Buscar

horror econômico maíra

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

COLEGIADO DE DIREITO
	ALUNO:
MAÍRA CARVALHO DE MIRANDA
	TURMA:
5º
	TURNO:
NOT ( X ) CAL ( )
	DISCIPLINA:
DIREITO AMBIENTAL E URBANISTICO
	PROFESSOR:
BERNARDO CECÍLIO
FICHAMENTO
“O HORROR ECONÔMICO”
	Itens avaliados
	Nota Máxima
	Nota obtida
	Nota de Recurso
	Não atende*
	-
	
	
	Metodologia e Estrutura
	1,0
	
	
	Resumo
	1,0
	
	
	Citações representativas por capítulo
	1,0
	
	
	Parecer por capítulo
	2,0
	
	
	Parecer Crítico
	5,0
	
	
	Total
	10,0
	
	
* Plágio; somente citações; somente resumo; somente resumo e citações; ausência de relação com o Relatório do Projeto Integrador.
	Nota
	Recurso
	
	
	A ERA DOS DIREITOS
	SIDINEI ANESI (DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES)
	O DIREITO ACHADO NA RUA
	ADRIANA CAETANO (DIREITO DOS VULNERÁVEIS)
	O HORROR ECONÔMICO
	BERNARDO CECÍLIO (DIREITO AMBIENTAL)
	O CONTEÚDO JURÍDICO DO PRINCÍPIO DE IGUALDADE
	JAILSON ( PROCESSO PENAL)
	CONDIÇÕES E POSSIBILIDADES EFICÁCIAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS
	EDSON PIRES( PROCESSO CIVIL)
PARIPIRANGA/2016-1
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA FICHADA
FORRESTER, Viviane. O horror econômico. São Paulo: Unesp, 1997..
RESUMO 
A autora nesta obra explana sobre a mudança no psicossocial das pessoas atrelada a falência das instituições sociais, com o neoliberalismo o capitalismo, além de vivermos em meio a um mundo que as políticas artificiais pretendem perpetuar. Nossos conceitos de trabalho e, de emprego, em torno dos quais a política atua, tornaram-se ilusórias, e nossas lutas em torno deles tão alucinadas quanto às do Quixote contra os do moinho.
Quanto ao “desemprego”, fala-se dele por toda a parte, permanentemente. Que o empregado é objeto de uma lógica planetária que supõe a supressão daquilo que se chama trabalho; vale dizer, empregos.
Não se sabe se é cômico ou sinistro, impor a cada um dos milhões de desempregados- e isso a cada dia útil de cada semana, de cada mês, de cada ano- a procura efetiva desse trabalho que não existe.
Promessa de uma ressurreição de espectro para pressionar ainda mais, enquanto é tempo, ou colocar fora do jogo àqueles que essa ausência reduzirá à condição de escravos, se já não o fez. Ou o conduzirá ao desaparecimento de toda uma estrutura social, esta exclusão leva o homem ao vazio existencial e a uma crescente a marginalização social.
CITAÇÕES E PARECER 
Capítulo I
“Não é o desemprego em si que é nefasto, mas o sofrimento que ele gera e que para muitos, provém de sua inadequação àquilo que o define aquilo que o termo “desemprego” projeta, apesar de que fora de uso, mas ainda determinado no seu estatuto” (p, 10).
 “Então, como um eco àquela pergunta: “Será ‘útil’ viver quando não se é lucrativo ao lucro?”(p, 16).
Capítulo II
“oque é que eles iriam fazer com todos esses “empregados” tão dispendiosos inscritos na previdência social, tão incertos e contrariantes em comparação com máquinas puras e duras, ignoradas de qualquer proteção social, manobráveis por essência, econômicas ainda por cima e desprovidas de emoções duvidosas, de queixas agressivas, de desejos perigosos” (p,26).
 “Não injustiça social, nem escândalo social. Não inferno social. Não. Fratura social, como os planos do mesmo nome.” (p, 34).
Parecer 
 Os dois capítulos iniciais, não diferente dos demais, demonstram um caos no setor empregatício logo após a revolução industrial. Tal revolução que tem como características a exploração da mão de obra barata e irregular, a substituição do trabalho manual pelas máquinas contribuindo dessa forma com o desemprego e junto a este diversas consequências do âmbito da moral no ser humano, como por exemplo, a dignidade que pode suceder não apenas em países sub desenvolvidos ou em desenvolvimento, com também nas maiores potências econômicas e sociais, abalando a construção próspera da sociedade.
Capítulo III
“E não há pior horror que o fim de si próprio quando ocorre bem antes da morte e se deve arrastar enquanto vivo. Esses passos incertos. Essa ausência de percurso, mas que é preciso percorrer.” (p, 37).
“[...] a riqueza de um país não o torna forçosamente um país próspero” (p, 40).
Capítulo IV
 “A potência exercida é tanta, seu domínio é tão arraigado, sua força de saturação é tão eficaz que nada é viável nem funciona fora de suas lógicas. Fora do clube liberal, não há salvação”. (p, 45).
Parecer
“O fim de si próprio que ocorre bem antes da morte”, citada por Forrester, são as consequências destrutivas da globalização e do capitalismo, que vão além da ausência do emprego. É o que a falta deste vem gerar: a miséria. Diante das consequências observadas, mesmo tendo conhecimento por parte de quem pode fazer algo, o que transparece, e logo se torna claro são os interesses econômicos e de poder que mantém desempregados na anulação social.
 Capítulo V
“A flexibilidade, o estremecimento de um destino, seu peso de esperança e de temor ,é isso que é recusado, que se recusa a tantos jovens, moças e rapazes, impedidos de habitar a sociedade tal como ela se impõe a eles como a única viável” (p,57)
Capítulo VI
“Aprender a ouvir, permitir que esses rumores cheguem até nós, perceber suas linguagens, deixar propagar-se um som, definir-se um sentido e um sentido inédito é uma maneira de libertar-se um pouco do falatório ambiente, ficar menos preso a redundância, oferecer um pouco de campo ao pensamento” (p, 67).
Parecer
O fulcro dos capítulos em comento é a desigualdade de oportunidades que são dadas aos jovens dos subúrbios, ademais, por viverem em bairros estigmatizados, e o conhecimento de mundo não ser compatível aos padrões exigidos pelo mercado, suas oportunidades, cairão à zero, e a exclusão é certa. Os danos são incalculáveis.
 Capítulo VII
“O ensino? para esses alunos, poderia tratar-se de uma doação de uma distribuição do que existe de melhor, de uma porção mágica autorizada, mas também de um único e último recurso” (p, 76)
“Porque é possível ser emigrado, imigrado no próprio lugar; ser exilado pela pobreza em seu próprio país” (p, 78).
Capítulo VIII
“Mas porque encarregar às empresas de um fardo moral para o qual elas não têm vocação? Caberia aos poderes políticos rogá-las a isso. ”Rogar” para que o façam não produz quer resultado: apenas alguns gestos que dão uma garantia muito vaga ao público” (p, 84). 
 
