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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
DIREITO
13
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata de discorrer sobre os sujeitos do Direito Internacional Público de forma ampla com breves conceituações de forma terminante e objetiva. O foco será em apenas um sujeito: empresas. Se tratando delas que vamos analisar o processo histórico de comercialização no cenário mundial, as divergências sobre as distintas concepções que abordam a inclusão ou não das empresas no rol como sujeito do Direito Internacional Público e a legislação preponderante no caso concreto. 
EMPRESAS
Antes do inicio do desenvolvimento sobre empresas a nível de sujeito do Direito Internacional Público, é valido ressaltar a escassez sobre o assunto, diante do fato do tema proposto ainda esta em processo de difusão a cerca de sua notoriedade como sujeito ou não do direito internacional publico, sendo timidamente desenvolvido por doutrinadores contemporâneos em divergência das ideias dos doutrinadores conservadores, o que leva o revés de chegar à um ponto de vista absoluto. A seguir as distintas concepções sobre o tema: 
Concepção clássica: onde somente são reconhecidos como sujeitos do Direito Internacional Público o Estado e as organizações, tendo apenas os mesmos alçada para celebrar tratados.
Concepção moderna: além do Estado e organizações, abrange o ser humano, como sujeito e detentor de personalidade jurídica no âmbito internacional. 
Concepção extensiva: seria os três sujeitos já citados acima, com a inclusão das empresas. Essa ultima concepção é defendida pelos doutrinadores mais modernos, que fundamentam sobre o reconhecimento das empresas no rol de sujeitos do Direito Internacional Público, em detrimento da sua importância e relevância no mercado financeiro, o que vem contribuindo favoravelmente para o desenvolvimento industrial, benefícios, econômicos, relação direta com oportunidades de emprego. 
Entretanto à de se ressaltar a resistência dos doutrinadores conservadores que não admitem as empresas passiveis de deterem personalidade jurídica internacional, exemplo disso a fundamentação do defensor da concepção clássica, Francisco Rezek
“Não tem personalidade jurídica de direito internacional os indivíduos, e tão pouco as empresas, privadas ou públicas. Há uma inspiração generosa e progressista na idéia, hoje insistente, de que essa espécie de personalidade se encontra também na pessoa humana – de cuja criação, em fim de constas, resulta toda a ciência do direito, e cujo o bem é a finalidade primária do direito. Mas daí partirmos para formular a tese de que a pessoa humana, além da personalidade jurídica que lhe reconhecem o direito nacional de seu Estado patrial e os dos demais Estados, tem ainda – em certa medida, dizem alguns – personalidade jurídica de direito internacional, enfrentaremos em nosso discurso humanista o incômodo de dever reconhecer que a empresa, a sociedade mercantil, a coisa juridicamente inventada com o ânimo do lucro á luz das regras do direito privado de um país qualquer, também é – e em maior medida, e há mais tempo – uma personalidade do direito das gentes. (REZEK, 2008, p. 153)
Rezek sustenta sua crítica sobre a ponderação das empesas como sujeitos do Direito Internacional Público, fundamentando que as próprias não possuem capacidade para celebrar acordos e tratados, tendo em vista como único objetivo o lucro. 
Outra crítica acerca da inclusão das empresas como sujeitos do Direito Internacional Público, é em relação à soberania absoluta do Estado, pois especulam que a partir da implantação de multinacionais, consequentemente leva a abstenção do poder estatal como único, tendo em vista que o Estado principalmente aqueles que encontram-se desfavorecidos economicamente em seu próprio cenário, tornam-se vulneráveis a ponto de poderem ser subordinados aos interesses das multinacionais.
1.1 EMPRESAS MULTINACIONAIS
São empresas de qualquer ramo, seja industrial, financeiro ou comercial que possuem filiais espalhadas por diversos países do mundo. No âmbito de direito internacional público temos as transnacionais ou multinacionais, que para alguns doutrinadores existem diferenças peculiares entre estes dois termos, mas neste presente trabalho não iremos trazer essa distinção. Há diversas divergências quanto ao início das multinacionais e qual foi a primeira a ser consolidada. Muitos estudiosos acreditam a primeira foi Companhia das Índias Orientais fundada no ano de 1602 além de monopolizar o comércio com oriente durante 200 anos. Porém, a consolidação de fato das transnacionais só ocorreu depois da Segunda Guerra Mundial quando empresas de diversos países, principalmente dos Estados Unidos, investiram na Europa para “ajudar” a reerguer do pós-guerra, dando margem para que o Japão e a própria Europa – depois de ser reconstruída – fizessem o mesmo, espalhando suas filiais pelo o mundo.
