Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Infraestrutura de Transportes Profº José Mauro Marquez CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E INFRAESTRUTURA •Portos Marítimos e Fluviais; • Infraestrutura Ferroviária; • Infraestrutura Rodoviária; •Aeroportos. Portos - Definição • Portos Marítimos são aqueles aptos a receber linhas de navegação oceânicas, tanto em navegação de longo curso (internacionais) como em navegação de cabotagem (domésticas), independente da sua localização geográfica. • Portos Fluviais são aqueles que recebem linhas de navegação oriundas e destinadas a outros portos dentro da mesma região hidrográfica, ou com comunicação por águas interiores. Fonte: Sistema Portuário Nacional http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/sistema-portuario-nacional • O Brasil conta com 34 portos organizados, sendo que 29 deles são marítimos Portos Marítimos • A globalização tornou inevitável a integração entre países e pessoas em todo o mundo, formando relações comerciais internacionais e fortalecendo a marinha mercante num processo que aparentemente só tende a crescer. • Nesse ambiente, os portos marítimos desempenham um papel importantíssimo. • Assim, com o crescimento desse segmento comercial, surge a necessidade do aumento e da melhoria operacional dos mesmos, para que, a cada dia, tornem-se mais aptos a receber uma quantidade maior de navios e cargas. Portos Marítimos • O terminal de contêineres de Xangai, China é o maior porto do mundo. • Situado na área mais densamente povoada do país e próximo a diversos polos industriais e agrícolas,. • Situado na foz do rio Yangtsé, o porto ocupa mais de 3.600 quilômetros quadrados, possuindo 125 berços de atracamento ao longo de mais de 20 quilômetros de faixa litorânea. Contêineres • TEUs (Twenty-foot Equivalent Units, ou unidades equivalentes de 20 pés). • Contêiner de 20 pés • Contêiner de 40 pés Portos Marítimos Classificação Porto País Movimentação Anual (milhões de TEUs - 2013) Crescimento Anual (% 2013) 1º Xangai China 33,7 + 3,3 2º Cingapura Cingapura 32,3 + 3,1 3º Shenzhen China 23,3 + 1,5 4º Hong Kong China 22,4 - 3,3 5º Busan Coréia do Sul 17,7 + 3,8 6º Ningbo China 17,4 + 7,3 7º Qingdao China 15,5 + 3,7 8º Guangzhou China 15,3 + 3,7 9º Dubai EAU 13,7 + 2,7 10º Tianjin China 13,0 + 5,7 Fonte: Containerisation International, 2014 38º Santos Brasil 3,5 - 5,5 Abaixo a seleção dos 10 maiores portos de contêineres ao redor do mundo, considerando-se a movimentação de carga medida em TEUs (Twenty-foot Equivalent Units, ou unidades equivalentes de 20 pés). Portos Brasileiros • Existem 37 Portos Públicos organizados no país. • Nessa categoria, encontram-se os portos com administração exercida pela União, no caso das Companhias Docas, ou delegada a municípios, estados ou consórcios públicos. • A área destes portos é delimitada por ato do Poder Executivo segundo art. 2º da Lei nº 12.815 de 5 de junho de 2013. • Porém, um dos maiores desafios dos portos brasileiros é a redução dos custos operacionais com o intuito de aumentar a competitividade com portos internacionais. Porto de Santos • Localizado nos municípios de Santos e Guarujá, SP, o Porto de Santos é o principal porto brasileiro e maior da América Latina em movimentação de mercadorias. • A importância econômica do Porto de Santos é ditada pela concentração de mais de 50% do PIB (produto interno bruto) do Brasil, com área de influência nacional, principalmente, os estados de: • São Paulo, • Minas Gerais, • Goiás, • Mato Grosso do Sul • Em torno de 90% da base industrial paulista está localizada a menos de 200 km do porto santista. Características dos Portos Brasileiros • Um dos grandes problemas que existe nas cidades portuárias é a falta de entrosamento entre as administrações portuárias e as Prefeituras municipais, através dos seus Planos de Desenvolvimento e Zoneamento Portuário – PDZP e