casa Grande pelos frades ou pelos mesmos capelães que educavam a prole legítima, explicando-se assim a ascensão social de alguns desses mestiços.” FREYRE, Gilberto.
Com base na comparação entre esse texto, as mudanças da tutela jurídica das relações familiares, as transformações trazidas pela Constituição de 1988 e os dispositivos e princípios consagrados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, analise as seguintes afirmativas:
Em decorrência dos avanços tecnológicos, em especial o exame de DNA, o vínculo biológico é o único critério vigente no sistema brasileiro atual para o estabelecimento da filiação. 
Os filhos havidos de relações incestuosas 
têm assegurado o vínculo de paternidade sem  qualquer distinção de ordem patrimonial ou extrapatrimonial. 
Pelo princípio da isonomia da prole e da dignidade da pessoa humana, os filhos serão diferenciados em legítimos ou ilegítimos, sendo equiparados para efeitos sucessórios. 
Atualmente, no sistema jurídico brasileiro, os critérios vigentes para o estabelecimento da filiação são: o vínculo biológico, o vínculo jurídico e o vínculo socioafetivo. 
Estão CORRETAS somente as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I, III e IV.
SEMANA 12- Poder familiar e proteção dos filhos 
Caso Concreto 1
Estudou-se que a noção de poder familiar como poder-sujeição sem dúvida está em crise. Por isso, os genitores assumem hoje mais uma função educativa do que propriamente uma gestão patrimonial. Então, afirma-se o poder familiar é um poder-dever dos genitores que tem por finalidade maior a promoção das potencialidades criativas dos filhos. Se é certo que o castigo imoderado pode levar à suspensão ou à perda do pátrio poder o excesso de atividades extraclasse (prática de esportes, cursos de línguas e artes, etc.) impostas diária e exaustivamente a crianças e adolescentes, desrespeitando inclusive seu direito a intervalos de lazer, podem ser caracterizadas abuso da autoridade parental? Justifique sua resposta e, se possível, colacione decisão jurisprudencial.
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Caso Concreto 2
Roberto, 17 anos, é filho de Elisamara e Luciano, divorciados. Elisamara tem a guarda judicial de Roberto. No final de semana em que Roberto estava na casa do pai, furtou o veículo deste e causou grave acidente de trânsito. As vítimas propuseram ação em face de ambos os genitores afirmando ser ambos os responsáveis pelo menor. Elisamara afirma que embora tenha a guarda judicial,naquele final de semana Roberto não estava sob seus cuidados, portanto, não pode ser responsabilidade. Já Luciano, afirma que embora o menor estivesse consigo não autorizou a utilização do veículo, bem como, não tem a guarda judicial do adolescente não podendo responder pelos danos por eles provocados. Quem tem razão?
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Questão objetiva
(TJSC 2011 – Juiz Substituto) Assinale a alternativa correta:
I. Após homologação judicial, extingue-se o poder familiar pela emancipação derivada da concessão por ambos os pais ou de um deles na falta do outro, se o menor tiver 16 (dezesseis) anos completos. Se houver discordância entre os pais na concessão ou não da emancipação é assegurado o direito de
um dos genitores ou de o menor recorrer ao Poder Judiciário.
II. Não basta o adultério da mulher, com quem o marido vivia sob o mesmo teto, para ilidir a presunção legal da paternidade do filho. No entanto, a confissão materna, a critério do juiz, pode ser considerada suficiente como meio de prova para a exclusão da paternidade.
III. A perda do poder familiar é uma sanção imposta por sentença judicial ao pai ou à mãe que executar atos que a justificam, como por exemplo uso abusivo de álcool ou de entorpecentes, prática de obscenidades no lar testemunhadas pelo menor ou submissão da criança ou adolescente a abuso sexual.
IV. O Código Civil prevê que, se o pai ou a mãe que deve alimentos em primeiro lugar não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, os avós podem ser obrigados a prestar alimentos aos netos. Esta obrigação não tem o caráter de solidariedade mas o de subsidiariedade e de complementaridade.
a) Somente as proposições I, III e IV estão corretas.
b) Somente as proposições III e IV estão corretas.
c) Somente as proposições II e IV estão corretas.
d) Somente as proposições II e III estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.
SEMANA 13 - Alimentos > identificar características, espécies, obrigação, regras de qualificação, princípios. Pressupostos
 
Caso Concreto 1
Joelson, famoso jogador de futebol, é citado para responder a uma ação de alimentos em que uma mulher grávida afirma estar esperando filho seu e requer auxílio para manter-se durante a gestação (despesas de alimentação, exames, medicamento e parto). Joelson em sua defesa alega que  a requerente é conhecida vulgarmente como Taty Pega Todos e que possivelmente não é o pai da criança, requerendo, por isso, exame de DNA.  Pergunta-se: 
a) Diante da dúvida suscitada sobre a paternidade é possível fixar alimentos provisionais? Explique sua resposta.
