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1 Infraestrutura de Vias Terrestres 01 - Projeto de Engenharia 2 - Fases dos Serviços de Engenharia - Os projetos de Infraestrutura das Vias - Classe da Rodovia Projeto de Engenharia: A infraestrutura de vias terrestres, engloba muito mais do o projeto geométrico - alvo desta disciplina - tanto que grandes Universidades, nomeiam a disciplina como Projeto Geométrico. Dentro deste pressuposto, a pergunta cabível é: O que é um projeto geométrico de vias terrestres? Geometria de vias Terrestres Via Terrestre = Rodovias e Ferrovias Introdução O PROJETO GEOMÉTRICO é a parte primaria do projeto de vias, e estuda as diversas características geométricas do traçado em função das leis do movimento, do comportamento dos motoristas, das características de operação dos veículos e do trafego, de maneira a garantir uma via segura, confortável, eficiente e com o menor custo possível. O que estudaremos? Figura 01 – Projeto Típico de interseção, adaptado de http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1362755&page=123 4 Fases dos Serviços de Engenharia PROJETO E O PROCESSO CONSTRUTIVO O processo construtivo por ser representado em três grandes etapas: concepção, execução e utilização (LICHTENSTEIN, 1985 apud SCHMITT, 1998). A cada uma destas etapas estão associadas atividades diferenciadas e, portanto, documentos (PROJETOS) diferentes a serem desenvolvidos Fases dos Serviços de Engenharia As fases do processo construtivo e suas respectivas etapas de documentação (SCHMITT, 1998) : concepção (estudo preliminar, anteprojeto, projeto básico e projeto executivo); execução (orientação geral, verificação de compatibilidade do projeto com a execução, esclarecimento de dúvidas, questões relativas à necessidade de alterações ou complementações do projeto); uso (projeto “as built” e recomendações de uso e manutenção). 5 RESUMINDO..... Fases dos Serviços de Engenharia Em qualquer projeto de engenharia as investigações completas necessárias à sua implantação são realizadas em diferentes etapas, dentre as quais podemos relacionar: Investigações de Reconhecimento ou Inventário; Anteprojeto ou Viabilidade; Projeto Básico; Projeto Executivo; Acompanhamento da execução. 6 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fases dos Serviços de Engenharia Fase preliminar Fase de anteprojeto / projeto básico Fase de projeto executivo 7 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fases dos Serviços de Engenharia Fase Preliminar Segundo a definição do Manual de Pavimentação (2006) do DNIT, a Fase Preliminar, comum aos Projetos Básico e Executivo de Engenharia, caracteriza-se pelo levantamento de dados e realização de estudos específicos com a finalidade do estabelecimento dos parâmetros e diretrizes para a elaboração dos itens de projeto do Projeto Básico, sendo, portanto uma fase de diagnóstico e recomendações. 8 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fases dos Serviços de Engenharia Fase Preliminar Objetivos Definir as diretrizes tecnicamente possíveis de via; Determinar a viabilidade física das alternativas; Definir certas soluções básicas; Estimar os custos aproximados de construção e desapropriação. Estudos a executar Coleta e compilação de dados; Identificação e estudo das alternativas de traçado; Estabelecimento de critérios; Planos funcionais preliminares; Estimativa de custos; Avaliação preliminar comparativa; Escala das plantas; Área rural: 1:50.000, 1:20.000 ou 1:10.000; Área urbana: 1:5.000 ou 1:2.000. 9 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fases dos Serviços de Engenharia Fase Preliminar No âmbito do Projeto Geométrico, a fase preliminar envolve a definição das diretrizes tecnicamente possíveis da via e o estabelecimento de uma série de critérios a serem adotados, para permitir, ainda nesta fase, o desenvolvimento de alternativas de traçado viáveis do ponto de vista geometria. Em particular, deve-se considerar os seguintes elementos de projeto e outros aspectos pertinentes: Classificação funcional e técnica da via e velocidade de projeto; Veículo de projeto; Volume de tráfego horário de projeto; Uso e ocupação do solo no entorno da via. A partir da análise e de considerações acerca destes elementos, resultam parâmetros como: Raios mínimos de curva horizontal; Número e largura das faixas de rolamento; Distância de visibilidade (parada e ultrapassagem); Etc. 10 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fases dos Serviços de Engenharia Fase de Anteprojeto ou de Projeto Básico A Fase de Projeto Básico, comum aos Projetos Básico e Executivo de Engenharia, será desenvolvida com a finalidade de selecionar a alternativa de traçado a ser consolidada e detalhar a solução proposta, por meio da realização de estudos específicos e elaboração dos itens de projeto do Projeto Básico, fornecendo plantas, desenhos e outros elementos que possibilitem uma adequada identificação da obra a executar. (DNIT, 2006) 11 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fases dos Serviços de Engenharia Fase de Anteprojeto ou de Projeto Básico Objetivos: Estudar de forma mais detalhada as