“É necessário , em todos os países, encurtar a duração dos direitos quando for muito longa. Ou tornar as condições de admissão mais restritas. Assim é que se fala”(p,92) 
“ Phelp deve saber que o problema não é estimular a procura de emprego, mas permitir que se encontre, sendo este o único esquema que permite sobreviver. [...] Ele sabe muito bem que não são os procuradores de empregos que faltam: São os empregos!” (p,96).
Parecer 
Dando seguimento aos dois últimos capítulos comentados acima, a deslealdade no campo competitivo num cenário em que o emprego é escasso, é extremamente extenso entre estes jovens da periferia e os dos centros nobres. Por isso a autora escreve o ensino como a última chance contra o excesso de injustiça e rejeição para com estes jovens, posto que são obrigados a viver em busca de algo que não existe, aumentando assim suas incertezas, sensação de incapacidade e inutilidade como ser humano.
Capítulo IX
“Em certos pontos do planeta, o “estímulo” ao trabalho está no auge. Nesses lugares, a penúria, a ausência de qualquer proteção social, reduzem o custo da mão de obra e do trabalho a quase nada” (p,99).
“Não dar, não distribuir, é uma coisa, mas roubar, apoderar-se de bens, a pretexto de que somos bem mais qualificados para explorá-los (em benefícios de outras regiões), é outra coisa bem diferente” (p, 100). 
Capítulo X 
“Já faz muito tempo que estamos cegos até mesmo para sinais evidentes! As novas tecnologias, a automação, por exemplo, há muito previsíveis, como tantas outras promessas, só foram levadas em conta no dia em que as empresasfizeram uso dela e, utilizando-as, de início, programaticamente, também as integraram sem muita reflexão, até que, graças ao seu avanço, finalmente as dominaram e se organizaram em razão delas, para usá-las à nossa custa” (p,110)
“A cibernética [...] suas consequências, inscritas em nossos costumes, deveriam ter sido das mais benéfica, quase milagrosas. Elas têm efeitos desastrosos” (p,111).
Parecer
A preocupação fica bastante evidente nesta passagem da obra dos estragos deixados pelas multinacionais que vivem a usurpar das riquezas dos países, a salário de miséria, uma política capitalista, que diminuem as garantias sociais com suas desregulamentações e flexibilização e coloca em questionamento, os valores que devem permanecer, mesmo diante das rejeições, como a dignidade. O capítulo nos faz pensar a respeito da passividade e da aceitação dos atingidos pelo desemprego visto como um retrocesso quando o estado deixa de intervir pelos preceitos trabalhistas e estes ficam a mercê da exploração das empresas privadas. 
Capítulo XI 
“O desemprego invade hoje todos os níveis de todas as classes sociais, acarretando miséria, insegurança, sentimento de vergonha em razão essencialmente dos descaminhos de uma sociedade que o considera uma exceção à regra geral estabelecida para sempre” (p, 125). 
 “O que se tem em vista? O bom andamento dos mercados ou o bem-estar, a sobrevivência das populações?” (p, 131). 
Capítulo XII
 
