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CONFISSÃO - CÓDIGO PENAL

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CONFISSÃO
A confissão é ato de reconhecer um dolo ou culpa do acusado ou em tantos casos até daquele mesmo que não haja nenhum vestígio.
Para alguns doutrinadores a confissão vem a ser um meio tanto atípico pelo simples fato de que será feita por vontade do réu para com sua defesa, digamos que é introduzido neste meio o principio da ampla defesa.
Confessar um ato delituoso de alguém que não tenha sido nem ao menos indiciado é relatado como autoacusação, um exemplo bem simples é como uma mãe que se acusa para que o seu filho (a) saia ileso (a) de determinada acusação, desde que seja provado o responsável responderá pelo artigo 341 do C.P.
Confessar é reconhecer a autoria da imputação, ou seja, ocorre um homicídio, o delegado instaura o I.P para apurar os fatos, mas antes mesmo de descobertas, ocorre a confissão por parte do meliante dos crimes que o mesmo cometeu.
OBJETO, FUNDAMENTO HISTÓRICO E NATUREZA JURÍDICA.
O objeto da confissão é o fato criminoso. “A confissão recai sobre fatos, pois apenas dos fatos o réu se defende”
Sobre fundamento histórico da confissão, Aury Lopes Jr diz que no fundo de tudo; a questão vem de dentro da religião judaico-cristã o réu deveria confessar e arrepender-se dos seus pecados para assim então ter a remissão dos seus pecados, ou seja, o perdão.
Inclusive conforme dispõe no artigo 65, III, “d” do código penal para o juiz também é relatada a confissão como a possibilidade de punir sem culpa.
E quanto a natureza jurídica assim como o interrogatório é o meio para que o meliante (indiciado) possa concluir as perguntas que lhe são atribuídas através do Ministério Publico, defensor ou advogado. A confissão é um meio de prova como outra qualquer só que de forma que terá de ser averiguada pelo simples fato de que o mesmo que praticou estará relatando sobre a sua autoria do crime.
REQUISITOS DA CONFISSÃO REGULAR
A doutrina tem regulado os requisitos de alegações feitas pelo confessado para que possa ser colocadas como confissão regular, isto é,para que sejam validas é necessário para que preencha os requisitos formais.
Há de se retratar que haja requisitos intrínsecos e de requisitos formais.
Os requisitos intrínsecos vêm de forma a tentar provar a veracidade dos fatos relatados pelo autor do delito, a clareza caracterizada por meio de uma narrativa fácil de compreender e ao qual o autor esteja dizendo de livre e espontânea vontade, ao qual não venha a ser algo forçado ou ensaiado.
Por lado de requisitos formais advém relatar que a confissão seja feita pelo próprio réu, ou seja, não admitindo que seja feita por outra pessoa, como o defensor, deverá haver caráter expresso, pois deverá ser reduzida a termo, haja vista que o que fará a confissão deverá ter saúde mental estabilizada para que não fique fraudulenta a confissão, para que assim seja de forma convincente ao Excelentíssimo Juiz.
Dos requisitos destacados a pessoalidade e a espontaneidade, há de se dar ênfase no que se refere ao caráter personalíssimo da confissão somente o acusado pode confessar o fato delituoso, sendo vedada a confissão por procuração e é isso que diferencia do código de processo civil, pois a confissão no processo penal é Ato processual.
Portanto, para que a confissão seja válida é necessário o preenchimento dos requisitos formais e intrínsecos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Além da pessoalidade e da espontaneidade, duas outras características são essenciais: a divisibilidade e a retratabilidade .
A divisibilidade segundo Edilson Mougnot trata-se da possibilidade fundada na vigência do principio do livre convencimento motivado, onde o juiz aceite a confissão parcialmente.
Já a retratabilidade consiste na possibilidade do confessado de se retratar,ou seja, relatar a sua afirmação anterior a qualquer momento. Digamos que o réu mesmo que tenha confessado em juízo volte atrás, caberá ao magistrado averiguar a confissão e a retratação com os demais meios de prova utilizados durante o processo verificando assim qual delas deverá permanecer; tal circunstancia não significa que quando retratada a confissão de um crime o mesmo perderá o seu valor, muito pelo contrario nada impedirá ao juiz com o seu livre convencimento que considere como verdadeira a confissão verdadeira e a retratação falsa.
Seguindo uma linha de pensamento, somente a confissão feita em juízo poderia ser utilizada no julgamento juntamente com as outras provas colhidas. Digamos como se quando houvesse confissão em fase Pré-processual e retratação na fase processual não existiria confissão nenhuma a ser valorada na sentença, portanto ainda é advertido que predomina a jurisprudência de que o juiz poderá formar convencimento apartir da confissão feita na fase policial.
CLASSIFICAÇÃO
É possível classificar a confissão de várias formas, quanto:
a) ao momento, local ou autoridade;
b) à natureza;
c) à forma;
d) ao conteúdo ou efeitos.
No que se refere ao momento, ao local ou autoridade a qual é feita, a confissão pode ser:
a) judicial: quando feita em juízo, perante o Magistrado em meio ao interrogatório;
b) extrajudicial: realizada no transcorrer do inquérito policial ou fora dos autos, ou ainda perante outras autoridades, como a CPI. Deverá ser reproduzida no processo para surtir algum efeito na esfera penal.
Quanto à natureza, pode ser:
a) real ou expressa: ou seja, realizada pelo confessando, perante a autoridade, afirmando a responsabilidade penal;
b) implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. Em meio ao processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
c) ficta: também chamada de presumida, admitida no âmbito do processo civil, não se possibilitando em meio ao processo penal, por falta de amparo legal. Ainda que o acusado deixe o processo tramitar, esse fato não importa na veracidade daquilo que foi alegado pela acusação.
Quanto à forma, a confissão pode ser:
a) escrita: feita pelo próprio réu por meio de cartas, bilhetes ou qualquer documento escrito que venha a ser juntado aos autos, ou então, por meio de petições pedidas pelo advogado desde que seja reconhecida total ou parcial a acusação inserida à inicial acusação, (sob pena de nulidade processual por falta de defesa), excludentes, entre outros que esteja em seu favor”.
b) oral: é a confissão que será feita de forma verbal, ou seja, falada ocorrendo em casos de interrogatório ou introduzidas por interceptações telefônicas ou ambientais.
Por fim, quanto ao conteúdo ou efeitos da confissão:
a) simples: é a confissão quando o réu admite a imputação sem fazer quaisquer desculpas, sem buscar quaisquer justificativas que venha a ter levado a ter cometido tal fato delituoso. É a confissão plena, ou seja, a qual ele mesmo sabe a gravidade do crime acometido;
b) complexa: ocorre quando o réu está apto, a reconhecer vários fatos delituosos, ao qual é denominado como objetos do processo-crime pelo qual o mesmo está respondendo;
c) qualificada: quando o réu reconhece a acusação, maselenca inúmeros fatos que o levaram a praticar tal fato delituoso, ou seja, que o gere a seu favor. Sendo atenuantes ou excludentes.
Ex:confessa que matou, mas ao mesmo tempo exclui o dolo e o contradiz como culpa por tê-lo praticado em legítima defesa.

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