alternativas selecionadas na Fase Preliminar (em geral duas); Selecionar a melhor alternativa sob os aspectos técnico e econômico; Determinar com maior precisão os quantitativos de serviços; Determinar com maior precisão o orçamento da obra; Atividades a executar; Escala das plantas. - área rural: 1 : 10.000, 1 : 5.000 ou 1 : 2.000 - área urbana: 1:2.000 ou 1:1.000 12 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fase de Anteprojeto ou de Projeto Básico Fases dos Serviços de Engenharia No caso de implantação de rodovias, a fase de projeto básico deve iniciar-se com a aprovação das recomendações da fase preliminar. O projeto deve ser elaborado levando em conta as recomendação gerais para os alinhamentos horizontal e vertical, assim como as características básicas dos elementos da seção transversal, além de todos os parâmetros definidos na presente instrução. A diretriz de traçado proposta na fase anterior deve ser estudada de maneira mais detalhada e com maior precisão, visando a consolidação da melhor alternativa para determinação dos quantitativos de materiais e serviços e orçamento da obra. Eventualmente, podem ser identificadas restrições não consideradas anteriormente, exigindo adaptações na diretriz de traçado. O resultado desta fase deve ser um traçado consolidado sob o ponto de vista das características geométricas dos alinhamentos horizontal e vertical e da seção transversal. Uma boa definição das diretrizes desta fase pode ser encontrada na Instrução de Projeto IP- DE-F00-001 de Fevereiro de 2006 do DER/SP: 13 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fase de Projeto Executivo Fases dos Serviços de Engenharia A Fase de Projeto Executivo, específica para Projetos Executivos de Engenharia, será desenvolvida com a finalidade de detalhar a solução selecionada, por meio da elaboração dos itens de projeto do Projeto Executivo, fornecendo plantas, desenhos e notas de serviço que permitam a construção da rodovia. Devem ser fornecidos os seguintes elementos: (DNIT, 2006). Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra; Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra; Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços, fornecimentos dos materiais e transportes propriamente avaliados; Informações para a instrução dos processos desapropriatórios. 14 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fase de Projeto Executivo Fases dos Serviços de Engenharia Objetivos Detalhar a alternativa selecionada na fase anterior; Fornecer plantas, perfis, outros desenhos e notas de serviço que permitam ao construtor implantar a obra; Fornecer relatórios, memoriais descritivos e de cálculo; Determinar com maior precisão os quantitativos e o orçamento da obra; Atividades a executar; Escala das plantas; - área rural: 1 : 2.000 ou 1 : 1.000 - área urbana: 1:500 15 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO VIAS TERRESTRES Fase de Projeto Executivo Fases dos Serviços de Engenharia Após aprovação do projeto básico, o projeto executivo deve ser elaborado seguindo as mesmas recomendações e os mesmos parâmetros estabelecidos na fase anterior. A diferença substancial entre essas duas etapas está no grau de detalhamento, tendo em vista que o objetivo principal nesta fase é o desenvolvimento do projeto final de engenharia, permitindo a determinação dos quantitativos e do orçamento da obra com a máxima precisão possível e o fornecimento de todos os elementos e informações para a implantação da obra. Além das plantas e perfis, devem ser elaboradas seções transversais e notas de serviço de plataforma acabada correspondentes, bem como detalhes que se julguem relevantes e que permitam ao construtor a execução das obras projetadas. 16 DADOS IMPORTANTES DO PROJETO GEOMÉTRICO DE VIAS TERRESTRES Fases dos Serviços de Engenharia 17 O Ciclo para Aperfeiçoamento das Técnicas de Desenvolvimento do Projeto da Via. Planejamento Pesquisa Experiência - Operação de tráfego; - Manutenção. Projeto: - Geométrico - Pavimentação - Drenagem - Estruturas - Outros Construção 18 Fases dos Serviços de Engenharia As obras de engenharia, desde a sua concepção inicial até a sua devida utilização prática, exige a aplicação de quatro fases interdependentes de serviços, de igual importância, são elas: PROJETO CONSTRUÇÃO OPERAÇÃO CONSERVAÇÃO Figura 01 – Seção Tipo Área Rural, adaptado de http://geraldomouret.blogspot.com.br/2013/02/governo-conclui-projeto- para-duplicacao.html Sobre a ótica do setor de infraestrutura de transportes estas fases podem ser entendidas, exploradas e definidas conforme exposto na sequência a seguir para o PROJETO: Os Principais Conceitos Básicos considerados no Projeto da Via são: Importância da via ⇔ posição hierárquica na rede viária. Características de projeto e de operação dependem de: classe da via; localidades e destino atendidos; Conexões; volumes e composição de tráfego previstos; Topografia; uso e ocupação do solo. 19 Fases dos Serviços de Engenharia PROJETO Os Principais Conceitos Básicos considerados no Projeto da Via são: Exigências a serem atendidas no projeto da via: Segurança; capacidade: operação não deve desejavelmente atingir