Se tratando do Brasil, e o mesmo sendo um país territorialmente expansivo é notório a existência de tais corporações, suas influencias e incentivos econômicos, juntamente com as oportunidades criadas para a manutenção e efetividade de seu desenvolvimento. 
O histórico brasileiro em receptividade de multinacionais, teve inicio no governo de Juscelino Kubistchek (1956-1961), período conhecido como anos dourados, porém consigo trouxe dependências à economia estrangeira. As facilidades cedidas por parte do nosso país também influenciam as escolhas das multinacionais se instalarem aqui, como por exemplo, isenção de impostos, mercado amplo, mão de obra desvalorizada, riqueza de matérias primas e extensão para grandes estruturas.
Exemplos de algumas das corporações instaladas em nosso país, sendo elas de distintas origens como alemã, suíça, francesa, coreana, italiana, americana, japonesa: Volkswagem, Toyota, Coca-Cola, Fiat, Samsung, Mc Donald's, Adidas, Nestlé, Sony, Sky, Panco, Peugeot, Ford, Motorola, vivo.
Todavia, há de ressaltar nossas empresas originalmente brasileiras, operando no cenário internacional, mesmo que com a exportação de seus produtos, sendo elas:
Petrobrás: fundada no governo de Getúlio Vargas, no ano de 1953
Vale do Rio Doce: também fundada no governo de Getúlio Vargas. No ano de 1942, com a exploração de riquezas minerais. 
Gerdau: teve origem no ano de 1901, com a fabricação de aços, bastante relevante no mercado econômico 
Alpargatas: teve origem no ano de 1907, na produção de chinelos (havaianas) e tênis (Mizuno e Rainha). 
Carrefour: teve origem em 1975, pioneira em varejo, atualmente com mais de 200 lojas.
LEGISLAÇÃO
De acordo com o professor da USP Dalmo de Abreu (1981) as empresas multinacionais possuem vários métodos de burlarem a legislação nacional de determinados países para benefícios próprios principalmente em áreas tributáveis e trabalhistas, desse modo acabam desafiando a soberania do Estado. Sabendo dessa possibilidade de burla, os países tentam ao máximo impor suas leis nacionais para que as empresas as respeitem, visto que estas estão instauradas em seus territórios, tendo que responder pelas respectivas leis nacionais. Quando se há um conflito entre as Empresas Multinacionais e o Estado Soberano, este último tenta impor sanções cabíveis para aquela situação. Parece um problema fácil de se resolver, mas quando essas empresas estão em território de países de baixo nível de desenvolvimento possuem artifícios e recursos para defenderem seus interesses enquanto o Estado não, mostrando na teoria que o mesmo é soberano porém na prática a soberania é ineficaz. 
Na década de setenta, a ONU definiu o desenvolvimento de um código de conduta internacional para as grandes corporações que iriam se instalar em outros lugares, e chegou também a definir a Comissão e o Centro de Empresas Transnacionais. Mas com a não aceitação das grandes potencias mundiais, levou os casos a serem arruinados e a nova legislação a nunca ser concretizada. E em seu lugar, no final dos anos noventa, acabaram surgindoa Responsabilidade Social Corporativa e o Global Compact, símbolos de como o discurso oficial da ONU conseguiu passar da lógica de ser obrigatório para a filosofia da voluntariedade.
Antes da Lei 10.406, que é o nosso atual Código Civil, estudiosos afirmavam que as empresas multinacionais quando celebravam um contrato tentavam afastar o Estado que é menos conveniente com seus interesses. Quando esses conflitos eram formados, o Estado queria que fossem resolvidos em seu território, em contrapartida, as empresas multinacionais buscavam responder em territórios que fossem mais favorável à sua causa. Sabemos que hoje ainda há esses tipos de conflito, mas temos respaldo da lei que impede, de certa forma, que esses conflitos e dúvidas fossem geradas, pois com o Código Civil Brasileiro de 2002, em seu artigo 1.137 trouxe ao ordenamento a ideia de que “a sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil.” Sendo assim, não havendo motivos para dúvidas geradas em relação qual Estado irá responder tal ato.
As empresas sempre se constituem e sempre se organizam segundo as leis nacionais de tal lugar, na prática podemos dizer que onde tem um grupo de empresas que se instalem em outro país que não seja o de origem, e esse se acordou com o país, este se constituirá segundo as Leis impostas pelo Estado em que se localiza. E isso nos mostra a autonomia de que cada componente deste grupo terá a sua própria personalidade jurídica.
