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Direito Processual Penal III	
Aula 5
Direito Processual penal III
Art.394
§ 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo
  I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;         
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;       
  III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
Direito Processual penal III
Art. 531.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.
Ver. Obs: Art. 400
Em regra, ritos Ordinário e Sumaríssimo (V. Lei 11.101/2005)
Pena mínima da maioria dos crimes com pena inferior a quatro anos: 1 ano – Possibilidade do art. 89 da lei 9.099/95.
Aplicação do art. 66 da lei 9.099/95
Direito Processual penal III
 Art. 532.  Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa
Art. 533.  Aplica-se ao procedimento sumário o disposto nos parágrafos do art. 400 deste Código.
Direito Processual penal III
 Art. 534.  As alegações finais serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
§ 1o  Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
§ 2o  Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.
Alegações orais e impossibilidade de diligências ou de apresentação de alegações escritas (v. art. 403 e 404)
Direito Processual penal III
 Art. 535.  Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer.
Art. 538.  Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo.
Lei nº 9.099/95 
Art. 66, § único – Citação 
Art. 77,§ 2º - Complexidade e circunstâncias do caso 
Direito Processual penal III
LEI No 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005. - Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
    Art. 185. Recebida a denúncia ou a queixa, observar-se-á o rito previsto nos arts. 531 a 540 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
Art. 192. Esta Lei não se aplica aos processos de falência ou de concordata ajuizados anteriormente ao início de sua vigência, que serão concluídos nos termos do Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945.
Direito Processual penal III
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
Direito Processual penal III
Infração de menor potencial ofensivo –  as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa . (art. 61)
Conexão e continência – Juízo comum/Tribunal de Júri (art.60)
Direito Processual penal III
Princípios (art.62):
oralidade;
 informalidade;
economia processual;
 e celeridade.
Finalidades: (art. 62)
 a reparação dos danos sofridos pela vítima;
 a aplicação de pena não privativa de liberdade .
Direito Processual penal III
Lei 11.340/2005 – Lei Maria da Penha
Art. 41.  Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Procede às inteiras o pedido formulado pelo PGR, buscando-se o empréstimo de concretude maior à CF. Deve-se dar interpretação conforme à Carta da República aos arts.  12, I, 16 e 41 da Lei 11.340/2006  — Lei Maria da Penha  — no sentido de não se aplicar a Lei 9.099/1995 aos crimes glosados pela lei ora discutida, assentando-se que, em se tratando de lesões corporais, mesmo que consideradas de natureza leve, praticadas contra a mulher em âmbito doméstico, atua-se mediante ação penal pública incondicionada. (...) Representa a Lei Maria da Penha elevada expressão da busca das mulheres brasileiras por igual consideração e respeito. Protege a dignidade da mulher, nos múltiplos aspectos, não somente como um atributo inato, mas como fruto da construção realmente livre da própria personalidade. Contribui com passos largos no contínuo caminhar destinado a assegurar condições mínimas para o amplo desenvolvimento da identidade do gênero feminino. [ADI 4.424, voto do rel. min. Marco Aurélio, j. 9-2-2012, P, DJE de 1º-8-2014.]
Direito Processual penal III
Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 39 E 94 DA LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO). RESTRIÇÃO À GRATUIDADE DO TRANSPORTE COLETIVO. SERVIÇOS DE TRANSPORTE SELETIVOS E ESPECIAIS. APLICABILIDADE DOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NA LEI 9.099/1995 AOS CRIMES COMETIDOS CONTRA IDOSOS. 1. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.768/DF, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional o art. 39 da Lei 10.741/2003. Não conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade nessa parte. 2. Art. 94 da Lei n. 10.741/2003: interpretação conforme à Constituição do Brasil, com redução de texto, para suprimir a expressão "do Código Penal e". Aplicação apenas do procedimento sumaríssimo previsto na Lei n. 9.099/95: benefício do idoso com a celeridade processual. Impossibilidade de aplicação de quaisquer medidas despenalizadoras e de interpretação benéfica ao autor do crime. 3. Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para dar interpretação conforme à Constituição do Brasil, com redução de texto, ao art. 94 da Lei n. 10.741/2003. (ADI 3096/DF – 16/06/2010. Rel.Min. Carmen Lúcia)
Direito Processual penal III
Código de Trânsito – lei 9.503/97
Art. 291.
        § 1o  Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: 
      I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; 
     II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;         
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora).        
 § 2o  Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. 
Direito Processual penal III
Atos processuais: são públicos com as restrições constitucionais podendo ser implementados em qualquer horário e em qualquer dia, inclusive sábados e domingos, Atingindo sua finalidade, serão considerados válidos, não se decretando nulidades (art. 65, § 1º);
Citação (arts. 66 e 68): Inexiste a citação por edital no Juizado Especial Criminal,
só pessoal. 
Intimações (arts. 67 e 68). As intimações ou notificações são permitidas por qualquer meio válido (princípio da informalidade). Assim, a intimação pode ser feita por correspondência com A. R., por oficial de justiça, fax, telefone, e-mail etc.
Direito Processual penal III
Da fase preliminar. Princípios da oportunidade ou da discricionariedade controlada, limitada ou regrada. Em crimes de ação pública, o MP tem a faculdade de transacionar, abolindo-se a obrigação de oferecer denúncia.