“Pela primeira vez, a massa humana não é mais necessária materialmente, e menos ainda economicamente, para o pequeno número que detém os poderes e para o qual as vidas humanas que evoluem fora de seu círculo íntimo só têm interesse, ou mesmo existência-isso se percebe cada dia mais - de um ponto de vista utilitário” (p, 136).
“Já não se procuram tanto álibis, as desculpas: O sistema é considerado adquirido. Baseado no dogma do lucro, ele está acima da lei, que ele derroga conforme a necessidade” (p, 141).
Parecer
A obra em tela chega ao seu final, fazendo comparações na perspectiva de exemplos entre os EUA e a Europa, em especial a França em relação à economia e ao desemprego, e suas consequências. Tais problemas decorrentes de uma política neoliberal não representa uma época, são acontecimentos vivenciados diariamente em todo o mundo, levando a consequências drásticas, desde o sentimento de incapacidade do ser humano, a sua própria exclusão do meio social, isso porque o trabalhador se torna inútil aos lucros.
PARECER CRÍTICO
 A referida obra, que embora descrevam acontecimentos de uma época que não é esta, é notório que tais fatos se perduram no cenário atual. A autora, de forma simples e direta, apresenta as consequências que se imagina advir de uma revolução no qual substitui a mão de obra por máquinas; ás flexibilizações, que diminui os custos dotrabalho para o empregador e dessa forma há perdas para o empregado. No geral, tornando o trabalho humano, quase que escasso e seus resultados são tão destrutivos que fogem da ótica do plano físico.
A obra faz uma crítica à política que dominou o mundo devido à globalização após a revolução industrial, que é o neoliberalismo, esta adota o capitalismo como filosofia, desmerecendo dessa forma, demais questões sociais, tendo o lucro e sempre o lucro como objetivo. Numa sociedade em que a todo o instante repetidamente afirma-se a alta do desemprego. É então notório que aqueles advindos das periferias, dos subúrbios onde a qualidade de vida no que concerne ás aplicações de investimentos de assistência municipal como saúde, educação, saneamento básico, para estes o emprego será reduzido à zero, ainda levando em conta seus estigmas por pertencerem a bairros pobres; Apesar de à autora afirmar no texto que, não existe trabalho, que este é ilusório e que as pessoas sempre continuarão procurando e nunca encontrarão.
Percebe-se então o quanto é preocupante, pois se cria falsas expectativas e esperanças nos desempregados, que aos poucos vão se transformando num sentimento de incapacidade e culpa e este fracasso interno os exclui do meio social, dando margem para uma sociedade escrava de um sistema que visa seu próprio lucro, como podem pelas mesmas circunstâncias levar tais Peregrinos a mendigues ou ao crime. A autora coloca ainda como o último recurso para estes que vivem em lugares desprovidos de serviços essências, para não distanciá-los tanto do “mundo”: o ensino.
Apesar de a obra fazer alusão direta a política e o sistema econômico Norte Americano e Europeu, ela se estende aos países sul americano por se tratar de algo global. No Brasil, podemos aplicar o que deveria se valer, visto como um avanço teoricamente falando que são as políticas de assistência municipal, que, dentre tantos aspectos, tem como papel social formular, implantar, regular, executar, financiar, avaliar e monitorar as políticas públicas de assistência social em esfera municipal, resguardando direitos principalmente àqueles que vivem em situação de vulnerabilidade, que através do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) Lei n. 12.435/11, que veio alterar a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n. 8.742 de 1993). A partir deste panorama, a nova disposição normativa presente no art. 2º da LOAS apresenta a assistência social com os seguintes objetivos:
 I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família;
II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.
Parágrafo único.  Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais.
 Tais medidas acima descritas poderiam ser vista como um remédio para conter e ou minimizar os danos causados pela ausência de emprego, podendo ser aplicada em qualquer parte do mundo, visto que atenderia o público alvo, aqueles que realmente são vítima do capitalismo desregrado.
No âmbito geral, é nítido, perceber que a autora Viviane Forrester, teme o futuro, seus descritos deixam claro, e logo questiono. Como e de quais formas, estes cidadãos chegarão ao futuro? E se chegarão ademais, em termos de evolução, será que este modo de viver e de encarar o emprego ou a falta deste, quando não nos importamos com a subjetividade do ser humano em sua individualidade, porque são regras do sistema, do “clube” não acarretaria na evolução da sociedade? São questões que devemos está atento, pois às vezes o bom andamento do mercado, o seu bem estar, podem afetar a sobrevivência da população, que mesma provida de importantes políticas de assistência sociais, não é o bastante quando se necessita resgatar a dignidade e o respeito do ser humano.

Outros materiais