a capacidade; eficiência econômica: análises do tipo custo / benefício; integração satisfatória no meio ambiente. Exigências relacionadas à segurança devem considerar: limites de percepção humana; comportamento do motorista; interações físicas entre o veículo e a via. 20 Fases dos Serviços de Engenharia PROJETO Os Principais Conceitos Básicos considerados no Projeto da Via são: 21 Fases dos Serviços de Engenharia PROJETO Aspectos especialmente importantes à segurança: dinâmica do movimento do veículo drenagem visibilidade configurações da perspectiva da via consistência do traçado equipamentos instalados na via tipos de controle de tráfego Geometria da infra e da superestrutura Trinômio: - Veículo / Motorista: características potencialmente variáveis Motorista Veículo Via 22 Fases dos Serviços de Engenharia Segundo Pereira, D.M et al. 2013, o projeto de uma estrada, deve seguir algumas regras básicas como: - Ser o mais completo possível; - De fácil entendimento; - Perfeitamente exequível para as condições vigentes; - Possuir identificação e solução dos prováveis problemas; - Observar padronização conforme normas estabelecidas; - Conter todos os elementos quantitativos, qualitativos e técnicos nos níveis de detalhamento ideal para a sua melhor e integral aplicação. PROJETO Um projeto de rodovia pode ter subdivisões inter-relacionadas conforme suas necessidades próprias, mas de uma maneira geral, os Projetos de Engenharia são informalmente padronizados. 23 Fases dos Serviços de Engenharia OS PROJETOS VIÁRIOS Estudos de Tráfego: Trata da coleta de dados de tráfego, análise do tráfego atual e futuro. avaliar a suficiência do sistema de transporte existente; auxiliar na definição do traçado e padrão da rodovia; definir a classe e suas características técnicas; determinar as características operacionais da rodovia; fornecer insumos para a análise de viabilidade econômica. Estudo de viabilidade técnica-econômica: Tem os seguinte objetivos: dar subsídios para seleção das alternativas de traçado mais convenientes; determinar as características técnicas mais adequadas em função dos estudos de tráfego; definir a viabilidade econômica do projeto. Estudos hidrológicos: Consistem na coleta de dados, processamento destes dados e análise relativa a todo aspecto hidrológico nas diversas fases de projeto. 24 Fases dos Serviços de Engenharia OS PROJETOS VIÁRIOS Estudos topográficos: Consistem na busca do pleno conhecimento do terreno através de levantamento topográfico convencional ou por processo aerofotogramétrico, com formas de trabalho, precisão e tolerância em consonância a fase de projeto que se desenvolve. Estudos geológicos e geotécnicos: Têm por objetivo o melhor conhecimento da constituição do terreno através de sondagens e coleta de materiais no campo e consequentes ensaios destes materiais para definição de suas características e aplicabilidade. Projeto geométrico: Tem por objetivo o completo estudo e consequente definição geométrica de uma rodovia, das características técnicas tais como raios de curvaturas, rampas, plataforma, etc... Projeto de terraplenagem / obras de arte correntes: Consiste na determinação dos volumes de terraplenagem, dos locais de empréstimos e bota- fora de materiais e na elaboração de quadros de distribuição do movimento de terra, complementado pela definição das Obras de Arte Correntes. 25 Fases dos Serviços de Engenharia OS PROJETOS VIÁRIOS Projeto de drenagem: Visa estabelecer a concepção das estruturas que comporão o projeto de drenagem superficial e profunda, estabelecendo seus dimensionamentos e apresentando quadros identificativos do tipo de obra, localização e demais informações. Projeto de pavimentação: Objetiva estabelecer a concepção do projeto de pavimento, a seleção das ocorrências de materiais a serem indicados, dimensionamento e definição dos trechos homogêneos, bem como o cálculo dos volumes e distâncias de transporte dos materiais empregados. Projeto de obras de arte especiais: Consiste na concepção, no cálculo estrutural e confecção das plantas de execução de pontes e viadutos. Projeto de interseções, retornos e acessos - consiste na identificação e concepção de projeto, detalhamento e demonstração das plantas de execução destes dispositivos. Projeto de obras complementares: É desenvolvido em função dos demais projetos, complementando-os conforme análise de necessidades de implantação de dispositivos de funcionalidade e de segurança do complexo da obra de engenharia. 