	A economia transnacional busca de forma incessável se livrar do limite que a legislação estatal impõe a fim de concretizar a estratégia global de aumentar seus lucros para o maior lucro possível. Sendo assim, as empresas acabam exercendo o papel de se neutralizar sobre os marcos regulatórios nacionais, propiciando assim a sua livre expansão em um nível mundial de mercado. 
ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS 
Também chamadas de ONG’s, embora sejam um sujeito do Direito Internacional Público, não possuem autonomia na celebração na tratados, porém podem recorrer aos fóruns internacionais quando os interesses das suas áreas de atuação são violados, além de proverem a aplicação de normas no ambito de direitos humanos e meio ambiente, atuando nas esferas de direito público. Um exemplo mundialmente conhecido e de grande importância é o médico sem fronteiras 
VATICANO E SANTA SÉ:
De acordo com os autores Ricardo Seitenfus e Deisy Ventura (2003), a Santa Sé é o órgão central da igreja católica, não-governamental. Ela se apoia na cidade do Vaticano, a qual é um sujeito de Direito Internacional e que, apesar de ser situada em Roma, conquistou independência absoluta através de acordos. É composta pela Cúria Romana e chefiada pelo Papa. O papa exerce duas atividades que devem ser dadas destaque, pois ele é ao mesmo tempo Chefe da Igreja Católica e Chefe de Estado, sendo este estado o Estado do Vaticano. 
E é daí que surge a ligação entre a Santa Sé e o Estado do Vaticano, pois é no Vaticano que fica localizado a sede da Igreja Católica, e por mais que os dois sejam distintos um do outro, é visível a ligação que eles têm e é perceptível que um está em função do outro. 
Todavia, a santa sé e o Vaticano são dois entes distintos, pois os dois têm personalidades jurídicas próprias, sendo a Santa Sé de natureza religiosa e o Estado do Vaticano tem natureza política. 
A Santa Sé atua internacionalmente celebrando tratados internacionais, os quais seriam o Direito de convenção, e assim exerce o direito de legação, mandando os seus representantes para outros países, bem como recebendo representantes de outros países também.
NOÇÃO DE SOBERANIA
Antigamente a noção de soberania era diferente da que temos hoje. Via-se soberania como um poder autocrata pelo qual, na maioria das vezes, era designado pelo monarca cuja reputação era vista como uma divindade. Para fundamentar essa teoria, muitos pensadores na época do absolutismo foram incentivados a elaborarem teorias que constatavam a necessidade de um rei e a soberania do mesmo. Thomas Hobbes é um grande exemplo de defensor de absolutismo, uma expressão bastante associada a sua obra “O Leviatã” é “O homem é o lobo do homem”. Dada essa ideia, ele acredita na necessidade de um poder soberano (o rei) para que pudessem organizar o Estado para evitar que conflitos existam gerando o caos. Também temos o Thomas de Aquino que afirmava que a existência do direito divino dos reis, logo, concluía seu pensamento declarando que toda autoridade tem o poder divino. 
Atualmente, muitos doutrinadores acreditam na ideia de uma soberania popular e uma soberania nacional. A soberania popular é aquela retrata no livro de Rousseau em sua obra “Contrato Social” onde ele afirma que o poder emana do povo, ou seja, ele é capaz de decidir o rumo que o Estado tomará, além de ter poder para tal. Tratando de direito internacional publico, temos em conflito a soberania nacional que impede que países de fora intervenham em suas leis, costumes, religiões e cultura. Esta soberania permite que cada Estado governe diante de seu Direito Interno - em seu próprio território - sem ameaças constantes de interferências internacionais, defeso se este governo fere os princípios básicos da pessoa humana, como a vida. 
Existem teorias, citadas em sala de aula, que tentam explicar o conflito entre o Direito Internacional e os Estados:
Teoria Dualista: afirma que os dois direitos (Direito Internacional Público e Direito Interno) não se misturam sendo distintas e independentes, portanto não geram conflitos. Esta teoria não é muito aceita, pois sabemos que a realidade instaurada é diferente.
Teoria Monista: acredita que o Direito Internacional não pode contrariar a norma interna, porém quando há um choque de leis, a mais benéfica prevalecerá. O direito internacional nesta teoria tem força jurídica, equiparando-se os dois direitos.