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b) Após o nascimento, realizado o exame de DNA, verifica-se que Joelson não era o pai. Terá ele direito de pedir a repetição dos alimentos pagos?
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Caso Concreto 2 
Silvia, bióloga, tem 26 anos e ingressou com ação de alimentos pleiteando que seu pai pague-lhe alimentos uma vez que está cursando Mestrado e o tempo necessário ao desenvolvimento dos estudos, lhe impedem de exercer atividade remunerada suficiente para a própria subsistência. O pai de Silvia lhe procura afirmando que entende já ter cumprindo todas as obrigações alimentares com relação à filha e que o fato de estar cursando Mestrado não é justificativa suficiente para a continuidade da prestação. Você precisa apresentar a defesa do pai em juízo. O que arguiria benefício de seu cliente? Fundamente juridicamente o seu posicionamento.
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Questão Objetiva 1
(OAB 2010.1) Assinale a opção correta acerca da prestação de alimentos:
a) O direito a alimentos é recíproco entre pais e filhos.
b) Após a separação judicial do casal, mesmo que o cônjuge venha a necessitar de alimentos, ele não mais poderá pleitear ao outro cônjuge a prestação alimentícia.
c) Os créditos alimentares prescrevem em cinco anos.
d) Somente os filhos têm o direito de pedir alimentos.
Questão objetiva 2
(OAB 2009.2) Acerca dos encargos alimentares:
a) Alimentos são devidos entre cônjuges, companheiros e parentes, limitando-se neste caso, aos colaterais até o terceiro grau.
b) A fixação dos alimentos privilegia a necessidade em detrimento da possibilidade.
c) A transmissão da obrigação alimentícia não ocorre em relação aos herdeiros do devedor, visto que é obrigação personalíssima.
d) Admite-se a prestação de alimentos com caráter complementar, desde que reste comprovado que os alimentos originalmente fixados não atendem integralmente às necessidades do credor.
SEMANA 14- Bem de Família
Caso Concreto 1
Manoel é fiador de Eleonor em contrato de locação residencial que já dura três anos. Eleonor passa por enormes dificuldades financeiras e há um ano deixou de pagar o aluguel. Manoel, preocupado, procura advogado para receber informações sobre possível penhora do locador sobre imóvel seu em que reside com a família. Que orientação o advogado deve dar a Manoel? O locador poderá penhorar o bem de família de João? Explique suas respostas.
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Questão objetiva 1
Sobre o bem de família convencional assinale a alternativa correta:
a) Não é necessária a outorga do outro cônjuge para a instituição de bem de família voluntária.
b) O bem de família voluntário não pode ser instituído por terceiro em benefício dos cônjuges ou companheiros.
c) Não é condição ‘sine qua non’ para a instituição do bem de família o estado de solvênciaeconômica do instituidor no momento da instituição.
d) A ocupação do imóvel pela família é prescindível à constituição do bem de família, independente se o prédio está localizado em zona urbana ou rural.
e) Publicado o edital para o conhecimento de terceiros, tendo escoado o prazo de sessenta dias sem oposição ou reclamação de nenhum credor, o oficial promoverá o registro da escritura, instituindo o bem de família e gerando efeitos ‘ex nunc’.
Questão objetiva 2
Sobre o bem de família legal assinale a alternativa incorreta:
a) As benfeitorias voluptuárias só estarão abrangidas pela proteção do bem de família legal quando estiverem de certa forma agregadas ao bem principal que sua remoção implique a desfiguração ou alteração da substância do imóvel, caso contrário será considerada penhorável.
b) Os bens móveis que guarnecem a residência do locatário são em regra considerados impenhoráveis, desde que quitados.
c) A impenhorabilidade do imóvel rural abrange o prédio destinado à sede, os móveis quitados que a guarnecem, os utensílios e equipamentos e as plantações, entendendo-se essa limitada ao módulo rural.
d) Sendo o devedor proprietário de vários imóveis todos aptos a servir de residência da família a impenhorabilidade, em regra, deve recair sobre o de menor valor.
e) A impenhorabilidade instituída pela Lei n. 8.009/90 é absoluta.
SEMANA 15 - 
4. Requisitos da adoção/Cadastro Nacional de Adoção /Estágio de Convivência /Procedimento
5. Questões polêmicas/Adoção conjunta por par homoafetivo /Embriões ex cedentários /Adoção de nascituro /Desistência da adoção /Adoção simulada (à brasileira.)