26 Fases dos Serviçosde Engenharia OS PROJETOS VIÁRIOS Projeto de Sinalização: É composto pelo projeto de sinalização horizontal e vertical das vias, interseções e acessos, também pela sinalização por sinais luminosos em vias urbanas, onde são especificados os tipos dos dispositivos de sinalização, localização de aplicação e quantidades correspondentes. Projeto de desapropriação: É constituído de levantamento topográfico da área envolvida, da determinação do custo de desapropriação de cada unidade, do registro das informações de cadastro em formulário próprio, da planta cadastral individual das propriedades compreendidas, total ou parcialmente na área e, por fim, relatório demonstrativo. Projeto de instalações para operação da rodovia É constituído de memória justificativa, projetos e desenhos específicos e notas de serviços dos dispositivos tais como postos de pedágio, postos de polícia, balanças, residências de conservação, postos de abastecimento, áreas de estacionamento, paradas de ônibus, etc... Orçamento dos projetos: Consiste na pesquisa de mercado de salários, materiais, equipamentos, etc... para o cálculo dos custos unitários dos serviços e estudo dos custos de transportes para confecção do orçamento total da obra. 27 Fases dos Serviços de Engenharia OS PROJETOS VIÁRIOS Plano de execução dos serviços: Apresenta um plano de ataque dos serviços considerando a forma e equipamento para execução, bem como os cronogramas e dimensionamento/ “lay-out” das instalações necessárias a execução da obra. Documentos para licitação: Visam identificar e especificar as condições que nortearão a licitação dos serviços para execução da obra. Estudo de impacto ambiental (EIA): Trata-se da execução por equipe multidisciplinar das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar sistematicamente as consequências da implantação de um projeto no meio ambiente. Relatório de impacto ambiental (RIMA): É o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos da avaliação de impacto ambiental; deve conter o esclarecimento de todos os elementos da proposta em estudo. 28 Fases dos Serviços de Engenharia CONSTRUÇÃO É uma fase que deve obedecer o projeto compondo-se de 4 etapas: IMPLANTAÇÃO BÁSICA; OBRAS DE ARTE ESPECIAIS; TÚNEIS; SUPERESTRUTURA . Serviços preliminares; Obras de arte correntes; Terraplenagem; Serviços complementares. 29 Fases dos Serviços de Engenharia CONSTRUÇÃO É uma fase que deve obedecer o projeto compondo-se de 4 etapas: IMPLANTAÇÃO BÁSICA; OBRAS DE ARTE ESPECIAIS; TÚNEIS; SUPERESTRUTURA . Pontes Viadutos Obras de contenção 30 Fases dos Serviços de Engenharia CONSTRUÇÃO É uma fase que deve obedecer o projeto compondo-se de 4 etapas: IMPLANTAÇÃO BÁSICA; OBRAS DE ARTE ESPECIAIS; TÚNEIS; SUPERESTRUTURA . Com estabilidade natural Com estabilidade artificial 31 Fases dos Serviços de Engenharia CONSTRUÇÃO É uma fase que deve obedecer o projeto compondo-se de 4 etapas: IMPLANTAÇÃO BÁSICA; OBRAS DE ARTE ESPECIAIS; TÚNEIS; SUPERESTRUTURA . Leito natural: solo local espalhado Revestimento primário: solo local ou importado, estabilizado Pavimento: asfalto, concreto, pedra, paralelepípedo. 32 Fases dos Serviços de Engenharia OPERAÇÃO O controle operacional de uma rodovia tem por objetivo analisar continuamente os níveis de serviço nos diversos trechos, através de instrumentos de gestão que garantam a imediata tomada de decisões para solucionar os eventuais problemas ou situações que possam ameaçar a segurança e o conforto dos usuários. Inspeção de trânsito (sinalização e emergência) Atendimento pré-hospitalar (primeiros socorros e remoção) Atendimento mecânico (resgate/ guincho) Atendimento de incidentes (limpeza de pista) Fiscalização de trânsito (polícia rodoviária) Unidades móveis de controle de peso dos veículos (balanças). 33 Fases dos Serviços de Engenharia CONSERVAÇÃO Para garantir as características das obras e consequentemente evitar a possível destruição, e visando a manutenção de boas condições de tráfego e segurança, são executados os serviços de Conservação. Clima Tempo Tráfego Tendem a desgastar as obras, podendo levar até a total destruição. Atualmente vem desenvolvendo-se uma importante ferramenta para melhor conhecimento, dimensionamento e planejamento das necessidades da conservação através do Sistema de Gerenciamento de Pavimentos - SGP. 34 Os projetos de Infraestrutura das Vias 35 Inúmeras atividades são necessárias para a elaboração de um projeto viário. Os projetos de Infraestrutura das Vias Estudos de Tráfego; Estudos Geológicos Geotécnicos; Estudos Hidrológicos; Estudos Topográficos; Plano Funcional; Projeto Geométrico; Projeto de interseções, retornos e acessos; Projeto de Terraplenagem; Projeto de Drenagem; Projeto de Pavimentação; Projeto de Obras de Arte; Projeto de Sinalização; Projeto de Paisagismo; Projeto de Elementos de Segurança; Projeto de Desapropriação; Projeto de Relocação de Serviços Públicos; Projeto de Cercas e Muros; Projeto de Instalações para Operação da Via; Plano de Execução e Orçamento da Obra; Documentos para Concorrência. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS AXIAIS TRANSVERSAIS PLANIMÉTRICOS ALTIMÉTRICOS TANGENTES CURVAS HORIZONTAIS GREIDES RETOS CURVAS VERTICAIS SEÇÕES EM ATERRO SEÇÕES EM CORTE SEÇÕES MISTAS Os projetos de Infraestrutura das Vias Designação dos elementos geométricos 37 Os projetos de Infraestrutura das Vias Designação dos elementos geométricos Uma rodovia pode ser imaginada como sendo uma entidade física, na qual prevalecem as dimensões longitudinais, sendo seus elementos referenciados geometricamente a uma linha fluente e contínua. Como qualquer ente tridimensional, a rodovia pode ter seus elementos geométricos decompostos segundo as três dimensões, para tratamento de cada uma delas em fases separadas, com vistas à maior facilidade. Numa das fases, trata-se do projeto em planta, dimensionando-se os elementos geométricos da rodovia, projetados em um plano horizontal. No projeto em planta, o objetivo principal é definir a geometria da linha que representa a rodovia no plano horizontal, denominada eixo da rodovia. 