Diretor Urbano – PDU. • Como não existe, na maioria dos casos, uma sintonia entre estes dois instrumentos, o entorno do porto está sempre congestionado com habitações desordenadas e com contingente populacional de baixa renda trazendo dificuldade para a desocupação dessas áreas. • Haja vista, que um dos maiores desafios da cidade do Rio de Janeiro com o novo Projeto do Porto Maravilha é integrar a zona portuária à dinâmica da cidade, conjugando desenvolvimento empresarial, social e lazer num mesmo espaço, que anteriormente era totalmente degradado. Características dos Portos Brasileiros • A baixa sintonia entre portos e municípios tornou-se relevante nas últimas três décadas, principalmente a partir do estabelecimento da Política Nacional do Meio Ambiente. • Assim, as regiões portuárias apresentam cenários de conflito entre os aspectos ambientais, sociais e econômicos, constituindo um desafio para a sociedade e administradores nos distintos níveis do poder. • Tais conflitos só poderão ser minimizados ou resolvidos a curto, médio e longos prazos mediante a realização de estudos de cunho científico que caracterizem os problemas e necessidades locais, propondo-se então realidade a implementação de tecnologias ou inovações necessárias para a adequação dos portos a uma nova. COMPONENTES DE UM PORTO ORGANIZADO • Um porto é formado por distintos componentes, naturais ou construtivos, que se classificam em quatro blocos: • ANTEPORTO: constituído essencialmente por duas partes: 1. Canal de acesso; 2. Fundeadouros. • PORTO: propriamente dito, englobando: 1. Bacia de evolução; 2. Cais com faixa de atracação e movimentação terrestre; 3. Estação de serviços (local de atracação de rebocadores, cábreas, pontões de serviço e embarcações de polícia e de bombeiros); COMPONENTES DE UM PORTO ORGANIZADO • RETROPORTO: que por sua vez se subdivide em: 1. Armazenagem, que pode ser externa de pátio, e interna em armazém ou galpões, silos e tancagem; 2. Acessos terrestres, com os diferentes modais que se conectam; 3. Instalações auxiliares, como as redes de utilidades, água potável e industrial, eletricidade em alta e baixa tensão, telecomunicações, incêndio, segurança, manutenção, estiva e capatazia; 4. Administração, em seus diferentes segmentos como Autoridade Portuária, Fazendária (SRF), Naval (DPC), policial (PF), trabalhista (DTM) e sanitária (MS e MA); E operadores portuários e (OGMO); • OBRAS COMPLEMENTARES:compreendem entre outras partes: 1. Balizamento de rotas, com bóias, faroletes, refletores de radar, rádio-ajudas, etc; 2. Quebra-mares, para proteção contra o impacto das ondas; 3. Marégrafos, para registro da amplitude das marés ao longo dos anos, de forma a facilitar sua previsão. Componentes Físicos de Porto Classificação dos Portos • A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, conhecida mais por sua sigla em inglês _ UNCTAD, adota uma classificação que vincula o terminal portuário com o seu entorno sócio-econômico, dividindo-os em 3 grupos, a saber: 1. portos de primeira geração - antenados apenas na execução de suas funções básicas de acesso, carga, descarga e estocagem; 2. portos de segunda geração - que, ademais se preocupam em gerar em seu entorno usuários comerciais e industriais de suas facilidades, tornando-se um centro portuário regional; 3. portos de terceira geração - empenhados em se entrosar estreitamente com seu “hinterland”, visando tornar-se o motor de seu desenvolvimento e um centro de serviços logísticos para a comunidade envolvida. Operação Básica no Porto • Desde a chegada da embarcação ao acesso portuário até sua saída do mesmo, se processam geralmente as seguintes operações: 1. Recepção do aviso de chegada do navio por comunicaçãovia rádio à administração do porto; 2. Execução da praticagem, com envio do prático ao navio, seguido da condução da embarcação ao interior do porto, com ou sem rebocagem; 3. Inspeção