Termo circunstanciado (art. 69): a autoridade policial lavrará o termo e encaminhará ao Juizado o autor do fato e a vítima, requisitando os exames periciais necessários. É vedada a prisão em flagrante ou exigência de fiança se o autor do fato comprometer-se a comparecer ao Juizado
 
Direito Processual penal III
Audiência preliminar (arts. 72 a 74). Audiência concentrada, que exige o comparecimento do autor do fato, da vítima (se for o caso) e seus advogados, do órgão ministerial e do Magistrado
Composição Civil de Danos – Conduzida por juiz ou conciliador. Havendo composição civil dos danos, será ela homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível, que terá eficácia de título executivo judicial. Consequências: Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. (art. 74).
Não composição – queixa oral ou representação. Possibilidade de representação no prazo legal. (art. 75)
Direito Processual penal III
Transação Penal – 
 na audiência preliminar (art. 76) ou por ocasião da abertura formal da audiência de instrução e julgamento(art. 79). 
Características.
a) bilateral;
 b) personalíssimo;
 c) formal;
 d) voluntário 
e e) tecnicamente assistido.
Homologação da transação – Não importa em reincidência e não constará da certidão de antecedentes criminais e não acarreta efeitos civis. (art. 76)
Direito Processual penal III
Transação Penal – 
 Iniciativa – MP
Possibilidade em ação privada ?
Condições:
         I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
        II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
        III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
Recurso – Apelação (Art. 76 § 5º )
Direito Processual penal III
Transação Penal 
SÚMULA 696
Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.
Súmula Vinculante 35
A homologação da transação penal prevista no art.  76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.
Direito Processual penal III
Do Procedimento Sumaríssimo (art. 76)
oferecimento da denúncia ou queixa oral, (Oferta Suspensão – ART. 89)
 complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia (art. 76,§ 2º). Exemplo: autor do fato com provável doença mental, desenvolvimento mental ou retardado que necessita ser submetido a perícia médica. 
Audiência do rito sumaríssimo – Início: nova oportunidade para que as partes procedam a outra tentativa de conciliação, civil ou penal. (art.79)
Antes do recebimento da denúncia, o juiz dará a palavra ao defensor para sua resposta prévia à acusação. (art. 81)
Rejeição da denuncia ou queixa – Apelação (prazo de dez dias )(art. 82,§1º)
Direito Processual penal III
Testemunhas – Cabe a parte trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização.(art. 76)
 Número- a corrente majoritária que devem ser 3 as testemunhas no caso de contravenção penal e 5 no caso de crime apenado com detenção.
Concentração dos atos
Debates orais 
Sentença : dispensa do relatório (art. 81,,§ 3º)
Recurso : Apelação – prazo de dez dias (art. 82,,§ 1º)
Contrarrazões – prazo de dez dias. (Art. 82,,,§ 2º)
Direito Processual penal III
Embargos de declaração – 5 dias (Art. 83)Interrupção e não suspensão do prazo – alteração legislativa.
Súmula 640. É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível ou criminal.
Súmula 690 : Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas-corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais.
AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. TURMA RECURSAL. COMPETÊNCIA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUPERAÇÃO DA SÚMULA 690 DESTA CORTE. I - Compete ao Tribunal de Justiça do Estado processar e julgar habeas corpus impetrado contra ato emanado de Turma Recursal. II - Com o entendimento firmado no julgamento do HC 86.834/SP, fica superada a Súmula 690 desta Corte. III - Agravo regimental desprovido. (HC 83978. 23/11/2006. Rel.Min. Lewandovsky.)
Direito Processual penal III
Art. 89 – Suspensão Condicional do Processo – 
Sursis – Suspensão condicional da pena (Art.77 do CP) 
Probation system
Transação penal X Suspensão Condicional
Características.
a) bilateral;
 b) personalíssimo;
 c) formal;
 d) voluntário e
e) tecnicamente assistido.
Direito Processual penal III
Art. 89 – Suspensão Condicional do Processo – 
 Pena mínima cominada igual ou inferior a um ano ;
Concurso de crimes – Sumula 243 STJ -O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.
Direito Processual penal III
2. O acusado não esteja sendo processado;
3.Não tenha o acusado sido condenado por outro crime;
4. A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício.
SÚMULA 696
Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.
Direito Processual penal III
a) Condições obrigatórias ou legais, enumeradas no § 1ºdo art. 89
I — reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II — proibição de frequentar determinados lugares;
III — proibição de ausentar-se da comarca onde reside,sem autorização do juiz;
IV — comparecimento pessoal e obrigatório a juízo,mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
b) Condições facultativas ou judiciais:
Período de prova – 2 a 4 anos (Art.89)
Direito Processual penal III
Revogação Obrigatória:
I — No curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime, 
II — Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
Revogação Facultativa:
I — No curso do prazo, o acusado vier a ser processado por contravenção;
II — Descumprir qualquer outra condição imposta.
Prorrogação do período de prova : alternativa revogação
Extinção da punibilidade – Art. 89, § 5º.
Prescrição : Suspensão – Art. 89, § 6º
Ementa 
Súmula 574 - Para a configuração do delito de violação de direito autoral e a comprovação de sua materialidade, é suficiente a perícia realizada por amostragem do produto apreendido, nos aspectos externos do material, e é desnecessária a identificação dos titulares
dos direitos autorais violados ou daqueles que os representem. (Súmula 574 TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/06/2016, DJe 27/06/2016)
"[...] Segundo a jurisprudência desta Corte, nos crimes de violação ao direito autoral, basta, para a comprovação da materialidade, que a referida prova seja produzida por amostragem. Isso porque, para a configuração do delito em questão, é suficiente a apreensão e perícia de uma única mídia, desde que constatada sua falsidade. [...]" (AgRg nos EDcl no REsp 1387999 SP, Rel. Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 10/02/2015, DJe 25/02/2015).

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