38 Designação dos elementos geométricos Noutra fase, define-se o projeto em perfil, com o dimensionamento dos elementos geométricos da rodovia segundo um plano vertical. No projeto em perfil, o objetivo principal é definir a geometria da linha que corresponde ao eixo da rodovia representado no plano vertical, linha esta que é denominada greide da rodovia. Finalmente, na terceira fase, pode-se definir os denominados elementos de seção transversal, com a caracterização da geometria dos componentes da rodovia segundo planos verticais perpendiculares ao seu eixo. Esta separação é feita apenas com o propósito de facilitar o dimensionamento dos elementos que constituem o projeto geométrico de uma rodovia. Os projetos de Infraestrutura das Vias 39 Designação dos elementos geométricos Observando as diferentes disposições comumente encontradas ao longo dos traçados das rodovias, podem ser distinguidos três tipos clássicos de configuração para as denominadas seções transversais, as quais estão ilustradas esquematicamente na Figura 5, tipos esses que são os seguintes: seção transversal em corte – aquela que corresponde à situação em que a rodovia resulta abaixo da superfície do terreno natural; seção transversal em aterro – a que corresponde à situação contrária,isto é, com a rodovia resultando acima do terreno natural; seção transversal mista – que ocorre quando, na mesma seção, a rodovia resulta de um lado, abaixo do terreno natural, e do outro, acima do terreno natural. Os projetos de Infraestrutura das Vias 40 Designação dos elementos geométricos Figura 2 – Configurações típicas de seções transversais Os projetos de Infraestrutura das Vias 41 Designação dos elementos geométricos Na Figura 3 está representada a configuração típica de uma seção transversal mista de uma rodovia em pista simples, onde estão assinalados, de um lado, os elementos característicos de uma seção em corte e do outro, os elementos característicos de uma seção em aterro. Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples Os projetos de Infraestrutura das Vias 42 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples eixo da rodovia – a linha que representa geometricamente a rodovia, projetada no plano horizontal; numa seção transversal, o eixo se resume a um ponto, tal com indicado nas Figuras 3 e 4. Os projetos de Infraestrutura das Vias 43 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples faixa de rolamento (ou faixa de trânsito) – o espaço dimensionado e destinado à passagem de um veículo por vez; Os projetos de Infraestrutura das Vias 44 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples pista de rolamento – o espaço correspondente ao conjunto das faixas contíguas; Os projetos de Infraestrutura das Vias 45 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples acostamento – o espaço adjacente à faixa de trânsito, destinado à parada emergencial de veículos, não sendo em geral dimensionado para suportar o trânsito de veículos (que pode ocorrer em caráter esporádico); nas seções em aterro, os acostamentos poderão incluir uma largura adicional (não utilizável pelos veículos) destinada à instalação de dispositivos de sinalização (placas) ou de segurança (guard-rails); Os projetos de Infraestrutura das Vias 46 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples sarjeta – dispositivo de drenagem superficial, nas seções em corte, que tem por objetivo coletar as águas superficiais, conduzindo-as longitudinalmente para fora do corte; Os projetos de Infraestrutura das Vias 47 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples abaulamento – inclinação transversal das faixas de trânsito ( ou das pistas de rolamento), introduzida com o objetivo de forçar o escoamento das águas superficiais para fora da pista; no caso de pista dupla, não se trata de abaulamento propriamente dito, mas inclinações transversais das pistas (que podem ser independentes); Os projetos de Infraestrutura das Vias 48 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples plataforma – a porção da rodovia compreendida entre as bordas dos acostamentos externos, mais as larguras das sarjetas e/ou as larguras adicionais, conforme se trate de seções em corte, em aterro ou mistas; Os projetos de Infraestrutura das Vias 49 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples saia do aterro – a superfície lateral (em geral, inclinada) resultante da conformação de uma seção em aterro; a interseção dessa superfície com o terreno natural é denominada pé de aterro, e a sua interseção com a plataforma é denominada crista do aterro; Os projetos de Infraestrutura das Vias 50 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples rampa do corte – a superfície lateral (geralmente inclinada) resultante da conformação de uma seção em corte; a interseção dessa superfície com a plataforma é denominada pé de corte, sendo a