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MODELO PARECER JURIDICO SHEILA

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA GRAVATAÍ
CURSO DE DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO I 
PROFESSORA ÂNGELA MOLIN
SOBRE O PARECER
Conceito de Parecer
O parecer é uma manifestação de um técnico sobre assunto específico que lhe foi solicitada uma resposta. Segundo Meirelles (1995, p. 176) “pareceres administrativos são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração”. 
O parecer é muito utilizado pela Administração Pública, visando embasar suas decisões acerca de atos e processos administrativos. Há situações em que a lei exige o parecer como parte integrante do ato e, por esta razão ele se torna obrigatório e vinculativo.
Partes integrantes do Parecer
O Parecer é composto das seguintes partes: processo, título e número, ementa, texto, local e data, assinatura.
Processo: deve-se apontar a informação do tipo e número do processo a que se refere o parecer. Ex: Processo n º 188/06
Tíitulo e número : Parecer nº 001/06
Ementa: abordar, em texto recuado da margem esquerda, o resumo do parecer contendo sobre o que se trata.
Texto: comporta uma introdução (com menção ao ato que originou a solicitação do parecer e um histórico resumido dos fatos relativos ao assunto); esclarecimentos (exame desses fatos, trazendo os argumentos doutrinários e jurisprudenciais pertinentes ao assunto e suficientes para fundamentar a opinião dada na conclusão) e conclusão (com base na análise feita, se arremata o assunto, de forma clara, objetiva e concisa. Em geral utilizam-se formas como: À consideração de vossa senhoria, ou, É meu parecer, S.M.J.).
Local e data
Assinatura, nome e cargo ou função do parecerista.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO I
PROBLEMA PARA REDIGIR O PARECER – TRABALHO PARA G2 – ENTREGA NO DIA 28/11/2012
Liviana moradora do Município de Trás dos Montes, andava com sua bicicleta em uma via que não possui acostamento, próxima ao centro da cidade, quando, de forma repentina, foi atingida por um ônibus de uma empresa concessionária de serviços públicos de transportes municipais. Após o acidente, Liviana teve as duas pernas quebradas e ficou em casa, sem trabalhar, em gozo de auxílio-doença, por cerca de dois meses. 
Você é advogado do Município de Trás dos Montes, e o seu Prefeito, requereu que você analise o caso envolvendo esta munícipe que sofreu um dano. Ele lhe pediu um parecer em que você deve indicar, de quem é a responsabilidade civil pelos danos sofridos pela munícipe, com indicação do fundamento e base legal. Além disso, você deve identificar no parecer, justificadamente, quais os danos ela deve ser indenizada, bem como se há alguma responsabilidade da Municipalidade neste caso, ou não. 
Processo nº 100/12
Parecer nº 001/12
EMENTA: ATROPELAMENTO DE MUNÍCIPE POR ÔNIBUS DE EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE TRANSPORTES MUNICIPAIS. VIA SEM ACOSTAMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DEVER DE INDENIZAR. RESPONSABILIDADE DIRETA E OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA SOBRE OS DANOS CAUSADOS.
Trata-se de consulta formulada pelo Excelentíssimo Prefeito Municipal no que tange ao atropelamento da Sra. Liviana, moradora desta cidade, que andava com sua bicicleta em via que não possui acostamento; por ônibus de empresa concessionária de transporte público de transportes municipais. 
Informa, ainda, que em decorrência do acidente a Sra. Liviana teve as duas pernas quebradas e ficou em casa, sem trabalhar, em gozo de auxílio-doença, por cerca de dois meses.
Solicita informação de quem é a responsabilidade civil pelos danos sofridos pela munícipe, bem como se o Município tem alguma responsabilidade neste caso ou não.
É o relatório.
Passo a opinar.
A responsabilidade civil objetiva está consagrada em nosso ordenamento jurídico no art. 37, §6º da CF/88: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.” 
No caso em análise incide a responsabilidade direta e objetiva da concessionária sobre os danos causados a munícipe, na condição de pessoa jurídica de direito privado, prestadora de serviços públicos, na forma do art. 37, § 6º da CF. 
Vale ressaltar que os delegatários de serviços públicos prestam o serviço em seu próprio nome, por sua conta e risco, conforme disposições insertas nos art. 2º e 25 da Lei nº 8.987/95, que regula o art. 175 da CF, “literis”:
 “Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente (...) que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e pro prazo determinado;” 
“Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade.” 
Quanto a possibilidade de buscar reparação por danos causados por outrem, encontra respaldo nos artigos 186 a 188 e artigos 927 a 954 do Código Civil, e na Constituição Federal, art. 5º, inciso V e X, dentre outros dispositivos legais. 
O artigo 402 do Código Civil estabelece que:
 “as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”. E, em clara linguagem dos artigos 949 do Código Civil, apura-se que é dever do ofensor indenizar o ofendido nos lucros cessantes até o fim da convalescença.
O artigo 950 do mesmo dispositivo legal completa que o ofensor indenizará ao ofendido lucros cessantes até o fim da convalescença, com pensão correspondente à importância do trabalho para o qual se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
No presente caso, restou caracterizado o dano moral e lucros cessantes a ser indenizados, já que, inegavelmente, a autora teve o curso normal de sua vida alterado em função do ocorrido, sendo que teve as duas pernas quebradas, o que por óbvio a impediu de exercer seu trabalho, além de todos os transtornos psíquicos daí advindos, tais como tristeza, indignação, angústia e dor. 
Assim, meu parecer é no sentido de que a responsabilidade civil é da empresa concessionária de serviços públicos de transportes municipais, devendo a esta o dever de indenizar a Sra. Leviana por dano moral e lucros cessantes decorrentes do acidente de trânsito.
Gravataí, 28 de novembro de 2012.
Sheila Lima
OAB/RS 00.000

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