Há outras ramificações referentes a estas teorias, porém suas discussões não são cabíveis para o presente trabalho. Conclui-se que a Soberania é fundamental tanto para o âmbito interno de um país quanto para o âmbito externo protegendo contra interesses particulares/internacionais de grandes países. 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: 
São constituídas através de um Estado no qual o país tem que ser signatário, e tem por objetivo de analisar interesses em comum entre seus membros. As Organizações Internacionais surgiram como o sujeito Direito Internacional Público com personalidade jurídica, ou seja, possuir direitos e dever obrigações podendo celebrar tratados, a partir da necessidade dos Estados em uma relação de cooperação no objetivo de alcançar os interesses comuns a nível internacional. Os membros das organizações internacionais são propriamente os Estados assentados através de tratados são detentores de autonomia para recorrerem internacionalmente no intuito de dirimir controvérsias.
Para complementar a ideia de Organizações Internacionais, Mazzuoli define-as como: 
Assim, também podem ser considerados sujeitos do Direito Internacional Público, na atualidade, além dos estados soberanos, as organizações internacionais intergovernamentais (v.G., as nações unidas, que tem capacidade jurídica para celebrar tratados de caráter obrigatório, regidas pelo direito internacional, com os estados e com os outros organismos internacionais), bem como os indivíduos, embora o campo de atuação destes últimos seja mais limitado, sem, contudo, perder o restar diminuída sua importância. (MAZZUOLI, 2011, p. 66)
E para a criação das Organizações tem a necessidade da elaboração de um tratado de criação para depois disso ter o reconhecimento de personalidade internacional. Também, sobre o funcionamento dessas Organizações Internacionais é preciso ter um estatuto interno, órgãos internos e devem estar na forma estabelecida pelo tratado de criação da mesma, sendo assim, serão passiveis de responsabilidade internacional.
Sendo assim, toda organização internacional, para serconsiderada como tal Organização, deve ter pelo menos, uma Assembleia Geral e um Secretariado Permanente. Tais Organizações também pode ter um Conselho, que funciona como o órgão executivo e são onde as decisões mais importantes são tomadas.
BLOCOS REGIONAIS
Os blocos Regionais se resumem em esquemas criados por Estados que pertencem a uma mesma região do mundo, com a intenção de facilitar a interação entre suas economias e por consequência, entre suas sociedades. Eles surgem por meio de tratados consumados entre os Estados que os criaram, e funcionam não só de acordo com os atos internacionais que o formaram, como também de acordo com as regras mantidas por outros tratados. Os Blocos Regionais ganham personalidade jurídica própria pelo seu modo de agir de forma autônoma, possibilitando assim, com que tenham direito a celebrar tratados, entre outros. 
OS BELIGERANTES
Os beligerantes fazem movimentos no qual convocam a população e fazem lutas armadas, no qual podem chegar a constituir guerra civil, movimentos nos quais são politicamente organizados, e tais lutas são feitas para fins políticos.
Isso acontece quando alguns grupos mostram que são capazes de ter força suficiente para exercer poderes parecidos com o do Estado contra o qual querem guerra, eles conseguem controlar parte do território do Estado, e depois disso a sociedade internacional consegue reconhecê-los como beligerantes, os atribui o status de Estado e submetem aos tratados sobre guerra.
O reconhecimento de beligerância é feito por uma declaração de neutralidade e é sempre feito pela decisão de uma autoridade competente. E com as suscetibilidade que existem nas relações internacionais, é de se entender que o primeiro Estado a fazê-lo vai ser aquele que o beligerante já atua.
Existem algumas consequências depois de se reconhecer a beligerância, e tais consequências incluem a obrigação desses beligerantes de observar todas as normas que se apliquem aos conflitos armados e que existe a possibilidade de firmar tratados com alguns Estados que sejam neutros. O Estado que atuar o beligerante fica totalmente isento de qualquer eventual responsabilidade internacional pelos seus atos, e os outros Estados ficam obrigados a observar que existem deveres distintos à sua neutralidade.
ESTADO
Estado e formado em um território composto por uma comunidade humana, que é governada por um poder soberano, todavia, não depende da aprovação de outros membros da sociedade internacional.
Alguns doutrinadores fundamentam que o surgimento da sociedade internacional e do direito das gentes estão fortemente relacionadas à consolidação do Estado, ente que criou parte expressiva das normas internacionais, principalmente através dos tratados, e fundou as organizações internacionais, que atuam com auxílio decisivo dos Estados. 
Contudo, o Estado continua a exercer um papel fundamental dentro do Direito Internacional, dando oportunidade a uma série de desdobramentos no campo jurídico.