sua interseção com o terreno natural denominada crista de corte; Os projetos de Infraestrutura das Vias 51 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples talude – a forma de caracterizar a inclinação da saia do aterro ou a rampa do corte, sendo expresso pela relação (v:h ou v/h) entre os catetos vertical (v) e horizontal (h) de um triângulo retângulo cuja hipotenusa coincide com a superfície inclinada; matematicamente, o talude é a tangente do ângulo que a superfície inclinada forma com o horizonte; Os projetos de Infraestrutura das Vias 52 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples valeta de proteção de corte – dispositivo de drenagem superficial, disposto a montante das seções em corte, com o objetivo de interceptar as águas superficiais que correm em direção à rampa do corte, conduzindo-as longitudinalmente para fora do trecho em corte; são em geral pequenas valas escavadas no terreno natural, com o material resultante da escavação sendo depositado a jusante da valeta, visando à formação de um pequeno dique, denominado banqueta de proteção de corte. Os projetos de Infraestrutura das Vias 53 Designação dos elementos geométricos Figura 3 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista simples off-sets – dispositivos (varas ou estacas) usados para referenciar as posições das cristas dos cortes e dos pés dos aterros; colocados com certo afastamento lateral em relação a esses pontos, permitem a fácil remarcação destes, caso as marcas originais sejam arrancadas durante a construção dos cortes ou dos aterros. Os projetos de Infraestrutura das Vias 54 Designação dos elementos geométricos Figura 4 – Elementos de seção transversal: rodovias em pista dupla A mesma disposição está representada na Figura 4, na qual se representa um seção transversal mista para o caso de uma rodovia em pista dupla, com indicação das posições dos eixos de projeto (observem que os eixos podem ser projetados de forma independente). Os projetos de Infraestrutura das Vias 55 Designação dos elementos geométricos A terminologia apresentada é a tecnicamente correta, no entanto, no jargão rodoviário, alguns elementos passaram a ser designados com a denominação de outros, gerando uma certa incorreção do ponto de vista de conceituação, no rigor acadêmico. É o caso das saias dos aterros e das rampas de cortes, vulgarmente designadas por “taludes dos aterros” e por “taludes dos cortes”. Como já foi visto, o termo talude não se refere à superfície propriamente dita, mas à sua inclinação. Outra impropriedade, frequente no meio rodoviário, é o uso dos termos “off-set do aterro” e “off-set do corte” para designar, respectivamente, o pé do aterro e a crista do corte. Os projetos de Infraestrutura das Vias 56 Classe da Rodovia (Classificação funcional de rodovias) 57 Classificação funcional de rodovias O conhecimento da sigla de uma rodovia federal permite, que se tenha uma noção razoavelmente aproximada da disposição do traçado da rodovia em relação ao mapa do Brasil. Para tanto, existe outra forma de se classificar as rodovias, não importando suas localizações ou disposições geográficas, mas sim o tipo de serviço que elas oferecem. Essa forma de classificação, denominada de classificação funcional de rodovias, parte do conhecimento de que o tipo de serviço oferecido por uma rodovia pode ser determinado a partir das funções básicas de mobilidade e de acessibilidade que a rodovia propicia. A consideraçãodessas funções de mobilidade e acesso forma a base conceitual a partir da qual as rodovias podem ser agrupadas hierarquicamente nos seguintes sistemas funcionais, de acordo com as características básicas dos serviços oferecidos (Figura 5): 58 Classificação funcional de rodovias sistema arterial – que compreende as rodovias cuja função principal é a de propiciar mobilidade; sistema coletor – englobando as rodovias que proporcionam um misto de funções de mobilidade e acesso; sistema local – abrangendo as rodovias cuja função principal é a de oferecer oportunidades de acesso Figura 5 – As funções de mobilidade e de acesso 59 Classificação funcional de rodovias Figura 6 – Hierarquia funcional das vias urbanas Fonte: (IPR. Publ., 740) DNIT 2010 60 Classificação funcional de rodovias Dentre os objetivos gerais da adoção da classificação funcional de rodovias podem ser citados: o planejamento lógico do desenvolvimento físico do sistema rodoviário; a adjudicação racional da responsabilidade de jurisdição; o planejamento da distribuição dos recursos financeiros por sistemas funcionais. Na Tabela 1 estão resumidos, por sistema funcional, as funções básicas e os demais parâmetros que serviram de referência para a classificação funcional das rodovias no Brasil. 