pelos representantes dos órgãos de controle do cumprimento das exigências legais por parte do navio; 4. Manobra de aproximação na bacia de evolução; 5. Atracação ao berço designado; 6. Preparação da operação de carga ou descarga; 7. Operação de movimentação da carga; 8. Preparação para o zarpe; 9. Liberação do navio para o zarpe pela Capitania; 10. Desatracação; 11. Praticagem e rebocagem, se necessária, para saída do porto. Porto de Santos • A movimentação de cargas no Porto de Santos em 2015 superou todas as expectativas, atingindo 119,931 milhões, um crescimento de 7,9%, impulsionado pela significativa alta de 14,4% nas operações de exportação, com forte influência dos embarques de açúcar, do chamado complexo soja (grãos e farelo) e de milho, respectivamente. • Cerca de 13,9% dos embarques efetuados em Santos tiveram como destino a China, 13,2% os Estados Unidos e 6,0% a Argentina. • As importações acusaram queda de 6,4% (2015). • As descargas tiveram como proveniência a China, com 21,2%, os Estados Unidos, com 16,0% e a Alemanha, com 9,4%. Fonte: http://www.portodesantos.com.br Porto de Santos Terminais Ferroviários Estação da Luz - SP Estação Central do Brasil Novo Projeto da Estação Central do Brasil • A execução da megaobra (~ R$300 milhões) depende, porém, de autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico), uma vez que o conjunto arquitetônico é tombado desde 1996. • O projeto está em análise pelo órgão, que deve decidir sobre o tema. O Iphan, porém, fez algumas exigências sobre o projeto inicial, e a Supervia fez readequações, que estão sob nova avaliação. Terminais Ferroviários A classificação dos terminais ferroviários de carga pode ser apresentada sob diversos pontos de vista, tais como: • Do nivelamento de suas linhas, sendo neste caso classificados em: pátios de nível ou planos, pátios de gravidade ou de rampa. • Da localização no sistema modal, podendo ser: nas extremidades dos trechos ou finais, internos aos trechos ou intermediários. • Da utilização operacional, divididos em: pátios de cruzamento de trens, pátios de formação, revisão e abastecimento, pátios de carga e descarga intermediárias ou finais, pátios especializados, pátios particulares. • Do seu esquema de linhas, tais como pátios planos simples, pátios planos compostos ou setoriais, pátios de ponta, pátios em pêra, pátios de gravidade de rampa única, pátios de gravidade de rampa múltipla, pátios mistos de carga e de passageiros, pátios de quebra de bitola, pátios fronteiriços de controle aduaneiro e troca de tração. Funções Operacionais dos Pátios Ferroviários Empregando os tipos anteriores especificados isoladamente ou combinados por subpátios, pode-se realizar diferentes funções que se executam nos pátios ferroviários, como sejam: 1. carga/descarga de mercadorias ou seu transbordo a outros vagões ou mesmo a veículos de diferente modal; 2. cruzamento de trens; 3. regularização do tráfego de toda uma linha; 4. revisão e manutenção de viagem de vagões e locomotivas; 5. abastecimento de locomotivas diesel ou a carvão; 6. desinfeção e limpeza de vagões; 7. troca de equipagens; 8. reforço e/ou troca de tração. Etapas do Planejamento de um Terminal • Quando se pensa em implantar um pátio ferroviário de carga, se seguem etapas que já foram demonstradas serem eficientes na execução dos objetivos, tais como: 1. Definição da filosofia do projeto; 2. Seleção do banco de dados técnico-econômicos disponíveis; 3. Estudo de oferta e demanda; 4. Formulação do modelo operacional; 5. Geração por simulação e seleção da melhor alternativa; 6. Projeto executivo construtivo e operacional. • Esta metodologia é essencialmente multidisciplinar envolvendo diversos técnicos de diferentes especialidades, tais como, engenheiros, arquitetos, economistas, tecnologia da informação, urbanismo, entre outros. Fluxograma para Planejamento de Terminal de Carga
Compartilhar