INDIVÍDUOS
Tratando-se do homem o central ator do cenário progressivo do Direito Internacional, apresenta-se imprescindível, que o indivíduo tenha direito de atuar abertamente no processo produtivo desse ramo do direito, como algo final que é de suas normas. A importante posição de grandiosos doutrinadores e juristas de que o indivíduo não deve figurar como sujeito do Direito Internacional Público tem se conservado ao longo de décadas. O oposto sensu, declarado posicionamento tem identificado uma crescente oposição no estudo sobre tal matéria. Após a incorporação de várias diretrizes inclusas na constituição da maior parte das nações, fica mais imperiosa que o Direito Internacional Público e objetive não apenas o resguardo do indivíduo no cenário internacional, mas também, facilite a sua integração no processo evolutivo e criativo desse lado do direito, como receptor que é da norma internacional.
INSURGENTES
Os insurgentes são grupos que se revelam contra governos, cujos comportamentos não assumem conformidade da beligerância, como exemplo, ações encontradas e de insurges de cercadura militar, e cuja condição de insurgência é conhecida por outros estados. A maior parte desses grupos que aparecem, miram a captura de poder, porém, não chegam a estabelecer uma Guerra Civil. Os direitos e deveres dos insurgentes procedem do que é concedido pelos Estados que os certificam. 
A confirmação de insurgência é ato discriminativo, no qual são definidos seus efeitos, que geralmente não estão pré-estabelecidos no Direito Internacional e que consequentemente consistem do ente estatal que a proclama.
Geralmente a observação do caráter de insurgente ressalva o Estado, onde acontece o ato de responder internacionalmente pelos movimentos dos revoltosos e obrigam a todas as partes envolvidas em uma revolta , a obrigatoriedade de se comprometer e respeitar todas as normas internacionais de caráter humanitário.
CONCLUSÃO
A respeito dos sujeitos do Direito Internacional Público foi de importante agregação profissional e pessoal o conteúdo lido e aprendido, pois com os mesmos pudemos entender a relevância destes no âmbito internacional, além de associar suas áreas de atuações e suas funcionalidades perante ao aspecto mundial. Não somente, pudemos analisar todos estes aspectos ainda tivemos a oportunidade de discorrer sobre seus direitos e deveres, suas limitações e ações que de fato complementará a matéria aprendida em aula. Também, tivemos um aprofundamento referente ao sujeito Empresas que, embora tenha muitas controvérsias sobre o recebimento ou não do título de sujeito do Direito Internacional Público, é fundamental entender como a máquina empresarial transnacional funciona no mundo, mas principalmente em nosso país.
Portanto, conclui-se que esse trabalho nos deu uma visão ampla de como funciona o Direito Internacional e quais são suas finalidades perante aos Estados que, por mais sejam Soberanos, querendo ou não, irão sofrer influências e sanções da Corte Internacional mostrando que há limitações quanto às ações dos Estados que acreditam ter o respaldo de ser Soberano em seu território. Estas limitações são baseadas no direito das gentes é o que prevalece em nossa sociedade, até porque sem o mínimo de direito que é proposto não haveria gentes, mas sim animais.
BIBLIOGRAFIA
CASSANTE, Guilherme Vida Leal. As organizações internacionais e suas característica. Disponível em <https://guisambareando.jusbrasil.com.br/artigos/254377712/as-organizacoes-internacionais-e-suas-caracteristicas> Acesso em: 08 set. 2017
DEROLLE, Patricia Galves. Sujeitos do DIP. Disponível em <https://www.google.com.br/amp/s/pgderolle.wordpress.com/2013/05/10/resumos-fichamentos-direito-internacional-publico-sujeitos-de-dip/amp/> Acesso em: 08 set. 2017
FERREIRA, Silvestre. Os beligerantes, os Insurgentes, Santa Sé, Cidade do Vaticano. Disponível em <http://jusdireitoprofsilvestreferreira.blogspot.com.br/2015/05/os-beligerantes-os-insurgentes-santa-se.html> Acesso em: 08 set. 2017
MACHADO, Diego Pereira. Sujeitos do Direito Internacional: Santa Sé e Vaticano. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/sujeitos-do-direito-internacional-santa-s%C3%A9-e-vaticano> Acesso em: 08 set. 2017
OLIVEIRA, Sávio Ferreira. Quem possui a personalidade jurídica no âmbito internacional de acordo com o Direito Internacional Público. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10736> Acesso em: 08 set. 2017
REZEK, Francisco. Direito Internacional Público: curso complementar. 11 ed. p. 153. São Paulo: Saraiva, 2008
SEITENFUS, Ricardo ; VENTURA, Deisy. Introdução ao Direito Internacional Público. 3 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.

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