Site indicado - Cadastro Nacional de Adoção: <http://www.cnj.gov.br/cna
Caso Concreto 1
Leia o texto: A adoção do nascituro
A coroa espartana devia pousar na cabeça de Licurgo, quando seu irmão faleceu sem deixar filhos; bastou que o grande administrador grego soubesse da gravidez da cunhada para reservar ao nascituro as galas do governo, embora assumisse a tutela da gestão.
Santo Agostinho vislumbrava o início da personalidade nos primeiros movimentos do feto, o que seria indício de alma; e o preceito bíblico condenava à morte quem ferisse mulher grávida.
Os fatos indicados revelam que a proteção do ser concebido remonta aos vagidos da civilização humana e a legislação anotou sempre a intenção de preservar os direitos de que está ainda submisso ao controle uterino; isso até mesmo para pensadores que acreditavam ser o neonato apenas um prolongamento das vísceras maternas. Uma ordenação lusitana assegurava à mãe a posse de alguns bens em razão do futuro parto; assim ainda o esboço de consolidação das leis civis brasileiras e a prédica do ventre livre, onde o direito à liberdade se estendia ao fruto da escrava gestante.
A possibilidade jurídica de adoção do nascituro teve assento implícito no código pretérito quando exigia o consentimento do adotado, ou de seu representante quando se tratasse do indivíduo embrionário, cânone que alguns achavam sem recepção pelo paradigma constitucional.
O surgimento posterior do diploma que regrou o instituto somente para crianças e adolescentes não afetou dita posição, persistindo a possibilidade de perfilhar a quem não se dera à luz.[...]
Autor: Desembargador José Carlos Giorgis 				 Disponível no site: www.ibdfam.org.br 
Pergunta-se:
a) Quando tem início a personalidade do nascituro no ordenamento brasileiro? Qual é a teoria adotada?
b) No vigente Código e em face das alterações promovidas pela Lei n. 12.010/09 é possível realizar a adoção de nascituro? Em caso afirmativo, qual seria o procedimento?
Caso Concreto 2
Lucas, 8 anos, há 2 vive com Rosa e Mário que detêm sua guarda. Em janeiro de 2011 Rosa morreu de parada cardíaca e tragicamente em março do mesmo ano Mário falece em acidente de trânsito. Ambos, embora apenas detivessem a guarda Lucas, tratavam-no publicamente como se filho fosse e já haviam procurado advogado para se informar sobre a possibilidade de adotá-lo. Pergunta-se, agora que ambos morreram, é possível realizar a adoção ‘post mortem’? Explique sua resposta.
Questão objetiva
(MPPR 2011 – Promotor) ANALISANDO AS SEGUINTES ASSERTIVAS:
I – Podem adotar apenas as pessoas maiores de 21 (vinte e um) anos, independentemente do estado civil, e desde que haja, pelo menos, 16 (dezesseis) anos de diferença de idade entre adotante e adotado. Para a adoção conjunta, no entanto, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família;
II – A adoção depende do consentimento dos pais ou do responsável legal do adotando, dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar; e será precedida de estágio de convivência, não suprido pela anterior guarda de fato;
III – Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua adoção, a criança ou o adolescente, preferencialmente, será colocado em entidade de acolhimento institucional. Em não havendo entidade adequada na Comarca, ou inexistindo vaga, a criança ou o adolescente será colocado sob a guarda de família cadastrada em programa de acolhimento familiar. Tal regra tem como objetivo evitar a formação de laços afetivos que venham a dificultar a adoção;
IV – Na adoção internacional, os pedidos de habilitação à adoção podem ser intermediados por organismos credenciados, desde que a legislação do país de acolhida assim o autorize. Para o credenciamento perante a Autoridade Central Federal Brasileira, válido por 02 (dois) anos, tais organismos devem ser oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia e cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico brasileiro, dentre outros, admitindo-se que cobrem valores para a execução de suas atividades, desde que não abusivos e devidamente comprovados;
V – Quando o Brasil for o país de acolhida, nas adoções internacionais, para fins de resguardar os interesses da criança ou do adolescente, o processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional, vedando-se o mero reconhecimento dos efeitos de decisão da autoridade competente do país de origem do adotandos .
É POSSÍVEL AFIRMAR:
a) Todas as assertivas estão corretas;
b) Todas as assertivas estão incorretas;
c) Apenas as assertivas I, II e V estão corretas;
d) As assertivas III e IV estão incorretas;
e) Apenas as assertivas II e IV estão corretas

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