61 Classificação funcional de rodovias Tabela 1 – Parâmetros para a classificação funcional de rodovias 62 Classe da Rodovia (Classificação técnica das rodovias) 63 Classificação técnica das rodovias A nomenclatura das rodovias federais oferece uma forma lógica para a sua designação, atendendo a interesses de ordem administrativa, permitindo ainda (ao menos para o caso das rodovias federais) que se tenha uma noção aproximada da disposição geográfica do traçado de uma rodovia ao se conhecer a sua sigla. A classificação funcional das rodovias, por sua vez, atende principalmente a interesses da área de planejamento rodoviário, pois o critério e agrupamento, de acordo com os tipos de serviços prestados, permite que se tenha uma noção da importância que uma rodovia exerce no contexto de uma rede rodoviária e das características gerais da demanda que a solicita, quando se conhece o sistema funcional a que pertence a rodovia. Para fins de balizamento do projeto geométrico de uma rodovia, no entanto, é conveniente outra forma de classificação, denominada classificação técnica, que permite a definição das dimensões e da configuração espacial com que a rodovia deverá ser projetada para poder atender satisfatoriamente à demanda que a solicitará e, consequentemente, ás funções a que se destina. REGIÃO PLANA - H < 10m/km REGIÃO ONDULADA - 10 < H 40m/km REGIÃO MONTANHOSA - H > 40m/km Classificação técnica das rodovias Para entendimento do relevo e classificação topográfica das regiões, uma forma de caracterizá-lo é seguindo a respectiva prerrogativa: Δ𝑯 = 𝒉𝟏 + 𝒉𝟐 + 𝒉𝟑 +⋯+ 𝒉𝒏 𝑫 65 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto As normas do DNIT estabelecem cinco classes técnicas para o projeto de rodovias rurais integrantes da rede nacional, são elas: a) classe 0 (zero) ou classe especial – que corresponde ao melhor padrão técnico, com características técnicas mais exigentes, adotadas por critérios de ordem administrativa; trata- se de projeto de rodovia em pista dupla, com separação física entre as pistas, interseções em níveis distintos e controle total de acessos, com características de via expressa; b) classe I (um) – é subdividida nas classes IA e IB. A classe IA corresponde a projeto de rodovia com pista dupla, admitindo interseções em nível e controle parcial de acessos, sendo a definição por esta classe feita com base em estudos de capacidade de rodovias. A classe IB corresponde a projeto de rodovia de pista simples, sendo indicada quando a demanda a atender é superior a 200 vph (veículos por hora) ou superior a 1400 vpd (veículos por dia), mas não suficiente para justificar a adoção de classes de projeto superiores. 66 Classificação técnica das rodovias c) classe II (dois) – que corresponde a projeto de rodovia em pista simples, cuja adoção é recomendada quando a demanda a atender é de 700 vpd a 1400 vpd; d) classe III (três) – que corresponde a projeto de rodovia em pista simples, sendo recomendada para o projeto de rodovia com demanda entre 300 vpd e 700 vpd; e) classe IV (quatro) – que é a classe de projeto mais pobre, correspondendo a projeto de rodovia em pista simples, sendo subdividida nas classes IVA e IVB. A classe IVA tem sua adoção recomendada para os casos em que a demanda, na data de abertura da rodovia ao tráfego, situa-se entre 50 vpd e 200 vpd, sendo a classe IVB reservada aos casos em que essa demanda é inferior a 50 vpd. As classes de projeto, os respectivos critérios de classificação técnica e as velocidades diretrizes mínimas recomendadas para o projeto de rodovias novas, para as diferentes condições de relevo da região atravessada, estão resumidos na Tabela 2. Classes de projeto 67 Classificação técnica das rodovias Tabela 2 – Classes de projeto para novos traçados de rodovias em áreas rurais - DNIT Classes de projeto 68 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Esses valores estão discriminados, para as velocidades diretrizes mínimas de projeto que correspondem às diferentes condições de relevo da região atravessada, nas Tabelas 3a e 3b. Vale ressaltar que os parâmetros e valores constantes dessas tabelas correspondem aos valores limites aceitáveis ou recomendados pelas normas, podendo (ou devendo), entretanto, o projetista definir valores menos restritivos para os projetos, considerando as condições peculiares às situações específicas. 69 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Tabela 3a – Características técnicas: projeto de rodovias novas (classes 0, I e II) 70 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Tabela 3b – Características técnicas: projeto de rodovias novas (classes III e IV) 71 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Tabela 3c – Características técnicas: projeto de rodovias novas. LARGURA DE PLATAFORMAS DE RODOVIAS CLASSE REGIÃO PLANA ONDULADA MONTANHOSA REV. BRASE SUB-BASE REV. BRASE SUB-BASE REV. BRASE SUB-BASE I-B e II 7 9 12 7 9 11 7 9 10 III e IV 6 8 10 6 8 9 6 8 8,4 a a a a a a a a a 7 9 11 7 9 10 7 9 9,40 72 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Além dessas normas, voltadas para os projetos de rodovias novas, em áreas rurais, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) estabeleceu também normas admissíveis para os casos de melhoramentos em rodovias já existentes, que são, em princípio, um pouco menos restritivas que as anteriores. Para tanto, foram introduzidas novas classes de projeto, aplicáveis aos casos de melhoramentos de rodovias existentes, que foram denominadas M-0, M-I, M-II, M-III e M-IV, em correspondência, respectivamente, às classes de melhoramentos para as rodovias de classe 0, classe I, classe II, classe III e classe IV, de acordo com a classificação para os projetos de rodovias novas do DNIT. Na Tabela 4, apresentada a seguir, estão discriminados os valores máximos e mínimos que são estabelecidos pelas normas admissíveis para os projetos rodoviários, visando ao melhoramento de estradas existentes, de acordo com o Manual de projeto geométrico de rodovias rurais do DNIT. 73 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Tabela 4 – Normas admissíveis para o melhoramento de estradas existentes 74 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Além dessas classes técnicas de projeto, O DNER(atual DNIT) estabeleceu, em 1976, no âmbito de um programa de financiamento para a construção de estradas vicinais, que contou com a participação técnica e financeira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial – BIRD), outros conjuntos de classes de projeto, para o qual foram editadas normas específicas. Essas normas, que foram denominadas, pelas entidades envolvidas (BNDES, BIRD e DNER), “Normas para o projeto de rodovias vicinais”, estão sintetizadas na Tabela 5. Observem que, nas citadas normas, ao invés de se referenciar o relevo da região da forma convencional (relevo plano, ondulado ou montanhoso), preferiu-se expressar o relevo em termos de inclinação transversal do terreno (declividade = dv/dh x 100) . 75 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Tabela 5 – Normas para o projeto de rodovias vicinais 76 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Critérios para a definição da classe de projeto Para a definição da classe a ser adotada no projeto de um trecho de rodovia, as normas do DNIT recomendam que sejam considerados os seguintes critérios principais: a) respeitar a posição hierárquica da rodovia dentro da classificação funcional; b) atender adequadamente aos volumes de tráfego previstos ou projetados; c) verificar os níveis de serviço com que a demanda será atendida; d) observar outras condicionantes, tais como fatores de ordem econômica, decisões relacionadas com o desenvolvimento nacional ou regional. 77 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Critérios para a definição da classe de projeto Considerando o critério de observar a classificação funcional de rodovia, o DNIT sugere a seguinte correspondência com as suas classes de projeto: rodovias do sistema arterial principal – classes 0 e I; rodovias do sistema arterial primário – classe I; rodovias do sistema arterial secundário – classe I e II; rodovias do sistema coletor primário – classe II e III; rodovias dos sistemas coletor secundário e local – classes III e IV. 78 Classificação técnica das rodovias Classes de projeto Critérios para a definição da classe de projeto O Manual de projeto geométrico de rodovias rurais, do DNIT, considera que as rodovias vicinais integram as classes funcionais correspondentes ao sistema coletor secundário ou ao sistema local. Assim, os projetos das rodovias integrantes dessas classes funcionais podem ser desenvolvidos, alternativamente, de acordo com as Normas para o projeto de rodovias vicinais (BNDES, 1976). O critério de atendimento aos volumes de tráfego é observado quando se estabelece a classe de projeto em consonância com as diretrizes apontadas na Tabela 2. O critério de verificação dos níveis de serviço projetados para a operação da rodovia deve ser sempre observado, principalmente para as rodovias de padrão mais elevado, envolvendo maiores volumes de tráfego, mediante realização de estudos específicos de análise de capacidade rodovias. 79 Bibliografia ANTAS, P.M. Estradas: Projeto Geométrico e de Terraplanagem. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2010. DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DER. Instrução de Projeto IP-DE- F00/001. São Paulo: Secretaria de Logística de Transportes. 2005. Disponível em: <http://www.der.sp.gov.br/website/Documentos/normas_tecnicas.aspx> Acesso em: 23 de fevereiro de 2015. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT. Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais. 1ª ed. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Rodoviárias. 195p. 1999. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT. Manual de Pavimentação. 3ª ed. Rio de Janeiro: Publicação IPR - 719. 274p. 2006. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT. Manual de Projeto Geométrico de Travessias Urbanas. Rio de Janeiro, 2010. 392p. (IPR. Publ., 740). FILHO, G.P. Estradas de Rodagem - Projeto Geométrico. São Carlos: GP Engenharia, 1998. 80 Bibliografia SENÇO, W. Manual de Técnicas de Pavimentação. Vol 1. Editora PINI, 2007. SENÇO, W. Manual de Técnicas de Pavimentação. Vol 2. Editora PINI, 2007. SILVA, T O.; Notas de Aula. UFSJ: Curso de Engenharia Civil 2012. PEREIRA, D.M.; RATTON E.; BLASI, G.F.; PEREIRA M.A.; FILHO, K.W. Apostila de Projeto Geométrico de Rodovias. UFPR, Departamento de Transportes, 2013. Disponível em: <http://www.dtt.ufpr.br/InfraEstrutura/Arquivos/APOSTILA_ProjetoGeometrico_2013.pdf > Acesso em: 21 de fevereiro de 2015.
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